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domingo, 19 de janeiro de 2025

Fazei Tudo o que Ele vos Disser

Cardeal Dom Paulo Cezar Costa - Arcebispo de Brasília (arqbrasilia)

Fazei Tudo o que Ele vos Disser

19 de janeiro de 2025

Estamos vivendo o Ano Jubilar, no qual somos convidados, como discípulos de Jesus Cristo, a ouvir o que Maria nos manda: “Fazei tudo o que ele vos disser”. Isso deve ser o nosso programa de vida. Papa Francisco nos ajuda a entrar no mistério da festa de casamento. Diz ele: “No domingo passado, com a festa do Batismo do Senhor, demos início ao caminho do tempo litúrgico chamado ‘comum’: o tempo em que seguimos Jesus na sua vida pública, na missão para a qual o Pai o enviou ao mundo. No Evangelho de hoje (cf. Jo 2,1-11), encontramos a narração do primeiro milagre de Jesus. O primeiro destes sinais prodigiosos decorreu na aldeia de Caná, na Galileia, durante a festa de um matrimônio. Não é por acaso que, no início da vida pública de Jesus, haja uma cerimônia nupcial, porque n’Ele Deus se uniu à humanidade: é esta a boa nova, embora quantos o convidaram ainda não saibam que à sua mesa está sentado o Filho de Deus e que o verdadeiro esposo é Ele. Com efeito, todo o mistério do sinal de Caná se funda na presença deste esposo divino, Jesus, que começa a revelar-se. Jesus manifesta-se como o esposo do povo de Deus, anunciado pelos profetas, e revela-nos a profundidade da relação que nos une a Ele: é uma nova Aliança de amor.

No contexto da Aliança, compreende-se plenamente o sentido do símbolo do vinho, que está no centro deste milagre. Precisamente quando a festa chega ao ápice, acaba o vinho; Nossa Senhora dá-se conta disto e diz a Jesus: ‘Não têm vinho’ (v. 3). Porque teria sido desagradável continuar a festa com água! Uma má figura para aquelas pessoas. Nossa Senhora dá-se conta e, dado que é mãe, vai ter imediatamente com Jesus. As Escrituras, especialmente os Profetas, indicavam o vinho como elemento típico do banquete messiânico (cf. Am 9,13-14;Jl 2,24; Is 25,6). A água é necessária para viver, mas o vinho exprime a abundância do banquete e a alegria da festa. Uma festa sem vinho? Não sei… Transformando em vinho a água das ânforas utilizadas ‘para a purificação ritual dos judeus’ (cf. v. 6) — era o costume: antes de entrar em casa, purificar-se —, Jesus realiza um sinal eloquente: transforma a Lei de Moisés em Evangelho, portador de alegria.

E, agora, contemplemos Maria: as palavras que Maria dirige aos servos coroam o quadro esponsal de Caná: ‘Fazei o que Ele vos disser!’ (v. 5). Também hoje Nossa Senhora diz a todos nós: ‘Fazei o que Ele vos disser!’. Estas palavras são uma herança preciosa que a nossa Mãe nos deixou. E de fato em Caná os servos obedeceram. ‘Disse-lhes Jesus: ‘Enchei as vasilhas de água’. Eles encheram-nas até em cima. Então ordenou-lhes: ‘Tirai agora e levai ao chefe de mesa’. E eles assim fizeram’ (vv. 7-8). Nestas bodas, foi deveras estipulada uma Nova Aliança e, aos servos do Senhor, isto é, a toda a Igreja, foi confiada a nova missão: ‘Fazei o que Ele vos disser!’. Servir o Senhor significa ouvir e praticar a sua palavra. É a recomendação simples, essencial, da Mãe de Jesus, é o programa de vida do cristão”. […] (Papa Francisco, Angelus de 20 de janeiro de 2019).

Fonte: https://arqbrasilia.com.br/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF