SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA APARECIDA
Dom Carmo João Rhoden
Bispo Emérito de Taubaté (SP)
Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. 12/10/24 (Jo 2,
1-11).
1 – Quero antes de tudo felicitar, a nossos irmãos e irmãs,
pois celebramos hoje solenemente a padroeira Nossa Senhora Aparecida. Ela é
invocada na Igreja com muitíssimas denominações: Nossa Senhora de Lourdes,
Fátima, Carmo, Loreto, Laurent etc. Trata – se sempre da mesma personagem,
Maria a Mãe de Jesus, do verbo encarnado, do Salvador. Não pode ser ocasião de
divisão, menos ainda, de desunião aquela que é a Mãe do redentor. Antes da
separação (ruptura) da Igreja Ortodoxa todos os cristãos à veneravam. (Maria)
tributando-lhe um culto especial: o de hiperdulia. Somente a Trindade e a
Santíssima Eucaristia nós rendemos o culto máximo: o de Latria, ou seja, de
adoração. Aos Santos, em geral, veneramos pois formam de modo especial a grande
família dos redimidos. Repito: Maria é especialíssima para nós católicos, pois,
sendo Ela a Mãe do Salvador, foi para isso escolhida desde sempre pelo Pai,
assumida pelo Verbo encarnado, como Mãe e santificada, desde o início pelo
Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Precisava mais? Podia
ter acontecido algo melhor? Não. Somente Ela podia chama-lo de Filho aqui
na terra. Ela esteve ao lado de Jesus, do nascimento à sepultura. Foi saudada
pelo anjo Gabriel (Lc 1,26) e também por Isabel, como a mãe do Senhor (Lc 1,
42).
2 – Ela é a padroeira do Brasil, assim foi assumida desde o
encontro de sua imagem no rio paraíba. Aparecida tornou-se, então, a cátedra
Mariana para a evangelização. A partir dela, continua a dizer ainda hoje:
“fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,5). Na Cruz, o filho moribundo, a deu
como mãe ao discípulo João. (Jo 19,26). Hoje, João sou eu, és tu, somos todos
nós. Por isso, somos mais felizes ainda. Temos, como mãe aquela que é a
genitora de Jesus: o Verbo encarnado. Nós a estamos ouvindo, para assim seguirmos
Jesus Cristo? A resposta é nossa: minha, tua.
3 – Hoje, em dia, a honra e a venera, não quem vai a
Aparecida como peregrino, mas aquele (aquela) que segue Jesus Cristo como
discípulo na vida. Ela foi verdadeiramente, não apenas a Mãe do Salvador, mas
também sua melhor discípula. Ser sua mãe foi certamente a maior graça, mas
segui-lo foi sua especial missão, pessoalmente assumida e integralmente
cumprida. Viva Nossa Senhora Aparecida excelsa padroeira do Brasil.
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