O PAPA PAULO VI ÀS COMUNIDADES NEOCATECUMENAIS
Vaticano (Audiência) 08/05/1974
(Paulo VI às Comunidades Neocatecumenais. Audiência de 8 de maio de 1974.- Texto in Notitiae, 95-96, julho-agosto de 1974, p. 230, com alguns acréscimos extraídos da gravação).
Saudamos o grupo de sacerdotes e de leigos que representam o movimento – são coisas do pós-concílio! – das Comunidades Neocatecumenais, reunidas em Roma e oriundas de muitas dioceses da Itália e de outros países para um encontro sobre o tema da evangelização do mundo contemporâneo, o mesmo que será examinado pela próxima Assembléia do Sínodo dos Bispos.Quanta alegria e quanta esperança nos dais com vossa presença e com vossa atividade!Sabemos que em vossas comunidades vós vos aplicais juntos em compreender e desenvolver as riquezas do vosso Batismo e as conseqüências de vossa pertença a Cristo. Esse empenho vos leva a ter consciência de que a vida cristã outra coisa não é que uma coerência, um dinamismo permanente, oriundos do fato da aceitação de estar com Cristo e de prolongar a Sua presença e a Sua missão no mundo.Esse propósito é para vós um modo consciente e autêntico de viver a vocação cristã, mas se traduz também em testemunho eficaz para os outros - fazeis apostolado só porque sois o que sois – num estímulo à descoberta e à recuperação de valores cristãos verdadeiros, autênticos, efetivos, que poderiam de outra forma permanecer quase que escondidos, adormecidos e como que diluídos na vida ordinária.Não! Vós os pondes em evidência, fazendo-os emergir e dando-lhes um brilho moral verdadeiramente exemplar justamente porque, assim, com esse espírito cristão, viveis essa comunidade neocatecumenal.Viver e promover esse despertar é o que chamais de forma 'pós-batismo', que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje os efeitos de maturidade e de aprofundamento que na Igreja primitiva eram realizados pelo período de preparação ao batismo.Vós transportais essa renovação para 'depois'. O antes e o depois, eu diria, é secundário. O fato é que vós tendes em vista a autenticidade, a plenitude, a coerência, a sinceridade da vida cristã. E este é um grandíssimo mérito, repito, que nos consola enormemente e que nos sugere e nos inspira votos de felicidade e as bênçãos mais copiosas para vós, para todos os que vos assistem e para todos os que vós podeis saudar em nosso nome com vosso cumprimento e com vossa mensagem.Alegramo-nos por saber que sois animadores dessas retomadas de consciência em tantas paróquias. Alegramo-nos de modo particular por saber que em todas as vossas iniciativas estais profundamente atentos à dependência de vossos pastores e à comunhão com todos os irmãos. Por essa sensibilidade eclesial – que é sempre garantia da presença edificadora do Espírito – dirigimos a vós nossa palavra de encorajamento.
PAPA JOÃO PAULO II
VISITA À PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTOS E DOS MÁRTIRES CANADENSES
Roma 02/11/1980
Domingo. 2 de novembro. O Santo Padre foi visitar a paróquia romana de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e dos Santos Mártires Canadense sem Villa Massimo. Na igreja, o Papa celebrou a Eucaristia na presença dos cardeais Poletti e Roy, do bispo-auxiliar Oscar Zanera e da comunidade paroquial.
O papa desceu à cripta da igreja paroquial, um ambiente muito sugestivo, principalmente devido a uma grande fonte batismal, cuja bacia se abre sobre o piso, jorrando água de nascente. Do outro lado, a cátedra estava junto a um grande painel com pinturas sacras. Diante da cátedra, uma grande mesa sobre a qual brilhava o círio pascal. Em volta, pelo menos umas quinhentas pessoas: os irmãos das Comunidades Neocatecumenais que há doze anos percorrem seu Caminho na paróquia.
Padre Guglielmo Amadei apresentou ao Santo Padre as onze comunidades que atualmente compõem seu Caminho: a primeira, formada em 1968, e as últimas duas, da última Páscoa. Padre Amadei pôs em destaque também a grande contribuição que os catequistas surgidos dessas comunidades tinham dado ao plano pastoral da paróquia, todo ele centrado na evangelização, bem como a muitas outras paróquias romanas, italianas e de numerosos outros países dos diversos continentes.
Kiko Argüello tomou então da palavra e falou bastante de sua experiência espiritual e do longo itinerário por que passou para chegar à conversão:
“O Senhor deixou que eu fizesse uma experiência de absurdo, de ateísmo, até que Ele teve misericórdia. Humilhou-me até me fazer humilde suficiente para lhe pedir ajuda e, depois, Ele me levou a viver entre os pobres sem que eu soubesse qual era realmente o caminho do Senhor. Fui viver entre os pobres, entre os favelados de Madri, sem saber que Deus tinha um desígnio de que eu mesmo me espanto hoje, que me surpreende e me assusta, pois sei que ele provavelmente não se cumpre sem muitos e muitos sofrimentos".
Kiko falou depois a respeito do grande esforço de síntese teológica e catequética que se viu obrigado a fazer devido à simplicidade do público que o ouvia, incapaz de compreender abstrações. Com a ajuda de Carmen Hernández e na esteira do Concílio, o fermento se transformou num itinerário de fé, num Catecumenato progressivo, por etapas, em total obediência, que se apresenta como apoio às paróquias para a catequese: para levar os adultos, na comunidade cristã, a reviver de modo pleno o Evangelho através da redescoberta do Batismo.
EUCARISTIA DO SANTO PADRE JOAO PAULO II NO MONTE DAS BEM-AVENTURANÇAS COM 100.000 JOVENS DE TODO O MUNDO
Monte das Bem-Aventuranças 24/03/2000
"Irmãos... vede bem quem sois!" (1 Cor 1, 26).
Hoje estas palavras de São Paulo dirigem-se a todos nós que viemos aqui ao Monte das Bem-aventuranças. Encontramo-nos sentados sobre esta colina, como os primeiros discípulos, à escuta de Jesus. No silêncio, ouvimos a sua voz suave e urgente, tão suave como esta mesma terra e tão urgente quanto a chamada a escolher entre a vida e a morte.
Quantas gerações que nos precederam ficaram profundamente sensibilizadas ao ouvirem o Sermão da Montanha! Quantos jovens ao longo dos séculos se reuniram à volta de Jesus para aprenderem as palavras da vida eterna, precisamente como hoje vos encontrais congregados aqui! Quantos jovens corações foram inspirados pelo poder da sua personalidade e pela premente verdade da sua mensagem! É maravilhoso que vos encontreis aqui!
Agradeço-lhe, Arcebispo D. Pierre Mouallem, a sua amável hospitalidade. Peço-lhe a gentileza de transmitir a minha sincera saudação à inteira comunidade greco-melquita à qual Vossa Excelência preside. Faço extensivos os meus votos fraternos aos numerosos Cardeais, ao Patriarca Sabbah, aos Bispos e Sacerdotes aqui reunidos. Saúdo os membros das comunidades Latina, Maronita, Síria, Arménia e Caldeia, assim como todos os nossos irmãos e irmãs das outras Igrejas cristãs e Comunidades eclesiais. Dirijo uma especial palavra de agradecimento aos nossos amigos muçulmanos que se encontram aqui, e aos membros da fé hebraica.
Este grandioso encontro é como que um ensaio para o Dia Mundial da Juventude, que se há-de realizar em Roma no próximo mês de Agosto! O jovem que tomou a palavra prometeu que tereis outra montanha, o Monte Sinai.
DO PAPA BENTO XVI ÀS COMUNIDADES NEOCATECUMENAIS SOBRE O ENVIO DE 200 FAMÍLIAS PARA A MISSÃOS “AD GENTES”
Aula Paulo VI (Cidade do Vaticano) 01/12/2006
Queridos irmãos e irmãs!
Obrigado de coração pela vossa visita, que me oferece a oportunidade de enviar uma saudação especial também aos outros membros do Caminho Neocatecumenal disseminado em tantas partes do mundo. Volto o meu olhar a cada um dos presentes, a começar pelos respeitáveis Cardeais, Bispos e Sacerdotes. Saúdo os responsáveis pelo Caminho Neocatecumenal: o Senhor Kiko Argüello, ao qual agradeço às palavras que me dirigiu em vosso nome; a Senhora Carmen Hernández e o Padre Mario Pezzi. Saúdo os seminaristas, os jovens e especialmente as famílias que se dispõe a receber um especial “envio” missionário para ir a várias nações, sobretudo à América Latina.
É uma tarefa, essa, que se coloca no contexto da nova evangelização, na qual a família possui um papel tanto mais importante. Vós haveis pedido que fosse o Sucessor de Pedro a fazer esse envio, como o fez meu venerável Predecessor João Paulo II em 12 de dezembro de 1994, porque a vossa ação apostólica subentende colocar-se no coração da Igreja, em total sintonia com as suas diretrizes e em comunhão com a igreja particular na qual estais a trabalhar, valorizando plenamente a riqueza dos carismas que o Senhor suscitou por meio dos iniciadores do Caminho. Queridas famílias, o crucifixo que receberão será vosso companheiro inseparável de caminho, enquanto proclamareis com a vossa ação missionária que somente em Jesus Cristo, morto e ressuscitado, está a salvação. Dele sereis testemunhas expressivas e alegres, percorrendo com simplicidade e pobreza as estradas de cada continente, sustentados pela oração incessante e pela escuta das palavras de Deus, nutridos pela participação na vida litúrgica da igreja particular à qual sois enviados.
Fonte: site oficial do Caminho no Brasil.
terça-feira, 8 de março de 2011
sábado, 5 de março de 2011
Caminho Neocatecumenal - Onde tudo começou
AS ORIGENS DO CAMINHO NEOCATECUMENAL
Nasce entre os pobres como fruto do Concilio Vaticano II
Extrato do testemunho de Kiko
... Tinha um estúdio de pintor vizinho à Praça de Espanha em Madrid, e era comum passar as festas natalícias com os meus pais. Um ano, fui para casa para celebrar o Natal, entrei na cozinha e vi a cozinheira que estava chorando. Eu lhe pergunto: “Berta – assim se chamava – que lhe acontece?” e ela me disse que o marido é um beberrão, que quer matar o filho, que o filho se rebelou contra... Contou-me uma história que me deixou assustado. E escutei de Deus de ajudá-la.
Fui ver onde morava: uma barraca horrível, em meio a tantas outras. A pobre mulher se levantava muito cedo, para ir trabalhar; tinha nove filhos, e era casada com um homem coxo e estrábico, sempre bêbado. Batia nos filhos com um bastão gritando a eles: “Defende o teu pai” e, às vezes, bêbado, urinava sobre as filhas. Essa mulher, bastante bonita, apesar de ter idade, me contou coisas alucinantes.
Tomei aquele homem e o levei a fazer um “Cursilho de Cristandade”. Ficou impressionadíssimo ao escutar-me falar. Por alguns meses, deixou de beber, mas depois recomeçou e começaram de novo as bagunças. A mulher me chamava: “Senhor Kiko, venha, por favor, porque meu marido quer matar a todos. Chame a polícia!”. Não me deixavam viver. Por fim, pensei: “E se Deus me estivesse dizendo de deixar tudo e de ir viver ali para ajudá-los?”. Deixei tudo e fui viver com aquela família. Dormia numa pequeníssima cozinha, que estava cheia de gatos.
Vivi ali e fiquei muito impressionado, vos digo a verdade, de todo o ambiente. Havia muita gente que estava vivendo em situações terríveis. Não sei se conhecem o livro de Camus, “A peste”, que afronta o problema do sofrimento dos inocentes. Aquela mulher, Berta, me contou que seu marido, coxo, para vingar-se das tantas humilhações recebidas, tinha dito a todos que se casaria com ela, que era a moça mais bonita do quarteirão. Todos riam dele. Mas, sabeis como ele a desposou? Apontando-lhe uma faca no pescoço e dizendo-lhe: “Se não te casas comigo, corto a garganta do teu pai”. E o teria feito. Seu pai era viúvo e ela era só e terrivelmente tímida e medrosa.
Perguntei-me: que pecados cometeu esta pobre mulher para merecer uma vida assim? Por que não eu? E não havia só ela. Havia uma outra mulher perto que tinha a doença de Parkinson, o marido a tinha abandonado e vivia pedindo esmola. E um outro. E um outro ainda. Diante de tudo isto existe só duas respostas. Conhecem a frase famosa de Nietzsche: “Ou Deus é bom e não pode fazer nada para ajudar essa pobre gente, ou Deus pode ajudá-los e não o faz, e então é mau”. Esta frase é venenosa. Pode Deus ajudar aquela mulher, ou não? Por que não faz?
Nesta situação, tive uma surpresa. Sabeis que coisa vi ali? Não aquilo que diz Nietzsche, se Deus pode ou não pode, mas vi Cristo crucificado. Vi Cristo em Berta, naquela mulher com o Parkinson, naquele outro. Vi um mistério. O mistério da cruz de Cristo. Fiquei enormemente surpreso, o digo sinceramente.
Depois me chamaram para o serviço militar e me mandaram à África. Quando tornei, disse a mim mesmo: se amanhã volta Cristo sobre a terra na sua segunda vinda, eu não sei que coisa sucederá neste mundo, mas sabem onde desejo que Jesus Cristo me encontre? Aos pés de Cristo crucificado. E onde está Cristo crucificado? Naqueles que estão levando o sofrimento maior, as conseqüências dos pecados de todos. Diz Sartre: “Ai do homem que o dedo de Deus esmague contra o muro”. Eu vi ali gente esmagada contra o muro, tantos fracos esmagados pelas conseqüências do pecado, fracos, anônimos cirineus.
Quando alguém vai viver entre os pobres, ou perde a fé e se torna guerrilheiro a la “Che Guevara” ou se põe em silêncio diante de Cristo e se santifica. Eu sou grato ao Senhor por ter tido piedade de mim: eu vi ali Cristo crucificado e assim quando voltei da África, e conheci a irmã de Carmen, pensei que era necessário descer nas catacumbas sociais e ali pregar o Evangelho a esta gente, ajudá-los, dar a eles uma palavra de consolação. E assim formamos um grupo que se dedicava aos homossexuais, às prostitutas e aos outros marginalizados.
Charles de Foucauld me deu a fórmula: viver em silêncio, como Jesus em Nazaré, aos pés de Jesus Cristo em meio àquela gente. Conheci um assistente social que me indicou uma zona de Palomeras Altas onde havia uma barraca de tábuas de madeira, refúgio de cães. Disse-me: “Põe-te ali e não te preocupes”. E ali teve início um pouco tudo. Nas barracas, eu queria viver como Charles de Foucauld, em contemplação: assim como alguém fica diante da Eucaristia, aos pés da presença real, única de Cristo; eu queria estar aos pés de Cristo crucificado, nas pessoas mais pobres, miseráveis.
O Senhor me levou ali com este espírito: eu era o último. Eles eram Cristo. Talvez alguém teria podido dizer-me: “Kiko! Ajuda-os”. Aqui há um ponto muito importante para aqueles que sabem ir a fundo nas coisas. “Mas como? Tu te pões em adoração, quando esta gente está morta de fome? Dá a eles de comer”. Eu não tinha nada, não havia levado outra coisa além de uma Bíblia e um violão, dormia sobre um colchão posto sobre a terra nua. Não tinha outra coisa.
Tinha lido em um livro alguma coisa que me tinha marcado muito do tempo dos nazistas. Contava-se um fato histórico acontecido no campo de concentração de Auschwitz. Um chefe da Gestapo tinha se dado conta das atrocidades que estavam cometendo no genocídio dos hebreus. Um dia, durante uma inspeção em um campo, viu passar uma coluna de homens e mulheres em direção às câmaras de gás. Sentiu no seu coração uma grande dor. Perguntou-se: “Que devo fazer eu agora para ajudá-los, para ter paz comigo mesmo?”. Sabeis a resposta que recebeu desde dentro? (Os Padres da Igreja falam do Cristo falante, dentro de você. É alguma coisa de muito profundo). O livro contava que aquilo que sentiu que deveria fazer era de desnudar-se também ele e por-se em fila com eles.
Isto tem valor? Aquilo que se deve dar é só a ajuda social? Talvez o homem é só comer? O homem tem necessidade de saber se Deus existe ou não existe, se o amor existe ou não? Eu não fui às barracas para dar de comer, nem para ensinar a ler. (Eram todos analfabetos, com exceção de um ou dois: José Agudo, que esteve em um instituto de correção sabia ler, mas sua mulher não. Ciganos, “quinquis”, rapazes do cárcere sabiam ler com dificuldade). Fui ali e, se quereis saber, nem mesmo pensava de pregar, sabeis de fato que os Pequenos Irmãos de Foucauld estão “em silêncio”. Queria dar testemunho vivendo em meio a eles como Jesus em Nazaré.
E que aconteceu? Aquilo que sempre acontece. O vizinho, um dia que fazia um frio do cão, porque era inverno e nevava – eu me esquentava com os cães errantes que viviam comigo – entrou improvisadamente e me disse: “Te trouxe um braseiro porque estás morrendo de frio!”.
Pouco a pouco se aproximavam e perguntavam: “Quem é este que está aqui, com barba e violão?”. Para alguns era um que tinha feito um voto, para outros um protestante, porque levava sempre a Bíblia. Os ciganos vinham pelo violão... Não sabiam quem eu era. José Agudo, que então estava em briga com outro clã de “quinquis”, se aproximou de mim para perguntar-me o que dizia o Evangelho sobre o fato de bater-se. Eu lhe li o Sermão da Montanha que diz de não resistir ao mal e ficou com a boca aberta: “Como? Mas se não me defendo, me mata! Que devo fazer?”. Dei-lhe para ler os “Florilégio de São Franscisco” que o impressionaram muito e não me deixou mais.
Bem, nao me ponho a contar-vos estas histórias porque se tornaria muito longo...
Da experiência de Carmen
...Aquilo que queria dizer é isso: Kiko havia pego muito fortemente o Servo de Iahweh, aquilo que eu levei, de bandeja, não certamente por mim, não era meu, foi o Concílio Vaticano II, a Páscoa e a Ressurreição dos mortos. O primeiro canto que Kiko fez nas barracas foi o “Servo de Iahweh”; precisaram dois anos para chegar ao “Ressuscitou” para fazê-lo entrar no dinamismo da Páscoa.
E a Páscoa, não a inventei eu, e tanto menos, Pe. Farnés, mais foi fruto do imenso trabalho de todo o Movimento litúrgico e de todo o Movimento Bíblico que fermentaram o Concílio e que se colocou em marcha no Concílio.
Eu estava sempre com o Kiko, porém não confiava nele, nem mesmo um pouco. Só me convenci o dia que chegou ali o arcebispo de Madrid, Dom Morsillo, e este foi um outro milagre que seria interessante contar. Então comecei a colaborar com Kiko, fiando-me mais nele, quando vi a Igreja presente.
Dom Morcillo foi um autêntico dom de Deus. Ele nos mandou nas paróquias...
Fonte: site oficial do Caminho Neocatecumenal no Brasil.
Nasce entre os pobres como fruto do Concilio Vaticano II
Extrato do testemunho de Kiko
... Tinha um estúdio de pintor vizinho à Praça de Espanha em Madrid, e era comum passar as festas natalícias com os meus pais. Um ano, fui para casa para celebrar o Natal, entrei na cozinha e vi a cozinheira que estava chorando. Eu lhe pergunto: “Berta – assim se chamava – que lhe acontece?” e ela me disse que o marido é um beberrão, que quer matar o filho, que o filho se rebelou contra... Contou-me uma história que me deixou assustado. E escutei de Deus de ajudá-la.
Fui ver onde morava: uma barraca horrível, em meio a tantas outras. A pobre mulher se levantava muito cedo, para ir trabalhar; tinha nove filhos, e era casada com um homem coxo e estrábico, sempre bêbado. Batia nos filhos com um bastão gritando a eles: “Defende o teu pai” e, às vezes, bêbado, urinava sobre as filhas. Essa mulher, bastante bonita, apesar de ter idade, me contou coisas alucinantes.
Tomei aquele homem e o levei a fazer um “Cursilho de Cristandade”. Ficou impressionadíssimo ao escutar-me falar. Por alguns meses, deixou de beber, mas depois recomeçou e começaram de novo as bagunças. A mulher me chamava: “Senhor Kiko, venha, por favor, porque meu marido quer matar a todos. Chame a polícia!”. Não me deixavam viver. Por fim, pensei: “E se Deus me estivesse dizendo de deixar tudo e de ir viver ali para ajudá-los?”. Deixei tudo e fui viver com aquela família. Dormia numa pequeníssima cozinha, que estava cheia de gatos.
Vivi ali e fiquei muito impressionado, vos digo a verdade, de todo o ambiente. Havia muita gente que estava vivendo em situações terríveis. Não sei se conhecem o livro de Camus, “A peste”, que afronta o problema do sofrimento dos inocentes. Aquela mulher, Berta, me contou que seu marido, coxo, para vingar-se das tantas humilhações recebidas, tinha dito a todos que se casaria com ela, que era a moça mais bonita do quarteirão. Todos riam dele. Mas, sabeis como ele a desposou? Apontando-lhe uma faca no pescoço e dizendo-lhe: “Se não te casas comigo, corto a garganta do teu pai”. E o teria feito. Seu pai era viúvo e ela era só e terrivelmente tímida e medrosa.
Perguntei-me: que pecados cometeu esta pobre mulher para merecer uma vida assim? Por que não eu? E não havia só ela. Havia uma outra mulher perto que tinha a doença de Parkinson, o marido a tinha abandonado e vivia pedindo esmola. E um outro. E um outro ainda. Diante de tudo isto existe só duas respostas. Conhecem a frase famosa de Nietzsche: “Ou Deus é bom e não pode fazer nada para ajudar essa pobre gente, ou Deus pode ajudá-los e não o faz, e então é mau”. Esta frase é venenosa. Pode Deus ajudar aquela mulher, ou não? Por que não faz?
Nesta situação, tive uma surpresa. Sabeis que coisa vi ali? Não aquilo que diz Nietzsche, se Deus pode ou não pode, mas vi Cristo crucificado. Vi Cristo em Berta, naquela mulher com o Parkinson, naquele outro. Vi um mistério. O mistério da cruz de Cristo. Fiquei enormemente surpreso, o digo sinceramente.
Depois me chamaram para o serviço militar e me mandaram à África. Quando tornei, disse a mim mesmo: se amanhã volta Cristo sobre a terra na sua segunda vinda, eu não sei que coisa sucederá neste mundo, mas sabem onde desejo que Jesus Cristo me encontre? Aos pés de Cristo crucificado. E onde está Cristo crucificado? Naqueles que estão levando o sofrimento maior, as conseqüências dos pecados de todos. Diz Sartre: “Ai do homem que o dedo de Deus esmague contra o muro”. Eu vi ali gente esmagada contra o muro, tantos fracos esmagados pelas conseqüências do pecado, fracos, anônimos cirineus.
Quando alguém vai viver entre os pobres, ou perde a fé e se torna guerrilheiro a la “Che Guevara” ou se põe em silêncio diante de Cristo e se santifica. Eu sou grato ao Senhor por ter tido piedade de mim: eu vi ali Cristo crucificado e assim quando voltei da África, e conheci a irmã de Carmen, pensei que era necessário descer nas catacumbas sociais e ali pregar o Evangelho a esta gente, ajudá-los, dar a eles uma palavra de consolação. E assim formamos um grupo que se dedicava aos homossexuais, às prostitutas e aos outros marginalizados.
Charles de Foucauld me deu a fórmula: viver em silêncio, como Jesus em Nazaré, aos pés de Jesus Cristo em meio àquela gente. Conheci um assistente social que me indicou uma zona de Palomeras Altas onde havia uma barraca de tábuas de madeira, refúgio de cães. Disse-me: “Põe-te ali e não te preocupes”. E ali teve início um pouco tudo. Nas barracas, eu queria viver como Charles de Foucauld, em contemplação: assim como alguém fica diante da Eucaristia, aos pés da presença real, única de Cristo; eu queria estar aos pés de Cristo crucificado, nas pessoas mais pobres, miseráveis.
O Senhor me levou ali com este espírito: eu era o último. Eles eram Cristo. Talvez alguém teria podido dizer-me: “Kiko! Ajuda-os”. Aqui há um ponto muito importante para aqueles que sabem ir a fundo nas coisas. “Mas como? Tu te pões em adoração, quando esta gente está morta de fome? Dá a eles de comer”. Eu não tinha nada, não havia levado outra coisa além de uma Bíblia e um violão, dormia sobre um colchão posto sobre a terra nua. Não tinha outra coisa.
Tinha lido em um livro alguma coisa que me tinha marcado muito do tempo dos nazistas. Contava-se um fato histórico acontecido no campo de concentração de Auschwitz. Um chefe da Gestapo tinha se dado conta das atrocidades que estavam cometendo no genocídio dos hebreus. Um dia, durante uma inspeção em um campo, viu passar uma coluna de homens e mulheres em direção às câmaras de gás. Sentiu no seu coração uma grande dor. Perguntou-se: “Que devo fazer eu agora para ajudá-los, para ter paz comigo mesmo?”. Sabeis a resposta que recebeu desde dentro? (Os Padres da Igreja falam do Cristo falante, dentro de você. É alguma coisa de muito profundo). O livro contava que aquilo que sentiu que deveria fazer era de desnudar-se também ele e por-se em fila com eles.
Isto tem valor? Aquilo que se deve dar é só a ajuda social? Talvez o homem é só comer? O homem tem necessidade de saber se Deus existe ou não existe, se o amor existe ou não? Eu não fui às barracas para dar de comer, nem para ensinar a ler. (Eram todos analfabetos, com exceção de um ou dois: José Agudo, que esteve em um instituto de correção sabia ler, mas sua mulher não. Ciganos, “quinquis”, rapazes do cárcere sabiam ler com dificuldade). Fui ali e, se quereis saber, nem mesmo pensava de pregar, sabeis de fato que os Pequenos Irmãos de Foucauld estão “em silêncio”. Queria dar testemunho vivendo em meio a eles como Jesus em Nazaré.
E que aconteceu? Aquilo que sempre acontece. O vizinho, um dia que fazia um frio do cão, porque era inverno e nevava – eu me esquentava com os cães errantes que viviam comigo – entrou improvisadamente e me disse: “Te trouxe um braseiro porque estás morrendo de frio!”.
Pouco a pouco se aproximavam e perguntavam: “Quem é este que está aqui, com barba e violão?”. Para alguns era um que tinha feito um voto, para outros um protestante, porque levava sempre a Bíblia. Os ciganos vinham pelo violão... Não sabiam quem eu era. José Agudo, que então estava em briga com outro clã de “quinquis”, se aproximou de mim para perguntar-me o que dizia o Evangelho sobre o fato de bater-se. Eu lhe li o Sermão da Montanha que diz de não resistir ao mal e ficou com a boca aberta: “Como? Mas se não me defendo, me mata! Que devo fazer?”. Dei-lhe para ler os “Florilégio de São Franscisco” que o impressionaram muito e não me deixou mais.
Bem, nao me ponho a contar-vos estas histórias porque se tornaria muito longo...
Da experiência de Carmen
...Aquilo que queria dizer é isso: Kiko havia pego muito fortemente o Servo de Iahweh, aquilo que eu levei, de bandeja, não certamente por mim, não era meu, foi o Concílio Vaticano II, a Páscoa e a Ressurreição dos mortos. O primeiro canto que Kiko fez nas barracas foi o “Servo de Iahweh”; precisaram dois anos para chegar ao “Ressuscitou” para fazê-lo entrar no dinamismo da Páscoa.
E a Páscoa, não a inventei eu, e tanto menos, Pe. Farnés, mais foi fruto do imenso trabalho de todo o Movimento litúrgico e de todo o Movimento Bíblico que fermentaram o Concílio e que se colocou em marcha no Concílio.
Eu estava sempre com o Kiko, porém não confiava nele, nem mesmo um pouco. Só me convenci o dia que chegou ali o arcebispo de Madrid, Dom Morsillo, e este foi um outro milagre que seria interessante contar. Então comecei a colaborar com Kiko, fiando-me mais nele, quando vi a Igreja presente.
Dom Morcillo foi um autêntico dom de Deus. Ele nos mandou nas paróquias...
Fonte: site oficial do Caminho Neocatecumenal no Brasil.
Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
A missão do Caminho Neocatecumenal
O Caminho Neocatecumenal em missão pelo mundo
Por Antonio Gaspari
ROMA, terça-feira, 18 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - A aprovação do Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal pelas autoridades da Santa Sé confirma a validade da liturgia, da catequese e das obras desta fundação de bens espirituais que conta com quase um milhão de seguidores.
Foi o que afirmou Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, logo após o encontro com o Papa Bento XVI, durante uma entrevista coletiva concedida nas proximidades da Porta Angélica, que dá acesso ao Vaticano.
O fundador do Caminho mencionou o longo percurso pessoal e da fundação até chegar a este reconhecimento.
Argüello falou das “muitas dificuldades, dos preconceitos de párocos e bispos, de acusações e de histórias estranhas contadas por alguns que não conhecem o Caminho”. Também falou “da disponibilidade, da ajuda e da solicitude com a que a Igreja e os pontífices ajudaram o Caminho Neocatecumenal”.
O primeiro a apoiar o Caminho foi Paulo VI. Esse Papa quis sua presença nas paróquias de Veneza quando era ainda patriarca. João Paulo II o reconheceu “como um caminho de formação católica, válido para a sociedade e os tempos atuais”. Bento XVI conheceu os neocatecumenais quando era professor em Regensburg e trabalhou para introduzi-los nas paróquias da Alemanha.
Apesar das acusações, que se mostraram falsas, de dividir as comunidades paroquiais e entrar em conflito com a pastoral de párocos e bispos, o Caminho Neocatecumenal cresceu e encheu igrejas e seminários, com famílias numerosas que cada vez mais se oferecem para levar a missão católica ao mundo.
Presentes em 1.320 dioceses de 110 países nos cinco continentes, são 20.000 comunidades ativas em 6.000 paróquias. Só em Roma, o Caminho está presente em 100 paróquias e 500 comunidades. Em Madri, são 85 paróquias e 300 comunidades.
No encontro com Bento XVI na Basílica de São Pedro, em 10 de janeiro de 2009, por ocasião dos 40 anos da primeira comunidade neocatecumenal em Roma, Kiko apresentou ao Papa as primeiras 14 comunidades de Roma dispostas a deixar sua paróquia, onde tinham concluído o itinerário neocatecumenal, para ir, a convite dos párocos, até regiões marginalizadas: bairros degradados, tomados pela violência e pelas drogas, habitados por famílias destruídas e imigrantes discriminados, onde a Igreja tem dificuldades para estar presente e ajudar as pessoas.
A eficácia e a força da catequese do Caminho é demonstrada também pela abertura de 78 seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, dos quais 37 estão na Europa, 26 na América, 7 na Ásia, 6 na África e 2 na Austrália.
Desde 1990, ano das primeiras ordenações, até hoje, os presbíteros ordenados nos seminários Redemptoris Mater são mais de 1.600. Cerca de 2.000 estão atualmente em preparação para as ordens sagradas.
Confirmando uma profunda vocação missionária, desde 1985 o Caminho envia famílias numerosas para lugares onde a fé está desaparecendo ou nunca chegou.
Em 1985, Kiko, Carmen e o padre Mario apresentaram a João Paulo II um projeto para reevangelizar o norte da Europa com o envio de famílias missionárias, acompanhadas por padres. Em 1986, o Papa enviou as primeiras três famílias: uma para o norte da Finlândia, outra para o bairro vermelho de Hamburgo e a terceira para Estrasburgo.
Hoje, o número das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização em 78 países é de mais de 800, com 3.097 filhos, das quais 389 na Europa, 189 na América, 113 na Ásia, 56 na Austrália, 46 na África e 15 no Oriente Médio.
São famílias que, mediante o anúncio do Evangelho e um roteiro de iniciação cristã que dura vários anos, foram reconstruídas, redescobriram o dom da comunhão, se abriram para a vida. Por gratidão a Deus e à Igreja, elas se oferecem para ir a dioceses em que os bispos achem necessário o testemunho de uma família cristã.
Para explicar a eficácia do Caminho, Kiko apresentou sua experiência de vida. Ateu, comunista radical, cheio de preconceitos contra a Igreja e o cristianismo, ele tinha chegado ao ponto de querer suicidar-se.
Depois de uma experiência pessoal de conversão, ele passou três anos junto aos mais pobres entre os pobres na favela de Palomeras Altas, em Madri. Ali, tendo encontrado a fé, Kiko iniciou o Caminho Neocatecumenal.
“A pergunta que devemos responder todos, também os bispos e os cardeais”, disse Kiko, “é o que significa ser cristãos hoje”.
“Não se trata de responder com filosofias ou citando livros, mas com a convicção profunda de que o cristianismo é a religião do amor”.
“Amai-vos como eu vos amei, disse Jesus, e só o seu grandíssimo amor nos dá a força para superar os sofrimentos e a morte”.
“A fé em Jesus nos dá a vida eterna”, ressaltou Kiko, “e podemos reconquistar aqueles que abandonaram a Igreja ou que nunca a conheceram, só com a beleza do amor que caracteriza as nossas comunidades”.
Exhortándoles a la comunión con los obispos
ROMA, lunes 17 de enero de 2011 (ZENIT.org).- El Papa Benedicto XVI recibió hoy en audiencia a siete mil miembros del Camino Neocatecumenal, entre ellos cerca de 2.000 seminaristas, junto con sus iniciadores Kiko Argüello y Carmen Hernández, en el Aula Pablo VI, para el envío de 230 nuevas familias a la 46 países del mundo.
Este envío de familias se añade, según informó el Camino Neocatecumenal en un comunicado, a la apertura de trece nuevos destinos para la “misión ad gentes”, una forma particular de presencia misionera en lugares donde la Iglesia no está presentes.
Durante el encuentro, el Papa quiso subrayar la aprobación eclesial que ha recibido en los últimos años el Camino Neocatecumenal, a la que se suma la reciente aprobación definitiva de sus directorios catequéticos.
En los últimos años, afirmó el Papa, “se ha realizado con éxito el proceso de redacción de Los Estatutos del Camino Neocatecumenal que, después de un periodo razonable de validación “ad experimentum” tuvo su aprobación definitiva en junio de 2008”.
“Otro paso significativo se ha cumplido durante estos días, con la aprobación, obra de los competentes Dicasterios de la Santa Sede, del Directorio Catequético del Camino Neocatecumenal”, añadió.
“Con estos sellos eclesiales, el Señor confirma hoy y os fía nuevamente este instrumento precioso que es el Camino, de modo que podáis, en filial obediencia a la Santa Sede y a los Pastores de la Iglesia, contribuir con un nuevo celo y ardor, al redescubrimiento radical y gozoso del Bautismo y ofrecer vuestra propia contribución a la causa de la Nueva Evangelización”.
Buscar la comunión
Por otro lado, el Papa exhortó a los miembros del Camino Neocatecumenal la importancia de “buscar la comunión” con los obispos y con el resto de la Iglesia.
La Iglesia “ha reconocido en el Camino Neocatecumenal un don particular suscitado por el Espíritu Santo: como tal, tiende naturalmente a la inserción en la gran armonía del Cuerpo eclesial”, afirmó.
El Papa reconoció en el carisma neocatecumenal un “don de Dios para su Iglesia”, destacando su contribución a “reavivar y consolidar en las diócesis y parroquias la Iniciación cristiana, favoreciendo un gradual y radical redescubrimiento de la riqueza del Bautismo”.
Por ello, recordando los propios Estatutos del Camino, les recordó que éste se pone “al servicio del obispo como una modalidad de actuación diocesana de la iniciación cristiana y de la educación permanente en la fe”.
Les exhortó en este sentido a “buscar siempre una profunda comunión con los Pastores y con todos los componentes de la Iglesia particular y de los contextos eclesiales, tan diversos, entre los cuales estáis llamados a actuar”.
“La comunión fraterna entre los discípulos de Jesús es, de hecho, el primer y más grande testimonio del nombre de Jesús”, afirmó el Pontífice.
A las familias que envió posteriormente a la misión, les axhortó a que “la fe que habéis recibido en don, sea esta luz encima del candelero, capaz de indicar a los hombres el camino hacia el Cielo”.
Dirigiéndose de forma particular a las familias que irán en misión ad gentes, les renovó su llamada “a realizar una nueva presencia eclesial en ambientes muy secularizados de varios países, o en lugares en los cuales el mensaje de Cristo no ha llegado todavía”.
“Podéis sentir a vuestro lado la presencia viva del Señor Resucitado y la compañía de tantos hermanos, ¡así como la oración del Papa!”, afirmó.
A los seminaristas y sacerdotes presentes, miembros de los seminarios diocesanos “Redemptoris Mater” de Europa, los consideró un “signo especial y elocuente de los frutos de bien que pueden nacer del redescubrimiento de la Gracia del propio Bautismo”.
“A vosotros os miramos con particular esperanza , sed sacerdotes enamorados de Cristo y de su Iglesia, capaces de transmitir al mundo la alegría de haber encontrado al Señor y de poder estar a su servicio”, añadió.
Por último, saludó a las communitates in missionem, comunidades enteras que dejan su parroquia para ayudar en otras parroquias: “habéis abandonado, por decir así, la seguridad de vuestras comunidades de origen para ir a lugares más lejanos e incómodos, aceptando el ser enviados para ayudar a parroquias en dificultad y para buscar a la oveja perdida y devolverla al redil de Cristo”.
“En el sufrimiento o aridez que podéis experimentar, sentíos unidos al sufrimiento de Cristo en la cruz, y a su deseo de reunir a los hermanos que están lejos de la fe y de la verdad, para devolverlos a la casa del Padre”, les dijo el Papa.
Pope: The Lord Confirms the Neocatechumenal Way
Vatican Approves "Catechetical Directory"
VATICAN CITY, JAN. 17, 2011 (Zenit.org).- Benedict XVI says that the Neocatechumenal Way has been confirmed by the Lord through ecclesiastical approval, and entrusted to its members to offer an "original contribution" to the New Evangelization.
The Pope said this today in an audience with members of the Way who packed Paul VI Hall. Prior to the Holy Father's address, the group enthusiastically received the news that the "Catechetical Directory of the Neocatechumenal Way" has been approved by the Vatican.
Kiko Argüello and Carmen Hernández, initiators of the community, were at the audience.
The Pontiff lauded the Way for contributing to "revive and consolidate Christian initiation in the dioceses and parishes, fostering a gradual and radical rediscovery of the riches of baptism."
He expressed his satisfaction that the statutes had been written down and submitted for approval, which came in 2008. Now, the Catechetical Directory has also received Vatican approval, Benedict XVI noted.
"With these ecclesiastical seals, the Lord confirms today and entrusts to you again this precious instrument that is the Way, so that you can, in filial obedience to the Holy See and to the pastors of the Church, contribute, with new impetus and ardor, to the radical and joyful rediscovery of the gift of baptism and to offer your original contribution to the cause of the New Evangelization," he said. "The Church has recognized in the Neocatechumenal Way a particular gift aroused by the Holy Spirit: as such, it tends naturally to insert itself in the great harmony of the ecclesial body."
The Way has on occasion found obstacles in working with dioceses or parishes. Most recently, the episcopal conference of Japan moved to suspend the group for a period of five years, but the Vatican intervened on behalf of the Way.
Today, in fact, the Holy Father exhorted the members to "seek always a profound communion with the pastors and with all the components of the particular Churches and the very different ecclesial contexts in which you are called to operate."
"The fraternal communion between the disciples of Jesus is, in fact, the first and greatest testimony to the name of Jesus Christ," he said.
Missionaries
Benedict XVI said he was "particularly happy" to send out more than 200 Neocatechumenal families who are joining some 600 others in mission work on the five continents.
He also had a special greeting for the priests and seminarians of the group. "Beloved," he told them, "you are a special and eloquent sign of the fruits of goodness that can be born from the rediscovery of the grace of baptism itself. We look to you with particular hope: Be priests enamored of Christ and his Church, capable of transmitting to the world the joy of having encountered the Lord and of being able to be at his service."
The Pope greeted other groups who form part of the Neocatechumenal community, lauding them for leaving their home communities "to go to more distant and uncomfortable places, accepting being sent to help parishes in difficulty and to seek the lost sheep and bring them back to the sheepfold of Christ."
"In the sufferings and aridity that you might experience," he said, "feel united to the sufferings of Christ on the cross, and to his desire to gather so many brothers far from the faith and from truth, to bring them back to the house of the Father."
On ZENIT's Web page:
Por Antonio Gaspari
ROMA, terça-feira, 18 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - A aprovação do Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal pelas autoridades da Santa Sé confirma a validade da liturgia, da catequese e das obras desta fundação de bens espirituais que conta com quase um milhão de seguidores.
Foi o que afirmou Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, logo após o encontro com o Papa Bento XVI, durante uma entrevista coletiva concedida nas proximidades da Porta Angélica, que dá acesso ao Vaticano.
O fundador do Caminho mencionou o longo percurso pessoal e da fundação até chegar a este reconhecimento.
Argüello falou das “muitas dificuldades, dos preconceitos de párocos e bispos, de acusações e de histórias estranhas contadas por alguns que não conhecem o Caminho”. Também falou “da disponibilidade, da ajuda e da solicitude com a que a Igreja e os pontífices ajudaram o Caminho Neocatecumenal”.
O primeiro a apoiar o Caminho foi Paulo VI. Esse Papa quis sua presença nas paróquias de Veneza quando era ainda patriarca. João Paulo II o reconheceu “como um caminho de formação católica, válido para a sociedade e os tempos atuais”. Bento XVI conheceu os neocatecumenais quando era professor em Regensburg e trabalhou para introduzi-los nas paróquias da Alemanha.
Apesar das acusações, que se mostraram falsas, de dividir as comunidades paroquiais e entrar em conflito com a pastoral de párocos e bispos, o Caminho Neocatecumenal cresceu e encheu igrejas e seminários, com famílias numerosas que cada vez mais se oferecem para levar a missão católica ao mundo.
Presentes em 1.320 dioceses de 110 países nos cinco continentes, são 20.000 comunidades ativas em 6.000 paróquias. Só em Roma, o Caminho está presente em 100 paróquias e 500 comunidades. Em Madri, são 85 paróquias e 300 comunidades.
No encontro com Bento XVI na Basílica de São Pedro, em 10 de janeiro de 2009, por ocasião dos 40 anos da primeira comunidade neocatecumenal em Roma, Kiko apresentou ao Papa as primeiras 14 comunidades de Roma dispostas a deixar sua paróquia, onde tinham concluído o itinerário neocatecumenal, para ir, a convite dos párocos, até regiões marginalizadas: bairros degradados, tomados pela violência e pelas drogas, habitados por famílias destruídas e imigrantes discriminados, onde a Igreja tem dificuldades para estar presente e ajudar as pessoas.
A eficácia e a força da catequese do Caminho é demonstrada também pela abertura de 78 seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, dos quais 37 estão na Europa, 26 na América, 7 na Ásia, 6 na África e 2 na Austrália.
Desde 1990, ano das primeiras ordenações, até hoje, os presbíteros ordenados nos seminários Redemptoris Mater são mais de 1.600. Cerca de 2.000 estão atualmente em preparação para as ordens sagradas.
Confirmando uma profunda vocação missionária, desde 1985 o Caminho envia famílias numerosas para lugares onde a fé está desaparecendo ou nunca chegou.
Em 1985, Kiko, Carmen e o padre Mario apresentaram a João Paulo II um projeto para reevangelizar o norte da Europa com o envio de famílias missionárias, acompanhadas por padres. Em 1986, o Papa enviou as primeiras três famílias: uma para o norte da Finlândia, outra para o bairro vermelho de Hamburgo e a terceira para Estrasburgo.
Hoje, o número das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização em 78 países é de mais de 800, com 3.097 filhos, das quais 389 na Europa, 189 na América, 113 na Ásia, 56 na Austrália, 46 na África e 15 no Oriente Médio.
São famílias que, mediante o anúncio do Evangelho e um roteiro de iniciação cristã que dura vários anos, foram reconstruídas, redescobriram o dom da comunhão, se abriram para a vida. Por gratidão a Deus e à Igreja, elas se oferecem para ir a dioceses em que os bispos achem necessário o testemunho de uma família cristã.
Para explicar a eficácia do Caminho, Kiko apresentou sua experiência de vida. Ateu, comunista radical, cheio de preconceitos contra a Igreja e o cristianismo, ele tinha chegado ao ponto de querer suicidar-se.
Depois de uma experiência pessoal de conversão, ele passou três anos junto aos mais pobres entre os pobres na favela de Palomeras Altas, em Madri. Ali, tendo encontrado a fé, Kiko iniciou o Caminho Neocatecumenal.
“A pergunta que devemos responder todos, também os bispos e os cardeais”, disse Kiko, “é o que significa ser cristãos hoje”.
“Não se trata de responder com filosofias ou citando livros, mas com a convicção profunda de que o cristianismo é a religião do amor”.
“Amai-vos como eu vos amei, disse Jesus, e só o seu grandíssimo amor nos dá a força para superar os sofrimentos e a morte”.
“A fé em Jesus nos dá a vida eterna”, ressaltou Kiko, “e podemos reconquistar aqueles que abandonaram a Igreja ou que nunca a conheceram, só com a beleza do amor que caracteriza as nossas comunidades”.
El Papa ratifica la aprobación de la Iglesia al Camino Neocatecumenal
Exhortándoles a la comunión con los obispos
ROMA, lunes 17 de enero de 2011 (ZENIT.org).- El Papa Benedicto XVI recibió hoy en audiencia a siete mil miembros del Camino Neocatecumenal, entre ellos cerca de 2.000 seminaristas, junto con sus iniciadores Kiko Argüello y Carmen Hernández, en el Aula Pablo VI, para el envío de 230 nuevas familias a la 46 países del mundo.
Este envío de familias se añade, según informó el Camino Neocatecumenal en un comunicado, a la apertura de trece nuevos destinos para la “misión ad gentes”, una forma particular de presencia misionera en lugares donde la Iglesia no está presentes.
Durante el encuentro, el Papa quiso subrayar la aprobación eclesial que ha recibido en los últimos años el Camino Neocatecumenal, a la que se suma la reciente aprobación definitiva de sus directorios catequéticos.
En los últimos años, afirmó el Papa, “se ha realizado con éxito el proceso de redacción de Los Estatutos del Camino Neocatecumenal que, después de un periodo razonable de validación “ad experimentum” tuvo su aprobación definitiva en junio de 2008”.
“Otro paso significativo se ha cumplido durante estos días, con la aprobación, obra de los competentes Dicasterios de la Santa Sede, del Directorio Catequético del Camino Neocatecumenal”, añadió.
“Con estos sellos eclesiales, el Señor confirma hoy y os fía nuevamente este instrumento precioso que es el Camino, de modo que podáis, en filial obediencia a la Santa Sede y a los Pastores de la Iglesia, contribuir con un nuevo celo y ardor, al redescubrimiento radical y gozoso del Bautismo y ofrecer vuestra propia contribución a la causa de la Nueva Evangelización”.
Buscar la comunión
Por otro lado, el Papa exhortó a los miembros del Camino Neocatecumenal la importancia de “buscar la comunión” con los obispos y con el resto de la Iglesia.
La Iglesia “ha reconocido en el Camino Neocatecumenal un don particular suscitado por el Espíritu Santo: como tal, tiende naturalmente a la inserción en la gran armonía del Cuerpo eclesial”, afirmó.
El Papa reconoció en el carisma neocatecumenal un “don de Dios para su Iglesia”, destacando su contribución a “reavivar y consolidar en las diócesis y parroquias la Iniciación cristiana, favoreciendo un gradual y radical redescubrimiento de la riqueza del Bautismo”.
Por ello, recordando los propios Estatutos del Camino, les recordó que éste se pone “al servicio del obispo como una modalidad de actuación diocesana de la iniciación cristiana y de la educación permanente en la fe”.
Les exhortó en este sentido a “buscar siempre una profunda comunión con los Pastores y con todos los componentes de la Iglesia particular y de los contextos eclesiales, tan diversos, entre los cuales estáis llamados a actuar”.
“La comunión fraterna entre los discípulos de Jesús es, de hecho, el primer y más grande testimonio del nombre de Jesús”, afirmó el Pontífice.
A las familias que envió posteriormente a la misión, les axhortó a que “la fe que habéis recibido en don, sea esta luz encima del candelero, capaz de indicar a los hombres el camino hacia el Cielo”.
Dirigiéndose de forma particular a las familias que irán en misión ad gentes, les renovó su llamada “a realizar una nueva presencia eclesial en ambientes muy secularizados de varios países, o en lugares en los cuales el mensaje de Cristo no ha llegado todavía”.
“Podéis sentir a vuestro lado la presencia viva del Señor Resucitado y la compañía de tantos hermanos, ¡así como la oración del Papa!”, afirmó.
A los seminaristas y sacerdotes presentes, miembros de los seminarios diocesanos “Redemptoris Mater” de Europa, los consideró un “signo especial y elocuente de los frutos de bien que pueden nacer del redescubrimiento de la Gracia del propio Bautismo”.
“A vosotros os miramos con particular esperanza , sed sacerdotes enamorados de Cristo y de su Iglesia, capaces de transmitir al mundo la alegría de haber encontrado al Señor y de poder estar a su servicio”, añadió.
Por último, saludó a las communitates in missionem, comunidades enteras que dejan su parroquia para ayudar en otras parroquias: “habéis abandonado, por decir así, la seguridad de vuestras comunidades de origen para ir a lugares más lejanos e incómodos, aceptando el ser enviados para ayudar a parroquias en dificultad y para buscar a la oveja perdida y devolverla al redil de Cristo”.
“En el sufrimiento o aridez que podéis experimentar, sentíos unidos al sufrimiento de Cristo en la cruz, y a su deseo de reunir a los hermanos que están lejos de la fe y de la verdad, para devolverlos a la casa del Padre”, les dijo el Papa.
Pope: The Lord Confirms the Neocatechumenal Way
Vatican Approves "Catechetical Directory"
VATICAN CITY, JAN. 17, 2011 (Zenit.org).- Benedict XVI says that the Neocatechumenal Way has been confirmed by the Lord through ecclesiastical approval, and entrusted to its members to offer an "original contribution" to the New Evangelization.
The Pope said this today in an audience with members of the Way who packed Paul VI Hall. Prior to the Holy Father's address, the group enthusiastically received the news that the "Catechetical Directory of the Neocatechumenal Way" has been approved by the Vatican.
Kiko Argüello and Carmen Hernández, initiators of the community, were at the audience.
The Pontiff lauded the Way for contributing to "revive and consolidate Christian initiation in the dioceses and parishes, fostering a gradual and radical rediscovery of the riches of baptism."
He expressed his satisfaction that the statutes had been written down and submitted for approval, which came in 2008. Now, the Catechetical Directory has also received Vatican approval, Benedict XVI noted.
"With these ecclesiastical seals, the Lord confirms today and entrusts to you again this precious instrument that is the Way, so that you can, in filial obedience to the Holy See and to the pastors of the Church, contribute, with new impetus and ardor, to the radical and joyful rediscovery of the gift of baptism and to offer your original contribution to the cause of the New Evangelization," he said. "The Church has recognized in the Neocatechumenal Way a particular gift aroused by the Holy Spirit: as such, it tends naturally to insert itself in the great harmony of the ecclesial body."
The Way has on occasion found obstacles in working with dioceses or parishes. Most recently, the episcopal conference of Japan moved to suspend the group for a period of five years, but the Vatican intervened on behalf of the Way.
Today, in fact, the Holy Father exhorted the members to "seek always a profound communion with the pastors and with all the components of the particular Churches and the very different ecclesial contexts in which you are called to operate."
"The fraternal communion between the disciples of Jesus is, in fact, the first and greatest testimony to the name of Jesus Christ," he said.
Missionaries
Benedict XVI said he was "particularly happy" to send out more than 200 Neocatechumenal families who are joining some 600 others in mission work on the five continents.
He also had a special greeting for the priests and seminarians of the group. "Beloved," he told them, "you are a special and eloquent sign of the fruits of goodness that can be born from the rediscovery of the grace of baptism itself. We look to you with particular hope: Be priests enamored of Christ and his Church, capable of transmitting to the world the joy of having encountered the Lord and of being able to be at his service."
The Pope greeted other groups who form part of the Neocatechumenal community, lauding them for leaving their home communities "to go to more distant and uncomfortable places, accepting being sent to help parishes in difficulty and to seek the lost sheep and bring them back to the sheepfold of Christ."
"In the sufferings and aridity that you might experience," he said, "feel united to the sufferings of Christ on the cross, and to his desire to gather so many brothers far from the faith and from truth, to bring them back to the house of the Father."
On ZENIT's Web page:
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Bento XVI destaca missão do Caminho Neocatecumenal
Bento XVI destaca missão universal do Caminho Neocatecumenal
Segunda-feira, 17 de janeiro de 2011, 17h11
Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano
“original contribuição” que o Caminho Neocatecumenal fornece à causa da nova evangelização e a importância de sua “profunda comunhão com os Pastores” foram aspectos enfatizados pelo Papa Bento XVI durante a audiência com os fundadores Kiko Arguello e Cármen Hernandez e os milhares de membros do Caminho Neocatecumenal nesta segunda-feira, 17 na Sala Paulo VI.
O Pontífice recordou que há mais de 40 anos “o Caminho Neocatecumental contribui para reavivar e consolidar nas dioceses e nas paróquias a Iniciação Cristã”. Um dom de Deus a favor da sua Igreja que se se coloca “a serviço do bispo como uma das modalidades de concretização diocesana da iniciação cristã e da educação permanente na fé”.
Bento XVI se alegrou com a aprovação definitiva, em 2008, do Estatuto do Caminho Neocatecumenal, assim como, recentemente, do “Diretório Catequístico”, pressupostos para uma nova confirmação e envio da parte do Sucessor de Pedro.
“O Senhor confirma hoje e vos confia novamente este precioso instrumento que é o Caminho, de modo que possais, em filial obediência à Santa Sé e aos Pastores da Igreja, contribuir, com novo impulso e ardor, à redescoberta radical e feliz das riquezas do Batismo, oferecendo a vossa contribuição original à causa da nova evangelização”, disse o Papa.
Para o Santo Padre, a Igreja reconheceu no Caminho Neocatecumental um particular dom suscitado pelo Espírito Santo. “Como tal, ele tende naturalmente a se inserir na grande harmonia do Corpo eclesial. Exorto-vos a procurar sempre uma profunda comunhão com os Pastores e com todas as componentes das Igrejas particulares e dos contextos eclesiais, bastante diversificados, em que sois chamados a atuar”, aconselhou.
O Papa destacou ainda que a “comunhão fraterna entre os discípulos de Jesus” constitui “o primeiro e maior testemunho”. Ele recordou as mais de 200 novas famílias neocatecumenais que partem em missão em 13 novas Missões ad gentes em diferentes países da Europa (Alemanha, Áustria, França, Hungria, Macedônia, Suécia, Ucrânia), e ainda na América Latina (Venezuela).
Aos reitores dos Seminários Redemptoris Mater, o Santo Padre dirigiu uma exortação à fidelidade no exercício do ministério. O Papa concluiu confiando à Nossa Senhora o presente e o futuro do Caminho: “Que a Bem-aventurada Virgem Maria, que inspirou o vosso Caminho e vos deu a família de Nazaré como modelo das vossas comunidades, vos conceda viver a vossa fé em humildade, simplicidade e louvor, interceda por todos vós e vos acompanhe na vossa missão”, finalizou.
Canção Nova Notícias
Segunda-feira, 17 de janeiro de 2011, 17h11
Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano
“original contribuição” que o Caminho Neocatecumenal fornece à causa da nova evangelização e a importância de sua “profunda comunhão com os Pastores” foram aspectos enfatizados pelo Papa Bento XVI durante a audiência com os fundadores Kiko Arguello e Cármen Hernandez e os milhares de membros do Caminho Neocatecumenal nesta segunda-feira, 17 na Sala Paulo VI.
O Pontífice recordou que há mais de 40 anos “o Caminho Neocatecumental contribui para reavivar e consolidar nas dioceses e nas paróquias a Iniciação Cristã”. Um dom de Deus a favor da sua Igreja que se se coloca “a serviço do bispo como uma das modalidades de concretização diocesana da iniciação cristã e da educação permanente na fé”.
Bento XVI se alegrou com a aprovação definitiva, em 2008, do Estatuto do Caminho Neocatecumenal, assim como, recentemente, do “Diretório Catequístico”, pressupostos para uma nova confirmação e envio da parte do Sucessor de Pedro.
“O Senhor confirma hoje e vos confia novamente este precioso instrumento que é o Caminho, de modo que possais, em filial obediência à Santa Sé e aos Pastores da Igreja, contribuir, com novo impulso e ardor, à redescoberta radical e feliz das riquezas do Batismo, oferecendo a vossa contribuição original à causa da nova evangelização”, disse o Papa.
Para o Santo Padre, a Igreja reconheceu no Caminho Neocatecumental um particular dom suscitado pelo Espírito Santo. “Como tal, ele tende naturalmente a se inserir na grande harmonia do Corpo eclesial. Exorto-vos a procurar sempre uma profunda comunhão com os Pastores e com todas as componentes das Igrejas particulares e dos contextos eclesiais, bastante diversificados, em que sois chamados a atuar”, aconselhou.
O Papa destacou ainda que a “comunhão fraterna entre os discípulos de Jesus” constitui “o primeiro e maior testemunho”. Ele recordou as mais de 200 novas famílias neocatecumenais que partem em missão em 13 novas Missões ad gentes em diferentes países da Europa (Alemanha, Áustria, França, Hungria, Macedônia, Suécia, Ucrânia), e ainda na América Latina (Venezuela).
Aos reitores dos Seminários Redemptoris Mater, o Santo Padre dirigiu uma exortação à fidelidade no exercício do ministério. O Papa concluiu confiando à Nossa Senhora o presente e o futuro do Caminho: “Que a Bem-aventurada Virgem Maria, que inspirou o vosso Caminho e vos deu a família de Nazaré como modelo das vossas comunidades, vos conceda viver a vossa fé em humildade, simplicidade e louvor, interceda por todos vós e vos acompanhe na vossa missão”, finalizou.
Canção Nova Notícias
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Visita dos iniciadores do Caminho ao Papa
PAPA RECEBEU INICIADORES DO CAMINHO NEOCATECUMENAL
Trataram sobre as iniciativas do Caminho para a nova evangelização da Europa
CIDADE DO VATICANO/MADRI, terça-feira, 15 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI recebeu nesse sábado em audiência privada os iniciadores do Caminho Neocatecumenal, os espanhóis Kiko Argüello, Carmen Hernández e o sacerdote italiano Mario Pezzi.
Segundo confirmou a ZENIT Álvaro de Juana, porta-voz do Caminho Neocatecumenal na Espanha, um dos temas tratados foi o da nova evangelização da Europa, um assunto ao qual esta realidade eclesial sempre concedeu grande importância.
“O pontífice mostrou-se em todo momento muito contente pelo trabalho do Caminho Neocatecumenal”, afirmou De Juana.
Os iniciadores do Caminho explicaram ao Papa o trabalho que se realiza há alguns anos em cidades da Holanda, Alemanha e França – onde a presença da Igreja às vezes é escassa – mediante a missio ad gentes.
A missio ad gentes é uma forma de evangelização que consiste na implantatio ecclesiae, quer dizer, no envio de missionários voluntários (normalmente dois ou três famílias com seus filhos e acompanhadas por um sacerdote) a lugares descristianizados, onde a Igreja já desapareceu ou está a ponto de desaparecer.
A recém-publicada exortação apostólica Verbum Domini aludia à necessidade da missio ad gentes no número 95, em que os Padres sinodais reiteravam a importância de que a Igreja “não se limite a uma pastoral de manutenção”.
Outro tema tratado pelo Papa e os iniciadores do Caminho Neocatecumenal foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2011, em Madri.
De acordo com Argüello, mais de 200 mil jovens desta realidade eclesial provenientes de todo o mundo realizarão itinerários pela Europa, em espírito de evangelização e missão, por dez dias.
“Esses jovens são frutos da comunidade cristã e, em concreto, de pequenas comunidades enraizadas na paróquia e que salvam a família”, afirmou Kiko Argüello.
Por último, os representantes neocatecumenais informaram ao Papa sobre a construção de três novos seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, em São Paulo (Brasil), Bruxelas (Bélgica) e Trieste (Itália).
Esses seminários, dependentes de cada bispo local e abertos sob pedido seu, têm como vocação formar sacerdotes para a missão em qualquer lugar do mundo, segundo a espiritualidade do Caminho. Com esses três, são 78 no mundo.
Trataram sobre as iniciativas do Caminho para a nova evangelização da Europa
CIDADE DO VATICANO/MADRI, terça-feira, 15 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI recebeu nesse sábado em audiência privada os iniciadores do Caminho Neocatecumenal, os espanhóis Kiko Argüello, Carmen Hernández e o sacerdote italiano Mario Pezzi.
Segundo confirmou a ZENIT Álvaro de Juana, porta-voz do Caminho Neocatecumenal na Espanha, um dos temas tratados foi o da nova evangelização da Europa, um assunto ao qual esta realidade eclesial sempre concedeu grande importância.
“O pontífice mostrou-se em todo momento muito contente pelo trabalho do Caminho Neocatecumenal”, afirmou De Juana.
Os iniciadores do Caminho explicaram ao Papa o trabalho que se realiza há alguns anos em cidades da Holanda, Alemanha e França – onde a presença da Igreja às vezes é escassa – mediante a missio ad gentes.
A missio ad gentes é uma forma de evangelização que consiste na implantatio ecclesiae, quer dizer, no envio de missionários voluntários (normalmente dois ou três famílias com seus filhos e acompanhadas por um sacerdote) a lugares descristianizados, onde a Igreja já desapareceu ou está a ponto de desaparecer.
A recém-publicada exortação apostólica Verbum Domini aludia à necessidade da missio ad gentes no número 95, em que os Padres sinodais reiteravam a importância de que a Igreja “não se limite a uma pastoral de manutenção”.
Outro tema tratado pelo Papa e os iniciadores do Caminho Neocatecumenal foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2011, em Madri.
De acordo com Argüello, mais de 200 mil jovens desta realidade eclesial provenientes de todo o mundo realizarão itinerários pela Europa, em espírito de evangelização e missão, por dez dias.
“Esses jovens são frutos da comunidade cristã e, em concreto, de pequenas comunidades enraizadas na paróquia e que salvam a família”, afirmou Kiko Argüello.
Por último, os representantes neocatecumenais informaram ao Papa sobre a construção de três novos seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, em São Paulo (Brasil), Bruxelas (Bélgica) e Trieste (Itália).
Esses seminários, dependentes de cada bispo local e abertos sob pedido seu, têm como vocação formar sacerdotes para a missão em qualquer lugar do mundo, segundo a espiritualidade do Caminho. Com esses três, são 78 no mundo.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
O CAMINHO NEOCATECUMENAL
O Caminho Neocatecumenal
Em 1964, Francisco (Kiko) Argüello, um pintor nascido em León (Espanha), e Carmen Hernández, licenciada em Química e formada no Instituto Missionárias de Cristo Jesus, encontram-se entre os favelados de Palomeras Altas, na periferia de Madri. Três anos depois, neste ambiente composto sobretudo de pobres, forma-se uma síntese kerigmático – catequética que, sustentada pela Palavra de Deus, pela Liturgia e pela experiência comunitária, e sobre a trilha do Concílio Vaticano II, tornar-se-á a base daquilo que o Caminho Neocatecumenal levará a todo o mundo.
Em 1964, Francisco (Kiko) Argüello, um pintor nascido em León (Espanha), e Carmen Hernández, licenciada em Química e formada no Instituto Missionárias de Cristo Jesus, encontram-se entre os favelados de Palomeras Altas, na periferia de Madri. Três anos depois, neste ambiente composto sobretudo de pobres, forma-se uma síntese kerigmático – catequética que, sustentada pela Palavra de Deus, pela Liturgia e pela experiência comunitária, e sobre a trilha do Concílio Vaticano II, tornar-se-á a base daquilo que o Caminho Neocatecumenal levará a todo o mundo.
A partir das favelas, a experiência passa logo para algumas paróquias de Madri e de Zamora. No confronto ao qual foi submetida, a síntese kerigmático – catequética surgida entre os favelados de Palomeras Altas, logo se viu que nas paróquias, sobretudo nas mais abastadas, as catequeses eram usadas para “sobrevestir-se, como conferências, não como um caminho de conversão e de “kenosis”, no qual se faz morrer pouco a pouco o homem velho, para poder ser revestido da nova criação no Espírito Santo.
Bem cedo, aparece a necessidade de fazer uma primeira reflexão sobre a experiência que estava acontecendo, daquilo que o Senhor estava realizando naquelas comunidades. Em abril de 1970, em Majadahonda, nas proximidades de Madri, os iniciadores do Caminho, Kiko e Carmen, junto com os responsáveis, presbíteros e alguns párocos das primeiras comunidades existentes, reuniram-se para fazer uma primeira reflexão sobre aquilo que o Espírito Santo estava realizando no meio deles. Preparou-se um questionário com uma pergunta de base: o que são estas comunidades que estão surgindo nas paróquias?
Depois de três dias de oração e de trabalho chegou-se, por unanimidade a esta resposta:
O que é a Comunidade
- A comunidade é a Igreja: que é o Corpo visível de Cristo ressuscitado. Nasce do anúncio da “Boa Nova” que é Cristo, vencedor em nós de tudo aquilo que nos mata e destrói;
- Este anúncio é apostólico: unidade e dependência do Bispo, garantia da verdade e da universalidade;
- Somos chamados por Deus a ser sacramento de salvação no seio da atual estrutura paroquial;
- Início de um caminho em direção à fé adulta, através de um Catecumenato vivido mediante o tripé: Palavra de Deus, Liturgia e Comunidade.
Missão destas comunidades na atual estrutura das Igrejas
- Tornar visível o novo modo de viver o Evangelho, tendo presente as profundas exigências do homem e o momento histórico da Igreja.
- Abrir um caminho. Chamar à conversão.
- Não se impõem. Sentem o dever de não destruir nada, de respeitar tudo, apresentando o fruto de uma Igreja que se renova e que diz aos seus Pais que foram fecundos, porque deles nascera.
Como se realiza esta missão
- Estas comunidades nasceram e desejam permanecer dentro da Paróquia, com o Pároco, para dar os sinais da fé: o amor e a unidade. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos” (Jo 13, 34-35). “Pai, eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste” (Jo 17, 23). O amor na dimensão da Cruz e a unidade são os sinais que criam os questionamentos necessários para que se possa anunciar Jesus Cristo (...).
Ao término da convivência, veio o então Arcebispo de Madri, que já tinha conhecido a experiência da favela e tinha convidado para que ela fosse levada às paróquias. Foi-lhe lida a reflexão amadurecida durante o encontro. O Arcebispo, depois de tê-la escutado, começou dizendo: “Se eu a tivesse escrito, seria a página mais bela da minha vida”.
Alguns anos mais tarde, quando o Caminho já se tinha difundido em muitas paróquias de Roma e em várias dioceses da Itália, os iniciadores foram chamados pela Congregação do Culto Divino, porque esta queria saber em que consistia aquele itinerário de redescoberta do Batismo e os ritos que eram feitos. O então Secretário da Congregação, Dom Annibale Bugnini, e o grupo de experts que estava com ele, ficaram enormemente impressionados ao ver que aquilo que estava elaborando há alguns anos sobre o Catecumenato para os adultos - e que logo seria publicado como “Ordo Initiationis Christianae Adultorum” (OICA) - , o Espírito Santo, partindo dos pobres, já o estava colocando em prática. Depois de dois anos de estudo daquilo que faziam as comunidades, publicaram na revista oficial da Congregação (Notitiae), em latim, para toda a Igreja, uma nota laudatória: “Praeclarum exemplar” da obra que estava desenvolvendo o Caminho Neocatecumenal. Com eles se concordou o nome que deveria ser dado ao Caminho: “Neocatecumenato”, como itinerário de formação cristão pós-batismal que segue as indicações propostas no Capítulo IV do mesmo Ordo. Neste se diz, de fato, que alguns ritos para os não batizados, propostos pelo OICA podem ser adaptados, também para aquelas pessoas já batizadas, mas não suficientemente catequizadas.
Junto a estes momentos salientes da história do Caminho, é importante recordar a característica de fundo que o constitui e que o Estatuto reconhece: a possibilidade de viver a vida cristã em comunidade, recuperando o modelo eclesial dos primeiros séculos.
O Caminho Neocatecumenal se propôs, desde sua origem, como um caminho de iniciação à fé, assim, não é uma espiritualidade particular, mas um caminho de gestação, “um itinerário de formação católica válida para a sociedade e para os tempos hodiernos”. (João Paulo II, Carta “Ogniqualvolta”).
É um processo de amadurecimento da fé que reconstrói a comunidade cristã: e esta se torna sinal para o mundo, resiste ao processo de secularização. Neste caminho de fé rumo à radicalidade do próprio batismo, faz-se central a comunidade cristã e, como núcleo fundamental desta, a família.
É no seio de uma comunidade cristã concreta que se faz, em primeira pessoa, uma experiência concreta e direta da vida cristã. Recebe-se uma palavra, que se faz liturgia, que cresce, pouco a pouco, em koinonia, em comunidade. Deus mesmo é comunidade de pessoas.
Pe. Ezechiele Pasotti
Bem cedo, aparece a necessidade de fazer uma primeira reflexão sobre a experiência que estava acontecendo, daquilo que o Senhor estava realizando naquelas comunidades. Em abril de 1970, em Majadahonda, nas proximidades de Madri, os iniciadores do Caminho, Kiko e Carmen, junto com os responsáveis, presbíteros e alguns párocos das primeiras comunidades existentes, reuniram-se para fazer uma primeira reflexão sobre aquilo que o Espírito Santo estava realizando no meio deles. Preparou-se um questionário com uma pergunta de base: o que são estas comunidades que estão surgindo nas paróquias?
Depois de três dias de oração e de trabalho chegou-se, por unanimidade a esta resposta:
O que é a Comunidade
- A comunidade é a Igreja: que é o Corpo visível de Cristo ressuscitado. Nasce do anúncio da “Boa Nova” que é Cristo, vencedor em nós de tudo aquilo que nos mata e destrói;
- Este anúncio é apostólico: unidade e dependência do Bispo, garantia da verdade e da universalidade;
- Somos chamados por Deus a ser sacramento de salvação no seio da atual estrutura paroquial;
- Início de um caminho em direção à fé adulta, através de um Catecumenato vivido mediante o tripé: Palavra de Deus, Liturgia e Comunidade.
Missão destas comunidades na atual estrutura das Igrejas
- Tornar visível o novo modo de viver o Evangelho, tendo presente as profundas exigências do homem e o momento histórico da Igreja.
- Abrir um caminho. Chamar à conversão.
- Não se impõem. Sentem o dever de não destruir nada, de respeitar tudo, apresentando o fruto de uma Igreja que se renova e que diz aos seus Pais que foram fecundos, porque deles nascera.
Como se realiza esta missão
- Estas comunidades nasceram e desejam permanecer dentro da Paróquia, com o Pároco, para dar os sinais da fé: o amor e a unidade. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos” (Jo 13, 34-35). “Pai, eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que me enviaste” (Jo 17, 23). O amor na dimensão da Cruz e a unidade são os sinais que criam os questionamentos necessários para que se possa anunciar Jesus Cristo (...).
Ao término da convivência, veio o então Arcebispo de Madri, que já tinha conhecido a experiência da favela e tinha convidado para que ela fosse levada às paróquias. Foi-lhe lida a reflexão amadurecida durante o encontro. O Arcebispo, depois de tê-la escutado, começou dizendo: “Se eu a tivesse escrito, seria a página mais bela da minha vida”.
Alguns anos mais tarde, quando o Caminho já se tinha difundido em muitas paróquias de Roma e em várias dioceses da Itália, os iniciadores foram chamados pela Congregação do Culto Divino, porque esta queria saber em que consistia aquele itinerário de redescoberta do Batismo e os ritos que eram feitos. O então Secretário da Congregação, Dom Annibale Bugnini, e o grupo de experts que estava com ele, ficaram enormemente impressionados ao ver que aquilo que estava elaborando há alguns anos sobre o Catecumenato para os adultos - e que logo seria publicado como “Ordo Initiationis Christianae Adultorum” (OICA) - , o Espírito Santo, partindo dos pobres, já o estava colocando em prática. Depois de dois anos de estudo daquilo que faziam as comunidades, publicaram na revista oficial da Congregação (Notitiae), em latim, para toda a Igreja, uma nota laudatória: “Praeclarum exemplar” da obra que estava desenvolvendo o Caminho Neocatecumenal. Com eles se concordou o nome que deveria ser dado ao Caminho: “Neocatecumenato”, como itinerário de formação cristão pós-batismal que segue as indicações propostas no Capítulo IV do mesmo Ordo. Neste se diz, de fato, que alguns ritos para os não batizados, propostos pelo OICA podem ser adaptados, também para aquelas pessoas já batizadas, mas não suficientemente catequizadas.
Junto a estes momentos salientes da história do Caminho, é importante recordar a característica de fundo que o constitui e que o Estatuto reconhece: a possibilidade de viver a vida cristã em comunidade, recuperando o modelo eclesial dos primeiros séculos.
O Caminho Neocatecumenal se propôs, desde sua origem, como um caminho de iniciação à fé, assim, não é uma espiritualidade particular, mas um caminho de gestação, “um itinerário de formação católica válida para a sociedade e para os tempos hodiernos”. (João Paulo II, Carta “Ogniqualvolta”).
É um processo de amadurecimento da fé que reconstrói a comunidade cristã: e esta se torna sinal para o mundo, resiste ao processo de secularização. Neste caminho de fé rumo à radicalidade do próprio batismo, faz-se central a comunidade cristã e, como núcleo fundamental desta, a família.
É no seio de uma comunidade cristã concreta que se faz, em primeira pessoa, uma experiência concreta e direta da vida cristã. Recebe-se uma palavra, que se faz liturgia, que cresce, pouco a pouco, em koinonia, em comunidade. Deus mesmo é comunidade de pessoas.
Pe. Ezechiele Pasotti
https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/
segunda-feira, 8 de março de 2010
A CRUZ DE BRONZE DO CAMINHO NEOCATECUMENAL
A Cruz de Caminho Neocatecumenal | Luiz Carrara
CRUZ PROCESSIONAL GLORIOSA
A CRUZ DE BRONZE DAS CELEBRAÇÕES
(Pode ser usada nas entradas de celebrações especiais).
Em qualquer celebração da Palavra ou da Eucaristia, seja de uma comunidade reduzida, seja de uma grande Igreja, vale por uma catequese. Vejamos:
1 – Lembra que o Filho de Deus é o Presidente da celebração. Por isto, deve sempre ser colocada em local de destaque, de honra, de maneira que possa ser vista por todos.
2 – O Corpo de Cristo está esculpido como um vencedor, vivo. Jesus aí está de cabeça erguida, braços retos e pernas firmes, glorioso, majestoso. Isto porque não adoramos um morto, mas um Vivo, Ressuscitado, vencedor da morte e do pecado. Deus o colocou ao seu lado como Kyrios, o Senhor dos céus e da terra.
3 – Os raios são o SHEKINÁ, a glória do Senhor. São, também, o KERIGMA, Cristo morreu para sepultar os nossos pecados e ressuscitou para nos tornar Filhos de Deus, capazes de não pecar e de galgar aos céus. Esta glória deve se irradiar por toda a terra. Esta alegria PASCAL dá origem ao DOMINGO, Dia-do-Senhor, celebrada sempre na Missa, que é a BERACAH, EUCARISTIA, DAIENU, reconhecimento, gratidão, ação de graças, bendição que celebra as maravilhas de Deus, o MAGNIFICAT, cf 1Co 14,16ss. .
4 – O pequeno cinto de corda lembra o sacrifício de Isaac em que este teria dito a Abraão: “Meu pai, AKEDÁ, ata-me forte para que eu não resista”, como se pode ler no TALMUDE (coleção de tradições rabínicas interpretativas da lei de Moisés). Da mesma forma, o cinto lembra Mt 26,42; 6,10 em Cristo diz ao Pai que aceite o cálice que lhe foi destinado.
5 – Cristo, tendo sido crucificado, em extrema humilhação, tudo rejeitou para cumprir a vontade do Pai, a única força de salvação. Portanto o SHEMÁ, na cruz, está verdadeiramente cumprido (Dt 6, 4-9). Cristo gravou as palavras do SHEMÁ em seu próprio corpo, pelas suas preciosíssimas chagas e pelas marcas da coroa de espinhos.
6 – MERCABÁ, o carro de fogo (Rs 2, 11 – 12), cujas rodas se orientam para todos os lados, são os quatro símbolos que se encontram nas extremidades da Cruz representando os evangelistas e o Evangelho: BOA-NOTÍCIA: “ Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda a criatura”. Eis a missão divina dos ministros de Deus, portadores do Evangelho. Espalhar por toda a terra a doutrina da salvação. Todo o que crer em Jesus Cristo não será confundido. Todo o que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como invocarão Aquele que não conhecem? Como crerão n’Aquele de quem não ouviram falar? Como ouvirão sem quem lhes pregue? Felizes daqueles que foram chamados a cooperar na grande missão de difundir a fé entre seus semelhantes: Bem-aventurados os que evangelizam a PAZ os que anunciam a salvação: A IGREJA é essencialmente missionária (LUMEN GENTIUM), isto é, voltada para fora de si. Pela PALAVRA e pelo TESTEMUNHO, sinal de amor e unidade da dimensão da cruz (Sal-Luz-Fermento).
Cruz de parede | Luiz Carrara
As quatro figuras têm as seguintes explicações:HOMEM – Figura de Mateus, que inicia seu Evangelho pela pessoa de Jesus.
LEÃO – Figura de Marcos, cujo Evangelho fala da Voz-que-clama-do-deserto.
TOURO – Figura de Lucas, cujo Evangelho conta a História do Sacrifício.
ÁGUIA – Figura de João, porque seu Evangelho é considerado vôo nas alturas teológicas.
A Glória de Deus só se manifestou plenamente no SENHOR JESUS, na CRUZ DE JESUS, que é levada a todo o mundo pela pregação evangélica.
7 – A Mulher, entre o globo e a cruz, pode ser entendida tanto como Maria Santíssima ou como a Igreja. Ambas são medianeiras entre nós, (homens todos da terra, Igreja Universal, comunidade paroquial, comunidade neocatecumenal) e Jesus Salvador, o Pai e o Divino Espírito Santo.
8 – Todo este mistério se faz presente no mundo representado pelo globo no alto da haste.
9 – Em baixo temos as serpentes pequenas, lembrando as “serpentes abrasadoras” do deserto (Nm 21, 6 – 9) que representam o tentador, o insuflador do pecado. Moisés, por ordem de Deus, ergue a serpente de bronze que cura aqueles que a contemplam. Isto é figura, de modo claríssimo, de que quem olha para o alto, para Jesus, tem a VIDA. Por este motivo, temos a longa haste.
10 – Muitas outras meditações e citações bíblicas poderão ser lembradas pelo fiel admirador desta preciosa peça litúrgica.
Pode-se, também, lembrar a nossa cruz de todos os dias que deve ser apensada à CRUZ DE CRISTO, coluna do universo, árvore da vida. Feliz aquele que tem a cruz porque foi ela que abriu a porta do céu.
Observação: .Material: latão polido com verniz
protetor. Altura: 230 cm. Portanto, pode ser polida por preparados
químicos ou abrasivos. O modelo inicial veio ao Brasil pelos catequistas Pe.
Ângelo e Pe. Juanito. Construída com a autorização e orientações dos
responsáveis pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil.
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Fabricante
no Brasil: Luiz Carrara
Rua
Araguaia, 38 | Bairro Canindé
CEP
03034-000 | São Paulo | SP
Tel.: (11)
3228-6577
Valor: R$ 8.200,00 (Agosto/2024)
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