Este é o 58º Dia Mundial da Paz e o tema da mensagem deste
ano é: “Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz” ou em outra
tradução: “Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a vossa Paz”, as mensagens
para esse dia sempre têm como motivação animar todos os povos e encorajá-los
para se unirem na construção de um mundo melhor para todos.
Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist. - Arcebispo
Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ
Todos os anos é publicado em primeiro de janeiro a mensagem
do Santo Padre o Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz. No primeiro dia do
ano, além de ser para nós católicos o dia de Santa Maria Mãe de Deus, o mundo
inteiro celebra o Dia da Confraternização Universal ou Dia Mundial da Paz. Na
mensagem, o Papa Francisco pede que todos busquem a paz, pois somente ela é
capaz de unir a todos os povos.
Além da mensagem, que é publicada nesse dia 1º de janeiro, o
Papa Francisco profere diretamente de Roma a benção “Urbi et Orbi”, ou seja, a
cidade de Roma e ao mundo. Essa benção que o sucessor de Pedro profere em Roma
é a benção da paz que vem do Senhor, conforme o que ouvimos na liturgia da
Palavra desse dia: “Que Deus nos dê a sua graça e a sua benção” (Sl
66/67). Independente de raça ou religião, a benção que o Papa profere
nesse dia é para todos os povos do mundo e todos devem acolher a benção e a
mensagem proferida pelo Papa Francisco.
Este é o 58º Dia Mundial da Paz e o tema da mensagem deste
ano é: “Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz” ou em
outra tradução: “Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a vossa Paz”, as
mensagens para esse dia sempre têm como motivação animar todos os povos e
encorajá-los para se unirem na construção de um mundo melhor para todos. A
mensagem sempre tem cunho humanitário e independe de religião, tornando-a
universal. Todos os povos são chamados a edificarem um mundo melhor e se unirem
por construir a paz.
O desejo de Deus é que todos os povos fossem um, por isso
rezamos “Pai-Nosso”, no plural. É obrigação de todos os povos se
unirem na construção da paz. O desejo de Deus é que os povos do mundo inteiro
se unissem e promovessem a paz e não as guerras.
Todas as mensagens já publicadas têm como tema central a
paz, mas em especial a desde ano devido ao momento atual que o mundo atravessa
com duas grandes guerras, que inclusive o Papa Francisco mencionou na benção
“Urbi et orbi” do Natal. Quando o Papa Francisco usa o tema “Perdoai-nos
as nossas ofensas”, ele pede que Deus perdoe as ofensas de toda a
humanidade que infelizmente é incapaz de dialogar e promover a paz, e ao invés
disso preferem as armas.
O Papa Francisco faz uma súplica ao Senhor, que perdoe as
ofensas de todos nós quando, infelizmente, não conseguimos construir a paz em
nossa casa, em nosso ambiente de trabalho, na escola, enfim, em nosso convívio
social. O caminho para a edificação da paz deve começar, em primeiro lugar, de
cada um de nós, a partir disso é possível pedir ao Senhor a paz para todo o
mundo, pois se não conseguirmos manter a paz no ambiente em que vivemos, não
podemos pedir ao Senhor a paz para restante do mundo.
Por isso, em primeiro lugar devemos pedir o perdão ao Senhor
por todas as vezes que não conseguimos manter a paz e depois pedir ao Senhor a
paz tão necessária. Infelizmente, através das guerras, muitos inocentes acabam
morrendo, pessoas que não têm nada a ver com as guerras, sobretudo as crianças,
enfermos e idosos, conforme afirmou o papa na benção de Natal. As guerras
acontecem por causa da dureza do coração do ser humano e pela ganância do ter e
do poder. O coração humano se afasta de Deus e não há espaço para amar ao
próximo, mas somente para guerras e para o ódio.
Neste ano de 2025 a Igreja vive o Jubileu da Esperança: que
essa esperança invada o coração de todos para que a situação das guerras
melhore e tenhamos a paz. Peçamos ao Senhor o fim de todas as guerras e que as
novas gerações que estão nascendo agora tenham no coração o desejo da paz e de
um mundo melhor. Os conceitos esperança e perdão são o coração de todo o
jubileu. Pois, ao longo de todo o jubileu poderemos obter de Deus o perdão para
os nossos pecados, e cada fiel é convidado a esperar com todo amor nesse Deus
misericordioso.
Deus chama a cada um para confiar em sua misericórdia, Deus
não condena ninguém, não olha a quantidade de nossos pecados, mas sempre está
pronto para nos dar o seu perdão. Tenhamos a esperança na reconciliação e no
amor de Deus por nós, tendo esperança na misericórdia do Senhor é possível se
abrir ao perdão do próximo e amá-lo com toda confiança. Cabe a cada pessoa
pacificar, conversar, dialogar, e não guerrear e disseminar o ódio.
É missão de todos os governos e autoridades das nações
promoverem condições de vida digna para a população, desde saneamento básico,
saúde, educação e moradia, mas também é missão das autoridades promoverem a paz
e não as guerras. E ainda, cuidarem da segurança pública das cidades,
municípios e país, pois conforme já sabemos, temos algumas guerras em curso no
mundo, mas infelizmente vivemos uma guerra civil em muitos estados e cidades do
Brasil, por causa da violência urbana.
Rezemos pela paz mundial e pela paz em nosso país, cidade e
estado. Rezemos antes de tudo pela conversão daqueles que só tem o desejo de
ódio e violência no coração, para que se convertam e optem pelo caminho da paz
e justiça. Unamo-nos ao Papa Francisco nesse dia e rezemos junto com o tema
dessa mensagem: “Perdoai-nos as nossas ofensas: dai-nos a vossa Paz”
(“Perdoa-nos as nossas ofensas, concede-nos a tua paz”).
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