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terça-feira, 4 de março de 2025

Papa Francisco: um olhar sobre a vida do líder religioso através de 6 fatos

Na foto, o Papa Francisco cumprimenta milhares de fiéis reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, enquanto é levado por seu papamóvel para presidir a Via Sacra como parte das Jornadas Mundiais da Juventude realizada em julho de 2013.
Foto de PABLO CUARTEROLO/Secretaria de Cultura da Argentina (CC BY-SA 2.0)

Papa Francisco: um olhar sobre a vida do líder religioso através de 6 fatos

O padre Jorge Bergoglio, nascido na Argentina, adotou o nome Francisco em 2013, após ser eleito pontífice supremo em um conclave da Igreja Católica. Conheça sua trajetória.

Por Redação National Geographic Brasil

Publicado 26 de fev. de 2025, 11:08 BRT

O dia 13 de março de 2013  marcou a data em que o argentino Jorge Mario Bergoglio  – nascido em 1936 – tornou-se o Papa Francisco, o 266º pontífice supremo da Igreja Católica Romana. Como líder religioso, ele promoveu várias reformas na igreja e construiu uma reputação de humildade, afirma a Encyclopaedia Britannica (uma plataforma de conhecimento e educação em inglês).

Santa Sé também reconhece essa característica do religioso ao destacar a “sobriedade de maneiras e o estilo de vida rigoroso, em alguns aspectos quase ‘ascético’” de Bergoglio”, que foi arcebispo de Buenos Aires entre 1998 e 2013.

Em um artigo publicado no jornal “The Conversation”, Mathew Schmalz, professor de Estudos Religiosos no College of the Holy Cross, nos Estados Unidos, e fundador da revista acadêmica “Journal of Global Catholicism” (“Jornal do Catolicismo”), argumenta que o Papa argentino introduziu mudanças profundas na Igreja Católica, além de suas decisões de evitar o uso de vestes elaboradas.

“Ele abriu a Igreja para o mundo Exterior como nenhum de seus antecessores havia feito antes”, enfatiza Schmalz. De acordo com o acadêmico, Francisco “estendeu a mão pessoalmente para os pobres; incentivou uma atitude mais favorável em relação aos católicos gays e lésbicas; e, embora mantivesse que todos os sacerdotes deveriam ser homens, introduziu mudanças que permitiram que as mulheres assumissem vários papéis de liderança”.

“Entre suas realizações mais significativas estão a encíclica papal Laudato si, de 2015, seus esforços para promover a unidade entre católicosos não-católicos e os não-cristãos; e suas históricas desculpas aos sobreviventes de abuso sexual do clero”, continua a fonte enciclopédica.

Desde sua formação educacional até suas declarações mais marcantes, aqui estão 6 fatos sobre o Papa Francisco.

Na foto acima, Jorge Mario Bergoglio aparece em sua época de estudante. Ele está na quarta posição a partir da esquerda, na fileira do meio. O atual Papa estudou química antes de entrar para o sacerdócio.
Foto de Colegio Salesiano Don Bosco de Ramos Mejía Domínio Público

1. Quantos anos tem o Papa Francisco?

Jorge Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de 1936. Portanto, a partir de fevereiro de 2025 ele terá 88 anos. É filho de imigrantes do Piemonte, na Itália, e seu pai, Mario, era contador e funcionário da ferrovia. Já Regina Maria Sívori, a mãe de Bergoglio, era dona-de-casa, como indica o site da Santa Sé. 

Na época de sua posse como Papaem 13 de março de 2013, ele tinha 76 anos de idade.

2. Jorge Bergoglio é um técnico químico e filósofo

Bergoglio frequentou a escola primária e secundária em Buenos Aires e se formou como técnico químico no final do ensino médio. Aos 17 anos, ingressou no seminário diocesano de Villa Devoto, onde iniciou sua formação religiosa. 

Posteriormente, completou os estudos de humanidades no Chile: “em 1963, ao retornar à Argentina, graduou-se em filosofia no Colégio San José, em San Miguel”, informa a Santa Sé. Ele também lecionou literatura e psicologia, cargo que ocupou de 1964 a 1966. Já de 1967 a 1970, estudou teologia e obteve sua licenciatura. Anos mais tarde, na década de 1980, Bergoglio realizou estudos de pós-graduação em teologia na Alemanha.

Sua formação também incluiu o estudo de vários idiomasfrancês, italiano, alemão, inglês, latim e grego, de acordo com um artigo publicado pela Cidade de Buenos Aires.

Aqui, o Papa Francisco se reúne com líderes inter-religiosos na antiga cidade de Ur, no Iraque.
Foto de Moises Saman

3. Aos 21 anos, o futuro Papa Francisco teve parte de um pulmão removido

Na juventude, mais precisamente aos 21 anos, Bergoglio sofreu uma grave pneumonia, o que levou os médicos a remover parte de seu pulmão direito, de acordo com a Encyclopaedia Britannica

Mais recentemente, em fevereiro de 2025, o Papa Francisco foi internado no hospital Gemelli, em Roma, na Itália, para tratamento médico de bronquite que mais tarde evoluiu para pneumonia em ambos os pulmões, informa a National Geographic Espanha.

4. Jorge Bergoglio participou do conclave para eleger Bento 16 

Um fato curioso é que, muito antes de se tornar o sucessor de Bento 16Bergoglio participou do conclave (a reunião do Colégio de Cardeais para eleger um novo Papa) que tornou Joseph Ratzinger o pontífice supremo na época.

Em abril de 2005, o conclave foi realizado para eleger o bispo de Roma para suceder João Paulo 2°, que havia falecido semanas antes. No segundo dia da reunião, Joseph Aloisius Ratzinger foi definido como Papa e adotou o nome de Bento 16.

Entretanto, em fevereiro de 2013o santo padre renunciou, alegando problemas de saúde. Após um novo conclaveBergoglio foi eleito para assumir seu lugar como chefe da Igreja Católica.

Fiéis na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, Argentina, na Santa Missa em Roma em 19 de março de 2013. A multidão de fiéis retratada aqui acompanha atentamente a Santa Missa que está sendo celebrada em Roma pelo Papa Francisco no início de seu Pontificado.
Foto de MARIANA SAPRIZA/GCBA (CC BY 2.0)

5. Jorge Bergoglio tornou-se o primeiro papa jesuíta, o primeiro papa latino-americano e o primeiro a ser chamado de Francisco 

Quando assumiu seu papel de líder religioso mundial, Jorge Bergoglio tornou-se o primeiro Papa originário das Américas e, mais precisamente, o primeiro latino-americano

Ele também é o primeiro pontífice da ordem dos jesuítas – ordem católica romana de religiosos fundada por Santo Inácio de Loyola, conhecida por suas obras educacionais, missionárias e de caridade, e considerada uma força de liderança na modernização da Igreja, de acordo com a Britannica.

Ele também foi o primeiro a adotar o nome Francis (Francisco), “em homenagem a São Francisco de Assis (1181/82-1226), que viveu uma vida de serviço humilde aos pobres, e também lembrando São Francisco Xavier (1506-1552), membro fundador dos jesuítas”, detalha a enciclopédia.

6. O Papa Francisco publicou quatro cartas, uma delas em defesa do meio ambiente

Por definição, uma encíclica é uma carta solene que o Sumo Pontífice dirige a todos os bispos e fiéis do mundo católico. Esses textos oferecem princípios orientadores para os fiéis e os convidam a refletir. Até 2025, Francisco publicou quatro desses documentos.

Em 2015, ele publicou a encíclica Laudato Si'uma carta na qual o Santo Padre pede que se cuide do planeta, que ele chama de “nossa casa comum”, e que se ouça o clamor dos mais pobres. Nela, ele aborda a crise climática e defende a gestão ambiental, descreve a Britannica.

Cinco anos depois, em meio à pandemia do coronavírus, o Papa Francisco publicou uma nova encíclica, desta vez enfatizando a fraternidade e a amizade social. Já na encíclica Dilexit nos, de 2024, explora o amor humano e divino no coração de Jesus Cristo.

Esses textos refletem as profundas transformações que ele introduziu na instituição da Igreja Católica, concluem as fontes. Para Schmalz, “Francisco será lembrado pela maneira como seu pontificado representou uma mudança de poder na Igreja Católica da Europa Ocidental para o sul global, onde a maioria dos católicos vive atualmente”.

Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2025/02/papa-francisco-um-olhar-sobre-a-vida-do-lider-religioso-atraves-de-6-fatos

À cimeira sobre a inteligência artificial

Inteligência Artificial (Opus Dei)

Mensagem do Papa Francisco na cimeira (conferência) sobre a inteligência artificial, que ocorreu em Paris, nos dias 10 e 11 de fevereiro de 2025.

03/03/2025

Senhor Presidente,
Excelências, ilustres participantes,

Tomei conhecimento da vossa louvável iniciativa de realizar uma cimeira sobre a inteligência artificial, em Paris, a 10 e 11 de fevereiro de 2025. Soube que V. Exa., senhor Presidente, quis dedicar esta cimeira à ação em matéria de inteligência artificial.

Durante o nosso encontro, na Apúlia, no âmbito do G7, tive a oportunidade de salientar a urgência de "garantir e proteger um espaço de controle significativo do ser humano sobre o processo de escolha dos programas de inteligência artificial". De fato, considerava que sem estes mecanismos, a inteligência artificial, embora sendo um novo instrumento "fascinante", poderia mostrar o seu lado mais "tremendo", tornando-se uma ameaça para a dignidade humana (cf. Discurso na sessão do G7 sobre Inteligência Artificial).

Por isso, felicito-vos pelos esforços realizados, com coragem e determinação, para enveredar por um percurso político destinado a proteger a humanidade contra um uso da inteligência artificial que "limita a visão do mundo a realidades expressáveis em números e encerradas em categorias pré-concebidas, excluindo o contributo de outras formas de verdade e impondo modelos antropológicos, socioeconômicos e culturais uniformes". (ibid.); e pelo fato de na cimeira de Paris terdes querido envolver o maior número possível de atores e de peritos numa reflexão que visa produzir resultados concretos.

Na minha última Carta encíclica, Dilexit nos, quis distinguir a categoria dos algoritmos da do “coração”, conceito-chave defendido pelo grande filósofo e cientista Blaise Pascal, a quem dediquei uma Carta apostólica por ocasião do quarto centenário do seu nascimento (cf. Sublimitas et miseria hominis, 2023), para sublinhar que, se os algoritmos podem ser usados para enganar o homem, o “coração”, entendido como a sede dos sentimentos mais íntimos e mais verdadeiros, nunca o poderá enganar (cf. Carta encíclica Dilexit nos, nn. 14.20).

A todos os que participarão na cimeira de Paris, peço que não esqueçam que é apenas do “coração” do homem que provém o sentido da sua existência (cf. Blaise Pascal, Pensamentos). Convido a acolher como axiomático o princípio expresso com tanta elegância por um outro grande filósofo francês, Jacques Maritain: "O amor vale mais do que a inteligência" (Jacques Maritain, Reflexões sobre a inteligência, 1938).

Os vossos esforços, caros participantes, são um exemplo brilhante de uma política sadia que quer inscrever as novidades tecnológicas num projeto que visa o bem comum, para "abrir caminho a oportunidades diferentes, que não implicam frenar a criatividade humana nem o seu sonho de progresso, mas orientar esta energia por novos canais" (Laudato si', n. 191).

Estou convencido de que a inteligência artificial pode tornar-se um instrumento poderoso para os cientistas e os peritos que procuram em conjunto soluções inovadoras e criativas a favor da eco sustentabilidade do nosso planeta. Sem esquecer que o consumo de energia associado ao funcionamento das infraestruturas de inteligência artificial é, em si mesmo, muito elevado.

Já na minha Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2024, dedicada à inteligência artificial, salientei que "nos debates sobre a regulamentação da inteligência artificial, dever-se-ia ter em conta as vozes de todas as partes interessadas, incluindo os pobres, os marginalizados e outros que muitas vezes permanecem ignorados nos processos de decisão globais". (Mensagem para o 57.º Dia Mundial da Paz, 1 de janeiro de 2024). Nesta perspectiva, faço votos que a cimeira de Paris se empenhe na criação de uma plataforma de interesse público sobre a inteligência artificial; e para que cada nação possa encontrar na inteligência artificial um instrumento de por um lado desenvolvimento e por outro de luta contra a pobreza, e de tutela das culturas e das línguas locais. Só assim todos os povos da terra poderão contribuir para a criação de dados, que serão utilizados pela inteligência artificial, representando a verdadeira diversidade e riqueza que caracterizam toda a humanidade.

Este ano, o Dicastério para a Doutrina da Fé e o Dicastério para a Cultura e a Educação colaboraram na redação de uma Nota sobre "Inteligência Artificial e Inteligência Humana". Nesse documento, publicado a 28 de janeiro, foram examinadas diversas questões específicas relativas à inteligência artificial, que a atual cimeira está a abordar, bem como outras que me preocupam particularmente. Para o futuro, espero que os trabalhos das próximas cimeiras, que deveriam dar seguimento à presente, examinem mais detalhadamente os efeitos sociais da inteligência artificial nas relações humanas, na informação e na educação. A questão fundamental, porém, continua e continuará sempre a ser antropológica, ou seja: se "o homem, enquanto homem", no contexto do progresso tecnológico, se tornará "verdadeiramente melhor, isto é, mais amadurecido espiritualmente, mais consciente da dignidade da sua humanidade, mais responsável, mais aberto para com os outros, em particular para com os mais necessitados e os mais fracos". (Carta encíclica Redemptor hominis, n. 15). O nosso desafio último é o homem e continuará a ser sempre o homem; nunca o esqueçamos. Obrigado, senhor Presidente, e obrigado a todos os que contribuíram para esta Cimeira.

Vaticano, 7 de fevereiro de 2025

Francisco

Fonte: https://opusdei.org/pt-br/article/a-cimeira-sobre-a-inteligencia-artificial/

Após 112 igrejas vandalizadas, Canadá encerra financiamento para pesquisa sobre túmulos em escolas católicas

Igreja Presbiteriana Grace Atacada Com Tinta Vermelha Em Calgary Foto: Agência Anadolu (Agência Anadolu Via Getty Images)

A comoção global sobre sepulturas sem identificação começou em 2021, quando a Primeira Nação Tk'emlúps te Secwépemc afirmou ter descoberto 215 locais de sepultamento na antiga Escola Residencial Indígena de Kamloops. No entanto, a alegação foi baseada apenas em varreduras de radar de penetração no solo, que detectam perturbações no solo, mas não confirmam a presença de restos mortais humanos. Nos anos seguintes, a alegação foi revisada de "215 sepulturas" para "200 possíveis sepultamentos", sem que escavações trouxessem mais clareza.

(ZENIT News / Ottawa, 01.03.2025).- O governo canadense retirou discretamente o financiamento de um comitê que investigava sepulturas não identificadas perto de antigas escolas residenciais depois que anos de investigações dispendiosas não conseguiram produzir evidências físicas de restos mortais humanos. A  decisão  reacendeu o debate sobre a verdade por trás de uma das narrativas mais politicamente carregadas do Canadá e o papel do governo e das instituições religiosas na história do país.

Milhões gastos, nenhum vestígio encontrado

O Comitê Consultivo Nacional sobre Escolas Residenciais, Crianças Desaparecidas e Enterros Não Identificados (NAC) anunciou em meados de fevereiro que estava “extremamente decepcionado” com a decisão do governo federal de retirar o apoio financeiro. O comitê, que era administrado em conjunto pelo Centro Nacional para a Verdade e Reconciliação e pelo Departamento de Relações Coroa-Indígenas, tinha a tarefa de ajudar as comunidades indígenas a localizar e homenagear crianças que supostamente desapareceram de escolas residenciais.

Apesar de milhões de dólares alocados para a iniciativa, nenhum corpo foi encontrado nas terras associadas a essas escolas obrigatórias do governo, muitas das quais eram administradas por igrejas católica e anglicana. O financiamento inicial para o projeto, orçado para 2022, estava previsto para expirar em 2025, com aproximadamente US$ 216,5 milhões já gastos. Vale ressaltar que os US$ 7,9 milhões gastos em trabalho de campo ainda não produziram nenhuma descoberta física.

A reivindicação de Kamloops e suas consequências

A comoção global sobre sepulturas sem identificação começou em 2021, quando a Primeira Nação Tk'emlúps te Secwépemc afirmou ter descoberto 215 locais de sepultamento na antiga Escola Residencial Indígena de Kamloops. No entanto, a alegação foi baseada apenas em varreduras de radar de penetração no solo, que detectam perturbações no solo, mas não confirmam a presença de restos mortais humanos. Nos anos seguintes, a alegação foi revisada de "215 sepulturas" para "200 possíveis sepultamentos", sem que escavações trouxessem mais clareza.

No entanto, meios de comunicação e figuras políticas ampliaram as alegações iniciais, provocando indignação pública generalizada. Após esses relatos, 112 igrejas, muitas delas servindo comunidades indígenas, foram vandalizadas, profanadas ou queimadas em todo o Canadá, com a maioria dos ataques tendo como alvo igrejas católicas.

A posição de Trudeau e a constante desinformação

Apesar da falta de evidências físicas confirmadas, o primeiro-ministro Justin Trudeau continuou a afirmar publicamente que sepulturas sem identificação foram descobertas. Em junho de 2024, ele reiterou essa afirmação, gerando controvérsia e críticas.

O sistema de escolas residenciais, que funcionou do final do século XIX até o fechamento da última escola em 1996, foi uma iniciativa do governo criada para assimilar crianças indígenas à sociedade ocidental. Embora organizações religiosas, particularmente a Igreja Católica, operassem muitas dessas instituições, as escolas foram estabelecidas e financiadas pelo governo federal.

Mortes trágicas ocorreram dentro do sistema, mas evidências históricas sugerem que muitas crianças sucumbiram a doenças como tuberculose, agravadas pelo financiamento governamental inadequado para assistência médica e saneamento. Um juiz aposentado de Manitoba, Brian Giesbrecht, criticou o governo Trudeau em outubro de 2024, alegando que os canadenses estavam sendo "deliberadamente enganados por seu próprio governo", pois este continuava a promover uma narrativa que culpava injustamente a Igreja Católica por "enterros secretos".

Uma narrativa politizada?

Embora não haja dúvidas de que abusos ocorreram em algumas escolas residenciais, alegações de valas comuns e enterros ocultos permanecem sem comprovação. Os críticos argumentam que as alegações não verificadas alimentaram uma reação anticatólica e minaram a precisão histórica.

A retirada silenciosa do financiamento pelo governo sugere um reconhecimento implícito de que as evidências não sustentam as alegações dramáticas feitas nos últimos anos.

Santuário Cristo Redentor presta homenagem ao Papa Francisco

"Força, Santo Padre!" (Santuário Cristo Redentor)

Santuário Cristo Redentor presta homenagem ao Papa Francisco: “Força, Santo Padre!”

Em um ato de união e fé, o Hallow, maior aplicativo católico do mundo, se junta ao Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor para prestar uma homenagem ao Papa Francisco, que se encontra em tratamento hospitalar. Uma projeção especial no monumento ao Cristo Redentor enviou uma mensagem de força ao Santo Padre.

Este é o início de uma parceria que contará com outras ações ao longo do ano, especialmente durante a Quaresma, momento significativo para a Igreja Católica. A colaboração tem como objetivo fortalecer a espiritualidade, incentivar a oração e criar uma corrente de solidariedade global em apoio ao Papa Francisco, aproximando ainda mais a comunidade de fé.

“Nesse local emblemático, o Santuário Cristo Redentor, um sinal da oração e intercessão a Deus pela saúde do Papa Francisco, assim como em todo nosso país. Toda a Igreja do Brasil unida em oração pela saúde do Papa Francisco. Unidos nós rezamos pedindo ao Senhor para que, cada vez mais, ele vá se recuperando. Precisamos estar muito unidos a este momento tão difícil que ele passa. Nossas orações e nossa unidade”, pediu o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta.

A diretora geral do Hallow no Brasil, Stephany Fitch, destacou o início da parceria com o Santuário e falou sobre a importância deste momento de oração: “estamos muito felizes com essa união com o Santuário Cristo Redentor, um símbolo de fé para os brasileiros e para o mundo. Neste momento desafiador para o Papa, nossa comunidade se fortalece na oração, e essa parceria torna a experiência ainda mais especial. Esperamos que essa corrente de fé traga conforto e esperança a todos que se unem a nós”.

O início da parceria está sendo marcado pela homenagem e na promoção de uma vigília, convidando fiéis de todo o mundo a se unirem em oração pelo Papa. A iniciativa será transmitida nas redes sociais do Hallow, criando uma grande rede de intercessão e solidariedade.

A comunidade do Hallow continua a demonstrar o poder da oração e da união, proporcionando um espaço de acolhimento espiritual para milhões de pessoas. A parceria entre o app e o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor reforça essa missão, conectando ainda mais fiéis em momentos de fé e esperança.

Sobre o Hallow

O Hallow ajuda as pessoas a aprofundarem seu relacionamento com Deus por meio de orações guiadas em áudio, meditações para o sono, leituras bíblicas, reflexões e músicas. O aplicativo oferece mais de 10.000 sessões, incluindo o Terço Diário, o Evangelho Diário, o Santo do Dia, Novenas, Exames de Consciência, a Bíblia em um Ano.

Com informações Santuário Cristo Redentor

Força: https://www.cnbb.org.br/

Prevost: confiemos o Papa a Maria, que consola aqueles que recorrem à sua ajuda

Oração do Terço - Cardeal Robert Prevost  (VATICAN MEDIA Divisione Foto)

Na Praça de São Pedro, pela oitava noite consecutiva, a oração do Terço pela saúde de Francisco.

Vatican News

“Permaneçamos em oração com Maria, Mãe da Igreja, pela saúde do Santo Padre Francisco”. Este é o convite com o qual o cardeal Robert Prevost, prefeito do Dicastério para os Bispos, introduziu na noite desta segunda-feira, 3 de março, na Praça de São Pedro, a oração do Terço pelo Papa, que está internado no Hospital Gemelli desde 14 de fevereiro. No oitavo encontro consecutivo de oração pela saúde do Pontífice, organizado pelo Vicariato da Cidade do Vaticano, o cardeal enfatizou que a Virgem, “Mãe da Santa Esperança, assiste, restaura e consola todos aqueles que recorrem à sua ajuda”, esperando que ela seja também “um sinal de consolação, de esperança segura”.

Fiéis na Praça São Pedro (Vatican Media)

Diante da imagem de “Maria Mãe da Igreja”, colocada no pórtico da basílica vaticana, o prefeito do Dicastério para os Bispos conduziu a oração mariana na presença de cardeais, prelados, sacerdotes, religiosos e religiosas da Cúria Romana e da diocese de Roma e de centenas de fiéis que, desde 24 de fevereiro, às 21 horas de cada dia, se reúnem no abraço do hemiciclo de Bernini para confiar a recuperação de Francisco à intercessão da Virgem.

Após a meditação dos mistérios gozosos e a recitação do “Salve Regina”, e depois da Ladainha Lauretana, o cardeal Prevost invocou Deus para que envie o seu Espírito “para nos ajudar em nossa fraqueza, para que, perseverando na fé, possamos crescer no amor e caminhar juntos até a meta da bem-aventurada esperança”. Por fim, a assembleia entoou o “Oremus pro Pontifice nostro” que se concluiu com a bênção do cardeal.

A oração do Terço na noite desta terça-feira será conduzida pelo cardeal Arthur Roche, prefeito do Dicastério para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Da Vida de São Casimiro, escrita por um autor quase contemporâneo

São Casimiro (Liturgia das Horas Online)

Da Vida de São Casimiro, escrita por um autor quase contemporâneo

(Cap. 2-3,Acta Sanctorum Marti 1, 347-348)

Dispôs de seus tesouros segundo os preceitos do Altíssimo

Uma caridade quase inacreditável, não fingida mas sincera, inflamava o coração de Casimiro no amor de Deus todo-poderoso, pela ação do Espírito divino. E de tal modo este amor transbordava espontaneamente para com o próximo, que não havia alegria maior, nada lhe era tão agradável quanto dar o que era seu e entregar-se inteiramente aos pobres de Cristo, aos peregrinos, aos doentes, aos prisioneiros e aos sofredores.

Para as viúvas, órfãos e oprimidos não era apenas tutor e defensor: era pai, filho e irmão.

Seria necessário escrever uma longa história, se quiséssemos narrar uma por uma as obras de caridade com que demonstrava seu amor para com Deus e os homens.

Dificilmente se poderá descrever ou imaginar o seu amor pela justiça, a sua temperança, a sua prudência, a sua constância e fortaleza de ânimo. E tudo isso, justamente naquela idade da juventude em que os homens costumam ser mais impetuosos e inclinados para o mal.

Lembrava diariamente ao pai o dever de governar com justiça o reino e povos que lhe estavam submetidos. E se, às vezes, ocorria que, por descuido ou fraqueza humana, alguma coisa era negligenciada no governo, nunca deixava de chamar com delicadeza a atenção do rei.

Abraçava e defendia como suas as causas dos pobres e infelizes; por isso o povo se pôs a chamá-lo “defensor dos pobres”. Apesar de filho do rei e de ascendência nobre, nunca se mostrou orgulhoso, no trato ou nas palavras, com qualquer pessoa, por mais humilde e pequena que fosse.

Sempre preferiu estar no meio dos humildes e pobres de coração – dos quais é o reino dos céus – a se ver entre os ilustres e poderosos deste mundo. Nunca ambicionou nem aceitou o poder, mesmo quando o pai lhe ofereceu. Temia, na verdade, que seu ânimo fosse ferido pelo aguilhão das riquezas, que nosso Senhor Jesus Cristo chamava de espinhos, ou pudesse ser contaminado pelo contágio das coisas terenas.

Todos os de casa, seus camareiros e secretários, homens de grande valor, dos quais alguns ainda vivem, que o conheciam por dentro e por fora, afirmam e testemunham que ele viveu e se conservou virgem até o fim de seus dias.

Fonte: https://liturgiadashoras.online/

São Casimiro

São Casimiro (A12)
04 de março
Localização: Polônia
São Casimiro

Casimiro, nascido em Wawel, Cracóvia, na Polônia, com o título de grão-duque da Lituânia em 1458, foi o 13º filho do rei Casimiro IV da Polônia e da rainha Isabel de Habsburgo da Áustria. Todos os seus irmãos e irmãs foram coroados.

De sua mãe recebeu excelente educação e formação espiritual, e desde pequeno buscou a simplicidade, sem se deixar encantar pelo luxo. Os faustos da realeza não o seduziam, e jovem ainda fez voto de castidade, acompanhado de penitências e jejuns, e tão rigorosos que chegaram a afetar a sua saúde. Usava cilício e dormia no chão. Transformou o próprio quarto numa cela, onde dedicava-se à oração, solidão e ascese.

Tinha direito ao trono da Hungria, mas desistiu de reivindicá-lo para evitar disputas. Renunciou à coroa como havia renunciado aos prazeres mundanosDevoto de Nossa Senhora, a Ela consagrou-se, divulgando Suas virtudes.

Contudo, aos 17 anos, auxiliou o pai temporariamente ausente governando a Lituânia, que fazia parte do reino, na qualidade de grão-duque. Atuou com competência, prudência e retidão, ganhando a admiração e afeto do povo. Na volta do rei, preferiu novamente retirar-se do governo. Depois disso, seu pai quis casá-lo, mas Casimiro recusou, preferindo ser fiel ao celibato.

Contraindo uma tuberculose, veio a falecer com apenas 25 anos em Grodno (ou Hrodna), na Bielorrússia, em 4 de março de 1484. Foi sepultado em Vilnius, capital da Lituânia, onde 120 anos depois seu corpo foi constatado incorrupto – nem mesmo as suas roupas haviam deteriorado, apesar da grande umidade do local. Sobre seu peito, estava uma poesia dedicada à Nossa Senhora, com a qual havia pedido para ser enterrado.

 São Casimiro é padroeiro da Lituânia, bem como da sua juventude, e da Polônia.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho

Reflexão:

“Casimiro” significa “grande no comandar”, e assim fez este santo, no autocomando da sua alma e do seu corpo. De fato, viveu de forma heroica muitas virtudes, especialmente a castidade, ao buscar de forma consciente afastar-se das concupiscências num ambiente onde o luxo e a vaidade estavam presentes. Sua entrega a Maria Santíssima, porém, mostra que em qualquer situação é possível a fidelidade a Cristo, e trocando a saúde do corpo pela da alma, foi capaz de manter a retidão pessoal e para com os demais, familiares, súditos e necessitados.

Oração:

Ó Deus de infinita realeza, concedei-nos por intercessão de São Casimiro a nobreza da alma e do caráter, em especial a fidelidade e apreço da juventude atual para com a castidade santa, de modo a que possamos reinar sobre nós mesmos submissos à Virgem Maria, pela vida de oração e de caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, e Nossa Senhora. Amém.

Fonte: https://www.a12.com/

segunda-feira, 3 de março de 2025

Papa no Gemelli: condições estáveis, sem ventilação mecânica

Papa Francisco no Gemelli (Vatican News)

A Sala de Imprensa da Santa Sé publicou um novo boletim com atualizações sobre o estado de saúde do Santo Padre: continua recebendo oxigênio, não tem febre. O prognóstico permanece reservado. Esta manhã, participou da missa.

Vatican News

ATUALIZAÇÃO: "O Papa dormiu bem toda a noite", informou a Sala de Imprensa da Santa Sé no Telegram, na manhã desta segunda-feira, 3 de março.  Ao acordar, o Papa tomou café da manhã e começou os tratamentos diários. No final do dia, haverá uma atualização sobre sua condição clínica.

Eis o boletim vespertino deste domingo, 2 de março, publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé sobre as condições de saúde do Papa Francisco:

"A condição clínica do Santo Padre permaneceu estável hoje; o Papa não precisou de ventilação mecânica não invasiva, mas apenas de oxigenoterapia de alto fluxo; ele está apirético.

Considerando a complexidade do quadro clínico, o prognóstico permanece reservado.

Esta manhã, o Santo Padre participou da Santa Missa com aqueles que estão cuidando dele durante esses dias de hospitalização, e depois alternou descanso e oração."

Segundo informado, não resultam consequências diretas da crise isolada de broncospasmo de sexta-feira passada. Todavia, permanece o risco de criticidade e por isso o prognóstico permanece reservado.

Em pração pelo Papa Francisco (Vatican News)

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

REALIDADE: «Muitos só pedem que a Igreja seja ela mesma» (II)

Detalhe do mosaico da abside da Basílica de Sant'Ambrogio, Milão | 30Giorni

Arquivo 30Giorni n. 02/03 - 2010

"Da boca das crianças, Senhor, fizeste louvores a ti mesmo."

«Muitos só pedem que a Igreja seja ela mesma»

«A Igreja não pode ter medo de parecer cordial com os outros na vida pública. Mas é fato que seu verdadeiro tesouro é o Evangelho lido em nós pelo Espírito Santo. Um tesouro de oração e humildade." Entrevista com o Cardeal Carlo Maria Martini.

Entrevista com o Cardeal Carlo Maria Martini por Gianni Valente

Mas será que esse sentimento de alienação, tão diferente dos protestos e críticas das gerações anteriores, pode realmente ser superado ao propor o caminho de uma vida desafiadora, exigente e difícil?

MARTINI: Você não pode esperar que alguém faça sacrifícios a menos que primeiro tenha experimentado o quão tentadora é a linha de chegada. Mas o que pode impressionar os outros é a caridade em ação. E nela o Espírito é a primeira realidade. Santo Tomás diz que a lei do Novo Testamento é o Espírito Santo, as outras leis são secundárias. São Paulo enfatiza que a observância ética em si não pode ser plenamente alcançada como fruto do homem e do seu trabalho. Muitas vezes esquecemos disso, mesmo na Igreja, e então tentamos mostrar nossa força e rigor. Mas acima de tudo, a caridade só é possível se o Espírito Santo estiver presente. É a graça do Espírito que torna fácil o que para os homens parece difícil ou mesmo prodigioso.

Dizem que a Igreja está sob ataque. Muitos falam de cristianofobia. Mesmo entre nós há quem fale de uma Itália anticristã. De onde vem tudo isso? Da hostilidade do mundo descristianizado?

MARTINI: A hostilidade pode ser útil de certa forma. Ela destaca a indefesa da Igreja, que sempre foi confiada ao Senhor. Contudo, a Igreja goza também da estima e da cordialidade de muitos, que pedem apenas que a Igreja seja o Evangelho, isto é, que seja ela mesma.

O Evangelho é suficiente? Ela é frequentemente acusada de ser a defensora de uma Igreja sem dogmas e estruturas. Uma Igreja cheia de humildade e misericórdia, sem preceitos.

MARTINI: Se você pensar nas muitas propostas religiosas que existem no mundo, o que nos distingue dos outros é Jesus e sua Igreja, quando eu ainda lia nos jornais que eu sou o “líder dos progressistas”, agora eu rio disso.

Para alguns, a resposta apropriada a essa situação hostil é aumentar a proeminência pública da Igreja.

MARTINI: A Igreja não pode ter medo de parecer cordial com os outros na vida pública. Mas é fato que seu verdadeiro tesouro é o Evangelho lido em nós pelo Espírito Santo. Um tesouro de oração e humildade. E de fato o Evangelho é testemunhado no mundo como Jesus indicou no Sermão da Montanha, que já citei. Estas não são propostas “confessionais”. Elas também têm uma conotação secular. Elas falam com todos os homens. Porque elas dão uma ideia de um jeito desejável de ser homem, um jeito que todo mundo gostaria de ter por perto.

Estas são semanas tempestuosas para o escândalo da pedofilia. Como você avalia essa situação? Que chamado surge para a Igreja nessas circunstâncias?

MARTINI: Tudo isso certamente pode ajudar a humildade em todos. Mas as palavras de Jesus também se aplicam: houve ações graves, e quem escandalizou os pequenos, seria melhor para ele que uma pedra de moinho fosse pendurada no pescoço e fosse lançado ao mar. Isso não tira o fato de que também há grande hipocrisia. Há total liberdade sexual, a publicidade usa motivos sexuais até para crianças.

Como podemos defender o Papa das tentativas de implicá-lo nesses eventos?

MARTINI: O Papa não precisa ser defendido, porque sua irrepreensibilidade, seu senso de dever e sua vontade de fazer o bem são claros para todos. As acusações feitas contra ele nos últimos dias são desprezíveis e falsas. Será bom ver a união de todos os homens de boa vontade ao seu lado e apoiando-o em sua difícil tarefa.

O Cardeal Carlo Maria Martini e o Cardeal Dionigi Tettamanzi entram em procissão na igreja de Santa Catarina, em Belém, em 15 de março de 2007, por ocasião da peregrinação à Terra Santa [© ITL/Mariga/Diocese de Milão] | 30Giorni

Em sua carta aos católicos irlandeses, Bento XVI pediu a todos que jejuassem, orassem, lessem a Sagrada Escritura e fossem ao sacramento da confissão "para obter a graça da cura e da renovação para a Igreja na Irlanda".

MARTINI: Essas coisas se aplicam às comunidades nas quais esses casos ocorreram, assim como se aplicam a toda a Igreja. Mas para os protagonistas desses casos, onde há uma perversão e uma compulsão interna, a intervenção de psicoterapeutas também é necessária. Trata-se de entender a razão dessas compulsões e como é possível controlá-las, e outros meios não entram nesse aspecto específico.

Ela é frequentemente retratada como uma crítica às deficiências e limitações da Igreja. Você se encontra em descrições semelhantes?

MARTINI: A Igreja, considerada em sua totalidade, é cheia de santidade e força interior. A imprensa é muito eloquente sobre incidentes específicos, mas em todo o mundo há muitas pessoas leais, boas e dedicadas que agem sem fazer alarde. E sou muito grata a Deus, por ter conseguido sobreviver a esse momento. Eu nunca quis viver em tempos como a Reforma Protestante, ou o Cisma do Oriente, ou o tempo do Cisma do Ocidente, quando havia dois papas, um em Roma e o outro em Avignon. Agora, a Igreja está fazendo um belo show. Há limitações e deficiências inevitáveis, e elas também fazem parte do plano misterioso da vontade de Deus.

Então não é verdade que seu sentimento dominante seja uma espécie de amargura, centrada na denúncia de fraquezas e carreirismo.

MARTINI: Sempre agradeço a Deus pela forma como Ele acompanhou minha vida, pelas muitas pessoas que Ele colocou ao meu lado ao longo do caminho. Eu sempre digo que Ele também me mimou. Toda a minha vida me mostrou que Deus é bom e prepara o caminho para cada um de nós. Eu tinha tanto, que também dei o que pude. E eu sou verdadeiramente feliz diante Dele.

Fonte: https://www.30giorni.it/

O significado e a origem das cinzas de Quaresma

Imagem ilustrativa | Unsplash

O significado e a origem das cinzas de Quaresma

Por Yhonatan Luque Reyes*

3 de março de 2025

A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas, quando acontece o rito da imposição das cinzas. Mas qual é o significado e a origem das cinzas usadas neste tempo litúrgico?

Significado das cinzas na Quaresma

Bento XVI disse durante uma audiência geral que a cinza é um sinal que convida os cristãos à penitência e a intensificar o compromisso de conversão para seguir cada vez mais o Senhor.

Segundo Antonio Lobera y Abio, padre do século XIX e autor do livro "El porqué de todas las ceremonias de la Iglesia y sus misterios" (O porquê de todas as cerimônias da Igreja e seus mistérios, em tradução livre ao português), esta penitência deve vir acompanhada de arrependimento e dor por ter ofendido a Deus.

O artigo 125 do Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia diz que o rito da imposição das cinzas, longe de ser "um gesto puramente exterior, a Igreja o conservou como sinal da atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir no itinerário quaresmal”.

As cinzas também simbolizam a mortalidade dos homens. Isso se reflete claramente quando o padre impõe cinzas na testa dos fiéis enquanto diz "lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar".

Origem

No Antigo Testamento, as cinzas são usadas para expressar luto (Jeremias 6,26), desejo de obter algum favor de Deus (Daniel 9,3) e arrependimento (Judite 4,11).

A Enciclopédia Católica diz que durante a Quinta-feira Santa os primeiros cristãos colocavam cinzas sobre a cabeça e um "hábito penitencial", como símbolo de penitência pública.

Embora a Quaresma tenha adquirido um caráter totalmente penitencial no século IV, só no século XI que o rito da imposição de cinzas na Quarta-Feira de Cinzas foi implementado.

O rito da imposição das cinzas rapidamente se espalhou pela Igreja Católica e tornou-se uma parte importante da Quaresma.

Atualmente, outras denominações cristãs (anglicanos, luteranos, metodistas, presbiterianos, ortodoxos) também utilizam a cinza no início da Quaresma, embora seus ritos sejam diferentes aos da Igreja Católica.

*Yhonatan Luque Reyes es redator de ACI Prensa. Cuenta con 10 años de experiencia en el desarrollo, creación de contenido y posicionamiento de sitios web, y ha desarrollado exitosas iniciativas de evangelización en redes sociales.

Fonte: https://www.acidigital.com/noticia/54524/o-significado-e-a-origem-das-cinzas-de-quaresma

Quaresma, De Donatis presidirá a liturgia das cinzas no Aventino

Na Quarta-feira de Cinzas haverá o rito de imposição das Cinzas na Basílica de Santa Sabina em Roma (Vatican Media)

O Departamento das Celebrações Litúrgicas Pontifícias anuncia que, por causa da internação do Papa no Hospital Gemelli, o penitencieiro-mor presidirá a celebração que marca o início do tempo de preparação para a Páscoa. Liturgia estacional na Igreja de Santo Anselmo no Aventino seguida da procissão penitencial até a Basílica de Santa Sabina. O evento será transmitido pela Rádio Vaticano-Vatican News, em português, a partir das 12h30 no horário de Brasília.

Vatican News

O Departamento das Celebrações Litúrgicas Pontifícias informa que na Quarta-feira de Cinzas, 5 de março, dia que marca o início da Quaresma, às 16h30 locais, o cardeal Angelo De Donatis, penitencieiro-mor e delegado do Papa Francisco, presidirá a liturgia estacional na Igreja de Santo Anselmo no Aventino, em Roma, seguida da procissão penitencial até a Basílica de Santa Sabina.

A procissão contará com a presença de cardeais, arcebispos, bispos, monges beneditinos de Santo Anselmo, padres dominicanos de Santa Sabina e alguns fiéis. No final da procissão, será celebrada a missa, na Basílica de Santa Sabina, com o tradicional rito de imposição das cinzas.

O evento será transmitido pela Rádio Vaticano-Vatican News, em português, a partir das 12h30 no horário de Brasília.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

domingo, 2 de março de 2025

REALIDADE: «Muitos só pedem que a Igreja seja ela mesma» (I)

Bento XVI e Carlo Maria Martini [© Osservatore Romano] | 30Giorni

Arquivo 30Giorni n. 02/03 - 2010

"Da boca das crianças, Senhor, fizeste louvores a ti mesmo."

«Muitos só pedem que a Igreja seja ela mesma»

«A Igreja não pode ter medo de parecer cordial com os outros na vida pública. Mas é fato que seu verdadeiro tesouro é o Evangelho lido em nós pelo Espírito Santo. Um tesouro de oração e humildade." Entrevista com o Cardeal Carlo Maria Martini.

Entrevista com o Cardeal Carlo Maria Martini por Gianni Valente

“Primeiro aprendemos, depois ensinamos, depois recuamos e aprendemos a ficar em silêncio. E no quarto estágio, o homem aprende a mendigar." O provérbio indiano que ele quis citar em um de seus últimos livros, para o Cardeal Carlo Maria Martini, representa quase uma fotografia de sua longa vida. Ele aguarda a Páscoa na tranquilidade laboriosa do Aloisianum, o glorioso lar dos jesuítas em Gallarate, enquanto mesmo naquele canto isolado os ecos das tempestades midiáticas que mais uma vez atingem sua Igreja chegam até ele. Ele diz que sente muita falta de Jerusalém. Com palavras inusitadas para a Cidade Santa, ele explica que para ele aquele lugar tem um efeito quase tônico, porque «é muito rico em lugares e motivos que impelem à ação. Graças a Deus”, acrescenta, “conservo também aqui esse desejo de sair de mim mesmo e lançar-me nas coisas que Jerusalém me transmitiu”.

O que ele pede agora em suas orações miseráveis?

CARLO MARIA MARTINI: Agora minha mendicância também é física, o que me obriga a pedir ajuda a alguém, talvez à noite. Esta é a primeira pobreza que o Senhor me faz passar agora, mas não me custa muito, porque assim dou aos outros a oportunidade de realizar atos de caridade. Então agora minha oração é pela Igreja de Milão, é uma oração de intercessão por todas as realidades e pessoas da diocese, que recomendo uma por uma à graça de Deus. Pela Igreja do mundo - mas talvez esse objetivo seja grande demais - peço que a fé e a esperança aumentem e que se expressem na caridade. Estas são as virtudes às quais Bento XVI também dedicou suas encíclicas.

Ela falou sobre sua oração de intercessão. Em seu livro recente, Something So Personal , ele reuniu algumas de suas meditações sobre os muitos aspectos da oração.

MARTINI: Há muitas maneiras de rezar. Há a oração de petição, que pede milagres, curas e maravilhas, como ver almas que se odiavam virem a perdoar umas às outras; há a oração de louvor, ou a oração daqueles que lutam, se esforçam, são frágeis; daqueles que precisam de perdão, ou dos pobres que precisam de pão. Mas o que distingue a oração cristã da oração, por mais elevada que seja, de outras religiões, é que a oração cristã é um dom direto de Deus, que nos envia o Espírito. Podemos dizer: Senhor, eu não sou capaz, faça essa oração em mim, coloque-a em meu coração. E o ápice da oração é a oração de entrega, a entrega de nossas vidas em suas mãos.

Nesse livro há algumas páginas dedicadas à oração do velho Simeão. E ela se concentra na imagem do velho abraçando a criança. Ele escreve: «Simeão representa cada um de nós diante da novidade de Deus», que «se apresenta como criança». Ela escreveu seu último livro, Uma Palavra para Você, especialmente para crianças. Páginas bíblicas narradas aos pequenos , com reflexões sobre algumas páginas bíblicas narradas aos pequenos.

MARTINI: "Da boca das crianças e dos recém-nascidos, Senhor, saíste o teu louvor": esta é a frase do salmo citado por Jesus, quando os sumos sacerdotes e os anciãos o criticam por acharem inapropriado o grito de hosana das crianças dirigido a ele. Hoje em dia, as crianças muitas vezes me parecem abandonadas. As notícias de hoje nos mostram o quão indefesos eles estão diante dos danos que podem ser causados ​​a eles. Mas o que me impressiona neles é essa abertura natural e confiante em relação aos pais e à vida, que também é essencial na fé.

Às vezes, em vez de incentivar e nos comover com essa abertura, buscamos técnicas e estratégias que aproximem as crianças da fé. O que você espera deles?

MARTINI: A fé é transmitida às pessoas a partir do ambiente que as cerca, mas pode então entrar concretamente em cada pessoa por quatro vias: a cabeça, o coração, as mãos e os pés. Ou seja, formação humana e intelectual, oração ou trabalho com as próprias mãos para ajudar os outros. Dependendo do tipo, uma ou outra funciona como rota preferencial.

E o que os pés têm a ver com isso?

MARTINI: Os escoteiros usam os pés para percorrer quilômetros em suas caminhadas.

No entanto, em outro de seus livros recentes, é relatada a objeção de um menino: «Não sei o que fazer com a fé. Não tenho nada contra, mas o que a Igreja deveria me dar? […] Estou bem, o que mais preciso?”.

MARTINI: Muitos jovens têm o inferno no coração, não há como negar. No entanto, vejo que para os jovens que não sabem nada sobre a Igreja, muitas vezes é mais fácil começar pelas mãos. Eles se dedicam a obras de caridade quando veem outros fazendo coisas com paz e serenidade em seus corações.

Fonte: https://www.30giorni.it/

“Por que reparas no cisco no olho do teu irmão, e a trave no teu próprio olho não percebes?”

Palavra de Vida Março 2025 (Editora Cidade Nova)

“Por que reparas no cisco no olho do teu irmão, e a trave no teu próprio olho não percebes?” (Lc 6,41) | Palavra de Vida Março 2025.

por Organizado por Augusto Parody Reyes com a comissão da Palavra de Vida.   publicado às 00:00 de 21/02/2025, modificado às 09:43 de 21/02/2025

Tendo descido da montanha, depois de uma noite de oração, Jesus escolhe os seus apóstolos. Chegando a um lugar plano, faz-lhes um longo discurso que começa com a proclamação das Bem-aventuranças.

No texto de Lucas, diferentemente do Evangelho de Mateus, as Bem-aventuranças são apenas quatro e se referem aos pobres, aos que passam fome, aos sofredores e aos aflitos. Lucas acrescenta ainda quatro advertências contra os ricos, os fartos e os arrogantes(1). Na sinagoga de Nazaré(2), Jesus tinha assumido a missão de cumprir esta predileção de Deus pelos últimos, ao afirmar que sobre Ele está o Espírito do Senhor e que leva a Boa Nova aos pobres, a libertação aos presos e a liberdade aos oprimidos.

Jesus continua seu discurso exortando os discípulos a amar até mesmo os inimigos(3). Essa mensagem encontra a raiz de sua motivação no comportamento do Pai Celeste: “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). Essa afirmação é também o ponto de partida para o que vem a seguir: “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados” (Lc 6,37). 

Mais adiante Jesus adverte, por meio de uma imagem deliberadamente exagerada:

“Por que reparas no cisco no olho do teu irmão, e a trave no teu próprio olho não percebes?”

Jesus conhece realmente o nosso coração. Quantas vezes, na vida quotidiana, fazemos esta triste experiência: é fácil criticar, até severamente, os erros e as fraquezas de um irmão ou de uma irmã, sem considerar que, fazendo isso, atribuímos a nós mesmos um direito que pertence somente a Deus. O fato é que, para “tirar a trave” do nosso olho, precisamos daquela humildade que vem da consciência de sermos pecadores, continuamente necessitados do perdão de Deus. Somente quem tem a coragem de perceber a própria “trave”, de ver o que precisa fazer pessoalmente para se converter, será capaz de compreender as fragilidades e as fraquezas suas e dos outros, sem julgar, sem exagerar. 

Contudo, Jesus não está convidando a fechar os olhos e ficar no “deixa pra lá”. Ele deseja que seus seguidores se ajudem uns aos outros a progredir no caminho para uma vida nova. Também o apóstolo Paulo pede com insistência que nos preocupemos uns com os outros: admoestando os que levam vida desordenada, encorajando os desanimados, sustentando os fracos, sendo pacientes para com todos(4). Só o amor é capaz de realizar um serviço dessa natureza.

“Por que reparas no cisco no olho do teu irmão, e a trave no teu próprio olho não percebes?”

Como colocar em prática esta Palavra de Vida?

Além do que já foi dito, podemos pedir a Jesus, a partir deste tempo de Quaresma, que nos ensine a ver os outros como Ele os vê, como Deus os vê. E Deus vê com os olhos do coração porque o seu olhar é um olhar de amor. Depois, como ajuda mútua, poderíamos retomar uma prática que foi decisiva para o primeiro grupo de jovens do Focolare em Trento.

“No início”, dizia Chiara Lubich a um grupo de amigos muçulmanos, “nem sempre era fácil […] viver o radicalismo do amor. […] Também entre nós, em nosso relacionamento, podia-se ‘depositar um pouco de poeira’, e a unidade podia esmorecer. Isso acontecia, por exemplo, quando percebíamos defeitos, imperfeições nos outros e os julgávamos. Então, a corrente do amor mútuo esfriava. Para reagir a essa situação, pensamos um dia estabelecer um pacto entre nós, e o chamamos de ‘pacto de misericórdia’. Decidimos ver, cada manhã, o próximo que encontrávamos – em casa, na escola, no trabalho etc. –, como novo, sem nos lembrar de maneira alguma dos seus defeitos, mas cobrindo tudo com o amor. […] Era um compromisso forte, assumido por nós todas juntas, que ajudava cada uma a ser sempre a primeira a amar, à imitação de Deus misericordioso, que perdoa e esquece.(5)” 

Organizado por Augusto Parody Reyes com a comissão da Palavra de Vida.

Notas:

1) Cf. Lc 6,20-26.

2) Cf. Lc 4,16-21.

3) Cf. Lc 6,27-35.

4) Cf. 1Ts 5,14.

5) LUBICH, Chiara, O amor ao próximo, Diálogo com os amigos muçulmanos, Castel Gandolfo, 1/11/2002. Cf. LUBICH, Chiara, O amor mútuo, São Paulo: Cidade Nova, 2021, p. 102-103.

Fonte: https://www.cidadenova.org.br/editorial/inspira/4052-por_que_reparas_no_cisco_no_olho_do_teu

Reflexão para o 8° Domingo do Tempo Comum (C)

Evangelho do domingo (Vatican News)

O Evangelho, Lucas narra um ensinamento de Jesus, dizendo que, antes de querermos corrigir o nosso semelhante, temos que analisar os nossos próprios erros.

Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Celebramos neste domingo o oitavo deste Tempo Comum. Na próxima terça-feira, o Tempo Comum fará uma pausa, e, na Quarta-Feira de Cinzas, iniciaremos o Tempo da Quaresma. O Tempo Comum retomará após a Solenidade de Pentecostes e permanecerá até o fim do ano litúrgico, na Solenidade de Cristo Rei do Universo.

Estamos nos dias de Carnaval e, em nossa arquidiocese, no tempo dos retiros espirituais. Terça-feira é o dia do Carnaval, e, na Quarta-Feira de Cinzas, à 0h, inicia o Tempo da Quaresma com a celebração das Cinzas. Aproveitemos o Carnaval com consciência e moderação e, caso viagem para desfrutar o feriado prolongado, não se esqueçam da celebração da missa dominical e depois, da Quarta-Feira de Cinzas. Este ano, o Carnaval é um pouco mais tarde; aproveitemos este terceiro mês do ano para realizar nossa confissão sacramental e nos prepararmos bem para a Páscoa do Senhor.

A cada domingo, celebramos a Páscoa semanal de Cristo e recordamos a paixão, morte e ressurreição do Senhor. Dia de estarmos em família e, juntos, participarmos da celebração eucarística. Sejamos gratos ao Senhor por ter dado a sua vida por nós na Cruz e por se fazer presente entre nós através da Eucaristia, por meio do Espírito Santo. É bom e prudente, todos os domingos, agradecermos ao Senhor pela semana que tivemos e pedirmos por aquela que está iniciando.

A liturgia de hoje nos diz que, antes de olharmos o erro do outro e buscarmos corrigi-lo, temos que observar como está a nossa vida, olhar primeiramente os nossos atos para depois corrigir o outro. Infelizmente, no mundo de hoje, muitas pessoas são muito boas para apontar o dedo para o outro e indicar-lhe seus defeitos, mas essa pessoa que faz isso não olha primeiro para o seu interior. Portanto, irmãos, olhemos antes para nós do que para os outros.

A primeira leitura da missa deste domingo é do livro do Eclesiástico (Eclo 27,5-8). Esse trecho do livro do Eclesiástico nos diz para tomarmos cuidado antes de elogiarmos alguém, pois observaremos os defeitos dessa pessoa quando a ouvirmos falar. Procuremos não fazer elogios antes de conhecer alguém profundamente, pois a nossa confiança, em primeiro lugar, deve estar em Deus.

Até mesmo dentro da comunidade, no trabalho, na escola ou no bairro, antes de elogiarmos alguém ou de expormos a nossa vida para alguém que não conhecemos, procuremos primeiro conhecer essa pessoa, criar uma intimidade com ela e ouvi-la antes de falarmos de nós.

O Salmo responsorial é o 91 (92), que diz em seu refrão: “Como é bom agradecermos, agradecermos ao Senhor!” Sejamos sempre gratos ao Senhor por tudo de bom que acontece em nossa vida e por aquilo que não seja tão bom também. O Senhor saberá conduzir a nossa vida, por isso, procuremos trilhar o caminho da justiça e da paz para que as coisas boas aconteçam em nossa vida e sejamos merecedores da vida eterna.

A segunda leitura da missa deste domingo é da primeira carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 15,54-58). Nesse trecho da leitura, Paulo vai dizer que a vida venceu a morte, ou seja, a vida não termina aqui, mas continua na vida eterna. Por mais que o corpo mortal se corrompa, a nossa alma, com o corpo glorioso, vai para junto de Deus. Tudo aquilo que passamos nesta vida, tanto as dores como as alegrias, será levado em conta na vida eterna. Por isso, trilhemos o caminho da justiça, respeitando e amando os nossos semelhantes. Tenhamos a certeza de que, ao final da nossa vida terrena, seremos merecedores da vida eterna e que tudo aquilo que passamos aqui será recompensado.

O Evangelho da missa deste domingo é de Lucas (Lc 6,39-45). Nesse trecho do Evangelho, Lucas narra um ensinamento de Jesus, dizendo que, antes de querermos corrigir o nosso semelhante, temos que analisar os nossos próprios erros. Infelizmente, no mundo de hoje, muitos querem apontar o dedo para os defeitos dos outros, julgar ou condenar o próximo, mas, muitas vezes, aqueles que fazem isso têm “pecados” piores.

Portanto, antes de corrigirmos alguém, vejamos as nossas atitudes e se elas condizem com aquilo que nos diz o Evangelho ou com aquilo pelo qual estamos corrigindo o próximo. Somente Deus pode julgar o outro; é a consciência dele com Deus que fará com que durma ou não tranquilamente. Que cada um de nós possa produzir frutos bons de justiça, paz, amor e misericórdia e que não sejamos árvores secas, mas árvores verdes que produzam bons frutos e, dessa forma, possam ajudar o próximo.

Que possamos tirar palavras boas do nosso coração, palavras que confortem o próximo, e não palavras más que o destrua. Em nosso coração deve estar aquilo que recebemos da Palavra de Deus, e o que recebemos da Palavra devemos transmitir ao próximo. Agora, se não guardarmos no coração aquilo que recebemos da Palavra, não transmitiremos ao próximo palavras boas.

Celebremos com alegria este oitavo domingo do Tempo Comum, e que possamos confiar somente em Deus. Antes de corrigirmos o próximo, verifiquemos se as nossas atitudes condizem com as do Evangelho. Sejamos ainda como árvores verdes que produzam bons frutos e que ajudem o próximo a seguir no caminho do bem. Sejamos homens e mulheres bons, e que possamos produzir palavras que edifiquem o nosso irmão.

Fonte: https://www.vaticannews.va/pt

Você sabe qual é mais antigo registro audiovisual de um Papa?

Public Domain | Aleteia

J-P Mauro - publicado em 07/08/19

Aos 93 anos, o Papa Leão XIII foi filmado quando estava rezando em latim.

O Papa Bento XVI foi o primeiro papa a se comunicar pelas mídias sociais - um avanço tecnológico ao qual o Papa Francisco deu continuidade.

Embora o Vaticano nunca tenha tido a reputação de ser especialmente conhecedor de tecnologias, ao longo do século 20 o papado foi capaz de utilizar métodos modernos de comunicação para produzir éditos na própria voz do pontífice, ao invés de usar apenas a palavra escrita. Mas essa tradição realmente começou no século XIX.

O vídeo apresentado abaixo reproduz as imagens audiovisuais mais antigas de um bispo de Roma. Gravado em 1896, o filme mostra o Papa Leão XIII chegando a um evento, embora não esteja claro se é uma Missa ou um discurso papal. Na gravação de áudio, o Papa Leão recita a Ave Maria em latim.

Leão XIII foi Papa de 1878 a 1903. Durante seu pontificado, escreveu onze encíclicas sobre o tema da devoção à Virgem Maria, e por tais obras ficou conhecido como o "Papa do Rosário". Seu papado, de 25 anos, é o terceiro mais longo, atrás de Pio IX (32 anos) do apóstolo Pedro (34 anos).

Assista a este vídeo histórico.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2019/08/07/historico-o-mais-antigo-registro-audiovisual-de-um-papa

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF