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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

CRISTANDADE: A oração, os milagres, a virgindade de Maria, a humanidade de Jesus (I)

O nascimento de Jesus , painel de madeira policromada da igreja de San Martino, Zillis, Suíça | 30Giorni

Arquivo 30Giorni nº. 12 - 2011

A oração, os milagres, a virgindade de Maria, a humanidade de Jesus.

Bento XVI no Advento e no Natal

Público geral

Quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os pequenos

Perguntemo-nos agora: a quem o Filho quer revelar os mistérios de Deus? No início do hino, Jesus expressa a sua alegria porque a vontade do Pai é manter estas coisas escondidas dos instruídos e sábios e revelá-las aos pequenos (cf. Lc 10,21). Nesta expressão da sua oração, Jesus manifesta a sua comunhão com a decisão do Pai que abre os seus mistérios a quem tem um coração simples: a vontade do Filho é uma só com a do Pai.

A revelação divina não ocorre segundo a lógica terrena, segundo a qual são os homens cultos e poderosos que possuem conhecimentos importantes e os transmitem às pessoas mais simples, aos mais pequenos. Deus usou um estilo completamente diferente: os destinatários da sua comunicação eram precisamente os “pequenos”. Esta é a vontade do Pai e o Filho a partilha com alegria.

Mas o que significa “ser pequeno”, simples? Qual é a “pequenez” que abre o homem à intimidade filial com Deus e à aceitação da sua vontade? Qual deve ser a atitude básica da nossa oração? Vejamos o “Sermão da Montanha”, onde Jesus afirma: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” ( Mt 5,8). É a pureza do coração que nos permite reconhecer o rosto de Deus em Jesus Cristo; é ter um coração simples como o das crianças, sem a presunção de quem se fecha, pensando que não precisa de ninguém, nem mesmo de Deus.

No Evangelho de Mateus, depois do Hino de Júbilo, encontramos um dos apelos mais sinceros de Jesus: “Vinde a mim, todos os que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei ( Mt 11, 28). Jesus pede-nos que nos dirijamos Àquele que é a verdadeira sabedoria, Àquele que é “manso e humilde de coração”; propõe «o seu jugo», o caminho da sabedoria do Evangelho que não é uma doutrina a aprender nem uma proposta ética, mas uma Pessoa a seguir: Ele mesmo, o Filho Unigênito em perfeita comunhão com o Pai.

Queridos irmãos e irmãs, desfrutamos por um momento da riqueza desta oração de Jesus. Também nós, com o dom do seu Espírito, podemos dirigir-nos a Deus, na oração, com a confiança dos filhos, invocando-o com o nome de Pai. , «Aba». Mas devemos ter o coração dos pequenos, dos “pobres de espírito” ( Mt 5,3), para reconhecer que não somos autossuficientes, que não podemos construir a nossa vida sozinhos, mas precisamos de Deus, precisamos de conhecê-lo, ouvi-lo, falar com ele. A oração nos abre para receber o dom de Deus, a sua sabedoria, que é o próprio Jesus, para cumprir a vontade do Pai para as nossas vidas e assim encontrar refrigério nas dificuldades do nosso caminho.

Obrigado.

Fonte: https://www.30giorni.it/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF