Na mensagem de vídeo da intenção de oração para o mês de
janeiro, Francisco afirma que "todas as crianças e os jovens têm direito a
ir à escola, não importa a sua situação migratória. A educação é uma esperança
para todos". "Rezemos para que os migrantes, os refugiados e as
pessoas afetadas pela guerra vejam sempre respeitado o seu direito à educação,
necessária para construir um mundo mais humano", diz o Papa.
Vatican News
"Pelo direito à educação" é a intenção de oração
do Papa Francisco para este mês de janeiro.
Na mensagem de vídeo, divulgada nesta quinta-feira (02/01),
o Santo Padre diz que "hoje vivemos uma 'catástrofe educativa'”.
“E não é exagero. Por causa das guerras, das migrações e
da pobreza, cerca de 250 milhões de crianças não têm instrução.”
Na verdade, as crianças e jovens que migram ou se deslocam
devido às guerras interrompem o seu processo educativo devido à necessidade de
abandonar a sua terra natal. Em muitos casos, as escolas em áreas de conflito
ou os campos de refugiados têm um acesso muito limitado a materiais educativos,
infraestruturas adequadas e docentes bem preparados.
Além disso, quando as crianças e os jovens se mudam para
outros países ou regiões, a sua condição de migrantes pode impedi-los de ter
acesso ao sistema de ensino e, consequentemente, a um futuro melhor.
“Todas as crianças e os jovens têm direito a ir à escola,
não importa a sua situação migratória. A educação é uma esperança para todos:
pode salvar os migrantes, os refugiados da discriminação, das redes de
delinquência e da exploração... Tantos menores explorados. E ajudá-los a
integrarem-se nas comunidades que os acolhem.”
A Igreja na linha de frente
Crianças e adolescentes que fogem dos conflitos ou da
pobreza são os protagonistas das imagens que acompanham as palavras de
Francisco. O Vídeo do Papa deste mês testemunha o compromisso da Igreja na
linha de frente para lhes garantir a educação, mesmo nos contextos mais
complicados.
Há centros educativos promovidos pela Fundação italiana AVSI
sem fins lucrativos para crianças refugiadas – a maioria, da Síria – na
Jordânia e no Líbano. Há escolas salesianas em Palabek, em Uganda, onde 60% dos
migrantes provenientes do Sudão do Sul têm menos de 13 anos. Há o Instituto
Madre Assunta, em Tijuana, na fronteira entre o México e os Estados Unidos,
dirigido pela família scalabriniana, frequentado por menores provenientes de
vários países da América Latina. Há o compromisso, em diversos continentes, do
Serviço Jesuíta para Refugiados (JRS), presente também no Este do Chade, junto
de gerações inteiras nascidas e criadas nos campos de refugiados. Há os
voluntários da Associação Papa João XXIII, que acompanham nos estudos os
menores chegados à Grécia e à Itália através das rotas migratórias. E não
faltam os esforços das organizações internacionais, como o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef), presente com projetos educativos em vários
países de acolhimento. Por essa razão, nos últimos anos, muitas crianças que
fugiram da guerra na Ucrânia puderam aprender idiomas nos países onde residem.
“A educação abre-nos as portas a um futuro melhor. E
assim, os migrantes e refugiados podem contribuir para a sociedade, seja no seu
novo país, seja no seu país de origem, se decidirem regressar. E não nos
esqueçamos nunca de que quem acolhe um estrangeiro, acolhe Jesus. Rezemos para
que os migrantes, os refugiados e as pessoas afetadas pela guerra vejam sempre
respeitado o seu direito à educação, necessária para construir um mundo mais
humano.”
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