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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

São Carlos Borromeu

São Carlos Borromeu (scalabrinianos)
04 de novembro
Localização: Itália (Arona)

São Carlos Borromeu: conheça a história do patrono dos Scalabrinianos

São Carlos Borromeu foi um cardeal, bispo e sacerdote italiano do século XVI, exemplo de missionário e cristão caridoso. Assim, a sua vida foi inspiração para muitos cristãos, inclusive para  São João Batista Scalabrini.

Comemorado dia 04 de novembro no calendário litúrgico, São Carlos dizia:

“Somos todos fracos, confesso, mas o Senhor Deus nos entregou meios com que, se quisermos, poderemos ser fortalecidos com facilidade.”

Realmente, ele experimentou bem a força de Deus diante de todas as tempestades que enfrentou na sua missão de defensor dos pobres e da Igreja.

Conheça mais sua história neste post que preparamos.

Nasce São Carlos Borromeu

Carlos, o segundo filho de Gilberto e Margarida, nasceu em 2 de outubro de 1538, em Arona - Itália. Membro de uma família nobre, aos 12 anos já recebeu um título importante de uma abadia beneditina que lhe proporcionou rendimento e riquezas.

Mas o seu coração se encontrava com Deus desde criança. Quando pequeno, ele brincava de celebrar Missa, construir altares e imitar os padres junto com os irmãos e os amigos. E aos poucos, o santo se deixou conduzir pela vontade de Deus e descobriu sua vocação.

Logo, aos 24 anos, ordenou-se sacerdote da Igreja. E a história mostra o quanto Deus tinha pressa na vida de Carlos, porque com apenas 27 anos ele tomou posse como arcebispo da arquidiocese de Milão - Itália.

Então, pôde participar e contribuir com o Concílio de Trento, na época em que seu tio era o Papa Pio IV. Nesta época a Igreja sofria as consequências da contra reforma e havia grandes ataques à fé e uma necessidade urgente de renovação e para isso Deus contava com santos homens.

"Almas devem ser conquistadas de joelhos" - São Carlos Borromeu

Bispo aos 27 anos, São Carlos dedicou sua vida à missão de defender a Igreja e cuidar dos pobres e para isso não mediu esforços: realizou três visitas pastorais em todo o território de sua arquidiocese, fundou Seminários para ajudar a formação dos sacerdotes.

Além de construir igrejas, escolas, colégios, hospitais; fundar a Congregação dos Oblatos, sacerdotes seculares e colocar em prática as reformas do Concílio de Trento em favor da reorganização da Igreja.

Mas sua alma, profundamente ferida pelo amor de Deus, tinha zelo pelas almas e sua maior obra foi a caridade para com os pobres. Ele enfrentou duas epidemias em sua região que causaram pobreza e a morte de muitas pessoas, inclusive sacerdotes.

Para isso, colocou seus bens à disposição para matar a fome do povo, até chegou a pedir esmolas quando não tinha mais o que oferecer. Sua vida e dedicação ao seu povo comprovaram o seu lema “Humilitas” (humildade) e São Carlos foi sinal de consolo para seu rebanho. 

“Eis Senhor, eu venho, vou já”

Assim como sua missão foi fecunda, aconteceu também de forma rápida.  Após entregar sua vida totalmente pela causa do Reino de Deus, aos 46 anos, faleceu, em 03 de novembro de 1584, e suas últimas palavras foram: “Eis Senhor, eu venho, vou já”.

Mas suas virtudes foram logo reconhecidas e assim ele foi beatificado em 1602, por Clemente VIII e, depois, canonizado em 1610, por Paulo V,  que fixou a festa do santo para o dia 4 de novembro. 

São Carlos Borromeu foi um bispo incansável na evangelização e defesa da Igreja. Sua influência como cardeal serviu de exemplo para que a reforma da Igreja acontecesse em muitos outros países, no espírito do Concílio de Trento.

Além disso, ainda deixou uma imensa herança moral e espiritual a ponto de inspirar outros ao mesmo caminho de santidade. Hoje, seus restos mortais descansam na Cripta da Catedral de Milão, coberto com painéis de prata, que descrevem a sua vida.

Santos inspiram outros santos

A história de São Carlos Borromeu beneficiou toda a Igreja, principalmente seu empenho em colocar o Concílio de Trento em prática. Por isso sua fama espelhou-se como o bispo da reforma católica.

O seu ministério foi tão fecundo que João Batista Scalabrini, bispo de Piacenza - Itália, quando recebeu a inspiração de fundar uma ordem religiosa, em 1887, colocou-a aos cuidados de São Carlos. Por isso, até hoje os Scalabrinianos são chamados de Carlistas.

Scalabrini tinha uma profunda devoção por São Carlos Borromeu. Em 1863, ele foi ordenado sacerdote e, em 1870, foi nomeado pároco da Paróquia São Bartolomeu, em Como - Itália. E quando fundou a ordem disse:

 “Honrar-vos-ei de chamar-vos de agora em diante, os Missionários de São Carlos”.

São João Batista Scalabrini fundou uma ordem com uma missão muito particular: cuidar dos migrantes. Por isso o carisma deles se apoia na Palavra de Deus:

“Eu era estrangeiro e me acolheste” (Mt 25, 35).

De fato, onde a caridade é semeada, brota santidade: assim se deu na vida de São Carlos Borromeu até chegar à vida de São João Batista Scalabrini - dois santos apaixonados pela causa do reino de Deus.

Saiba mais: Scalabrinianos: missionários para os migrantes

Fonte: https://scalabrinianos.com/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF