O fr. Pasolini deixou aos fiéis uma questão existencial
sobre a Páscoa de Jesus: se uma pessoa não está feliz com o que a vida lhe
permite viver, a que serve voltar a viver depois da morte?
Vatican News
O pregador da Casa Pontifícia, fr. Roberto Pasolini, fez
nesta sexta-feira, 4 de abril, a sua terceira meditação da Quaresma, que foi acompanhada pelo
Papa Francisco em conexão do seu quarta na Casa Santa Marta, onde prossegue sua
convalescença.
De fato, o primeiro pensamento do sacerdote foi ao Santo
Padre, dedicando a ele sua reflexão sobre o tema "Saber levantar-se",
para que retome o "leme da Igreja neste tempo de Jubileu".
Para o frade capuchinho, o momento mais inspirador da vida
de Cristo é a ressurreição.
"Ao contemplar esse estágio do evento cristológico, tão
decisivo e tão misterioso, podemos obter a luz de que precisamos para
direcionar nossos passos no caminho certo, sem nutrir expectativas falsas ou
excessivamente ideais sobre o que a vontade de Deus nos chama a viver",
afirmou.
"Olhar para a ressurreição significa não nos deixarmos
dominar pelo medo do sofrimento e da morte, mas manter o olhar fixo na meta
para a qual o amor de Cristo nos guia", acrescentou fr. Pasolini, que
porém deixa aos fiéis uma questão existencial sobre a Páscoa de Jesus (segundo
vídeo):
Se uma pessoa não está feliz com o que a vida lhe permite
viver, a que serve voltar a viver depois da morte?
As narrativas das aparições mostram que a ressurreição de
Jesus não pode de forma alguma ser considerada a reanimação de um cadáver, mas
o despertar, ou melhor, a ressurreição de uma pessoa viva. A vida nova e eterna
que o Pai concedeu ao Filho após seu sepultamento não é outra existência, mas a
consequência dessa vida tão plena e transbordante de bondade que a morte não
pôde aniquilar.
"Cristo não improvisou sua ressurreição, mas a preparou
ao longo do tempo, aprendendo a viver aquelas disposições interiores nas quais,
silenciosamente, a semente da vida eterna amadurece", concluiu o Fr.
Pasolini
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