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sábado, 12 de abril de 2025

Os passos da Semana Santa 2025

Jesus Cristo pendurado na cruz (CNBB)

OS PASSOS DA SEMANA SANTA 2025: NOSSA ESPERANÇA ESTÁ ENRAIZADA NA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A Igreja abre, no próximo domingo, com a celebração dos Ramos da Paixão do Senhor, a Semana Santa. Nela está o ápice do Ano Litúrgico e momento central da fé católica: o Tríduo Pascal. Nesta semana, a Liturgia do Domingo de Ramos visa recordar a Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém. Nos primeiros dias da Semana Santa, as leituras consideram o mistério da paixão. Na Missa do Crisma, as leituras sublinham a função messiânica de Cristo e sua continuação na Igreja, por meio dos sacramentos. Já o Tríduo, que tem início na quinta-feira, culmina com a vitória de Cristo sobre a morte.

Os subsídios “Igreja em Oração” e “Semana Santa 2025“, oferecidos pela Edições CNBB para conduzir as comunidades no seu caminho rumo à Páscoa, apresentam os pontos centrais da celebração de cada dia. O arcebispo-bispo de Cachoeiro do Itapemirim (ES), dom Luiz Fernando Lisboa, situa a celebração da Semana Santa neste Jubileu 2025:

“Neste ano jubilar, somos chamados a redescobrir o significado da nossa jornada como Igreja missionária e sinodal. O Jubileu nos convida a renovar a fé, e o Tríduo Pascal nos lembra que nossa esperança está enraizada na Ressurreição de Cristo”. 

Sobre o Tríduo Pascal, ele salienta aquilo que cada celebração realiza nos cristãos:

“A Eucaristia, instituída na Quinta-feira Santa, nos fortalece e compromete; a Paixão de Cristo, celebrada na Sexta-feira Santa, nos reconcilia e nos faz mais sensíveis aos sofrimentos dos pobres e da terra; e a Ressurreição, proclamada na Vigília Pascal, nos dá a força necessária para lutar pela vida em abundância”. 

“O Tríduo Pascal nos ensina a viver essa esperança de forma concreta, renovando nossa confiança em Deus, que caminha conosco, ao nosso  lado, em busca da plenitude da vida”. 

Os sinais de cada dia:

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor

A celebração toma a narração da Paixão segundo o Evangelho de São Lucas (Lc 23, 1-49). É neste dia que é realizada a Coleta Nacional da Campanha da Fraternidade.
Neste dia, a Igreja recorda a entrada do Cristo Senhor em Jerusalém para consumar seu mistério pascal. Por isso, em todas as missas comemora-se esta entrada do Senhor, conforme orientação dos subsídios litúrgicos:
– antes da missa principal, pela procissão ou pela entrada solene;
– antes das outras missas, pela entrada simples;
– em uma ou outra Missa celebrada cm grande número de fiéis, pode-se repetir a entrada solene, mas não a procissão.

Segunda-feira

Na segunda-feira, é apresentado o primeiro canto do Servo do Senhor, extraído do livro do Profeta Isaías. O salmo, que proclama que ‘O Senhor é a proteção da minha vida’, é como um farol de esperança entre as dificuldades que se avistam na primeira leitura e no Evangelho (Jo 12, 1-11), quando Jesus fala do dia da sua sepultura quando tem os pés ungidos de perfume.

Terça-feira

“Eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”, diz o segundo canto do Servo do Senhor no livro do profeta Isaías, na primeira leitura. A mensagem central deste dia passa pela Última Ceia. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa, e Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro (Jo 13, 21-33.36-38).

Quarta-feira

A liturgia da quarta-feira da Semana Santa apresenta o terceiro cântico do Servo do Senhor: “não desviei o rosto de bofetões e cusparadas”. O salmo continua reforçando a confiança no Senhor: “Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus”.

No Evangelho (Mt 26, 14-25), Jesus anuncia mais uma vez a sua morte, mas lamenta sobre a traição de Judas. A reflexão sugerida no subsídio Igreja em Oração observa que a liberdade humana e os desígnios divinos se entrelaçam: “Judas agiu em sua plena liberdade, movido talvez pela sede de dinheiro. Por outro lado, isso se torna oportunidade para que se consuma a economia salvífica. A traição de Judas transforma-se na ‘hora’ de Jesus, de sua glorificação”.

Quinta-feira

Duas grandes celebrações ocorrem na Quinta-feira Santa: pela manhã, a Missa do Crisma, que reúne todo o clero de cada diocese, e à noite, a celebração da Ceia do Senhora, dando início ao Tríduo Pascal.

Na missa do Crisma, há a renovação das promessas sacerdotais, a benção dos óleos dos enfermos e dos catecúmenos e a consagração do óleo do Crisma. A liturgia recorda o ungido do Senhor, enviado “para dar a boa-nova aos humildes”. No Evangelho (Lc 4,16), Jesus anuncia o cumprimento da escritura do livro do profeta Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”.

Missa Vespertina da Ceia do Senhor

À noite, o início do Tríduo Pascal, no qual se faz a memória da morte, da sepultura e da Ressurreição de Jesus. É a “passagem do Senhor que, em uma ceia judaica, nos deu a nova Ceia, memoria de sua entrega total”, sublinha o subsídio Igreja em Oração. Nesta Missa, a Igreja também celebra a instituição da Eucaristia, do mandamento do amor e do sacerdócio. O gesto do lava-pés ensina a estar a serviço uns dos outros, na caridade, unidade e humildade.

Ao final dessa celebração, há a Transladação do Santíssimo Sacramento, numa procissão até o lugar da reposição, preparado em alguma parte da Igreja ou numa capela convenientemente ornada. Ali, é rezado o Ofício da agonia do Senhor.

Sexta-feira da Paixão do Senhor

A sexta-feira é dia de jejum e abstinência. Na celebração da Paixão, às três horas da tarde, são três partes: liturgia da Palavra, adoração da Cruz e sagrada Comunhão. O altar deve estar totalmente despojado, sem cruz, castiçais ou toalha. As leituras são as seguintes: Isaías 52,13-53,12; Salmo 30(31),2.6.12-13.15-16.17.25, com a resposta de Lucas 23,46; Hebreus 4,14-16;5,7-9; e o Evangelho de João 18,1-19,42.

Da sexta até o sábado, a Igreja não celebra os sacramentos, com exceção da Penitência e da Unção dos Enfermos.

O convite é que os cristãos celebrem “envoltos tanto pelo mistério da Cruz quanto pelo sofrimento do Cristo que prepara o gozo pascal”.

Sábado Santo

Pela manhã, a motivação é que seja meditado o “Ofício da manhã no Sábado Santo”, rezado na igreja despojada, sem velas, flores ou cruz. O roteiro está disponível nos subsídios litúrgicos oferecidos pelas Edições CNBB.

No Especial Semana Santa e no Oficio das Leituras do Sábado Santo, há uma antiga homilia no Grande Sábado Santo que pode ajudar nas reflexões.

À noite, há a Vigília Pascal na Noite Santa, “uma vigília em honra do Senhor, segundo antiquíssima tradição”. Essa vigília é a mais sublime e nobre de todas as Solenidades, e se realiza da seguinte maneira: após a celebração da luz e da proclamação da Páscoa, há a meditação das maravilhas que Deus realizou desde o início para seu povo que confia em sua Palavra e sua promessa, até que ao despontar da manhã, com os novos membros que renasceram no Batismo, ela é convidada à mesa que o Senhor preparou para o seu povo: o memorial de sua morte e ressurreição, até que Ele venha.

Domingo da Ressurreição

A Liturgia apresenta a pregação de Pedro sobre o ministério de Jesus e sua ressurreição (At 10,34a.37-43); O salmo (Sl 117(118),1-2.16ab-17.22-23) proclama “Este é o dia que o Senhor fez para nós”. Para a segunda leitura, são duas opções: da Carta aos Colossenses (Cl 3,1-4) ou da Primeira Carta aos Coríntios (1Cor 5,6b-8). O Evangelho narra a ida dos discípulos ao túmulo de Jesus (Jo 20,1-9): “De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos”.

Por Luiz Lopes Jr

Fonte: https://www.cnbb.org.br/

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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF