“Quando rezamos a Maria, rezamos para que ela nos ensine a
amar Jesus, como ela o amou", afirmou o missionário redentorista, Ir.
André Luiz Oliveira, ao recordar que a piedade popular mariana é uma expressão
de fé que nasce do coração devoto.
Fagner Lima – Vatican News
“Nossa Senhora nunca se indica a si mesma, Nossa Senhora
indica Jesus. E esta é a piedade mariana: a Jesus pelas mãos de Nossa Senhora.”
O Papa Francisco iniciou assim a Audiência Geral da
quarta-feira (13/11), dando continuidade ao ciclo de catequese sobre o Espírito
Santo. O Pontífice destacou a piedade mariana como um meio particular pelo qual
o Paráclito "realiza a sua obra de santificação na Igreja".
O Brasil, em sua cultura latino-americana, está fortemente
ligado ao que a Evangelii Nuntiandi define como piedade
popular, na qual a Virgem Maria desempenha um papel de destaque e de forte
devoção, intensificando assim a piedade mariana. O missionário redentorista,
Ir. André Luiz Oliveira, recorda que a piedade popular mariana é uma expressão
de fé que nasce do coração devoto,"sensus fidelium", é
algo natural, como uma graça infusa: "ela brota no coração daqueles que
amam Nossa Senhora, é uma expressão autêntica (genuína) de fé e devoção".
Fazei tudo o que Ele vos disser
Maria não detém para si a centralidade, pelo contrário,
coloca-se como serva, sendo a figura da primeira discípula do Espírito, como
nos exorta Francisco ao afirmar que "ela é a esposa, mas antes ainda
é a discípula do Espírito Santo". A piedade mariana nos permite chegar até
Cristo, aquele que é a esperança e o centro de nossa fé, como explica o Ir.
André Luiz:
“Quando rezamos a Maria, rezamos para que ela nos ensine
a amar Jesus, como ela o amou. A Marialis Cultus, n.25, nos ensina: ‘Na Virgem Maria tudo se
refere a Cristo e Dele depende’, tudo na vida de Maria foi
direcionado para o seguimento do seu filho Jesus, nada quis para si, aquela que
tudo quis para Deus."
Os santuários como sinais da esperança
Os santuários marianos espalhados pelo mundo todo,
especialmente na América Latina, se destacam como importantes locais de
acolhimento, de experiência da fé e da piedade mariana, levando os seus
peregrinos, por meio de Maria, a experimentarem a grandeza do amor de Deus,
como na expressão recordada por Francisco: “Ad Iesum per Mariam”, ou seja, “a
Jesus por meio de Maria”.
Para o Ir. André Luiz, os “santuários marianos são lugares
da ternura e da experiência profunda do amor materno, ali aprendemos a amar
Maria, assim como Jesus a amou” e conclui ainda que esses espaços sagrados
“auxiliam no amadurecimento da expressão de fé”. Na bula de proclamação do
Jubileu Ordinário de 2025, ‘Spes non confundit’, o próprio Papa Francisco destaca a
Virgem Maria como Mãe da esperança e ao recordar dos santuários marianos,
exorta:
“Neste Ano Jubilar, que os santuários sejam lugares
sagrados de acolhimento e espaços privilegiados para gerar esperança.”
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