06 de dezembro
Localização: Turquia
São Nicolau
Nicolau nasceu de pais ricos e piedosos, por volta do ano
275, na Lícia, atual Turquia. Sacerdote da diocese de Mitra, dedicou-se
à evangelização e conversão dos pagãos, num período de perseguição religiosa.
Extremamente caridoso, distribuiu sua herança aos pobres.
Eleito bispo de Mira, foi preso na perseguição de Dioclesiano, por
volta de 310; antes de ser condenado à morte, publicou-se o Edito de Milão
(313), que concedia a liberdade religiosa, o que lhe salvou a vida. Participou
do Concílio de Nicéia, em 235, ocasião onde Constantino Magno, imperador
de Roma, ajoelhou-se para beijar as cicatrizes de Nicolau e outros varões
torturados na última perseguição. Nicolau recebeu de Deus o poder dos milagres,
especialmente em favor dos doentes.
Sua extraordinária caridade, porém, é que o tornou um dos
santos mais conhecidos e amados, no Oriente e no Ocidente. Um caso
particular ilustra mais a sua fama: sabendo que um pai pobre tencionava
entregar suas três filhas à prostituição, por não ter como pagar o dote dos
seus casamentos, Nicolau jogou pela janela da casa três bolsas com o
dinheiro necessário. Este fato, e a tradição que menciona suas doações, sempre
anônimas, de moedas de ouro, comida e roupas para os pobres e viúvas, e
presentes para as crianças, deu origem à lenda natalina de “Papai Noel”.
Nicolau é padroeiro da Rússia e outros lugares, bem
como dos marinheiros e moças solteiras. Antes da revolução comunista, muitos
czares adotaram o seu nome, e em Bári, Itália, onde estão seus restos mortais (para
lá transladados pela ameaça muçulmana de profanação do seu túmulo), havia
hospedaria exclusiva para os peregrinos russos que iam venerar suas
relíquias.
Colaboração: José Duarte de Barros Filho
Reflexão:
É motivo de alegria que a caridade de tão grande Santo seja
a base de uma figura simpática como Papai Noel, mas nem por isso devemos deixar
que a fantasia moderna, cada vez mais desvirtuada pelo interesse material,
relegue a segundo plano o verdadeiro valor do amor desinteressado ao próximo.
Devemos associar ao Natal a maior das caridades, a Encarnação de Jesus, para a
nossa salvação; e comemorá-la com o presente do amor ao próximo, que não se
manifesta principalmente em presentes materiais (embora estes não sejam, claro,
condenáveis), mas na doação de nós mesmos. A demasiada preocupação, que pode
chegar à ideia de “obrigação”, de presentes materiais no Natal afastam nosso
coração da contemplação do nascimento de Cristo, este sim o presente máximo que
Deus nos dá e que devemos repassar aos irmãos.
Oração:
Ó Jesus, que quisestes assumir a nossa natureza humana como
meio de Redenção, concedei-nos, por intercessão de São Nicolau, a caridade
operosa aos necessitados, e a defesa da pureza e virgindade. Que não seja em
vão para as almas a grandeza do Vosso amor, que nos enriquece com o Vosso
rebaixamento à condição de criatura, para elevar o servo à condição de Filho.
Pelas mãos amorosas de Nossa Senhora e São José. Amém.
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