Por Antonio Gaspari
ROMA, terça-feira, 18 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - A aprovação do Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal pelas autoridades da Santa Sé confirma a validade da liturgia, da catequese e das obras desta fundação de bens espirituais que conta com quase um milhão de seguidores.
Foi o que afirmou Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, logo após o encontro com o Papa Bento XVI, durante uma entrevista coletiva concedida nas proximidades da Porta Angélica, que dá acesso ao Vaticano.
O fundador do Caminho mencionou o longo percurso pessoal e da fundação até chegar a este reconhecimento.
Argüello falou das “muitas dificuldades, dos preconceitos de párocos e bispos, de acusações e de histórias estranhas contadas por alguns que não conhecem o Caminho”. Também falou “da disponibilidade, da ajuda e da solicitude com a que a Igreja e os pontífices ajudaram o Caminho Neocatecumenal”.
O primeiro a apoiar o Caminho foi Paulo VI. Esse Papa quis sua presença nas paróquias de Veneza quando era ainda patriarca. João Paulo II o reconheceu “como um caminho de formação católica, válido para a sociedade e os tempos atuais”. Bento XVI conheceu os neocatecumenais quando era professor em Regensburg e trabalhou para introduzi-los nas paróquias da Alemanha.
Apesar das acusações, que se mostraram falsas, de dividir as comunidades paroquiais e entrar em conflito com a pastoral de párocos e bispos, o Caminho Neocatecumenal cresceu e encheu igrejas e seminários, com famílias numerosas que cada vez mais se oferecem para levar a missão católica ao mundo.
Presentes em 1.320 dioceses de 110 países nos cinco continentes, são 20.000 comunidades ativas em 6.000 paróquias. Só em Roma, o Caminho está presente em 100 paróquias e 500 comunidades. Em Madri, são 85 paróquias e 300 comunidades.
No encontro com Bento XVI na Basílica de São Pedro, em 10 de janeiro de 2009, por ocasião dos 40 anos da primeira comunidade neocatecumenal em Roma, Kiko apresentou ao Papa as primeiras 14 comunidades de Roma dispostas a deixar sua paróquia, onde tinham concluído o itinerário neocatecumenal, para ir, a convite dos párocos, até regiões marginalizadas: bairros degradados, tomados pela violência e pelas drogas, habitados por famílias destruídas e imigrantes discriminados, onde a Igreja tem dificuldades para estar presente e ajudar as pessoas.
A eficácia e a força da catequese do Caminho é demonstrada também pela abertura de 78 seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, dos quais 37 estão na Europa, 26 na América, 7 na Ásia, 6 na África e 2 na Austrália.
Desde 1990, ano das primeiras ordenações, até hoje, os presbíteros ordenados nos seminários Redemptoris Mater são mais de 1.600. Cerca de 2.000 estão atualmente em preparação para as ordens sagradas.
Confirmando uma profunda vocação missionária, desde 1985 o Caminho envia famílias numerosas para lugares onde a fé está desaparecendo ou nunca chegou.
Em 1985, Kiko, Carmen e o padre Mario apresentaram a João Paulo II um projeto para reevangelizar o norte da Europa com o envio de famílias missionárias, acompanhadas por padres. Em 1986, o Papa enviou as primeiras três famílias: uma para o norte da Finlândia, outra para o bairro vermelho de Hamburgo e a terceira para Estrasburgo.
Hoje, o número das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização em 78 países é de mais de 800, com 3.097 filhos, das quais 389 na Europa, 189 na América, 113 na Ásia, 56 na Austrália, 46 na África e 15 no Oriente Médio.
São famílias que, mediante o anúncio do Evangelho e um roteiro de iniciação cristã que dura vários anos, foram reconstruídas, redescobriram o dom da comunhão, se abriram para a vida. Por gratidão a Deus e à Igreja, elas se oferecem para ir a dioceses em que os bispos achem necessário o testemunho de uma família cristã.
Para explicar a eficácia do Caminho, Kiko apresentou sua experiência de vida. Ateu, comunista radical, cheio de preconceitos contra a Igreja e o cristianismo, ele tinha chegado ao ponto de querer suicidar-se.
Depois de uma experiência pessoal de conversão, ele passou três anos junto aos mais pobres entre os pobres na favela de Palomeras Altas, em Madri. Ali, tendo encontrado a fé, Kiko iniciou o Caminho Neocatecumenal.
“A pergunta que devemos responder todos, também os bispos e os cardeais”, disse Kiko, “é o que significa ser cristãos hoje”.
“Não se trata de responder com filosofias ou citando livros, mas com a convicção profunda de que o cristianismo é a religião do amor”.
“Amai-vos como eu vos amei, disse Jesus, e só o seu grandíssimo amor nos dá a força para superar os sofrimentos e a morte”.
“A fé em Jesus nos dá a vida eterna”, ressaltou Kiko, “e podemos reconquistar aqueles que abandonaram a Igreja ou que nunca a conheceram, só com a beleza do amor que caracteriza as nossas comunidades”.
El Papa ratifica la aprobación de la Iglesia al Camino Neocatecumenal
Exhortándoles a la comunión con los obispos
ROMA, lunes 17 de enero de 2011 (ZENIT.org).- El Papa Benedicto XVI recibió hoy en audiencia a siete mil miembros del Camino Neocatecumenal, entre ellos cerca de 2.000 seminaristas, junto con sus iniciadores Kiko Argüello y Carmen Hernández, en el Aula Pablo VI, para el envío de 230 nuevas familias a la 46 países del mundo.
Este envío de familias se añade, según informó el Camino Neocatecumenal en un comunicado, a la apertura de trece nuevos destinos para la “misión ad gentes”, una forma particular de presencia misionera en lugares donde la Iglesia no está presentes.
Durante el encuentro, el Papa quiso subrayar la aprobación eclesial que ha recibido en los últimos años el Camino Neocatecumenal, a la que se suma la reciente aprobación definitiva de sus directorios catequéticos.
En los últimos años, afirmó el Papa, “se ha realizado con éxito el proceso de redacción de Los Estatutos del Camino Neocatecumenal que, después de un periodo razonable de validación “ad experimentum” tuvo su aprobación definitiva en junio de 2008”.
“Otro paso significativo se ha cumplido durante estos días, con la aprobación, obra de los competentes Dicasterios de la Santa Sede, del Directorio Catequético del Camino Neocatecumenal”, añadió.
“Con estos sellos eclesiales, el Señor confirma hoy y os fía nuevamente este instrumento precioso que es el Camino, de modo que podáis, en filial obediencia a la Santa Sede y a los Pastores de la Iglesia, contribuir con un nuevo celo y ardor, al redescubrimiento radical y gozoso del Bautismo y ofrecer vuestra propia contribución a la causa de la Nueva Evangelización”.
Buscar la comunión
Por otro lado, el Papa exhortó a los miembros del Camino Neocatecumenal la importancia de “buscar la comunión” con los obispos y con el resto de la Iglesia.
La Iglesia “ha reconocido en el Camino Neocatecumenal un don particular suscitado por el Espíritu Santo: como tal, tiende naturalmente a la inserción en la gran armonía del Cuerpo eclesial”, afirmó.
El Papa reconoció en el carisma neocatecumenal un “don de Dios para su Iglesia”, destacando su contribución a “reavivar y consolidar en las diócesis y parroquias la Iniciación cristiana, favoreciendo un gradual y radical redescubrimiento de la riqueza del Bautismo”.
Por ello, recordando los propios Estatutos del Camino, les recordó que éste se pone “al servicio del obispo como una modalidad de actuación diocesana de la iniciación cristiana y de la educación permanente en la fe”.
Les exhortó en este sentido a “buscar siempre una profunda comunión con los Pastores y con todos los componentes de la Iglesia particular y de los contextos eclesiales, tan diversos, entre los cuales estáis llamados a actuar”.
“La comunión fraterna entre los discípulos de Jesús es, de hecho, el primer y más grande testimonio del nombre de Jesús”, afirmó el Pontífice.
A las familias que envió posteriormente a la misión, les axhortó a que “la fe que habéis recibido en don, sea esta luz encima del candelero, capaz de indicar a los hombres el camino hacia el Cielo”.
Dirigiéndose de forma particular a las familias que irán en misión ad gentes, les renovó su llamada “a realizar una nueva presencia eclesial en ambientes muy secularizados de varios países, o en lugares en los cuales el mensaje de Cristo no ha llegado todavía”.
“Podéis sentir a vuestro lado la presencia viva del Señor Resucitado y la compañía de tantos hermanos, ¡así como la oración del Papa!”, afirmó.
A los seminaristas y sacerdotes presentes, miembros de los seminarios diocesanos “Redemptoris Mater” de Europa, los consideró un “signo especial y elocuente de los frutos de bien que pueden nacer del redescubrimiento de la Gracia del propio Bautismo”.
“A vosotros os miramos con particular esperanza , sed sacerdotes enamorados de Cristo y de su Iglesia, capaces de transmitir al mundo la alegría de haber encontrado al Señor y de poder estar a su servicio”, añadió.
Por último, saludó a las communitates in missionem, comunidades enteras que dejan su parroquia para ayudar en otras parroquias: “habéis abandonado, por decir así, la seguridad de vuestras comunidades de origen para ir a lugares más lejanos e incómodos, aceptando el ser enviados para ayudar a parroquias en dificultad y para buscar a la oveja perdida y devolverla al redil de Cristo”.
“En el sufrimiento o aridez que podéis experimentar, sentíos unidos al sufrimiento de Cristo en la cruz, y a su deseo de reunir a los hermanos que están lejos de la fe y de la verdad, para devolverlos a la casa del Padre”, les dijo el Papa.
Pope: The Lord Confirms the Neocatechumenal Way
Vatican Approves "Catechetical Directory"
VATICAN CITY, JAN. 17, 2011 (Zenit.org).- Benedict XVI says that the Neocatechumenal Way has been confirmed by the Lord through ecclesiastical approval, and entrusted to its members to offer an "original contribution" to the New Evangelization.
The Pope said this today in an audience with members of the Way who packed Paul VI Hall. Prior to the Holy Father's address, the group enthusiastically received the news that the "Catechetical Directory of the Neocatechumenal Way" has been approved by the Vatican.
Kiko Argüello and Carmen Hernández, initiators of the community, were at the audience.
The Pontiff lauded the Way for contributing to "revive and consolidate Christian initiation in the dioceses and parishes, fostering a gradual and radical rediscovery of the riches of baptism."
He expressed his satisfaction that the statutes had been written down and submitted for approval, which came in 2008. Now, the Catechetical Directory has also received Vatican approval, Benedict XVI noted.
"With these ecclesiastical seals, the Lord confirms today and entrusts to you again this precious instrument that is the Way, so that you can, in filial obedience to the Holy See and to the pastors of the Church, contribute, with new impetus and ardor, to the radical and joyful rediscovery of the gift of baptism and to offer your original contribution to the cause of the New Evangelization," he said. "The Church has recognized in the Neocatechumenal Way a particular gift aroused by the Holy Spirit: as such, it tends naturally to insert itself in the great harmony of the ecclesial body."
The Way has on occasion found obstacles in working with dioceses or parishes. Most recently, the episcopal conference of Japan moved to suspend the group for a period of five years, but the Vatican intervened on behalf of the Way.
Today, in fact, the Holy Father exhorted the members to "seek always a profound communion with the pastors and with all the components of the particular Churches and the very different ecclesial contexts in which you are called to operate."
"The fraternal communion between the disciples of Jesus is, in fact, the first and greatest testimony to the name of Jesus Christ," he said.
Missionaries
Benedict XVI said he was "particularly happy" to send out more than 200 Neocatechumenal families who are joining some 600 others in mission work on the five continents.
He also had a special greeting for the priests and seminarians of the group. "Beloved," he told them, "you are a special and eloquent sign of the fruits of goodness that can be born from the rediscovery of the grace of baptism itself. We look to you with particular hope: Be priests enamored of Christ and his Church, capable of transmitting to the world the joy of having encountered the Lord and of being able to be at his service."
The Pope greeted other groups who form part of the Neocatechumenal community, lauding them for leaving their home communities "to go to more distant and uncomfortable places, accepting being sent to help parishes in difficulty and to seek the lost sheep and bring them back to the sheepfold of Christ."
"In the sufferings and aridity that you might experience," he said, "feel united to the sufferings of Christ on the cross, and to his desire to gather so many brothers far from the faith and from truth, to bring them back to the house of the Father."
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