O rápido avanço tecnológico e a popularização das redes
sociais estão quebrando paradigmas no modo de viver e, principalmente, na forma
de comunicar. Essa realidade do mundo digital tem transformado radicalmente a
nossa maneira de interagir com nossos semelhantes. Uma verdadeira revolução!
Dom Edson Oriolo - Bispo da Igreja Particular de
Leopoldina MG
Hoje, quando se fala em comunicação, pensa-se logo em
conectividade pela internet, especialmente nas “Redes Sociais”. É a cultura de
relacionamento midiático, que está em constante construção e supera a equação
“emissor”, “mensagem” e “receptor”, que constituía a teoria da comunicação na
década de 1980.
Destarte, as redes sociais servem para conectar pessoas,
expressar opiniões, dar acesso a notícias e todo tipo de informação, acompanhar
eventos em tempo real, compartilhar conteúdos ( fotos, vídeos e textos) e
proporcionar entretenimento. No campo do marketing, auxiliam a atrair clientes
por meio de campanhas. Podemos também dizer que nesses espaços virtuais
pessoas, instituições, grupos, marcas e empresas podem se relacionar.
As redes sociais vêm transformando radicalmente a maneira
como interagimos. Na atualidade, a socialização - troca de experiências,
conhecimentos e informações-, ocorre mais intensamente on-line do que off-line.
E a comunicação online tem causado um grande impacto em conceitos e métodos de
ciências como a psicologia, a antropologia, a sociologia. Ajuda, especialmente,
no desenvolvimento econômico, técnico, religioso e científico dos nossos
tempos.
O rápido avanço tecnológico e a popularização das redes
sociais estão quebrando paradigmas no modo de viver e, principalmente, na forma
de comunicar. Essa realidade do mundo digital tem transformado radicalmente a
nossa maneira de interagir com nossos semelhantes. Uma verdadeira revolução!
Hoje, somos mais online do que off-line.
A Datareport, uma plataforma de análise de
dados, afirma que os brasileiros estão quase sempre conectados. Quando se fala
em redes sociais, estamos em terceiro lugar mundial no tempo gasto nessas
plataformas, com uma média de 3horas e 37minutos por dia dedicados às redes
sociais. As cinco mais usadas no Brasil são: Whatsapp (147
milhões de usuários), Youtube (144 milhões), Instagram (134,6
milhões), Facebook (113 milhões) e Tik-tok (98,59
milhões). Mas é bom ressaltar que, em relação aos usuários, as mulheres
representam 55,6%, enquanto os homens 44,4%.
Nos dias de hoje, estamos, em grande maioria, 24 horas
online. Na rua, pais acessam seus celulares, enquanto os filhos, andando
ao lado, fazem o mesmo. Nos restaurantes, as pessoas colocam os celulares sobre
a mesa mesmo antes de se sentarem. Nos pontos de ônibus, todos conectados;
todos com seus aparelhos, escutando, conversando, buscando informações, se
relacionando.
Essas pesquisas nos alertam sobre a importância de nos
informarmos e nos relacionarmos por meio da internet. É fundamental o uso
das plataformas do sistema on-line - das redes sociais- para
a evangelização. É preciso estar presente neste cenário on-line, sem ter medo
de lançar as sementes do Verbo. É preciso, também saber usar das redes sociais,
que são meios de compartilhamentos eficazes para a evangelização e, com
criatividade, colocar nossa mensagem para transmitir Cristo às pessoas, nas
redes mais populares: Facebook, Linkedin, Youtube, Twitter, TikTok,
Instragram, Whatsapp, Snapchat (aplicativo de mensagens com base de
imagens). Porém, nada Overshoring (compartilhamento excessivo
de conteúdo nas redes sociais).
Exímio comunicador das verdades reveladas, Jesus Cristo usou
todos os recursos da sua época para proclamar a Boa-nova, informar (anunciar)
sobre o Reino de Deus e relacionar-se com a humanidade (fazer história). Sua
temática é plataforma de evangelização. Assim, a grande missão da Igreja é
seguir o exemplo de Cristo e revelar o comunicador do Pai; levar a Boa-nova ao
mundo inteiro.
As redes sociais fazem parte de todos os aspectos da vida
das pessoas. Muita coisa é online. A velocidade da comunicação, a expectativa
da mídia e os aplicativos são realidades com as quais devemos nos envolver para
tornar mais eficaz a nossa missão de anunciar o evangelho e de viver o
mandamento maior de amor aos irmãos. A Igreja tem que ser presença apropriada
no mundo digital para atingir a vida das pessoas. Trata-se de um novo
mundo.
“As redes sociais como terra promissora de evangelização”
nos possibilitam dinamizar a Pastoral do Encontro, que deve ter como proposta
evangélica: estar ciente de que as pessoas necessitam de ser salvas, redimidas
(resgatadas) e de se assumirem como criaturas (criação). A ação da Pastoral do
Encontro deve ser processada em distintos níveis, pois, muitos ainda precisam
ser ajudados a se valorizar como pessoas (autonomia, racionalidade,
convivência) e a saírem de si, do próprio mundo, do foco apenas na sobrevivência
material. Há pessoas que necessitam ser resgatadas em sua própria estima e de
situações conflitivas (droga, exclusão, exploração material e afetiva, prisão
etc.). Há pessoas que necessitam ser salvas de uma vida sem sentido ou sem
horizontes (a doença grave, velhice, morte iminente...).
Enfim, estar nas redes sociais é ajudar as pessoas a fazerem
a experiência do encontro com Cristo pela Palavra, a comprometerem-se com a
comunidade paroquial e eclesial missionária e a serem ainda melhores, isto é,
transparecerem o rosto do bom Deus nos lugares onde estão construindo a sua
história de Salvação. Desse modo, as redes sociais se apresentam como uma
verdadeira terra de missão, onde as pessoas podem ser alcançadas pela graça de
Deus, crescer na fé e no seu discipulado a Jesus Cristo, comprometendo-se com a
vida da Igreja.
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