KIKO ARGÜELLO RECEBE A MEDALHA “POR ARTEM AD DEUM”
3 de dezembro de 2024
EZECHIELE PASOTTI
OBRA ARTÍSTICA DE KIKO
Falar da Obra Artística de Kiko Argüello é extremamente
complexo, não somente desde o ponto de vista formal, porque se vai da pintura à
arquitetura, do canto à música polifônica, da catequese – portanto da teologia
– à poesia, tocando um mundo de expressões e conteúdos não fáceis de colher e
de compor em um cenário único, mas principalmente porque tudo isto se move
dentro de um quadro que, apesar de estar bem composto dentro do marco da
liturgia, da renovação litúrgica querida pelo Concílio Vaticano II, o autor
tenta captar a perspectiva transcendente da “divina liturgia”, a favor da
iniciação cristã, de um caminho de iniciação cristã, que leva os fiéis, também
os mais pobres e afastados da Igreja, os mais desprovidos de qualquer formação,
a um encontro pessoal com o outro, o Outro por excelência, que é Deus mesmo.
Em sua obra tudo está posto a serviço do divino: da
gratuidade à cor, do toque do violão à disposição da assembleia que celebra, da
composição de vários elementos litúrgicos aos detalhes da patena, do cálice
para o vinho, à cruz… E o impulso para tudo isso, a inspiração profunda que
nasce do amor pela beleza, Aquele que é o Senhor da beleza, é Jesus Cristo
Ressuscitado, vencedor da morte, que derrama esta beleza sobre a assembleia que
celebra e sobre cada membro que, revestido pelo mesmo Mistério divino, se
faz-se dom um para o outro na comunidade cristã… E segundo as palavras da
Santíssima Virgem que inspirou a Kiko esta iniciação cristã, ‘o outro é
Cristo’, o Divino encarnado, a Beleza feita homem, o Mistério que se faz
Páscoa, no encanto de uma noite que espera a aurora, a chegada do Oitavo dia
final que inaugura o Céu.
Não é possível compreender a arte de Kiko senão dentro da complexidade deste Mistério Pascal: Mistério divino feito carne, para que este fosse revestido com os matizes das cores, a notas dos cantos e da sinfonia, a forma das pedras e da poesia, sobretudo da palavra para encaminhar-se para o Céu, para o cumprimento de sua vocação final: Deus.
O presidente da “Fundação Obra Artística Kiko Argüello”,
Mons. Segundo Tejado, apresentando os trabalhos de Kiko, por ocasião do prêmio
“Per Artem Ad Deum 2024”, outorgado pela Associação Sacra Expo no dia 1º de
dezembro de 2024, disse: “Kiko Argüello, a partir de sua conversão, concebe sua
arte como uma missão. Com essa concepção da arte sacra, a devolve ao lugar de
sua vocação original: a liturgia. A arte sacra havia se deslocado do lugar
sagrado ao museu, à sala de exposições, aos salões dos colecionadores, anulando
assim seu valor cultual e litúrgico. Kiko devolve a obra de arte à liturgia;
dentro de uma comunidade viva, uma assembleia que celebra os mistérios da
salvação”.
E acrescentou: “Um detalhe que eu gostaria de lembrar aqui:
Kiko arranca a arte do contexto do “negócio”: não cobra por suas obras: busca
uma arte para os pobres, para a liturgia. Faz que a arte cumpra sua verdadeira
e elevada missão: levar o coração do homem à Jerusalém celeste, para
experimentar o amor que Deus nos mostrou em Cristo, nascido, encarnado,
batizado, transfigurado, morto, ressuscitado, que subiu ao céu e está à direita
de Deus, que nos mandou seu Espírito e que virá logo, no final dos tempos na
glória, como nos lembra este Pantocrator e o tempo de Advento que justo hoje
começamos”.
Mons. Segundo disse isso indicando, um por um, os diferentes
ícones que compõem o grande retábulo pintado por Kiko na Capela do
Seminário Redemptoris Mater, onde se desenvolveu o ato de entrega
do prêmio Sacra Expo. E é muito significativo contemplar com a vista os
mistérios que os ícones ilustram: é toda a história da salvação que se faz
presente com um manto de cores e o envolve no ouro que define cada quadro e
que, na perspectiva invertida própria da arte bizantina, o leva para dentro do
desenho, o faz partícipe daquilo que anuncia o ícone.
É difícil escapar da fascinação e não abarcar todo o arco do
ano litúrgico, que, com suas festas, relata e contempla o mistério da Páscoa
que levou a cumprimento a história da salvação e a projeta para seu ato final:
o Pantocrator, que anuncia no Livro que está em suas mãos: “Amai os
vossos inimigos. Venho em breve”.
De novo, como disse Mons. Segundo, enriquecendo sua ideia:
“A arte de Kiko, desde o início da experiência do nascimento das primeiras
comunidades, terá como objeto de busca a necessidade de oferecer lugares de
celebração adequados e dignos para a renovação que o Concílio Vaticano II está
oferecendo à Igreja. Através do Caminho Neocatecumenal, criam-se um conjunto de
estruturas para implementar esta renovação a serviço da comunidade cristã. Kiko
encontra na arte da Igreja Oriental os ícones, a expressão mais adequada à
experiência que está vivendo. Impressiona-o a espiritualidade destes pintores
que, renunciando a sua própria “originalidade” e submetendo-se ao cânon
pré-estabelecido pela tradição da Igreja, encontram o caminho para uma arte e
uma espiritualidade muito mais elevados. Kiko segue o cânon ortodoxo,
atualizando-o com as novidades da pintura moderna – como Picasso, Matisse – nas
quais havia se formado”.
E a obra de Kiko não fica plasmada somente na pintura, mas
também na arquitetura, no canto, na música sinfônica, nos escritos, no
arquitetar uma composição do espaço celebrativo da comunidade que permite e
favorece uma participação verdadeira e ativa nos mistérios que celebra a
liturgia.
Trata-se daquilo que o mesmo Kiko ressaltou em sua breve
intervenção, afirmando com convicção: “Muito mais importante que toda minha
obra artística foi abrir um Caminho de Iniciação Cristã em toda a Igreja, que
está ajudando tantas famílias e tantos jovens. Isto sim é uma obra de arte”.
No centro de todo este complexo artístico, como dizíamos no
início, encontram-se dois grandes mistérios: Cristo e o homem. Cristo que, nas
mãos do Pai é o artífice, o inspirador da beleza da criação do mundo e do
homem, e este homem, Adão, que, criado como o cume da beleza junto à sua
consorte Eva, deixa-se seduzir pela sugestão de fazer-se ‘deus’, de poder
caminhar, construir um futuro sozinho, de edificar sua torre de Babel subindo
ao céu – como tanta ideologia moderna voltou a imaginar –, esquecendo que, em
vez disso, é Deus e só Deus que faz o homem grande. O homem, abandonado a si
mesmo, não faz mais que cair no inferno dos campos de concentração e de
extermínio e de morte.
Isso é o que Kiko quis proclamar forte, mais uma vez, ao
receber o prêmio “Per Artem Ad Deum”: “O que é o homem?”. O que é o homem? É um
devir, é um projeto, é um prodígio. O homem! O home é um prodígio. Somos um
projeto em constante realização, quer dizer, em constante precariedade. Não
temos direito a tirar do homem a possibilidade de se realizar tal como Deus o
criou, porque é um projeto em constante realização”.
E continuou, citando São Paulo, afirmando que “Cristo morreu
por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele
que morreu e ressuscitou por eles. Esta é a visão do homem segundo a Revelação,
esta é a antropologia cristã: o homem, escravo do pecado, está obrigado a
oferecer tudo a si mesmo, precisamente porque é escravo, perdeu a dimensão da
beleza que é o amor, o sair de si mesmo para amar o outro. A obra da salvação
consiste em arrancar o homem desta maldição, devolvendo-lhe a beleza do amor”.
“Para este homem estamos tentando criar um novo tipo de
paróquia; fazemos paróquias com um coroa mistérica onde o céu está presente,
com os mistérios mais importantes da nossa fé. A Igreja de hoje não tem uma
estética definida… Isto nos impulsionou, em um certo sentido, a buscar uma
estética. Em Madri, fizemos uma paróquia com um teto dourado, com pedra branca
e cristal, com um catecumenium: um conjunto de salas que dão
para uma praça central, com uma fonte. Na planta baixa encontram-se todos os
serviços sociais e acima, em outra planta, encontram-se todas as salas de cada
comunidade, etc.”.
Aqui está a fonte da arte, da inspiração que colocou em
movimento este homem de Deus, Kiko Argüello: o mistério do amor de Deus que, em
Jesus Cristo, veio buscar e salvar o mundo, para restituí-lo à sua beleza
divina através de uma iniciação cristã, gradual e completa, que o introduz em
uma comunidade cristã, a Igreja, nova Eva, resplandecente de beleza, para
fazê-la esposa de Cristo.
E Kiko prosseguia em seu anúncio: “Queremos ser um Caminho
sério, uma via séria, porque estamos a ponto de dar uma grande batalha ao
mundo, ao diabo, ao grande dragão, somos a mulher que está dando à luz o filho
varão, ameaçado pelo grande dragão, que é o príncipe deste mundo. Os judeus
diziam que no mundo o diabo sempre ganha. Interessante, viram? O nazismo,
primeiro, e o comunismo, depois, pareciam ter conquistado tudo, tudo, nações
inteiras. Entendemos por que toda Europa está indo hoje para a apostasia,
entendemos por que há uma secularização total. O diabo parece que ganha sempre,
porque Cristo, neste mundo, não tem onde reclinar a cabeça e com ele os
cristãos. Mas nós, com Cristo, vencemos a morte e temos uma alegria imensa, por
isso devemos anunciar e dar testemunho do amor que Deus tem por nós, que nos
deu a vida eterna dentro de nós”.
E concluía, citando Dostoiévski: “A beleza salvará o mundo,
que é Cristo que vive nos cristãos, nas comunidades cristãs… é maravilhoso
viver a fé em uma comunidade cristã nas paróquias. O mais belo das comunidades
é que vimos a ação de Deus nos irmãos, todos se enriquecem com o bem dos
demais. Todos em todos. Há uma riqueza comum e constante em todos. É
maravilhoso ver que os cegos veem o amor de Deus em suas vidas. Cristo venceu a
morte, não olhamos a morte com horror, nem a velhice, nem a enfermidade. Cristo
morreu para que o homem possa sair deste círculo de egoísmo, para que não viva
mais para si mesmo, mas para aquele que morreu e ressuscitou por ele, Cristo, a
beleza divina feita homem, fez-se um de nós, para que o homem pudesse receber a
glória de Deus”. A arte de Kiko, em suas diferentes expressões de pintura,
arquitetura, música, cantos, poemas, é um ícone de todo este grandioso desenho
de Deus pela vida do homem, porque como exclama Santo Irineu: “Glória de Deus é
o homem que vive”, que vive em plenitude.
Dom
Ezechiele Pasotti
Nuestra traducción del artículo publicado con la
autorización de Vatican News
O PRÊMIO “PER ARTEM AD DEUM” A
KIKO ARGÜELLO: O MUNDO ESPERA A BELEZA DE DEUS
A associação Sacra Expo concedeu o prêmio “Per Artem ad
Deum” ao pintor espanhol, co-iniciador do Caminho Neocatecumenal. A cerimônia
ocorreu ontem à tarde, 1º de dezembro de 2024, na capela do Seminário
Redemptoris Mater de Roma.
DEBORA DONNINI – CIDADE DO
VATICANO
Uma beleza que não termina em si mesma, mas que é capaz de
emocionar o homem, introduzindo-o na experiência do amor de Deus. Este foi o
fio condutor da cerimônia de ontem à tarde, domingo, 1º de dezembro, durante a
qual foi concedida a Kiko Argüello, co-iniciador do Caminho Neocatecumenal, a
medalha do prêmio Per Artem ad Deum, da associação polonesa Sacra
Expo, sob o patrocínio do Dicastério para a Cultura e a Educação. Um
reconhecimento que “é concedido a artistas ou instituições cujos resultados
artísticos contribuem para o desenvolvimento da cultura e para a formação da
espiritualidade humana”, explica o presidente da associação, Andrzej Mochoń.
Nos últimos dezenove anos, o prêmio foi entregue a personalidades do calibre de
músicos como Ennio Morricone, diretores como Giuseppe Tornatore e Krzysztof
Zanussi, escultores como Arnaldo Pomodoro e outros, incluindo também pintores e
arquitetos renomados.
OS MOTIVOS DO PRÊMIO
A concessão ocorreu em um clima alegre, na capela do
Seminário Redemptoris Mater de Roma, na presença de cerca de
200 pessoas, incluindo alguns itinerantes e colaboradores de Kiko na pintura,
na arquitetura e na música. Também estavam presentes o P. Mario Pezzi e María
Ascensión Romero, membros da equipe responsável do Caminho Neocatecumenal junto
com Kiko Argüello. “A obra de Kiko – destacou Mochoń – vai muito além da
atividade tradicional de criação artística. Por meio da pintura, entendida como
reflexo da luz de Deus, e da música, linguagem universal capaz de abrir o
coração à dimensão do espírito, ele encontra uma forma de anunciar o Evangelho
ao homem contemporâneo.”
Mochoń recordou que Kiko “coloca sua vocação artística a
serviço da Igreja e de sua liturgia, compondo músicas para os Salmos, outras
passagens das Escrituras, hinos da Igreja, assim como poemas espirituais
extraídos de seus escritos. Kiko Argüello é autor de livros, além de
importantes obras de pintura, arquitetura e escultura em todo o mundo.”
O PRÊMIO SE REFERE TAMBÉM À
RADICALIDADE DA VIDA EVANGÉLICA
Sobre a possibilidade de que a arte se torne uma devoção
idólatra, no sentido de não conduzir a nada além de si mesma, concentrou-se o
cardeal Grzegorz Ryś, arcebispo de Łódź. Ele destacou esse aspecto precisamente
para explicar que não é fácil viver corretamente “o princípio per artem
ad Deum“, pois isso requer não apenas talento, mas também discernimento e
oração. “O prêmio concedido, portanto, não se refere apenas às capacidades
artísticas, mas também ao radicalismo da vida evangélica.” O cardeal citou a
Carta aos Artistas de São João Paulo II, recordando, assim, que o caminho da
beleza é uma via de anúncio da salvação para todos os seres humanos, para cada
pecador.
KIKO: O CAMINHO É O MAIS IMPORTANTE DE MINHA OBRA ARTÍSTICA
Ao agradecer a entrega do prêmio, Kiko quis recordar qual é
o sentido mais profundo de sua experiência artística. “O Senhor – explicou –
fez comigo e com Carmen (Hernández, serva de Deus e co-iniciadora do Caminho
Neocatecumenal, ndr) algo impressionante. Porque o mais importante
de toda a minha obra artística foi abrir um Caminho de Iniciação Cristã” na
Igreja, que está ajudando tantas famílias e jovens. “Isso sim é uma obra de
arte,” afirmou em seu discurso, no qual refletiu sobre o sentido da beleza. A beleza
é, de fato, relação, como se manifesta, por exemplo, em uma paisagem, no azul
do céu que canta à beleza das nuvens cinzas ou brancas. Isso porque “o conteúdo
mais profundo da beleza é o amor.” Aprofundando ainda mais, Kiko citou
Dostoiévski, que afirma que a beleza é Cristo: “A beleza sempre produz uma
emoção estética” e é “como se Deus quisesse demonstrar, com a beleza, que nos
ama.”
Kiko abordou o sentido da beleza através das Sagradas
Escrituras. Lembrou que Deus chama os cristãos a participar da construção dessa
beleza, mostrando o amor de Deus ao mundo, testemunhando que é possível não
viver mais para si mesmos. “A obra de salvação consiste em arrancar o homem da
maldição de oferecer tudo para si mesmo, devolvendo-o à beleza do amor.” As
pessoas estão esperando pelo anúncio do Evangelho aos pobres e por ver esse
tipo de amor realizado: “Amai vossos inimigos.” O Caminho Neocatecumenal busca
levar isso por meio de pequenas comunidades cristãs nas paróquias – compostas
por 30-40 pessoas – para manifestar o amor de Deus em um mundo cada vez mais
secularizado. O Concílio Vaticano II fala, de fato, da Igreja como sacramento
universal de salvação. Por isso, é muito importante que a beleza de Cristo
resplandeça nos cristãos. “Cristo morreu – concluiu Kiko – para que o homem
saia desse círculo de egoísmo, para que não viva mais para si mesmo, mas para
aquele que morreu e ressuscitou por ele, Cristo.”
A OBRA ARTÍSTICA
Para ilustrar o itinerário artístico de Kiko Argüello, por
fim, P. Segundo Tejado, presidente da Fundação Ópera Artística Kiko Argüello,
que tem como objetivo conservar e divulgar suas obras, recordou que Kiko
estudou Belas Artes na Academia de San Fernando, em Madri, e recebeu, em 1959,
o Prêmio Nacional Extraordinário de Pintura. No final da década de 1950, teve
uma crise existencial e, após um profundo encontro com o Senhor, foi viver
entre os pobres nas favelas de Palomeras Altas, em Madri. Ali, conheceu Carmen
Hernández, e começou a experiência do Caminho Neocatecumenal, que hoje está
presente em 136 nações e cerca de 6.200 paróquias. A arte de Kiko, tanto na
iconografia quanto na arquitetura, busca oferecer espaços em harmonia com a
renovação proposta pelo Concílio Vaticano II. Na pintura, explicou P. Tejado,
sua referência são os ícones da Igreja Oriental. Kiko se impressionou com esses
pintores que renunciam sua própria “originalidade” em favor da submissão ao
cânone pré-estabelecido pela tradição. Kiko inspira-se, portanto, nesta arte,
atualizando-o com os progressos da pintura moderna – como os de Picasso e
Matisse – nos quais foi formado. Suas obras se encontram em muitas paróquias:
desde Roma a Florença; Piacenza a Paris, até na Catedral de Madri, para citar
apenas alguns lugares
“Kiko – sublinhou P. Tejado – tira a arte do contexto do
negócio: não cobra por suas obras. Busca uma arte para os pobres, para a
liturgia,” “uma arte que leve o homem a experimentar o amor que Deus nos
mostrou em Cristo.” Kiko também desenhou o modelo arquitetônico de alguns
seminários, realizou vitrais, algumas esculturas e ornamentos litúrgicos. Sua
obra artística também abrange o campo da música como via para anunciar o
Evangelho. Em 2010, compôs sua primeira sinfonia, O sofrimento dos
inocentes, e nesse mesmo ano fundou a Orquestra Sinfônica do
Caminho Neocatecumenal, um grupo internacional formado por cerca de 200
músicos. A sinfonia foi interpretada em muitos teatros, salas de concerto,
praças e catedrais: em Madri, Nova York, Chicago, Tóquio, Berlim, Jerusalém,
Budapeste, Lublin, Auschwitz, Trieste.
De fato, para encerrar o evento, foi interpretado um
movimento do segundo poema sinfônico O Messias por um dueto de
piano e violino, com um solista. As notas da música e o olhar dirigido ao
retábulo da capela, onde estão representadas cenas da vida de Cristo, selaram o
encontro, tornando-o assim uma experiência viva dessa beleza capaz de comover o
coração do homem.
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