Philip
Kosloski - publicado em 08/02/21 - atualizado em
30/01/25
Santa Josefina Bakhita, uma escrava africana do século
19, experimentou grande escuridão, mas foi capaz de manter a esperança de
Cristo viva em seu coração.
Santa
Josefina Bakhita, uma escrava africana do século 19, experimentou os
horrores da humanidade. Quando jovem, foi sequestrada, escravizada e espancada
até sangrar.
Ela teve uma vida difícil, mas, quando encontrou o
Cristianismo, foi capaz de ter um profundo sentimento de esperança que superou
qualquer sofrimento.
O Papa Bento XVI destacou o exemplo dela em sua encíclica
sobre a esperança, Spe salvi, e narrou como ela foi apresentada à
esperança encontrada em Jesus.
"Depois de «patrões» tão terríveis que a tiveram como
sua propriedade até agora, Bakhita acabou por conhecer um «patrão» totalmente
diferente – no dialeto veneziano que agora tinha aprendido, chamava «paron» ao
Deus vivo, ao Deus de Jesus Cristo. Até então só tinha conhecido patrões que a
desprezavam e maltratavam ou, na melhor das hipóteses, a consideravam uma
escrava útil. Mas agora ouvia dizer que existe um «paron» acima de todos os
patrões, o Senhor de todos os senhores, e que este Senhor é bom, a bondade em
pessoa. Soube que este Senhor também a conhecia, tinha-a criado; mais ainda,
amava-a. Também ela era amada, e precisamente pelo «Paron» supremo, diante do
qual todos os outros patrões não passam de miseráveis servos. Ela era
conhecida, amada e esperada; mais ainda, este Patrão tinha enfrentado
pessoalmente o destino de ser flagelado e agora estava à espera dela «à direita
de Deus Pai»".
A esperança de Santa Bakhita
Foi esse amor de Deus que deu a ela um novo propósito na
vida e uma esperança que nada poderia alcançar. Diz a encíclica:
"Agora ela tinha «esperança»; já não aquela pequena
esperança de achar patrões menos cruéis, mas a grande esperança: eu sou
definitivamente amada e aconteça o que acontecer, eu sou esperada por este
Amor. Assim a minha vida é boa. Mediante o conhecimento desta esperança, ela
estava «redimida», já não se sentia escrava, mas uma livre filha de Deus.
Entendia aquilo que Paulo queria dizer quando lembrava aos Efésios que, antes,
estavam sem esperança e sem Deus no mundo: sem esperança porque sem Deus. Por
isso, quando quiseram levá-la de novo para o Sudão, Bakhita negou-se; não
estava disposta a deixar-se separar novamente do seu «Paron»".
Testemunho da esperança
Sua recém-descoberta esperança em Deus alimentou cada parte
de seu ser e ela espalhou esse sentimento para todos que encontrava:
"Em várias viagens pela Itália procurou sobretudo
incitar à missão: a libertação recebida através do encontro com o Deus de Jesus
Cristo, sentia que devia estendê-la, tinha de ser dada também a outros, ao
maior número possível de pessoas. A esperança, que nascera para ela e a
«redimira», não podia guardá-la para si; esta esperança devia chegar a muitos,
chegar a todos."
Portanto, quando a vida ficar difícil, olhe para a vida de
Santa Josefina Bakhita e peça-lhe que instale em você uma esperança
sobrenatural que pode suportar qualquer prova.
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