Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (12/02),
Francisco refletiu sobre o nascimento de Jesus e a visita que os pastores lhe
fizeram, "as primeiras testemunhas da salvação". O encontro aconteceu
num estábulo, sinal da humildade e fragilidade de Jesus e ondem encontraram o
poder de Deus que salva a humanidade: "os pastores aprendem que num lugar
muito humilde, reservado aos animais, nasce o Messias tão esperado e nasce para
eles, para ser o seu Salvador, o seu Pastor".
Andressa Collet - Vatican News
“Caros irmãos e irmãs, bom dia! No nosso percurso
jubilar de catequeses sobre Jesus, que é a nossa esperança, hoje nos detemos no
evento do seu nascimento em Belém. Agora tomo a liberdade de pedir ao
sacerdote, ao leitor, que continue lendo, porque eu, com a minha bronquite,
ainda não posso. Espero que da próxima vez eu possa.”
Assim o Papa Francisco compartilhou a sua impossibilidade de
ler a catequese durante a Audiência Geral desta quarta-feira (12/02) na Sala
Paulo VI, já que ainda se recupera de uma bronquite. O texto, que deu
continuidade à reflexão sobre "Jesus Cristo, nossa esperança", foi
lido então pelo Pe. Pierluigi Giroli, funcionário da Secretaria de Estado, e
dedicado ao nascimento de Jesus e à visita que os pastores lhe fizeram.
Deus não se manifesta no clamor, mas na humildade
O Filho de Deus entra na história sujeito a inúmeros
contratempos, tal como nós. Por causa de um recenseamento, estando ainda no
ventre da Virgem Maria, teve de viajar de Nazaré a Belém. Assim, explicam as
palavras do Papa, "o tão esperado Messias, o Filho do Deus Altíssimo,
deixa-se recensear, isto é, contar e registrar, como qualquer outro
cidadão". E em Belém se completam os dias do parto para Maria, onde nasce
Jesus.
Mas, por não haver lugar para Ele na hospedaria, nasceu num
estábulo e foi deitado numa manjedoura. "O Filho de Deus não nasce
num palácio real, mas nos fundos de uma casa, no espaço onde estão os
animais", comentou Francisco no texto. O evangelista Lucas mostra, assim,
"que Deus não vem ao mundo com grandes proclamações, não se manifesta
em clamor, mas inicia o seu caminho na humildade".
Os primeiros a visitá-lo foram os pastores que, embora
fossem homens de pouca cultura, "malcheirosos devido ao contato constante
com os animais", vivendo "à margem da sociedade", souberam
acolher o anúncio dos anjos e, por isso, testemunharam em primeira mão a boa
notícia do nascimento do Salvador, que veio para todos. Como eles fizeram,
exortaram as palavras do Papa, identifiquemos na humildade e fragilidade de
Jesus o poder de Deus que salva a humanidade:
"Os pastores aprendem assim que num lugar muito
humilde, reservado aos animais, nasce o Messias tão esperado e nasce para eles,
para ser o seu Salvador, o seu Pastor. Uma notícia que abre os seus corações à
admiração, ao louvor e ao anúncio alegre. 'Ao contrário de tanta gente ocupada
a fazer muitas outras coisas, os pastores tornam-se as primeiras testemunhas do
essencial, isto é, da salvação que nos é oferecida. São os mais humildes e os
mais pobres que sabem acolher o acontecimento da Encarnação'. Irmãos e irmãs,
peçamos também a graça de sermos, como os pastores, capazes de nos
maravilharmos e louvarmos diante de Deus, e capazes de salvaguardar aquilo que
Ele nos confiou: os nossos talentos, os nossos carismas, a nossa vocação e as
pessoas que Ele coloca ao nosso lado."
“Peçamos ao Senhor que saibamos discernir na fraqueza a
força extraordinária do Menino Deus, que vem renovar o mundo e transformar a
nossa vida com o seu projeto cheio de esperança para toda a humanidade.”
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