Neste fim de ano temos também algo diferente para nós
católicos, 2025 é o Ano do Jubileu.
Silvonei José - Vatican News
Fim de ano! Na mente de muitas pessoas, a virada do ano significa jogar fora, se despedir de tudo aquilo que não foi bom, que causou frustração e sofrimento. Olha-se para o Ano Novo com muita esperança, com fascínio e por vezes até mesmo com um arzinho de presunção, como que dizendo: não importam a coisas que não deram certo, agora começaremos com o pé direito. Muitos, até cheios de crendices e superstições, procurarão realizar certos ritos de passagem de ano, ritos às vezes ridículos e sem sentido, como se o futuro, a felicidade dependesse desses gestos.
Neste fim de ano temos também algo diferente para nós
católicos, 2025 é o Ano do Jubileu, e “ancorados em Cristo… entramos no tempo
da misericórdia e do perdão, para que a cada homem e a cada mulher seja aberto
o caminho da esperança que não desilude.” O Papa Francisco abriu na noite
de Natal, 24 de dezembro, a Porta Santa da Basílica de São Pedro, inaugurando o
28º Jubileu da história da Igreja Católica.
Em sua homilia na noite de Natal, o Papa leu o anúncio
contido no Evangelho de Lucas: “Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um
Salvador, que é o Messias Senhor”. “É esta a nossa esperança.
Deus é o Emanuel, é Deus conosco. (...) A esperança não está morta, a esperança
está viva e envolve a nossa vida para sempre!”
Deus perdoa sempre e tudo, recordou o Pontífice. Com a
abertura da Porta Santa, a Porta da esperança foi escancarada para o mundo e
Deus diz a cada um: “Há esperança também para você!”. E há esperança para todas
as situações de desolação: e há tantas desolações neste tempo.
O homem atento e prudente jamais despreza o que não deu
certo, mas após perguntar o porquê do erro, integra o resultado do que fez de
modo errado e aí tira proveito disso. Aprende com o erro. Segundo São Paulo
“Tudo colabora para o bem dos que são amados por Deus”! Portanto o final de ano
deve ser marcado especialmente pela ação de graças a Deus por TUDO que nos
possa ter acontecido. Para os filhos queridos de Deus só existe bom tempo, não
no sentido de que tudo correu às mil maravilhas, mas no sentido de que tudo
está integrado.
O cristão é, por natureza, otimista. Para ele serve aquele
canto da MPB que diz: “Reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a
poeira e dá a volta por cima”!
Por outro lado, o cristão não precisa de nenhum gesto
particular para lhe dar sorte durante o ano que se inicia. Ele crê em Deus, crê
em seu Amor, crê que Deus o criou por Amor e por amor a ele morreu numa cruz e
ressuscitou. Crê que Deus é Todo-Poderoso, e por isso nenhum mal lhe poderá
acontecer. Aos que se comportam de modo pagão, que creem em forças da natureza,
que desconhecem serem filhos de Deus e terem em Maria a Mãe que vela – Nossa
Senhora, como disse ao índio azteca sob o título de Guadalupe: Não sou eu sua
mãe, não estou eu aqui com você?” Para que temer? “Se Deus é por nós, quem
poderá ser contra nós”, dirá, por sua vez, São Paulo Apóstolo.
O cristão começa bem o ano rezando, celebrando a Eucaristia,
programando repetir esses dois gestos durante todo o novo ano, programando ser
caridoso, solidário e fraterno, sendo sinal do compromisso de Deus com os
homens. E neste ano vivendo a dimensão do Jubileu da Esperança.
Que você, querida irmã, querido irmão, tenha uma boa
passagem de ano, com saúde, na alegria e na paz, ao lado dos entes queridos e
dos amigos mais próximos! Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus
Cristo, nosso irmão, estejam com você por todos os dias de 2025!
Feliz Ano Novo e Feliz Jubileu!
Nenhum comentário:
Postar um comentário