NOTA DA CNBB A RESPEITO DA DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL QUANTO À UNIÃO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO
Nós, Bispos do Brasil em Assembléia Geral, nos dias 4 a 13 de maio, reunidos na casa da nossa Mãe, Nossa Senhora Aparecida, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar e esclarecer a respeito da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Saudamos todas as famílias do nosso País e as encorajamos a viver fiel e alegremente a sua missão. Tão grande é a importância da família, que toda a sociedade tem nela a sua base vital. Por isso é possível fazer do mundo uma grande família.
A diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural. As Sagradas Escrituras, por sua vez, revelam que Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança e os destinou a ser uma só carne (cf. Gn 1,27; 2,24). Assim, a família é o âmbito adequado para a plena realização humana, o desenvolvimento das diversas gerações e constitui o maior bem das pessoas.
As pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo são merecedoras de respeito e consideração. Repudiamos todo tipo de discriminação e violência que fere sua dignidade de pessoa humana (cf. Catecismo da Igreja Católica, nn. 2357-2358).
As uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo recebem agora em nosso País reconhecimento do Estado. Tais uniões não podem ser equiparadas à família, que se fundamenta no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e educação dos filhos. Equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma. É um fato real que a família é um recurso humano e social incomparável, além de ser também uma grande benfeitora da humanidade. Ela favorece a integração de todas as gerações, dá amparo aos doentes e idosos, socorre os desempregados e pessoas portadoras de deficiência. Portanto têm o direito de ser valorizada e protegida pelo Estado.
É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprometem a ética na política.
A instituição familiar corresponde ao desígnio de Deus e é tão fundamental para a pessoa que o Senhor elevou o Matrimônio à dignidade de Sacramento. Assim, motivados pelo Documento de Aparecida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa.
Jesus Cristo Ressuscitado, fonte de Vida e Senhor da história, que nasceu, cresceu e viveu na Sagrada Família de Nazaré, pela intercessão da Virgem Maria e de São José, seu esposo, ilumine o povo brasileiro e seus governantes no compromisso pela promoção e defesa da família.
Aparecida (SP), 11 de maio de 2011
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB
Arcebispo de Mariana – MG
Dom Luiz Soares Vieira
Vice Presidente da CNBB
Arcebispo de Manaus – AM
Dom Dimas Lara Barbosa
Secretário Geral da CNBB
Arcebispo nomeado para Campo Grande - MS
sábado, 14 de maio de 2011
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Breve Biografia do Beato João Paulo II, Papa.
Beato João Paulo II: Breve Biografia
CIDADE DO VATICANO, domingo, 1º de maio de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos a breve biografia oficial oferecida no Livreto da Celebração editado pela Santa Sé para a cerimônia de hoje, texto que foi lido pelo cardeal Agostino Vallini, vigário geral da diocese de Roma, durante o rito de beatificação.
* * *
Karol Józef WoJtyła, eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de Maio de 1920. Foi o segundo de dois filhos de Karol Wojtyła e de Emília Kaczorowska, que faleceu em 1929. O seu irmão mais velho, Edmund, médico, morre em 1932, e o seu pai, oficial do Exército, em 1941.
Aos nove anos recebeu a Primeira Comunhão e aos dezoito o sacramento da Confirmação. Terminados os estudos na Escola Superior de Wadowice, inscreveu-se em 1938 na Universidade Jagellónica de Cracóvia.
Depois de as forças ocupantes nazis encerrarem a Universidade em 1939, o jovem Karol trabalhou (1940-1944) numa mina e, posteriormente, na fábrica química Solvay, para poder sustentar-se e evitar a deportação para a Alemanha.
A partir de 1942, sentindo-se chamado ao sacerdócio, frequentou o Curso de Formação do Seminário Maior clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo local, o Cardeal Adam Stefan Sapieha. Simultaneamente, foi um dos promotores do «Teatro Rapsódico», também este clandestino.
Depois da guerra, continuou os estudos no Seminário Maior de Cracóvia, novamente aberto, e na Faculdade de Teologia da Universidade Jagellónica, até à sua ordenação sacerdotal em Cracóvia a 1 de Novembro de 1946. Depois foi enviado pelo Cardeal Sapieha a Roma, onde obteve o doutoramento em Teologia (1948), com uma tese sobre o conceito da fé nas obras de São João da Cruz. Naquele período - durante as suas férias - exerceu o ministério pastoral entre os emigrantes polacos na França, Bélgica e Holanda.
Em 1948, regressou à Polónia e foi coadjutor, primeiro na paróquia de Niegowić, próxima de Cracóvia, e depois na de São Floriano, na própria cidade. Foi capelão universitário até 1951, quando retomou os seus estudos filosóficos e teológicos. Em 1953 apresentou na Universidade Católica de Lublin uma tese sobre a possibilidade de fundar uma ética cristã a partir do sistema ético de Max Scheler. Mais tarde, tornou-se professor de Teologia Moral e Ética no Seminário Maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia de Lublin.
Em 4 de Julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo Auxiliar de Cracóvia e Titular de Ombi. Recebeu a ordenação episcopal em 28 de Setembro de 1958 na Catedral de Wawel (Cracóvia), das mãos do Arcebispo Eugeniusz Baziak.
A 13 de Janeiro de 1964 foi nomeado Arcebispo de Cracóvia pelo Papa Paulo VI, que o criou Cardeal a 26 de Junho de 1967.
Participou no Concílio Vaticano II (1962-65), dando um contributo importante na elaboração da Constituição Gaudium et Spes. O Cardeal Wojtyła tomou também parte na V Assembleia do Sínodo dos Bispos anterior ao seu Pontificado.
Foi eleito Papa em 16 de Outubro de 1978 e, em 22 de Outubro, deu início ao seu ministério de Pastor Universal da Igreja.
O Papa João Paulo II realizou 146 visitas pastorais em Itália e, como Bispo de Roma, visitou 317 das actuais 332 paróquias romanas. As viagens apostólicas pelo mundo - expressão da constante solicitude pastoral do Sucessor de Pedro por toda a Igreja - foram 104.
Entre os seus principais documentos, contam-se 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas. Ao Papa João Paulo II devem-se ainda 5 livros: «Atravessar o Limiar da Esperança» (Outubro de 1994); «Dom e Mistério: Nas minhas Bodas de Ouro Sacerdotais» (Novembro de 1996); «Tríptico Romano», meditações em forma de poesia (Março de 2003); «Levantai-vos! Vamos!» (Maio de 2004) e «Memória e Identidade» (Fevereiro de 2005).
O Papa João Paulo II celebrou 147 ritos de Beatificação - nos quais proclamou 1338 Beatos - e 51 Canonizações, com um total de 482 Santos. Realizou 9 Consistórios, nos quais criou 231 Cardeais (+ 1 in pectore). Presidiu ainda a 6 Reuniões Plenárias do Colégio Cardinalício.
Desde 1978, convocou 15 Assembleias do Sínodo dos Bispos: 6 gerais ordinárias (1980, 1983, 1987, 1990, 1994 e 2001), 1 assembleia-geral extraordinária (1985) e 8 assembleias especiais (1980, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999).
A 13 de Maio de 1981, na Praça de São Pedro, sofreu um grave atentado. Perdoou ao autor do atentado. Salvo pela mão materna da Mãe de Deus, submeteu-se a uma longa recuperação. Convencido de ter recebido uma nova vida, intensificou os seus empenhos pastorais com heróica generosidade.
A sua solicitude de Pastor manifestou-se, entre outras coisas, na erecção de numerosas dioceses e circunscrições eclesiásticas, na promulgação do Código de Direito Canónico Latino e das Igrejas Orientais, e na promulgação do Catecismo da Igreja Católica. Propôs ao Povo de Deus momentos de particular intensidade espiritual como o Ano da Redenção, o Ano Mariano e o Ano da Eucaristia, culminando no Grande Jubileu do Ano 2000. Foi ao encontro das novas gerações, com a celebração das Jornadas Mundiais da Juventude.
Nenhum outro Papa encontrou tantas pessoas como João Paulo II: nas Audiências Gerais das Quartas-feiras (cerca de 1160) participaram mais de 17 milhões e 600 mil peregrinos, sem contar as outras Audiências especiais e as cerimónias religiosas (mais de 8 milhões de peregrinos apenas no decorrer do Grande Jubileu do Ano 2000) e os milhões de fiéis contactados durante as visitas pastorais em Itália e no mundo; numerosas também as personalidades de Governo recebidas em Audiência: basta recordar as 38 Visitas Oficiais e as restantes 78 Audiências ou Encontros com Chefes de Estado, como também as 246 Audiências e Encontros com Primeiros-Ministros.
Morreu em Roma, no Palácio Apostólico do Vaticano, às 21.37h de sábado 2 de Abril de 2005, vigília do Domingo in Albis e da Divina Misericórdia, por ele instituído. Os funerais solenes na Praça de São Pedro e a sepultura nas Grutas Vaticanas foram celebrados a 8 de Abril.
http://www.zenit.org/
CIDADE DO VATICANO, domingo, 1º de maio de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos a breve biografia oficial oferecida no Livreto da Celebração editado pela Santa Sé para a cerimônia de hoje, texto que foi lido pelo cardeal Agostino Vallini, vigário geral da diocese de Roma, durante o rito de beatificação.
* * *
Karol Józef WoJtyła, eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de Maio de 1920. Foi o segundo de dois filhos de Karol Wojtyła e de Emília Kaczorowska, que faleceu em 1929. O seu irmão mais velho, Edmund, médico, morre em 1932, e o seu pai, oficial do Exército, em 1941.
Aos nove anos recebeu a Primeira Comunhão e aos dezoito o sacramento da Confirmação. Terminados os estudos na Escola Superior de Wadowice, inscreveu-se em 1938 na Universidade Jagellónica de Cracóvia.
Depois de as forças ocupantes nazis encerrarem a Universidade em 1939, o jovem Karol trabalhou (1940-1944) numa mina e, posteriormente, na fábrica química Solvay, para poder sustentar-se e evitar a deportação para a Alemanha.
A partir de 1942, sentindo-se chamado ao sacerdócio, frequentou o Curso de Formação do Seminário Maior clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo local, o Cardeal Adam Stefan Sapieha. Simultaneamente, foi um dos promotores do «Teatro Rapsódico», também este clandestino.
Depois da guerra, continuou os estudos no Seminário Maior de Cracóvia, novamente aberto, e na Faculdade de Teologia da Universidade Jagellónica, até à sua ordenação sacerdotal em Cracóvia a 1 de Novembro de 1946. Depois foi enviado pelo Cardeal Sapieha a Roma, onde obteve o doutoramento em Teologia (1948), com uma tese sobre o conceito da fé nas obras de São João da Cruz. Naquele período - durante as suas férias - exerceu o ministério pastoral entre os emigrantes polacos na França, Bélgica e Holanda.
Em 1948, regressou à Polónia e foi coadjutor, primeiro na paróquia de Niegowić, próxima de Cracóvia, e depois na de São Floriano, na própria cidade. Foi capelão universitário até 1951, quando retomou os seus estudos filosóficos e teológicos. Em 1953 apresentou na Universidade Católica de Lublin uma tese sobre a possibilidade de fundar uma ética cristã a partir do sistema ético de Max Scheler. Mais tarde, tornou-se professor de Teologia Moral e Ética no Seminário Maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia de Lublin.
Em 4 de Julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo Auxiliar de Cracóvia e Titular de Ombi. Recebeu a ordenação episcopal em 28 de Setembro de 1958 na Catedral de Wawel (Cracóvia), das mãos do Arcebispo Eugeniusz Baziak.
A 13 de Janeiro de 1964 foi nomeado Arcebispo de Cracóvia pelo Papa Paulo VI, que o criou Cardeal a 26 de Junho de 1967.
Participou no Concílio Vaticano II (1962-65), dando um contributo importante na elaboração da Constituição Gaudium et Spes. O Cardeal Wojtyła tomou também parte na V Assembleia do Sínodo dos Bispos anterior ao seu Pontificado.
Foi eleito Papa em 16 de Outubro de 1978 e, em 22 de Outubro, deu início ao seu ministério de Pastor Universal da Igreja.
O Papa João Paulo II realizou 146 visitas pastorais em Itália e, como Bispo de Roma, visitou 317 das actuais 332 paróquias romanas. As viagens apostólicas pelo mundo - expressão da constante solicitude pastoral do Sucessor de Pedro por toda a Igreja - foram 104.
Entre os seus principais documentos, contam-se 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas. Ao Papa João Paulo II devem-se ainda 5 livros: «Atravessar o Limiar da Esperança» (Outubro de 1994); «Dom e Mistério: Nas minhas Bodas de Ouro Sacerdotais» (Novembro de 1996); «Tríptico Romano», meditações em forma de poesia (Março de 2003); «Levantai-vos! Vamos!» (Maio de 2004) e «Memória e Identidade» (Fevereiro de 2005).
O Papa João Paulo II celebrou 147 ritos de Beatificação - nos quais proclamou 1338 Beatos - e 51 Canonizações, com um total de 482 Santos. Realizou 9 Consistórios, nos quais criou 231 Cardeais (+ 1 in pectore). Presidiu ainda a 6 Reuniões Plenárias do Colégio Cardinalício.
Desde 1978, convocou 15 Assembleias do Sínodo dos Bispos: 6 gerais ordinárias (1980, 1983, 1987, 1990, 1994 e 2001), 1 assembleia-geral extraordinária (1985) e 8 assembleias especiais (1980, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999).
A 13 de Maio de 1981, na Praça de São Pedro, sofreu um grave atentado. Perdoou ao autor do atentado. Salvo pela mão materna da Mãe de Deus, submeteu-se a uma longa recuperação. Convencido de ter recebido uma nova vida, intensificou os seus empenhos pastorais com heróica generosidade.
A sua solicitude de Pastor manifestou-se, entre outras coisas, na erecção de numerosas dioceses e circunscrições eclesiásticas, na promulgação do Código de Direito Canónico Latino e das Igrejas Orientais, e na promulgação do Catecismo da Igreja Católica. Propôs ao Povo de Deus momentos de particular intensidade espiritual como o Ano da Redenção, o Ano Mariano e o Ano da Eucaristia, culminando no Grande Jubileu do Ano 2000. Foi ao encontro das novas gerações, com a celebração das Jornadas Mundiais da Juventude.
Nenhum outro Papa encontrou tantas pessoas como João Paulo II: nas Audiências Gerais das Quartas-feiras (cerca de 1160) participaram mais de 17 milhões e 600 mil peregrinos, sem contar as outras Audiências especiais e as cerimónias religiosas (mais de 8 milhões de peregrinos apenas no decorrer do Grande Jubileu do Ano 2000) e os milhões de fiéis contactados durante as visitas pastorais em Itália e no mundo; numerosas também as personalidades de Governo recebidas em Audiência: basta recordar as 38 Visitas Oficiais e as restantes 78 Audiências ou Encontros com Chefes de Estado, como também as 246 Audiências e Encontros com Primeiros-Ministros.
Morreu em Roma, no Palácio Apostólico do Vaticano, às 21.37h de sábado 2 de Abril de 2005, vigília do Domingo in Albis e da Divina Misericórdia, por ele instituído. Os funerais solenes na Praça de São Pedro e a sepultura nas Grutas Vaticanas foram celebrados a 8 de Abril.
http://www.zenit.org/
domingo, 1 de maio de 2011
O Beato João Paulo II
João Paulo II, uma beatificação para a história
(1/5/2011) A beatificação de João Paulo II, presidida pelo seu sucessor, Bento XVI, é um acontecimento “sem precedentes”, com paralelo apenas na Idade Média.
Na história da Igreja Católica nunca um Papa beatificou o seu antecessor, ainda que as regras para estas cerimónias, como hoje as conhecemos, tenham sofrido alterações significativas ao longo dos séculos.
Após o anúncio do final do processo de beatificação de João Paulo II, a 14 de janeiro, o jornal do Vaticano assinalava que “nos últimos dez séculos nenhum Papa elevou às honras dos altares o seu imediato predecessor” e mesmo esses casos aconteceram “em contextos não comparáveis com a decisão de Bento XVI”.
Celestino V foi canonizado em 1313, menos de 20 anos depois da sua morte, e dois séculos antes fora imediatamente reconhecida a santidade de Leão IX e Gregório VII, em 1054 e 1085, acrescentava o «Osservatore Romano».
O último Papa proclamado santo foi Pio X (1835-1914), canonizado em 1954, que se juntou a outros 78 bispos de Roma nessa condição.
Pio IX, falecido em 1878, e João XXIII, que morreu em 1963, foram os dois últimos papas a ser beatificados, ambos por João Paulo II, em 3 de setembro de 2000.
Nos primeiros séculos do cristianismo, o reconhecimento da santidade acontecia em âmbito local, a partir da fama popular do santo e com a aprovação dos bispos.
Ao longo do tempo e sobretudo no Ocidente, começou a ser solicitada a intervenção do Papa a fim de conferir um maior grau de autoridade às canonizações: a primeira intervenção papal deste tipo foi de João XV em 993, que declarou santo o bispo Udalrico de Augusta, que tinha morrido vinte anos antes.
As canonizações tornaram-se exclusividade papal por decisão de Gregório IX em 1234 e no decorrer do século XVI começou a distinguir-se entre “beatificação”, isto é, o reconhecimento da santidade de uma pessoa com culto em âmbito local, e “canonização”, o reconhecimento da santidade com a prática do culto universal, para toda a Igreja Católica.
Também a beatificação se tornou uma prerrogativa da Santa Sé e o primeiro acto deste tipo refere-se à beatificação de Francisco de Sales, pelo Papa Alexandre VII em 1662.
Hoje em dia todas estas normas encontram-se na constituição apostólica «Divinus perfectionis Magister» (25 de janeiro de 1983) de João Paulo II e nas normas traçadas pela Congregação para as Causas dos Santos
(Rádio Vaticano)
(1/5/2011) A beatificação de João Paulo II, presidida pelo seu sucessor, Bento XVI, é um acontecimento “sem precedentes”, com paralelo apenas na Idade Média.
Na história da Igreja Católica nunca um Papa beatificou o seu antecessor, ainda que as regras para estas cerimónias, como hoje as conhecemos, tenham sofrido alterações significativas ao longo dos séculos.
Após o anúncio do final do processo de beatificação de João Paulo II, a 14 de janeiro, o jornal do Vaticano assinalava que “nos últimos dez séculos nenhum Papa elevou às honras dos altares o seu imediato predecessor” e mesmo esses casos aconteceram “em contextos não comparáveis com a decisão de Bento XVI”.
Celestino V foi canonizado em 1313, menos de 20 anos depois da sua morte, e dois séculos antes fora imediatamente reconhecida a santidade de Leão IX e Gregório VII, em 1054 e 1085, acrescentava o «Osservatore Romano».
O último Papa proclamado santo foi Pio X (1835-1914), canonizado em 1954, que se juntou a outros 78 bispos de Roma nessa condição.
Pio IX, falecido em 1878, e João XXIII, que morreu em 1963, foram os dois últimos papas a ser beatificados, ambos por João Paulo II, em 3 de setembro de 2000.
Nos primeiros séculos do cristianismo, o reconhecimento da santidade acontecia em âmbito local, a partir da fama popular do santo e com a aprovação dos bispos.
Ao longo do tempo e sobretudo no Ocidente, começou a ser solicitada a intervenção do Papa a fim de conferir um maior grau de autoridade às canonizações: a primeira intervenção papal deste tipo foi de João XV em 993, que declarou santo o bispo Udalrico de Augusta, que tinha morrido vinte anos antes.
As canonizações tornaram-se exclusividade papal por decisão de Gregório IX em 1234 e no decorrer do século XVI começou a distinguir-se entre “beatificação”, isto é, o reconhecimento da santidade de uma pessoa com culto em âmbito local, e “canonização”, o reconhecimento da santidade com a prática do culto universal, para toda a Igreja Católica.
Também a beatificação se tornou uma prerrogativa da Santa Sé e o primeiro acto deste tipo refere-se à beatificação de Francisco de Sales, pelo Papa Alexandre VII em 1662.
Hoje em dia todas estas normas encontram-se na constituição apostólica «Divinus perfectionis Magister» (25 de janeiro de 1983) de João Paulo II e nas normas traçadas pela Congregação para as Causas dos Santos
(Rádio Vaticano)
JOÃO PAULO II
JOÃO PAULO II, APÓSTOLO DA DIVINA MISERICÓRDIA
Data da beatificação recolhe seu legado espiritual
Por Jesús Colina
CIDADE DO VATICANO, sábado, 30 de abril de 2011 (ZENIT.org) - A escolha de Bento XVI para a data da beatificação de João Paulo II, 1º de maio, que neste ano coincide com o domingo da Divina Misericórdia, não é por acaso.
Em várias ocasiões, mas em particular nos funerais de Karol Wojtyla, o cardeal Joseph Ratzinger mostrou como a herança mais original desse papa à Igreja foi precisamente sua contribuição para a compreensão do mal provocado pelo ser humano à luz do limite colocado pela Divina Misericórdia.
O então decano do colégio cardinalício, ante o corpo de João Paulo II, explicava este legado assim: “Cristo, ao sofrer por todos nós, conferiu um novo sentido ao sofrimento; introduziu aquele amor numa nova dimensão, numa nova ordem... E o sofrimento que queima e consome o mal com o fogo do amor e haure também do pecado um florescimento de bem” (Cf. Homilia do cardeal Ratzinger nas exéquias de João Paulo II).
O mistério do mal ético
Karol Wojtyla sofreu os totalitarismos do século XX, o comunismo e o nazismo, e se perguntava como foi possível que Deus permitisse dramas tão terríveis.
Muitos utilizaram esses males como razões para negar a existência de Deus, ou inclusive para afirmar que Deus não é bom. João Paulo II, em contrapartida, valeu-se deles para refletir sobre o que Deus ensina, ao permitir que ocorram tragédias, por causa da livre cooperação dos homens.
E encontrou a resposta para a questão do mal ético na perspectiva da Divina Misericórdia, no ensinamento da religiosa e mística polonesa Santa Faustina Kowalska (1905-1938).
Santo Agostinho explica que Deus nunca causa o mal. O mal não é uma coisa. Ao criar o ser humano com liberdade, Deus aceitou a existência do mal.
Teria sido melhor que Deus não criasse o homem? Teria sido melhor não criá-lo livre? Não. Mas, então – se perguntava o jovem polonês –, qual é o limite do mal para que ele não tenha a última palavra?
João Paulo II compreendeu que os limites do mal são delimitados pela Divina Misericórdia. Isso não implica que todo o mundo se salve automaticamente pela Divina Misericórdia, desculpando assim todo pecado, mas que Deus perdoará todo pecador que aceitar ser perdoado. Por isso, o perdão, a superação do mal, passa pelo arrependimento.
Se o perdão constitui o limite para o mal (quantas lições se poderiam tirar dessa verdade para superar os conflitos armados!), a liberdade condiciona, de certo modo, a Divina Misericórdia. Deus, com efeito, arriscou muito ao criar o homem livre. Arriscou que rejeite seu amor e que seja capaz, negando a verdade mais profunda de sua liberdade, de matar e pisotear o seu irmão. E pagou o preço mais terrível, o sacrifício de seu único Filho. Somos o risco de Deus. Mas um risco que se supera com o poder infinito da Divina Misericórdia.
Sua mensagem póstuma
João Paulo II tinha preparado uma alocução para o Domingo da Divina Misericórdia, texto que ele não pôde pronunciar, pois na véspera foi chamado à Casa do Pai.
No entanto, quis que esse texto fosse lido e publicado como sua mensagem póstuma: “À humanidade, que no momento parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia!” (Cf. Regina Cæli, 3 de abril de 2005).
Como recordação perene desta mensagem, João Paulo II introduziu no calendário litúrgico a solenidade da Divina Misericórdia, uma semana depois do domingo de Páscoa.
Por este motivo, Dom Guido Marini, mestre de celebrações litúrgicas pontifícias, anunciou que a beatificação de João Paulo II começará na praça de São Pedro com uma novidade.
Os peregrinos irão se preparar para a celebração recitando, em diferentes idiomas, a oração à Divina Misericórdia, prática de devoção promovida por Faustina.
A imagem da Divina Misericórdia, trazida da igreja do Espírito Santo em Sassia, muito próxima do Vaticano, estará presente na parte elevada da praça, em frente à Basílica, até o início da Santa Missa.
Data da beatificação recolhe seu legado espiritual
Por Jesús Colina
CIDADE DO VATICANO, sábado, 30 de abril de 2011 (ZENIT.org) - A escolha de Bento XVI para a data da beatificação de João Paulo II, 1º de maio, que neste ano coincide com o domingo da Divina Misericórdia, não é por acaso.
Em várias ocasiões, mas em particular nos funerais de Karol Wojtyla, o cardeal Joseph Ratzinger mostrou como a herança mais original desse papa à Igreja foi precisamente sua contribuição para a compreensão do mal provocado pelo ser humano à luz do limite colocado pela Divina Misericórdia.
O então decano do colégio cardinalício, ante o corpo de João Paulo II, explicava este legado assim: “Cristo, ao sofrer por todos nós, conferiu um novo sentido ao sofrimento; introduziu aquele amor numa nova dimensão, numa nova ordem... E o sofrimento que queima e consome o mal com o fogo do amor e haure também do pecado um florescimento de bem” (Cf. Homilia do cardeal Ratzinger nas exéquias de João Paulo II).
O mistério do mal ético
Karol Wojtyla sofreu os totalitarismos do século XX, o comunismo e o nazismo, e se perguntava como foi possível que Deus permitisse dramas tão terríveis.
Muitos utilizaram esses males como razões para negar a existência de Deus, ou inclusive para afirmar que Deus não é bom. João Paulo II, em contrapartida, valeu-se deles para refletir sobre o que Deus ensina, ao permitir que ocorram tragédias, por causa da livre cooperação dos homens.
E encontrou a resposta para a questão do mal ético na perspectiva da Divina Misericórdia, no ensinamento da religiosa e mística polonesa Santa Faustina Kowalska (1905-1938).
Santo Agostinho explica que Deus nunca causa o mal. O mal não é uma coisa. Ao criar o ser humano com liberdade, Deus aceitou a existência do mal.
Teria sido melhor que Deus não criasse o homem? Teria sido melhor não criá-lo livre? Não. Mas, então – se perguntava o jovem polonês –, qual é o limite do mal para que ele não tenha a última palavra?
João Paulo II compreendeu que os limites do mal são delimitados pela Divina Misericórdia. Isso não implica que todo o mundo se salve automaticamente pela Divina Misericórdia, desculpando assim todo pecado, mas que Deus perdoará todo pecador que aceitar ser perdoado. Por isso, o perdão, a superação do mal, passa pelo arrependimento.
Se o perdão constitui o limite para o mal (quantas lições se poderiam tirar dessa verdade para superar os conflitos armados!), a liberdade condiciona, de certo modo, a Divina Misericórdia. Deus, com efeito, arriscou muito ao criar o homem livre. Arriscou que rejeite seu amor e que seja capaz, negando a verdade mais profunda de sua liberdade, de matar e pisotear o seu irmão. E pagou o preço mais terrível, o sacrifício de seu único Filho. Somos o risco de Deus. Mas um risco que se supera com o poder infinito da Divina Misericórdia.
Sua mensagem póstuma
João Paulo II tinha preparado uma alocução para o Domingo da Divina Misericórdia, texto que ele não pôde pronunciar, pois na véspera foi chamado à Casa do Pai.
No entanto, quis que esse texto fosse lido e publicado como sua mensagem póstuma: “À humanidade, que no momento parece desfalecida e dominada pelo poder do mal, do egoísmo e do medo, o Senhor ressuscitado oferece como dom o seu amor que perdoa, reconcilia e abre novamente o ânimo à esperança. Quanta necessidade tem o mundo de compreender e de acolher a Divina Misericórdia!” (Cf. Regina Cæli, 3 de abril de 2005).
Como recordação perene desta mensagem, João Paulo II introduziu no calendário litúrgico a solenidade da Divina Misericórdia, uma semana depois do domingo de Páscoa.
Por este motivo, Dom Guido Marini, mestre de celebrações litúrgicas pontifícias, anunciou que a beatificação de João Paulo II começará na praça de São Pedro com uma novidade.
Os peregrinos irão se preparar para a celebração recitando, em diferentes idiomas, a oração à Divina Misericórdia, prática de devoção promovida por Faustina.
A imagem da Divina Misericórdia, trazida da igreja do Espírito Santo em Sassia, muito próxima do Vaticano, estará presente na parte elevada da praça, em frente à Basílica, até o início da Santa Missa.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Seminário Redemptoris Mater de São Paulo
Arquidiocese institui seminário missionário internacional
Da redação (O São Paulo/Arquidiocese de São Paulo)
A Arquidiocese de São Paulo celebrou um marco em sua história evangelizadora com a instituição do Seminário Missionário Arquidiocesano Internacional Redemptoris Mater “São Paulo Apóstolo. A oficialização aconteceu durante a celebração eucarística da solenidade de São José, neste sábado (19), na Catedral da Sé.
A missa foi presidida pelo arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer e concelebrada pelos bispos auxiliares, dom Tomé Ferreira da Silva, dom Edmar Peron, do Joaquim Justino Carreira e o bispo emérito de Campo Limpo, dom Emílio Pignoli, além de padres da arquidiocese de São Paulo e do Caminho Neocatecumental, movimento responsável pela formação deste seminário pelo mundo.
O novo seminário é voltado para a formação de sacerdotes do clero secular, isto é, não ligados à ordem ou congregações religiosas, porém é totalmente direcionado para a formação missionária. Este é o segundo a ser instalado no Brasil. O primeiro fica em Brasília.
De acordo com os estatutos do Redemptoris Mater, os alunos deste seminário recebem a mesma formação teológica de outros seminários da diocese onde são instalados. Fazem um ano de pastoral na paróquia como diáconos e dois anos na diocese onde são incardinados como presbíteros antes que o bispo local possa enviá-los em missão.
Padre José Folqué, responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, ressaltou que os seminários missionários Redemptoris Mater “são um dos frutos mais importantes da renovação conciliar. “Uma realidade completamente nova, desejada pelo Concílio Vaticano 2º, afirmou, citando o decreto Presbyterorum Ordinis que diz:
“Lembrem-se os presbíteros que a eles incumbe a solicitude por todas as igrejas... E onde isso for necessário (por falta de clero), facilite-se não apenas uma adequada distribuição de Presbíteros, mas também a atuação de iniciativas peculiares em favor de certas regiões ou nações ou também de todo o mundo. Para tal fim poderão ser criados utilmente, certos Seminários Internacionais, para o bem de toda a Igreja, segundo normas a serem estabelecidas, e resguardando os direitos do Ordinário do lugar”
Ainda de acordo com o padre José, com a assinatura do decreto de ereção deste seminário, a Arquidiocese de São Paulo se une ao desejo urgente da Igreja de sair em missão. “Que os novos presbíteros missionários nascidos neste seminário sejam uma fonte de bênção para a nossa Arquidiocese e para a toda a Igreja um empenho sempre renovado da nova evangelização”, completou.
Padre José Francisco Vitta, mais conhecido como padre Kico, é o primeiro reitor do novo seminário. Ele explicou que esse seminário, foi muito querido por dom Odilo por ter esta índole missionária. O reitor ainda ressaltou que trata-se de um seminário arquidiocesano, ou seja, estreitamente ligado à Igreja local e ao arcebispo, porém internacional e missionário. “Já são 78 seminários como esse pelo mundo, que dão frutos muito sólidos de evangelização”, disse.
Na homilia, dom Odilo ressaltou a solenidade de São José, esposo da Virgem Maria, e patrono universal da Igreja, chamando a atenção para a o fato de Deus ter conferido a José as primícias da Igreja na Sagrada Família de Nazaré.
Ao falar sobre a instituição do novo seminário, o arcebispo destacou que o ato marca a história da Arquidiocese e da Igreja do Brasil. Ele lembrou que o papa Bento 16 tem uma preocupação especial com a nova evangelização, sobretudo na Europa, Oriente Médio e norte da África, onde a Igreja começou a se expandir. “A Igreja hoje está preocupada para que a boa nova se espalhe por todo o mundo, mas refloresça também nos lugares da primeira evangelização”, salientou.
Dom Odilo também fez referência à 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino Americano, realizada em Aparecida (SP), em 2007, cujo tema era “Discípulos e missionários de Jesus Cristo”.
Por fim, o cardeal pediu para que toda a comunidade arquidiocesana apóie o novo seminário. “O apoio da oração, da espiritualidade e testemunho de fé. O apoio concreto para que este seminário possa se sustentar”.
A maioria dos candidatos deste seminário provém das comunidades neocatecumenais. Este da Arquidiocese já conta com oito rapazes (dois italianos, um espanhol, um de El Salvador, um da Colômbia, dois brasileiros). Um deles é Túlio Felipe de Paiva, 21 anos, natural da cidade de Assis (SP). Ele contou que quando tinha 13 anos, teve contato com seminaristas do Redemptoris Mater de Brasília em peregrinação a sua cidade. “Ver o entusiasmo desses seminaristas me fez perceber que é possível ser feliz sendo sacerdote”, explicou. Quanto à decisão de optar por um seminário missionário, o jovem afirmou que o exemplo de seus catequistas o inspirou a sair em missão para anunciar o Evangelho a quem ainda não conhece Jesus Cristo. “Não posso escutar a Palavra de Deus e ficar com ela apenas para mim. Há muitas pessoas que necessitam escutar essa Palavra”.
No final da celebração, dom Odilo abençoou e enviou o reitor e os seminaristas que formam a primeira comunidade formativa do Redemptoris Mater “São Paulo Apóstolo”.
(Fotos: Luciney Martins)
Da redação (O São Paulo/Arquidiocese de São Paulo)
A Arquidiocese de São Paulo celebrou um marco em sua história evangelizadora com a instituição do Seminário Missionário Arquidiocesano Internacional Redemptoris Mater “São Paulo Apóstolo. A oficialização aconteceu durante a celebração eucarística da solenidade de São José, neste sábado (19), na Catedral da Sé.
A missa foi presidida pelo arcebispo metropolitano de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer e concelebrada pelos bispos auxiliares, dom Tomé Ferreira da Silva, dom Edmar Peron, do Joaquim Justino Carreira e o bispo emérito de Campo Limpo, dom Emílio Pignoli, além de padres da arquidiocese de São Paulo e do Caminho Neocatecumental, movimento responsável pela formação deste seminário pelo mundo.
O novo seminário é voltado para a formação de sacerdotes do clero secular, isto é, não ligados à ordem ou congregações religiosas, porém é totalmente direcionado para a formação missionária. Este é o segundo a ser instalado no Brasil. O primeiro fica em Brasília.
De acordo com os estatutos do Redemptoris Mater, os alunos deste seminário recebem a mesma formação teológica de outros seminários da diocese onde são instalados. Fazem um ano de pastoral na paróquia como diáconos e dois anos na diocese onde são incardinados como presbíteros antes que o bispo local possa enviá-los em missão.
Padre José Folqué, responsável pelo Caminho Neocatecumenal no Brasil, ressaltou que os seminários missionários Redemptoris Mater “são um dos frutos mais importantes da renovação conciliar. “Uma realidade completamente nova, desejada pelo Concílio Vaticano 2º, afirmou, citando o decreto Presbyterorum Ordinis que diz:
“Lembrem-se os presbíteros que a eles incumbe a solicitude por todas as igrejas... E onde isso for necessário (por falta de clero), facilite-se não apenas uma adequada distribuição de Presbíteros, mas também a atuação de iniciativas peculiares em favor de certas regiões ou nações ou também de todo o mundo. Para tal fim poderão ser criados utilmente, certos Seminários Internacionais, para o bem de toda a Igreja, segundo normas a serem estabelecidas, e resguardando os direitos do Ordinário do lugar”
Ainda de acordo com o padre José, com a assinatura do decreto de ereção deste seminário, a Arquidiocese de São Paulo se une ao desejo urgente da Igreja de sair em missão. “Que os novos presbíteros missionários nascidos neste seminário sejam uma fonte de bênção para a nossa Arquidiocese e para a toda a Igreja um empenho sempre renovado da nova evangelização”, completou.
Padre José Francisco Vitta, mais conhecido como padre Kico, é o primeiro reitor do novo seminário. Ele explicou que esse seminário, foi muito querido por dom Odilo por ter esta índole missionária. O reitor ainda ressaltou que trata-se de um seminário arquidiocesano, ou seja, estreitamente ligado à Igreja local e ao arcebispo, porém internacional e missionário. “Já são 78 seminários como esse pelo mundo, que dão frutos muito sólidos de evangelização”, disse.
Na homilia, dom Odilo ressaltou a solenidade de São José, esposo da Virgem Maria, e patrono universal da Igreja, chamando a atenção para a o fato de Deus ter conferido a José as primícias da Igreja na Sagrada Família de Nazaré.
Ao falar sobre a instituição do novo seminário, o arcebispo destacou que o ato marca a história da Arquidiocese e da Igreja do Brasil. Ele lembrou que o papa Bento 16 tem uma preocupação especial com a nova evangelização, sobretudo na Europa, Oriente Médio e norte da África, onde a Igreja começou a se expandir. “A Igreja hoje está preocupada para que a boa nova se espalhe por todo o mundo, mas refloresça também nos lugares da primeira evangelização”, salientou.
Dom Odilo também fez referência à 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino Americano, realizada em Aparecida (SP), em 2007, cujo tema era “Discípulos e missionários de Jesus Cristo”.
Por fim, o cardeal pediu para que toda a comunidade arquidiocesana apóie o novo seminário. “O apoio da oração, da espiritualidade e testemunho de fé. O apoio concreto para que este seminário possa se sustentar”.
A maioria dos candidatos deste seminário provém das comunidades neocatecumenais. Este da Arquidiocese já conta com oito rapazes (dois italianos, um espanhol, um de El Salvador, um da Colômbia, dois brasileiros). Um deles é Túlio Felipe de Paiva, 21 anos, natural da cidade de Assis (SP). Ele contou que quando tinha 13 anos, teve contato com seminaristas do Redemptoris Mater de Brasília em peregrinação a sua cidade. “Ver o entusiasmo desses seminaristas me fez perceber que é possível ser feliz sendo sacerdote”, explicou. Quanto à decisão de optar por um seminário missionário, o jovem afirmou que o exemplo de seus catequistas o inspirou a sair em missão para anunciar o Evangelho a quem ainda não conhece Jesus Cristo. “Não posso escutar a Palavra de Deus e ficar com ela apenas para mim. Há muitas pessoas que necessitam escutar essa Palavra”.
No final da celebração, dom Odilo abençoou e enviou o reitor e os seminaristas que formam a primeira comunidade formativa do Redemptoris Mater “São Paulo Apóstolo”.
(Fotos: Luciney Martins)
terça-feira, 8 de março de 2011
O Caminho Neocatecumenal nos discursos dos Papas
O PAPA PAULO VI ÀS COMUNIDADES NEOCATECUMENAIS
Vaticano (Audiência) 08/05/1974
(Paulo VI às Comunidades Neocatecumenais. Audiência de 8 de maio de 1974.- Texto in Notitiae, 95-96, julho-agosto de 1974, p. 230, com alguns acréscimos extraídos da gravação).
Saudamos o grupo de sacerdotes e de leigos que representam o movimento – são coisas do pós-concílio! – das Comunidades Neocatecumenais, reunidas em Roma e oriundas de muitas dioceses da Itália e de outros países para um encontro sobre o tema da evangelização do mundo contemporâneo, o mesmo que será examinado pela próxima Assembléia do Sínodo dos Bispos.Quanta alegria e quanta esperança nos dais com vossa presença e com vossa atividade!Sabemos que em vossas comunidades vós vos aplicais juntos em compreender e desenvolver as riquezas do vosso Batismo e as conseqüências de vossa pertença a Cristo. Esse empenho vos leva a ter consciência de que a vida cristã outra coisa não é que uma coerência, um dinamismo permanente, oriundos do fato da aceitação de estar com Cristo e de prolongar a Sua presença e a Sua missão no mundo.Esse propósito é para vós um modo consciente e autêntico de viver a vocação cristã, mas se traduz também em testemunho eficaz para os outros - fazeis apostolado só porque sois o que sois – num estímulo à descoberta e à recuperação de valores cristãos verdadeiros, autênticos, efetivos, que poderiam de outra forma permanecer quase que escondidos, adormecidos e como que diluídos na vida ordinária.Não! Vós os pondes em evidência, fazendo-os emergir e dando-lhes um brilho moral verdadeiramente exemplar justamente porque, assim, com esse espírito cristão, viveis essa comunidade neocatecumenal.Viver e promover esse despertar é o que chamais de forma 'pós-batismo', que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje os efeitos de maturidade e de aprofundamento que na Igreja primitiva eram realizados pelo período de preparação ao batismo.Vós transportais essa renovação para 'depois'. O antes e o depois, eu diria, é secundário. O fato é que vós tendes em vista a autenticidade, a plenitude, a coerência, a sinceridade da vida cristã. E este é um grandíssimo mérito, repito, que nos consola enormemente e que nos sugere e nos inspira votos de felicidade e as bênçãos mais copiosas para vós, para todos os que vos assistem e para todos os que vós podeis saudar em nosso nome com vosso cumprimento e com vossa mensagem.Alegramo-nos por saber que sois animadores dessas retomadas de consciência em tantas paróquias. Alegramo-nos de modo particular por saber que em todas as vossas iniciativas estais profundamente atentos à dependência de vossos pastores e à comunhão com todos os irmãos. Por essa sensibilidade eclesial – que é sempre garantia da presença edificadora do Espírito – dirigimos a vós nossa palavra de encorajamento.
PAPA JOÃO PAULO II
VISITA À PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTOS E DOS MÁRTIRES CANADENSES
Roma 02/11/1980
Domingo. 2 de novembro. O Santo Padre foi visitar a paróquia romana de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e dos Santos Mártires Canadense sem Villa Massimo. Na igreja, o Papa celebrou a Eucaristia na presença dos cardeais Poletti e Roy, do bispo-auxiliar Oscar Zanera e da comunidade paroquial.
O papa desceu à cripta da igreja paroquial, um ambiente muito sugestivo, principalmente devido a uma grande fonte batismal, cuja bacia se abre sobre o piso, jorrando água de nascente. Do outro lado, a cátedra estava junto a um grande painel com pinturas sacras. Diante da cátedra, uma grande mesa sobre a qual brilhava o círio pascal. Em volta, pelo menos umas quinhentas pessoas: os irmãos das Comunidades Neocatecumenais que há doze anos percorrem seu Caminho na paróquia.
Padre Guglielmo Amadei apresentou ao Santo Padre as onze comunidades que atualmente compõem seu Caminho: a primeira, formada em 1968, e as últimas duas, da última Páscoa. Padre Amadei pôs em destaque também a grande contribuição que os catequistas surgidos dessas comunidades tinham dado ao plano pastoral da paróquia, todo ele centrado na evangelização, bem como a muitas outras paróquias romanas, italianas e de numerosos outros países dos diversos continentes.
Kiko Argüello tomou então da palavra e falou bastante de sua experiência espiritual e do longo itinerário por que passou para chegar à conversão:
“O Senhor deixou que eu fizesse uma experiência de absurdo, de ateísmo, até que Ele teve misericórdia. Humilhou-me até me fazer humilde suficiente para lhe pedir ajuda e, depois, Ele me levou a viver entre os pobres sem que eu soubesse qual era realmente o caminho do Senhor. Fui viver entre os pobres, entre os favelados de Madri, sem saber que Deus tinha um desígnio de que eu mesmo me espanto hoje, que me surpreende e me assusta, pois sei que ele provavelmente não se cumpre sem muitos e muitos sofrimentos".
Kiko falou depois a respeito do grande esforço de síntese teológica e catequética que se viu obrigado a fazer devido à simplicidade do público que o ouvia, incapaz de compreender abstrações. Com a ajuda de Carmen Hernández e na esteira do Concílio, o fermento se transformou num itinerário de fé, num Catecumenato progressivo, por etapas, em total obediência, que se apresenta como apoio às paróquias para a catequese: para levar os adultos, na comunidade cristã, a reviver de modo pleno o Evangelho através da redescoberta do Batismo.
EUCARISTIA DO SANTO PADRE JOAO PAULO II NO MONTE DAS BEM-AVENTURANÇAS COM 100.000 JOVENS DE TODO O MUNDO
Monte das Bem-Aventuranças 24/03/2000
"Irmãos... vede bem quem sois!" (1 Cor 1, 26).
Hoje estas palavras de São Paulo dirigem-se a todos nós que viemos aqui ao Monte das Bem-aventuranças. Encontramo-nos sentados sobre esta colina, como os primeiros discípulos, à escuta de Jesus. No silêncio, ouvimos a sua voz suave e urgente, tão suave como esta mesma terra e tão urgente quanto a chamada a escolher entre a vida e a morte.
Quantas gerações que nos precederam ficaram profundamente sensibilizadas ao ouvirem o Sermão da Montanha! Quantos jovens ao longo dos séculos se reuniram à volta de Jesus para aprenderem as palavras da vida eterna, precisamente como hoje vos encontrais congregados aqui! Quantos jovens corações foram inspirados pelo poder da sua personalidade e pela premente verdade da sua mensagem! É maravilhoso que vos encontreis aqui!
Agradeço-lhe, Arcebispo D. Pierre Mouallem, a sua amável hospitalidade. Peço-lhe a gentileza de transmitir a minha sincera saudação à inteira comunidade greco-melquita à qual Vossa Excelência preside. Faço extensivos os meus votos fraternos aos numerosos Cardeais, ao Patriarca Sabbah, aos Bispos e Sacerdotes aqui reunidos. Saúdo os membros das comunidades Latina, Maronita, Síria, Arménia e Caldeia, assim como todos os nossos irmãos e irmãs das outras Igrejas cristãs e Comunidades eclesiais. Dirijo uma especial palavra de agradecimento aos nossos amigos muçulmanos que se encontram aqui, e aos membros da fé hebraica.
Este grandioso encontro é como que um ensaio para o Dia Mundial da Juventude, que se há-de realizar em Roma no próximo mês de Agosto! O jovem que tomou a palavra prometeu que tereis outra montanha, o Monte Sinai.
DO PAPA BENTO XVI ÀS COMUNIDADES NEOCATECUMENAIS SOBRE O ENVIO DE 200 FAMÍLIAS PARA A MISSÃOS “AD GENTES”
Aula Paulo VI (Cidade do Vaticano) 01/12/2006
Queridos irmãos e irmãs!
Obrigado de coração pela vossa visita, que me oferece a oportunidade de enviar uma saudação especial também aos outros membros do Caminho Neocatecumenal disseminado em tantas partes do mundo. Volto o meu olhar a cada um dos presentes, a começar pelos respeitáveis Cardeais, Bispos e Sacerdotes. Saúdo os responsáveis pelo Caminho Neocatecumenal: o Senhor Kiko Argüello, ao qual agradeço às palavras que me dirigiu em vosso nome; a Senhora Carmen Hernández e o Padre Mario Pezzi. Saúdo os seminaristas, os jovens e especialmente as famílias que se dispõe a receber um especial “envio” missionário para ir a várias nações, sobretudo à América Latina.
É uma tarefa, essa, que se coloca no contexto da nova evangelização, na qual a família possui um papel tanto mais importante. Vós haveis pedido que fosse o Sucessor de Pedro a fazer esse envio, como o fez meu venerável Predecessor João Paulo II em 12 de dezembro de 1994, porque a vossa ação apostólica subentende colocar-se no coração da Igreja, em total sintonia com as suas diretrizes e em comunhão com a igreja particular na qual estais a trabalhar, valorizando plenamente a riqueza dos carismas que o Senhor suscitou por meio dos iniciadores do Caminho. Queridas famílias, o crucifixo que receberão será vosso companheiro inseparável de caminho, enquanto proclamareis com a vossa ação missionária que somente em Jesus Cristo, morto e ressuscitado, está a salvação. Dele sereis testemunhas expressivas e alegres, percorrendo com simplicidade e pobreza as estradas de cada continente, sustentados pela oração incessante e pela escuta das palavras de Deus, nutridos pela participação na vida litúrgica da igreja particular à qual sois enviados.
Fonte: site oficial do Caminho no Brasil.
Vaticano (Audiência) 08/05/1974
(Paulo VI às Comunidades Neocatecumenais. Audiência de 8 de maio de 1974.- Texto in Notitiae, 95-96, julho-agosto de 1974, p. 230, com alguns acréscimos extraídos da gravação).
Saudamos o grupo de sacerdotes e de leigos que representam o movimento – são coisas do pós-concílio! – das Comunidades Neocatecumenais, reunidas em Roma e oriundas de muitas dioceses da Itália e de outros países para um encontro sobre o tema da evangelização do mundo contemporâneo, o mesmo que será examinado pela próxima Assembléia do Sínodo dos Bispos.Quanta alegria e quanta esperança nos dais com vossa presença e com vossa atividade!Sabemos que em vossas comunidades vós vos aplicais juntos em compreender e desenvolver as riquezas do vosso Batismo e as conseqüências de vossa pertença a Cristo. Esse empenho vos leva a ter consciência de que a vida cristã outra coisa não é que uma coerência, um dinamismo permanente, oriundos do fato da aceitação de estar com Cristo e de prolongar a Sua presença e a Sua missão no mundo.Esse propósito é para vós um modo consciente e autêntico de viver a vocação cristã, mas se traduz também em testemunho eficaz para os outros - fazeis apostolado só porque sois o que sois – num estímulo à descoberta e à recuperação de valores cristãos verdadeiros, autênticos, efetivos, que poderiam de outra forma permanecer quase que escondidos, adormecidos e como que diluídos na vida ordinária.Não! Vós os pondes em evidência, fazendo-os emergir e dando-lhes um brilho moral verdadeiramente exemplar justamente porque, assim, com esse espírito cristão, viveis essa comunidade neocatecumenal.Viver e promover esse despertar é o que chamais de forma 'pós-batismo', que poderá renovar nas comunidades cristãs de hoje os efeitos de maturidade e de aprofundamento que na Igreja primitiva eram realizados pelo período de preparação ao batismo.Vós transportais essa renovação para 'depois'. O antes e o depois, eu diria, é secundário. O fato é que vós tendes em vista a autenticidade, a plenitude, a coerência, a sinceridade da vida cristã. E este é um grandíssimo mérito, repito, que nos consola enormemente e que nos sugere e nos inspira votos de felicidade e as bênçãos mais copiosas para vós, para todos os que vos assistem e para todos os que vós podeis saudar em nosso nome com vosso cumprimento e com vossa mensagem.Alegramo-nos por saber que sois animadores dessas retomadas de consciência em tantas paróquias. Alegramo-nos de modo particular por saber que em todas as vossas iniciativas estais profundamente atentos à dependência de vossos pastores e à comunhão com todos os irmãos. Por essa sensibilidade eclesial – que é sempre garantia da presença edificadora do Espírito – dirigimos a vós nossa palavra de encorajamento.
PAPA JOÃO PAULO II
VISITA À PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTOS E DOS MÁRTIRES CANADENSES
Roma 02/11/1980
Domingo. 2 de novembro. O Santo Padre foi visitar a paróquia romana de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e dos Santos Mártires Canadense sem Villa Massimo. Na igreja, o Papa celebrou a Eucaristia na presença dos cardeais Poletti e Roy, do bispo-auxiliar Oscar Zanera e da comunidade paroquial.
O papa desceu à cripta da igreja paroquial, um ambiente muito sugestivo, principalmente devido a uma grande fonte batismal, cuja bacia se abre sobre o piso, jorrando água de nascente. Do outro lado, a cátedra estava junto a um grande painel com pinturas sacras. Diante da cátedra, uma grande mesa sobre a qual brilhava o círio pascal. Em volta, pelo menos umas quinhentas pessoas: os irmãos das Comunidades Neocatecumenais que há doze anos percorrem seu Caminho na paróquia.
Padre Guglielmo Amadei apresentou ao Santo Padre as onze comunidades que atualmente compõem seu Caminho: a primeira, formada em 1968, e as últimas duas, da última Páscoa. Padre Amadei pôs em destaque também a grande contribuição que os catequistas surgidos dessas comunidades tinham dado ao plano pastoral da paróquia, todo ele centrado na evangelização, bem como a muitas outras paróquias romanas, italianas e de numerosos outros países dos diversos continentes.
Kiko Argüello tomou então da palavra e falou bastante de sua experiência espiritual e do longo itinerário por que passou para chegar à conversão:
“O Senhor deixou que eu fizesse uma experiência de absurdo, de ateísmo, até que Ele teve misericórdia. Humilhou-me até me fazer humilde suficiente para lhe pedir ajuda e, depois, Ele me levou a viver entre os pobres sem que eu soubesse qual era realmente o caminho do Senhor. Fui viver entre os pobres, entre os favelados de Madri, sem saber que Deus tinha um desígnio de que eu mesmo me espanto hoje, que me surpreende e me assusta, pois sei que ele provavelmente não se cumpre sem muitos e muitos sofrimentos".
Kiko falou depois a respeito do grande esforço de síntese teológica e catequética que se viu obrigado a fazer devido à simplicidade do público que o ouvia, incapaz de compreender abstrações. Com a ajuda de Carmen Hernández e na esteira do Concílio, o fermento se transformou num itinerário de fé, num Catecumenato progressivo, por etapas, em total obediência, que se apresenta como apoio às paróquias para a catequese: para levar os adultos, na comunidade cristã, a reviver de modo pleno o Evangelho através da redescoberta do Batismo.
EUCARISTIA DO SANTO PADRE JOAO PAULO II NO MONTE DAS BEM-AVENTURANÇAS COM 100.000 JOVENS DE TODO O MUNDO
Monte das Bem-Aventuranças 24/03/2000
"Irmãos... vede bem quem sois!" (1 Cor 1, 26).
Hoje estas palavras de São Paulo dirigem-se a todos nós que viemos aqui ao Monte das Bem-aventuranças. Encontramo-nos sentados sobre esta colina, como os primeiros discípulos, à escuta de Jesus. No silêncio, ouvimos a sua voz suave e urgente, tão suave como esta mesma terra e tão urgente quanto a chamada a escolher entre a vida e a morte.
Quantas gerações que nos precederam ficaram profundamente sensibilizadas ao ouvirem o Sermão da Montanha! Quantos jovens ao longo dos séculos se reuniram à volta de Jesus para aprenderem as palavras da vida eterna, precisamente como hoje vos encontrais congregados aqui! Quantos jovens corações foram inspirados pelo poder da sua personalidade e pela premente verdade da sua mensagem! É maravilhoso que vos encontreis aqui!
Agradeço-lhe, Arcebispo D. Pierre Mouallem, a sua amável hospitalidade. Peço-lhe a gentileza de transmitir a minha sincera saudação à inteira comunidade greco-melquita à qual Vossa Excelência preside. Faço extensivos os meus votos fraternos aos numerosos Cardeais, ao Patriarca Sabbah, aos Bispos e Sacerdotes aqui reunidos. Saúdo os membros das comunidades Latina, Maronita, Síria, Arménia e Caldeia, assim como todos os nossos irmãos e irmãs das outras Igrejas cristãs e Comunidades eclesiais. Dirijo uma especial palavra de agradecimento aos nossos amigos muçulmanos que se encontram aqui, e aos membros da fé hebraica.
Este grandioso encontro é como que um ensaio para o Dia Mundial da Juventude, que se há-de realizar em Roma no próximo mês de Agosto! O jovem que tomou a palavra prometeu que tereis outra montanha, o Monte Sinai.
DO PAPA BENTO XVI ÀS COMUNIDADES NEOCATECUMENAIS SOBRE O ENVIO DE 200 FAMÍLIAS PARA A MISSÃOS “AD GENTES”
Aula Paulo VI (Cidade do Vaticano) 01/12/2006
Queridos irmãos e irmãs!
Obrigado de coração pela vossa visita, que me oferece a oportunidade de enviar uma saudação especial também aos outros membros do Caminho Neocatecumenal disseminado em tantas partes do mundo. Volto o meu olhar a cada um dos presentes, a começar pelos respeitáveis Cardeais, Bispos e Sacerdotes. Saúdo os responsáveis pelo Caminho Neocatecumenal: o Senhor Kiko Argüello, ao qual agradeço às palavras que me dirigiu em vosso nome; a Senhora Carmen Hernández e o Padre Mario Pezzi. Saúdo os seminaristas, os jovens e especialmente as famílias que se dispõe a receber um especial “envio” missionário para ir a várias nações, sobretudo à América Latina.
É uma tarefa, essa, que se coloca no contexto da nova evangelização, na qual a família possui um papel tanto mais importante. Vós haveis pedido que fosse o Sucessor de Pedro a fazer esse envio, como o fez meu venerável Predecessor João Paulo II em 12 de dezembro de 1994, porque a vossa ação apostólica subentende colocar-se no coração da Igreja, em total sintonia com as suas diretrizes e em comunhão com a igreja particular na qual estais a trabalhar, valorizando plenamente a riqueza dos carismas que o Senhor suscitou por meio dos iniciadores do Caminho. Queridas famílias, o crucifixo que receberão será vosso companheiro inseparável de caminho, enquanto proclamareis com a vossa ação missionária que somente em Jesus Cristo, morto e ressuscitado, está a salvação. Dele sereis testemunhas expressivas e alegres, percorrendo com simplicidade e pobreza as estradas de cada continente, sustentados pela oração incessante e pela escuta das palavras de Deus, nutridos pela participação na vida litúrgica da igreja particular à qual sois enviados.
Fonte: site oficial do Caminho no Brasil.
sábado, 5 de março de 2011
Caminho Neocatecumenal - Onde tudo começou
AS ORIGENS DO CAMINHO NEOCATECUMENAL
Nasce entre os pobres como fruto do Concilio Vaticano II
Extrato do testemunho de Kiko
... Tinha um estúdio de pintor vizinho à Praça de Espanha em Madrid, e era comum passar as festas natalícias com os meus pais. Um ano, fui para casa para celebrar o Natal, entrei na cozinha e vi a cozinheira que estava chorando. Eu lhe pergunto: “Berta – assim se chamava – que lhe acontece?” e ela me disse que o marido é um beberrão, que quer matar o filho, que o filho se rebelou contra... Contou-me uma história que me deixou assustado. E escutei de Deus de ajudá-la.
Fui ver onde morava: uma barraca horrível, em meio a tantas outras. A pobre mulher se levantava muito cedo, para ir trabalhar; tinha nove filhos, e era casada com um homem coxo e estrábico, sempre bêbado. Batia nos filhos com um bastão gritando a eles: “Defende o teu pai” e, às vezes, bêbado, urinava sobre as filhas. Essa mulher, bastante bonita, apesar de ter idade, me contou coisas alucinantes.
Tomei aquele homem e o levei a fazer um “Cursilho de Cristandade”. Ficou impressionadíssimo ao escutar-me falar. Por alguns meses, deixou de beber, mas depois recomeçou e começaram de novo as bagunças. A mulher me chamava: “Senhor Kiko, venha, por favor, porque meu marido quer matar a todos. Chame a polícia!”. Não me deixavam viver. Por fim, pensei: “E se Deus me estivesse dizendo de deixar tudo e de ir viver ali para ajudá-los?”. Deixei tudo e fui viver com aquela família. Dormia numa pequeníssima cozinha, que estava cheia de gatos.
Vivi ali e fiquei muito impressionado, vos digo a verdade, de todo o ambiente. Havia muita gente que estava vivendo em situações terríveis. Não sei se conhecem o livro de Camus, “A peste”, que afronta o problema do sofrimento dos inocentes. Aquela mulher, Berta, me contou que seu marido, coxo, para vingar-se das tantas humilhações recebidas, tinha dito a todos que se casaria com ela, que era a moça mais bonita do quarteirão. Todos riam dele. Mas, sabeis como ele a desposou? Apontando-lhe uma faca no pescoço e dizendo-lhe: “Se não te casas comigo, corto a garganta do teu pai”. E o teria feito. Seu pai era viúvo e ela era só e terrivelmente tímida e medrosa.
Perguntei-me: que pecados cometeu esta pobre mulher para merecer uma vida assim? Por que não eu? E não havia só ela. Havia uma outra mulher perto que tinha a doença de Parkinson, o marido a tinha abandonado e vivia pedindo esmola. E um outro. E um outro ainda. Diante de tudo isto existe só duas respostas. Conhecem a frase famosa de Nietzsche: “Ou Deus é bom e não pode fazer nada para ajudar essa pobre gente, ou Deus pode ajudá-los e não o faz, e então é mau”. Esta frase é venenosa. Pode Deus ajudar aquela mulher, ou não? Por que não faz?
Nesta situação, tive uma surpresa. Sabeis que coisa vi ali? Não aquilo que diz Nietzsche, se Deus pode ou não pode, mas vi Cristo crucificado. Vi Cristo em Berta, naquela mulher com o Parkinson, naquele outro. Vi um mistério. O mistério da cruz de Cristo. Fiquei enormemente surpreso, o digo sinceramente.
Depois me chamaram para o serviço militar e me mandaram à África. Quando tornei, disse a mim mesmo: se amanhã volta Cristo sobre a terra na sua segunda vinda, eu não sei que coisa sucederá neste mundo, mas sabem onde desejo que Jesus Cristo me encontre? Aos pés de Cristo crucificado. E onde está Cristo crucificado? Naqueles que estão levando o sofrimento maior, as conseqüências dos pecados de todos. Diz Sartre: “Ai do homem que o dedo de Deus esmague contra o muro”. Eu vi ali gente esmagada contra o muro, tantos fracos esmagados pelas conseqüências do pecado, fracos, anônimos cirineus.
Quando alguém vai viver entre os pobres, ou perde a fé e se torna guerrilheiro a la “Che Guevara” ou se põe em silêncio diante de Cristo e se santifica. Eu sou grato ao Senhor por ter tido piedade de mim: eu vi ali Cristo crucificado e assim quando voltei da África, e conheci a irmã de Carmen, pensei que era necessário descer nas catacumbas sociais e ali pregar o Evangelho a esta gente, ajudá-los, dar a eles uma palavra de consolação. E assim formamos um grupo que se dedicava aos homossexuais, às prostitutas e aos outros marginalizados.
Charles de Foucauld me deu a fórmula: viver em silêncio, como Jesus em Nazaré, aos pés de Jesus Cristo em meio àquela gente. Conheci um assistente social que me indicou uma zona de Palomeras Altas onde havia uma barraca de tábuas de madeira, refúgio de cães. Disse-me: “Põe-te ali e não te preocupes”. E ali teve início um pouco tudo. Nas barracas, eu queria viver como Charles de Foucauld, em contemplação: assim como alguém fica diante da Eucaristia, aos pés da presença real, única de Cristo; eu queria estar aos pés de Cristo crucificado, nas pessoas mais pobres, miseráveis.
O Senhor me levou ali com este espírito: eu era o último. Eles eram Cristo. Talvez alguém teria podido dizer-me: “Kiko! Ajuda-os”. Aqui há um ponto muito importante para aqueles que sabem ir a fundo nas coisas. “Mas como? Tu te pões em adoração, quando esta gente está morta de fome? Dá a eles de comer”. Eu não tinha nada, não havia levado outra coisa além de uma Bíblia e um violão, dormia sobre um colchão posto sobre a terra nua. Não tinha outra coisa.
Tinha lido em um livro alguma coisa que me tinha marcado muito do tempo dos nazistas. Contava-se um fato histórico acontecido no campo de concentração de Auschwitz. Um chefe da Gestapo tinha se dado conta das atrocidades que estavam cometendo no genocídio dos hebreus. Um dia, durante uma inspeção em um campo, viu passar uma coluna de homens e mulheres em direção às câmaras de gás. Sentiu no seu coração uma grande dor. Perguntou-se: “Que devo fazer eu agora para ajudá-los, para ter paz comigo mesmo?”. Sabeis a resposta que recebeu desde dentro? (Os Padres da Igreja falam do Cristo falante, dentro de você. É alguma coisa de muito profundo). O livro contava que aquilo que sentiu que deveria fazer era de desnudar-se também ele e por-se em fila com eles.
Isto tem valor? Aquilo que se deve dar é só a ajuda social? Talvez o homem é só comer? O homem tem necessidade de saber se Deus existe ou não existe, se o amor existe ou não? Eu não fui às barracas para dar de comer, nem para ensinar a ler. (Eram todos analfabetos, com exceção de um ou dois: José Agudo, que esteve em um instituto de correção sabia ler, mas sua mulher não. Ciganos, “quinquis”, rapazes do cárcere sabiam ler com dificuldade). Fui ali e, se quereis saber, nem mesmo pensava de pregar, sabeis de fato que os Pequenos Irmãos de Foucauld estão “em silêncio”. Queria dar testemunho vivendo em meio a eles como Jesus em Nazaré.
E que aconteceu? Aquilo que sempre acontece. O vizinho, um dia que fazia um frio do cão, porque era inverno e nevava – eu me esquentava com os cães errantes que viviam comigo – entrou improvisadamente e me disse: “Te trouxe um braseiro porque estás morrendo de frio!”.
Pouco a pouco se aproximavam e perguntavam: “Quem é este que está aqui, com barba e violão?”. Para alguns era um que tinha feito um voto, para outros um protestante, porque levava sempre a Bíblia. Os ciganos vinham pelo violão... Não sabiam quem eu era. José Agudo, que então estava em briga com outro clã de “quinquis”, se aproximou de mim para perguntar-me o que dizia o Evangelho sobre o fato de bater-se. Eu lhe li o Sermão da Montanha que diz de não resistir ao mal e ficou com a boca aberta: “Como? Mas se não me defendo, me mata! Que devo fazer?”. Dei-lhe para ler os “Florilégio de São Franscisco” que o impressionaram muito e não me deixou mais.
Bem, nao me ponho a contar-vos estas histórias porque se tornaria muito longo...
Da experiência de Carmen
...Aquilo que queria dizer é isso: Kiko havia pego muito fortemente o Servo de Iahweh, aquilo que eu levei, de bandeja, não certamente por mim, não era meu, foi o Concílio Vaticano II, a Páscoa e a Ressurreição dos mortos. O primeiro canto que Kiko fez nas barracas foi o “Servo de Iahweh”; precisaram dois anos para chegar ao “Ressuscitou” para fazê-lo entrar no dinamismo da Páscoa.
E a Páscoa, não a inventei eu, e tanto menos, Pe. Farnés, mais foi fruto do imenso trabalho de todo o Movimento litúrgico e de todo o Movimento Bíblico que fermentaram o Concílio e que se colocou em marcha no Concílio.
Eu estava sempre com o Kiko, porém não confiava nele, nem mesmo um pouco. Só me convenci o dia que chegou ali o arcebispo de Madrid, Dom Morsillo, e este foi um outro milagre que seria interessante contar. Então comecei a colaborar com Kiko, fiando-me mais nele, quando vi a Igreja presente.
Dom Morcillo foi um autêntico dom de Deus. Ele nos mandou nas paróquias...
Fonte: site oficial do Caminho Neocatecumenal no Brasil.
Nasce entre os pobres como fruto do Concilio Vaticano II
Extrato do testemunho de Kiko
... Tinha um estúdio de pintor vizinho à Praça de Espanha em Madrid, e era comum passar as festas natalícias com os meus pais. Um ano, fui para casa para celebrar o Natal, entrei na cozinha e vi a cozinheira que estava chorando. Eu lhe pergunto: “Berta – assim se chamava – que lhe acontece?” e ela me disse que o marido é um beberrão, que quer matar o filho, que o filho se rebelou contra... Contou-me uma história que me deixou assustado. E escutei de Deus de ajudá-la.
Fui ver onde morava: uma barraca horrível, em meio a tantas outras. A pobre mulher se levantava muito cedo, para ir trabalhar; tinha nove filhos, e era casada com um homem coxo e estrábico, sempre bêbado. Batia nos filhos com um bastão gritando a eles: “Defende o teu pai” e, às vezes, bêbado, urinava sobre as filhas. Essa mulher, bastante bonita, apesar de ter idade, me contou coisas alucinantes.
Tomei aquele homem e o levei a fazer um “Cursilho de Cristandade”. Ficou impressionadíssimo ao escutar-me falar. Por alguns meses, deixou de beber, mas depois recomeçou e começaram de novo as bagunças. A mulher me chamava: “Senhor Kiko, venha, por favor, porque meu marido quer matar a todos. Chame a polícia!”. Não me deixavam viver. Por fim, pensei: “E se Deus me estivesse dizendo de deixar tudo e de ir viver ali para ajudá-los?”. Deixei tudo e fui viver com aquela família. Dormia numa pequeníssima cozinha, que estava cheia de gatos.
Vivi ali e fiquei muito impressionado, vos digo a verdade, de todo o ambiente. Havia muita gente que estava vivendo em situações terríveis. Não sei se conhecem o livro de Camus, “A peste”, que afronta o problema do sofrimento dos inocentes. Aquela mulher, Berta, me contou que seu marido, coxo, para vingar-se das tantas humilhações recebidas, tinha dito a todos que se casaria com ela, que era a moça mais bonita do quarteirão. Todos riam dele. Mas, sabeis como ele a desposou? Apontando-lhe uma faca no pescoço e dizendo-lhe: “Se não te casas comigo, corto a garganta do teu pai”. E o teria feito. Seu pai era viúvo e ela era só e terrivelmente tímida e medrosa.
Perguntei-me: que pecados cometeu esta pobre mulher para merecer uma vida assim? Por que não eu? E não havia só ela. Havia uma outra mulher perto que tinha a doença de Parkinson, o marido a tinha abandonado e vivia pedindo esmola. E um outro. E um outro ainda. Diante de tudo isto existe só duas respostas. Conhecem a frase famosa de Nietzsche: “Ou Deus é bom e não pode fazer nada para ajudar essa pobre gente, ou Deus pode ajudá-los e não o faz, e então é mau”. Esta frase é venenosa. Pode Deus ajudar aquela mulher, ou não? Por que não faz?
Nesta situação, tive uma surpresa. Sabeis que coisa vi ali? Não aquilo que diz Nietzsche, se Deus pode ou não pode, mas vi Cristo crucificado. Vi Cristo em Berta, naquela mulher com o Parkinson, naquele outro. Vi um mistério. O mistério da cruz de Cristo. Fiquei enormemente surpreso, o digo sinceramente.
Depois me chamaram para o serviço militar e me mandaram à África. Quando tornei, disse a mim mesmo: se amanhã volta Cristo sobre a terra na sua segunda vinda, eu não sei que coisa sucederá neste mundo, mas sabem onde desejo que Jesus Cristo me encontre? Aos pés de Cristo crucificado. E onde está Cristo crucificado? Naqueles que estão levando o sofrimento maior, as conseqüências dos pecados de todos. Diz Sartre: “Ai do homem que o dedo de Deus esmague contra o muro”. Eu vi ali gente esmagada contra o muro, tantos fracos esmagados pelas conseqüências do pecado, fracos, anônimos cirineus.
Quando alguém vai viver entre os pobres, ou perde a fé e se torna guerrilheiro a la “Che Guevara” ou se põe em silêncio diante de Cristo e se santifica. Eu sou grato ao Senhor por ter tido piedade de mim: eu vi ali Cristo crucificado e assim quando voltei da África, e conheci a irmã de Carmen, pensei que era necessário descer nas catacumbas sociais e ali pregar o Evangelho a esta gente, ajudá-los, dar a eles uma palavra de consolação. E assim formamos um grupo que se dedicava aos homossexuais, às prostitutas e aos outros marginalizados.
Charles de Foucauld me deu a fórmula: viver em silêncio, como Jesus em Nazaré, aos pés de Jesus Cristo em meio àquela gente. Conheci um assistente social que me indicou uma zona de Palomeras Altas onde havia uma barraca de tábuas de madeira, refúgio de cães. Disse-me: “Põe-te ali e não te preocupes”. E ali teve início um pouco tudo. Nas barracas, eu queria viver como Charles de Foucauld, em contemplação: assim como alguém fica diante da Eucaristia, aos pés da presença real, única de Cristo; eu queria estar aos pés de Cristo crucificado, nas pessoas mais pobres, miseráveis.
O Senhor me levou ali com este espírito: eu era o último. Eles eram Cristo. Talvez alguém teria podido dizer-me: “Kiko! Ajuda-os”. Aqui há um ponto muito importante para aqueles que sabem ir a fundo nas coisas. “Mas como? Tu te pões em adoração, quando esta gente está morta de fome? Dá a eles de comer”. Eu não tinha nada, não havia levado outra coisa além de uma Bíblia e um violão, dormia sobre um colchão posto sobre a terra nua. Não tinha outra coisa.
Tinha lido em um livro alguma coisa que me tinha marcado muito do tempo dos nazistas. Contava-se um fato histórico acontecido no campo de concentração de Auschwitz. Um chefe da Gestapo tinha se dado conta das atrocidades que estavam cometendo no genocídio dos hebreus. Um dia, durante uma inspeção em um campo, viu passar uma coluna de homens e mulheres em direção às câmaras de gás. Sentiu no seu coração uma grande dor. Perguntou-se: “Que devo fazer eu agora para ajudá-los, para ter paz comigo mesmo?”. Sabeis a resposta que recebeu desde dentro? (Os Padres da Igreja falam do Cristo falante, dentro de você. É alguma coisa de muito profundo). O livro contava que aquilo que sentiu que deveria fazer era de desnudar-se também ele e por-se em fila com eles.
Isto tem valor? Aquilo que se deve dar é só a ajuda social? Talvez o homem é só comer? O homem tem necessidade de saber se Deus existe ou não existe, se o amor existe ou não? Eu não fui às barracas para dar de comer, nem para ensinar a ler. (Eram todos analfabetos, com exceção de um ou dois: José Agudo, que esteve em um instituto de correção sabia ler, mas sua mulher não. Ciganos, “quinquis”, rapazes do cárcere sabiam ler com dificuldade). Fui ali e, se quereis saber, nem mesmo pensava de pregar, sabeis de fato que os Pequenos Irmãos de Foucauld estão “em silêncio”. Queria dar testemunho vivendo em meio a eles como Jesus em Nazaré.
E que aconteceu? Aquilo que sempre acontece. O vizinho, um dia que fazia um frio do cão, porque era inverno e nevava – eu me esquentava com os cães errantes que viviam comigo – entrou improvisadamente e me disse: “Te trouxe um braseiro porque estás morrendo de frio!”.
Pouco a pouco se aproximavam e perguntavam: “Quem é este que está aqui, com barba e violão?”. Para alguns era um que tinha feito um voto, para outros um protestante, porque levava sempre a Bíblia. Os ciganos vinham pelo violão... Não sabiam quem eu era. José Agudo, que então estava em briga com outro clã de “quinquis”, se aproximou de mim para perguntar-me o que dizia o Evangelho sobre o fato de bater-se. Eu lhe li o Sermão da Montanha que diz de não resistir ao mal e ficou com a boca aberta: “Como? Mas se não me defendo, me mata! Que devo fazer?”. Dei-lhe para ler os “Florilégio de São Franscisco” que o impressionaram muito e não me deixou mais.
Bem, nao me ponho a contar-vos estas histórias porque se tornaria muito longo...
Da experiência de Carmen
...Aquilo que queria dizer é isso: Kiko havia pego muito fortemente o Servo de Iahweh, aquilo que eu levei, de bandeja, não certamente por mim, não era meu, foi o Concílio Vaticano II, a Páscoa e a Ressurreição dos mortos. O primeiro canto que Kiko fez nas barracas foi o “Servo de Iahweh”; precisaram dois anos para chegar ao “Ressuscitou” para fazê-lo entrar no dinamismo da Páscoa.
E a Páscoa, não a inventei eu, e tanto menos, Pe. Farnés, mais foi fruto do imenso trabalho de todo o Movimento litúrgico e de todo o Movimento Bíblico que fermentaram o Concílio e que se colocou em marcha no Concílio.
Eu estava sempre com o Kiko, porém não confiava nele, nem mesmo um pouco. Só me convenci o dia que chegou ali o arcebispo de Madrid, Dom Morsillo, e este foi um outro milagre que seria interessante contar. Então comecei a colaborar com Kiko, fiando-me mais nele, quando vi a Igreja presente.
Dom Morcillo foi um autêntico dom de Deus. Ele nos mandou nas paróquias...
Fonte: site oficial do Caminho Neocatecumenal no Brasil.
Fonte: https://neocatechumenaleiter.org/pt-br/
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
A missão do Caminho Neocatecumenal
O Caminho Neocatecumenal em missão pelo mundo
Por Antonio Gaspari
ROMA, terça-feira, 18 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - A aprovação do Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal pelas autoridades da Santa Sé confirma a validade da liturgia, da catequese e das obras desta fundação de bens espirituais que conta com quase um milhão de seguidores.
Foi o que afirmou Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, logo após o encontro com o Papa Bento XVI, durante uma entrevista coletiva concedida nas proximidades da Porta Angélica, que dá acesso ao Vaticano.
O fundador do Caminho mencionou o longo percurso pessoal e da fundação até chegar a este reconhecimento.
Argüello falou das “muitas dificuldades, dos preconceitos de párocos e bispos, de acusações e de histórias estranhas contadas por alguns que não conhecem o Caminho”. Também falou “da disponibilidade, da ajuda e da solicitude com a que a Igreja e os pontífices ajudaram o Caminho Neocatecumenal”.
O primeiro a apoiar o Caminho foi Paulo VI. Esse Papa quis sua presença nas paróquias de Veneza quando era ainda patriarca. João Paulo II o reconheceu “como um caminho de formação católica, válido para a sociedade e os tempos atuais”. Bento XVI conheceu os neocatecumenais quando era professor em Regensburg e trabalhou para introduzi-los nas paróquias da Alemanha.
Apesar das acusações, que se mostraram falsas, de dividir as comunidades paroquiais e entrar em conflito com a pastoral de párocos e bispos, o Caminho Neocatecumenal cresceu e encheu igrejas e seminários, com famílias numerosas que cada vez mais se oferecem para levar a missão católica ao mundo.
Presentes em 1.320 dioceses de 110 países nos cinco continentes, são 20.000 comunidades ativas em 6.000 paróquias. Só em Roma, o Caminho está presente em 100 paróquias e 500 comunidades. Em Madri, são 85 paróquias e 300 comunidades.
No encontro com Bento XVI na Basílica de São Pedro, em 10 de janeiro de 2009, por ocasião dos 40 anos da primeira comunidade neocatecumenal em Roma, Kiko apresentou ao Papa as primeiras 14 comunidades de Roma dispostas a deixar sua paróquia, onde tinham concluído o itinerário neocatecumenal, para ir, a convite dos párocos, até regiões marginalizadas: bairros degradados, tomados pela violência e pelas drogas, habitados por famílias destruídas e imigrantes discriminados, onde a Igreja tem dificuldades para estar presente e ajudar as pessoas.
A eficácia e a força da catequese do Caminho é demonstrada também pela abertura de 78 seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, dos quais 37 estão na Europa, 26 na América, 7 na Ásia, 6 na África e 2 na Austrália.
Desde 1990, ano das primeiras ordenações, até hoje, os presbíteros ordenados nos seminários Redemptoris Mater são mais de 1.600. Cerca de 2.000 estão atualmente em preparação para as ordens sagradas.
Confirmando uma profunda vocação missionária, desde 1985 o Caminho envia famílias numerosas para lugares onde a fé está desaparecendo ou nunca chegou.
Em 1985, Kiko, Carmen e o padre Mario apresentaram a João Paulo II um projeto para reevangelizar o norte da Europa com o envio de famílias missionárias, acompanhadas por padres. Em 1986, o Papa enviou as primeiras três famílias: uma para o norte da Finlândia, outra para o bairro vermelho de Hamburgo e a terceira para Estrasburgo.
Hoje, o número das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização em 78 países é de mais de 800, com 3.097 filhos, das quais 389 na Europa, 189 na América, 113 na Ásia, 56 na Austrália, 46 na África e 15 no Oriente Médio.
São famílias que, mediante o anúncio do Evangelho e um roteiro de iniciação cristã que dura vários anos, foram reconstruídas, redescobriram o dom da comunhão, se abriram para a vida. Por gratidão a Deus e à Igreja, elas se oferecem para ir a dioceses em que os bispos achem necessário o testemunho de uma família cristã.
Para explicar a eficácia do Caminho, Kiko apresentou sua experiência de vida. Ateu, comunista radical, cheio de preconceitos contra a Igreja e o cristianismo, ele tinha chegado ao ponto de querer suicidar-se.
Depois de uma experiência pessoal de conversão, ele passou três anos junto aos mais pobres entre os pobres na favela de Palomeras Altas, em Madri. Ali, tendo encontrado a fé, Kiko iniciou o Caminho Neocatecumenal.
“A pergunta que devemos responder todos, também os bispos e os cardeais”, disse Kiko, “é o que significa ser cristãos hoje”.
“Não se trata de responder com filosofias ou citando livros, mas com a convicção profunda de que o cristianismo é a religião do amor”.
“Amai-vos como eu vos amei, disse Jesus, e só o seu grandíssimo amor nos dá a força para superar os sofrimentos e a morte”.
“A fé em Jesus nos dá a vida eterna”, ressaltou Kiko, “e podemos reconquistar aqueles que abandonaram a Igreja ou que nunca a conheceram, só com a beleza do amor que caracteriza as nossas comunidades”.
Exhortándoles a la comunión con los obispos
ROMA, lunes 17 de enero de 2011 (ZENIT.org).- El Papa Benedicto XVI recibió hoy en audiencia a siete mil miembros del Camino Neocatecumenal, entre ellos cerca de 2.000 seminaristas, junto con sus iniciadores Kiko Argüello y Carmen Hernández, en el Aula Pablo VI, para el envío de 230 nuevas familias a la 46 países del mundo.
Este envío de familias se añade, según informó el Camino Neocatecumenal en un comunicado, a la apertura de trece nuevos destinos para la “misión ad gentes”, una forma particular de presencia misionera en lugares donde la Iglesia no está presentes.
Durante el encuentro, el Papa quiso subrayar la aprobación eclesial que ha recibido en los últimos años el Camino Neocatecumenal, a la que se suma la reciente aprobación definitiva de sus directorios catequéticos.
En los últimos años, afirmó el Papa, “se ha realizado con éxito el proceso de redacción de Los Estatutos del Camino Neocatecumenal que, después de un periodo razonable de validación “ad experimentum” tuvo su aprobación definitiva en junio de 2008”.
“Otro paso significativo se ha cumplido durante estos días, con la aprobación, obra de los competentes Dicasterios de la Santa Sede, del Directorio Catequético del Camino Neocatecumenal”, añadió.
“Con estos sellos eclesiales, el Señor confirma hoy y os fía nuevamente este instrumento precioso que es el Camino, de modo que podáis, en filial obediencia a la Santa Sede y a los Pastores de la Iglesia, contribuir con un nuevo celo y ardor, al redescubrimiento radical y gozoso del Bautismo y ofrecer vuestra propia contribución a la causa de la Nueva Evangelización”.
Buscar la comunión
Por otro lado, el Papa exhortó a los miembros del Camino Neocatecumenal la importancia de “buscar la comunión” con los obispos y con el resto de la Iglesia.
La Iglesia “ha reconocido en el Camino Neocatecumenal un don particular suscitado por el Espíritu Santo: como tal, tiende naturalmente a la inserción en la gran armonía del Cuerpo eclesial”, afirmó.
El Papa reconoció en el carisma neocatecumenal un “don de Dios para su Iglesia”, destacando su contribución a “reavivar y consolidar en las diócesis y parroquias la Iniciación cristiana, favoreciendo un gradual y radical redescubrimiento de la riqueza del Bautismo”.
Por ello, recordando los propios Estatutos del Camino, les recordó que éste se pone “al servicio del obispo como una modalidad de actuación diocesana de la iniciación cristiana y de la educación permanente en la fe”.
Les exhortó en este sentido a “buscar siempre una profunda comunión con los Pastores y con todos los componentes de la Iglesia particular y de los contextos eclesiales, tan diversos, entre los cuales estáis llamados a actuar”.
“La comunión fraterna entre los discípulos de Jesús es, de hecho, el primer y más grande testimonio del nombre de Jesús”, afirmó el Pontífice.
A las familias que envió posteriormente a la misión, les axhortó a que “la fe que habéis recibido en don, sea esta luz encima del candelero, capaz de indicar a los hombres el camino hacia el Cielo”.
Dirigiéndose de forma particular a las familias que irán en misión ad gentes, les renovó su llamada “a realizar una nueva presencia eclesial en ambientes muy secularizados de varios países, o en lugares en los cuales el mensaje de Cristo no ha llegado todavía”.
“Podéis sentir a vuestro lado la presencia viva del Señor Resucitado y la compañía de tantos hermanos, ¡así como la oración del Papa!”, afirmó.
A los seminaristas y sacerdotes presentes, miembros de los seminarios diocesanos “Redemptoris Mater” de Europa, los consideró un “signo especial y elocuente de los frutos de bien que pueden nacer del redescubrimiento de la Gracia del propio Bautismo”.
“A vosotros os miramos con particular esperanza , sed sacerdotes enamorados de Cristo y de su Iglesia, capaces de transmitir al mundo la alegría de haber encontrado al Señor y de poder estar a su servicio”, añadió.
Por último, saludó a las communitates in missionem, comunidades enteras que dejan su parroquia para ayudar en otras parroquias: “habéis abandonado, por decir así, la seguridad de vuestras comunidades de origen para ir a lugares más lejanos e incómodos, aceptando el ser enviados para ayudar a parroquias en dificultad y para buscar a la oveja perdida y devolverla al redil de Cristo”.
“En el sufrimiento o aridez que podéis experimentar, sentíos unidos al sufrimiento de Cristo en la cruz, y a su deseo de reunir a los hermanos que están lejos de la fe y de la verdad, para devolverlos a la casa del Padre”, les dijo el Papa.
Pope: The Lord Confirms the Neocatechumenal Way
Vatican Approves "Catechetical Directory"
VATICAN CITY, JAN. 17, 2011 (Zenit.org).- Benedict XVI says that the Neocatechumenal Way has been confirmed by the Lord through ecclesiastical approval, and entrusted to its members to offer an "original contribution" to the New Evangelization.
The Pope said this today in an audience with members of the Way who packed Paul VI Hall. Prior to the Holy Father's address, the group enthusiastically received the news that the "Catechetical Directory of the Neocatechumenal Way" has been approved by the Vatican.
Kiko Argüello and Carmen Hernández, initiators of the community, were at the audience.
The Pontiff lauded the Way for contributing to "revive and consolidate Christian initiation in the dioceses and parishes, fostering a gradual and radical rediscovery of the riches of baptism."
He expressed his satisfaction that the statutes had been written down and submitted for approval, which came in 2008. Now, the Catechetical Directory has also received Vatican approval, Benedict XVI noted.
"With these ecclesiastical seals, the Lord confirms today and entrusts to you again this precious instrument that is the Way, so that you can, in filial obedience to the Holy See and to the pastors of the Church, contribute, with new impetus and ardor, to the radical and joyful rediscovery of the gift of baptism and to offer your original contribution to the cause of the New Evangelization," he said. "The Church has recognized in the Neocatechumenal Way a particular gift aroused by the Holy Spirit: as such, it tends naturally to insert itself in the great harmony of the ecclesial body."
The Way has on occasion found obstacles in working with dioceses or parishes. Most recently, the episcopal conference of Japan moved to suspend the group for a period of five years, but the Vatican intervened on behalf of the Way.
Today, in fact, the Holy Father exhorted the members to "seek always a profound communion with the pastors and with all the components of the particular Churches and the very different ecclesial contexts in which you are called to operate."
"The fraternal communion between the disciples of Jesus is, in fact, the first and greatest testimony to the name of Jesus Christ," he said.
Missionaries
Benedict XVI said he was "particularly happy" to send out more than 200 Neocatechumenal families who are joining some 600 others in mission work on the five continents.
He also had a special greeting for the priests and seminarians of the group. "Beloved," he told them, "you are a special and eloquent sign of the fruits of goodness that can be born from the rediscovery of the grace of baptism itself. We look to you with particular hope: Be priests enamored of Christ and his Church, capable of transmitting to the world the joy of having encountered the Lord and of being able to be at his service."
The Pope greeted other groups who form part of the Neocatechumenal community, lauding them for leaving their home communities "to go to more distant and uncomfortable places, accepting being sent to help parishes in difficulty and to seek the lost sheep and bring them back to the sheepfold of Christ."
"In the sufferings and aridity that you might experience," he said, "feel united to the sufferings of Christ on the cross, and to his desire to gather so many brothers far from the faith and from truth, to bring them back to the house of the Father."
On ZENIT's Web page:
Por Antonio Gaspari
ROMA, terça-feira, 18 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - A aprovação do Diretório Catequético do Caminho Neocatecumenal pelas autoridades da Santa Sé confirma a validade da liturgia, da catequese e das obras desta fundação de bens espirituais que conta com quase um milhão de seguidores.
Foi o que afirmou Kiko Argüello, iniciador do Caminho Neocatecumenal, logo após o encontro com o Papa Bento XVI, durante uma entrevista coletiva concedida nas proximidades da Porta Angélica, que dá acesso ao Vaticano.
O fundador do Caminho mencionou o longo percurso pessoal e da fundação até chegar a este reconhecimento.
Argüello falou das “muitas dificuldades, dos preconceitos de párocos e bispos, de acusações e de histórias estranhas contadas por alguns que não conhecem o Caminho”. Também falou “da disponibilidade, da ajuda e da solicitude com a que a Igreja e os pontífices ajudaram o Caminho Neocatecumenal”.
O primeiro a apoiar o Caminho foi Paulo VI. Esse Papa quis sua presença nas paróquias de Veneza quando era ainda patriarca. João Paulo II o reconheceu “como um caminho de formação católica, válido para a sociedade e os tempos atuais”. Bento XVI conheceu os neocatecumenais quando era professor em Regensburg e trabalhou para introduzi-los nas paróquias da Alemanha.
Apesar das acusações, que se mostraram falsas, de dividir as comunidades paroquiais e entrar em conflito com a pastoral de párocos e bispos, o Caminho Neocatecumenal cresceu e encheu igrejas e seminários, com famílias numerosas que cada vez mais se oferecem para levar a missão católica ao mundo.
Presentes em 1.320 dioceses de 110 países nos cinco continentes, são 20.000 comunidades ativas em 6.000 paróquias. Só em Roma, o Caminho está presente em 100 paróquias e 500 comunidades. Em Madri, são 85 paróquias e 300 comunidades.
No encontro com Bento XVI na Basílica de São Pedro, em 10 de janeiro de 2009, por ocasião dos 40 anos da primeira comunidade neocatecumenal em Roma, Kiko apresentou ao Papa as primeiras 14 comunidades de Roma dispostas a deixar sua paróquia, onde tinham concluído o itinerário neocatecumenal, para ir, a convite dos párocos, até regiões marginalizadas: bairros degradados, tomados pela violência e pelas drogas, habitados por famílias destruídas e imigrantes discriminados, onde a Igreja tem dificuldades para estar presente e ajudar as pessoas.
A eficácia e a força da catequese do Caminho é demonstrada também pela abertura de 78 seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, dos quais 37 estão na Europa, 26 na América, 7 na Ásia, 6 na África e 2 na Austrália.
Desde 1990, ano das primeiras ordenações, até hoje, os presbíteros ordenados nos seminários Redemptoris Mater são mais de 1.600. Cerca de 2.000 estão atualmente em preparação para as ordens sagradas.
Confirmando uma profunda vocação missionária, desde 1985 o Caminho envia famílias numerosas para lugares onde a fé está desaparecendo ou nunca chegou.
Em 1985, Kiko, Carmen e o padre Mario apresentaram a João Paulo II um projeto para reevangelizar o norte da Europa com o envio de famílias missionárias, acompanhadas por padres. Em 1986, o Papa enviou as primeiras três famílias: uma para o norte da Finlândia, outra para o bairro vermelho de Hamburgo e a terceira para Estrasburgo.
Hoje, o número das famílias do Caminho em missão para a nova evangelização em 78 países é de mais de 800, com 3.097 filhos, das quais 389 na Europa, 189 na América, 113 na Ásia, 56 na Austrália, 46 na África e 15 no Oriente Médio.
São famílias que, mediante o anúncio do Evangelho e um roteiro de iniciação cristã que dura vários anos, foram reconstruídas, redescobriram o dom da comunhão, se abriram para a vida. Por gratidão a Deus e à Igreja, elas se oferecem para ir a dioceses em que os bispos achem necessário o testemunho de uma família cristã.
Para explicar a eficácia do Caminho, Kiko apresentou sua experiência de vida. Ateu, comunista radical, cheio de preconceitos contra a Igreja e o cristianismo, ele tinha chegado ao ponto de querer suicidar-se.
Depois de uma experiência pessoal de conversão, ele passou três anos junto aos mais pobres entre os pobres na favela de Palomeras Altas, em Madri. Ali, tendo encontrado a fé, Kiko iniciou o Caminho Neocatecumenal.
“A pergunta que devemos responder todos, também os bispos e os cardeais”, disse Kiko, “é o que significa ser cristãos hoje”.
“Não se trata de responder com filosofias ou citando livros, mas com a convicção profunda de que o cristianismo é a religião do amor”.
“Amai-vos como eu vos amei, disse Jesus, e só o seu grandíssimo amor nos dá a força para superar os sofrimentos e a morte”.
“A fé em Jesus nos dá a vida eterna”, ressaltou Kiko, “e podemos reconquistar aqueles que abandonaram a Igreja ou que nunca a conheceram, só com a beleza do amor que caracteriza as nossas comunidades”.
El Papa ratifica la aprobación de la Iglesia al Camino Neocatecumenal
Exhortándoles a la comunión con los obispos
ROMA, lunes 17 de enero de 2011 (ZENIT.org).- El Papa Benedicto XVI recibió hoy en audiencia a siete mil miembros del Camino Neocatecumenal, entre ellos cerca de 2.000 seminaristas, junto con sus iniciadores Kiko Argüello y Carmen Hernández, en el Aula Pablo VI, para el envío de 230 nuevas familias a la 46 países del mundo.
Este envío de familias se añade, según informó el Camino Neocatecumenal en un comunicado, a la apertura de trece nuevos destinos para la “misión ad gentes”, una forma particular de presencia misionera en lugares donde la Iglesia no está presentes.
Durante el encuentro, el Papa quiso subrayar la aprobación eclesial que ha recibido en los últimos años el Camino Neocatecumenal, a la que se suma la reciente aprobación definitiva de sus directorios catequéticos.
En los últimos años, afirmó el Papa, “se ha realizado con éxito el proceso de redacción de Los Estatutos del Camino Neocatecumenal que, después de un periodo razonable de validación “ad experimentum” tuvo su aprobación definitiva en junio de 2008”.
“Otro paso significativo se ha cumplido durante estos días, con la aprobación, obra de los competentes Dicasterios de la Santa Sede, del Directorio Catequético del Camino Neocatecumenal”, añadió.
“Con estos sellos eclesiales, el Señor confirma hoy y os fía nuevamente este instrumento precioso que es el Camino, de modo que podáis, en filial obediencia a la Santa Sede y a los Pastores de la Iglesia, contribuir con un nuevo celo y ardor, al redescubrimiento radical y gozoso del Bautismo y ofrecer vuestra propia contribución a la causa de la Nueva Evangelización”.
Buscar la comunión
Por otro lado, el Papa exhortó a los miembros del Camino Neocatecumenal la importancia de “buscar la comunión” con los obispos y con el resto de la Iglesia.
La Iglesia “ha reconocido en el Camino Neocatecumenal un don particular suscitado por el Espíritu Santo: como tal, tiende naturalmente a la inserción en la gran armonía del Cuerpo eclesial”, afirmó.
El Papa reconoció en el carisma neocatecumenal un “don de Dios para su Iglesia”, destacando su contribución a “reavivar y consolidar en las diócesis y parroquias la Iniciación cristiana, favoreciendo un gradual y radical redescubrimiento de la riqueza del Bautismo”.
Por ello, recordando los propios Estatutos del Camino, les recordó que éste se pone “al servicio del obispo como una modalidad de actuación diocesana de la iniciación cristiana y de la educación permanente en la fe”.
Les exhortó en este sentido a “buscar siempre una profunda comunión con los Pastores y con todos los componentes de la Iglesia particular y de los contextos eclesiales, tan diversos, entre los cuales estáis llamados a actuar”.
“La comunión fraterna entre los discípulos de Jesús es, de hecho, el primer y más grande testimonio del nombre de Jesús”, afirmó el Pontífice.
A las familias que envió posteriormente a la misión, les axhortó a que “la fe que habéis recibido en don, sea esta luz encima del candelero, capaz de indicar a los hombres el camino hacia el Cielo”.
Dirigiéndose de forma particular a las familias que irán en misión ad gentes, les renovó su llamada “a realizar una nueva presencia eclesial en ambientes muy secularizados de varios países, o en lugares en los cuales el mensaje de Cristo no ha llegado todavía”.
“Podéis sentir a vuestro lado la presencia viva del Señor Resucitado y la compañía de tantos hermanos, ¡así como la oración del Papa!”, afirmó.
A los seminaristas y sacerdotes presentes, miembros de los seminarios diocesanos “Redemptoris Mater” de Europa, los consideró un “signo especial y elocuente de los frutos de bien que pueden nacer del redescubrimiento de la Gracia del propio Bautismo”.
“A vosotros os miramos con particular esperanza , sed sacerdotes enamorados de Cristo y de su Iglesia, capaces de transmitir al mundo la alegría de haber encontrado al Señor y de poder estar a su servicio”, añadió.
Por último, saludó a las communitates in missionem, comunidades enteras que dejan su parroquia para ayudar en otras parroquias: “habéis abandonado, por decir así, la seguridad de vuestras comunidades de origen para ir a lugares más lejanos e incómodos, aceptando el ser enviados para ayudar a parroquias en dificultad y para buscar a la oveja perdida y devolverla al redil de Cristo”.
“En el sufrimiento o aridez que podéis experimentar, sentíos unidos al sufrimiento de Cristo en la cruz, y a su deseo de reunir a los hermanos que están lejos de la fe y de la verdad, para devolverlos a la casa del Padre”, les dijo el Papa.
Pope: The Lord Confirms the Neocatechumenal Way
Vatican Approves "Catechetical Directory"
VATICAN CITY, JAN. 17, 2011 (Zenit.org).- Benedict XVI says that the Neocatechumenal Way has been confirmed by the Lord through ecclesiastical approval, and entrusted to its members to offer an "original contribution" to the New Evangelization.
The Pope said this today in an audience with members of the Way who packed Paul VI Hall. Prior to the Holy Father's address, the group enthusiastically received the news that the "Catechetical Directory of the Neocatechumenal Way" has been approved by the Vatican.
Kiko Argüello and Carmen Hernández, initiators of the community, were at the audience.
The Pontiff lauded the Way for contributing to "revive and consolidate Christian initiation in the dioceses and parishes, fostering a gradual and radical rediscovery of the riches of baptism."
He expressed his satisfaction that the statutes had been written down and submitted for approval, which came in 2008. Now, the Catechetical Directory has also received Vatican approval, Benedict XVI noted.
"With these ecclesiastical seals, the Lord confirms today and entrusts to you again this precious instrument that is the Way, so that you can, in filial obedience to the Holy See and to the pastors of the Church, contribute, with new impetus and ardor, to the radical and joyful rediscovery of the gift of baptism and to offer your original contribution to the cause of the New Evangelization," he said. "The Church has recognized in the Neocatechumenal Way a particular gift aroused by the Holy Spirit: as such, it tends naturally to insert itself in the great harmony of the ecclesial body."
The Way has on occasion found obstacles in working with dioceses or parishes. Most recently, the episcopal conference of Japan moved to suspend the group for a period of five years, but the Vatican intervened on behalf of the Way.
Today, in fact, the Holy Father exhorted the members to "seek always a profound communion with the pastors and with all the components of the particular Churches and the very different ecclesial contexts in which you are called to operate."
"The fraternal communion between the disciples of Jesus is, in fact, the first and greatest testimony to the name of Jesus Christ," he said.
Missionaries
Benedict XVI said he was "particularly happy" to send out more than 200 Neocatechumenal families who are joining some 600 others in mission work on the five continents.
He also had a special greeting for the priests and seminarians of the group. "Beloved," he told them, "you are a special and eloquent sign of the fruits of goodness that can be born from the rediscovery of the grace of baptism itself. We look to you with particular hope: Be priests enamored of Christ and his Church, capable of transmitting to the world the joy of having encountered the Lord and of being able to be at his service."
The Pope greeted other groups who form part of the Neocatechumenal community, lauding them for leaving their home communities "to go to more distant and uncomfortable places, accepting being sent to help parishes in difficulty and to seek the lost sheep and bring them back to the sheepfold of Christ."
"In the sufferings and aridity that you might experience," he said, "feel united to the sufferings of Christ on the cross, and to his desire to gather so many brothers far from the faith and from truth, to bring them back to the house of the Father."
On ZENIT's Web page:
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Bento XVI destaca missão do Caminho Neocatecumenal
Bento XVI destaca missão universal do Caminho Neocatecumenal
Segunda-feira, 17 de janeiro de 2011, 17h11
Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano
“original contribuição” que o Caminho Neocatecumenal fornece à causa da nova evangelização e a importância de sua “profunda comunhão com os Pastores” foram aspectos enfatizados pelo Papa Bento XVI durante a audiência com os fundadores Kiko Arguello e Cármen Hernandez e os milhares de membros do Caminho Neocatecumenal nesta segunda-feira, 17 na Sala Paulo VI.
O Pontífice recordou que há mais de 40 anos “o Caminho Neocatecumental contribui para reavivar e consolidar nas dioceses e nas paróquias a Iniciação Cristã”. Um dom de Deus a favor da sua Igreja que se se coloca “a serviço do bispo como uma das modalidades de concretização diocesana da iniciação cristã e da educação permanente na fé”.
Bento XVI se alegrou com a aprovação definitiva, em 2008, do Estatuto do Caminho Neocatecumenal, assim como, recentemente, do “Diretório Catequístico”, pressupostos para uma nova confirmação e envio da parte do Sucessor de Pedro.
“O Senhor confirma hoje e vos confia novamente este precioso instrumento que é o Caminho, de modo que possais, em filial obediência à Santa Sé e aos Pastores da Igreja, contribuir, com novo impulso e ardor, à redescoberta radical e feliz das riquezas do Batismo, oferecendo a vossa contribuição original à causa da nova evangelização”, disse o Papa.
Para o Santo Padre, a Igreja reconheceu no Caminho Neocatecumental um particular dom suscitado pelo Espírito Santo. “Como tal, ele tende naturalmente a se inserir na grande harmonia do Corpo eclesial. Exorto-vos a procurar sempre uma profunda comunhão com os Pastores e com todas as componentes das Igrejas particulares e dos contextos eclesiais, bastante diversificados, em que sois chamados a atuar”, aconselhou.
O Papa destacou ainda que a “comunhão fraterna entre os discípulos de Jesus” constitui “o primeiro e maior testemunho”. Ele recordou as mais de 200 novas famílias neocatecumenais que partem em missão em 13 novas Missões ad gentes em diferentes países da Europa (Alemanha, Áustria, França, Hungria, Macedônia, Suécia, Ucrânia), e ainda na América Latina (Venezuela).
Aos reitores dos Seminários Redemptoris Mater, o Santo Padre dirigiu uma exortação à fidelidade no exercício do ministério. O Papa concluiu confiando à Nossa Senhora o presente e o futuro do Caminho: “Que a Bem-aventurada Virgem Maria, que inspirou o vosso Caminho e vos deu a família de Nazaré como modelo das vossas comunidades, vos conceda viver a vossa fé em humildade, simplicidade e louvor, interceda por todos vós e vos acompanhe na vossa missão”, finalizou.
Canção Nova Notícias
Segunda-feira, 17 de janeiro de 2011, 17h11
Nicole Melhado
Da Redação, com Rádio Vaticano
“original contribuição” que o Caminho Neocatecumenal fornece à causa da nova evangelização e a importância de sua “profunda comunhão com os Pastores” foram aspectos enfatizados pelo Papa Bento XVI durante a audiência com os fundadores Kiko Arguello e Cármen Hernandez e os milhares de membros do Caminho Neocatecumenal nesta segunda-feira, 17 na Sala Paulo VI.
O Pontífice recordou que há mais de 40 anos “o Caminho Neocatecumental contribui para reavivar e consolidar nas dioceses e nas paróquias a Iniciação Cristã”. Um dom de Deus a favor da sua Igreja que se se coloca “a serviço do bispo como uma das modalidades de concretização diocesana da iniciação cristã e da educação permanente na fé”.
Bento XVI se alegrou com a aprovação definitiva, em 2008, do Estatuto do Caminho Neocatecumenal, assim como, recentemente, do “Diretório Catequístico”, pressupostos para uma nova confirmação e envio da parte do Sucessor de Pedro.
“O Senhor confirma hoje e vos confia novamente este precioso instrumento que é o Caminho, de modo que possais, em filial obediência à Santa Sé e aos Pastores da Igreja, contribuir, com novo impulso e ardor, à redescoberta radical e feliz das riquezas do Batismo, oferecendo a vossa contribuição original à causa da nova evangelização”, disse o Papa.
Para o Santo Padre, a Igreja reconheceu no Caminho Neocatecumental um particular dom suscitado pelo Espírito Santo. “Como tal, ele tende naturalmente a se inserir na grande harmonia do Corpo eclesial. Exorto-vos a procurar sempre uma profunda comunhão com os Pastores e com todas as componentes das Igrejas particulares e dos contextos eclesiais, bastante diversificados, em que sois chamados a atuar”, aconselhou.
O Papa destacou ainda que a “comunhão fraterna entre os discípulos de Jesus” constitui “o primeiro e maior testemunho”. Ele recordou as mais de 200 novas famílias neocatecumenais que partem em missão em 13 novas Missões ad gentes em diferentes países da Europa (Alemanha, Áustria, França, Hungria, Macedônia, Suécia, Ucrânia), e ainda na América Latina (Venezuela).
Aos reitores dos Seminários Redemptoris Mater, o Santo Padre dirigiu uma exortação à fidelidade no exercício do ministério. O Papa concluiu confiando à Nossa Senhora o presente e o futuro do Caminho: “Que a Bem-aventurada Virgem Maria, que inspirou o vosso Caminho e vos deu a família de Nazaré como modelo das vossas comunidades, vos conceda viver a vossa fé em humildade, simplicidade e louvor, interceda por todos vós e vos acompanhe na vossa missão”, finalizou.
Canção Nova Notícias
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Visita dos iniciadores do Caminho ao Papa
PAPA RECEBEU INICIADORES DO CAMINHO NEOCATECUMENAL
Trataram sobre as iniciativas do Caminho para a nova evangelização da Europa
CIDADE DO VATICANO/MADRI, terça-feira, 15 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI recebeu nesse sábado em audiência privada os iniciadores do Caminho Neocatecumenal, os espanhóis Kiko Argüello, Carmen Hernández e o sacerdote italiano Mario Pezzi.
Segundo confirmou a ZENIT Álvaro de Juana, porta-voz do Caminho Neocatecumenal na Espanha, um dos temas tratados foi o da nova evangelização da Europa, um assunto ao qual esta realidade eclesial sempre concedeu grande importância.
“O pontífice mostrou-se em todo momento muito contente pelo trabalho do Caminho Neocatecumenal”, afirmou De Juana.
Os iniciadores do Caminho explicaram ao Papa o trabalho que se realiza há alguns anos em cidades da Holanda, Alemanha e França – onde a presença da Igreja às vezes é escassa – mediante a missio ad gentes.
A missio ad gentes é uma forma de evangelização que consiste na implantatio ecclesiae, quer dizer, no envio de missionários voluntários (normalmente dois ou três famílias com seus filhos e acompanhadas por um sacerdote) a lugares descristianizados, onde a Igreja já desapareceu ou está a ponto de desaparecer.
A recém-publicada exortação apostólica Verbum Domini aludia à necessidade da missio ad gentes no número 95, em que os Padres sinodais reiteravam a importância de que a Igreja “não se limite a uma pastoral de manutenção”.
Outro tema tratado pelo Papa e os iniciadores do Caminho Neocatecumenal foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2011, em Madri.
De acordo com Argüello, mais de 200 mil jovens desta realidade eclesial provenientes de todo o mundo realizarão itinerários pela Europa, em espírito de evangelização e missão, por dez dias.
“Esses jovens são frutos da comunidade cristã e, em concreto, de pequenas comunidades enraizadas na paróquia e que salvam a família”, afirmou Kiko Argüello.
Por último, os representantes neocatecumenais informaram ao Papa sobre a construção de três novos seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, em São Paulo (Brasil), Bruxelas (Bélgica) e Trieste (Itália).
Esses seminários, dependentes de cada bispo local e abertos sob pedido seu, têm como vocação formar sacerdotes para a missão em qualquer lugar do mundo, segundo a espiritualidade do Caminho. Com esses três, são 78 no mundo.
Trataram sobre as iniciativas do Caminho para a nova evangelização da Europa
CIDADE DO VATICANO/MADRI, terça-feira, 15 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI recebeu nesse sábado em audiência privada os iniciadores do Caminho Neocatecumenal, os espanhóis Kiko Argüello, Carmen Hernández e o sacerdote italiano Mario Pezzi.
Segundo confirmou a ZENIT Álvaro de Juana, porta-voz do Caminho Neocatecumenal na Espanha, um dos temas tratados foi o da nova evangelização da Europa, um assunto ao qual esta realidade eclesial sempre concedeu grande importância.
“O pontífice mostrou-se em todo momento muito contente pelo trabalho do Caminho Neocatecumenal”, afirmou De Juana.
Os iniciadores do Caminho explicaram ao Papa o trabalho que se realiza há alguns anos em cidades da Holanda, Alemanha e França – onde a presença da Igreja às vezes é escassa – mediante a missio ad gentes.
A missio ad gentes é uma forma de evangelização que consiste na implantatio ecclesiae, quer dizer, no envio de missionários voluntários (normalmente dois ou três famílias com seus filhos e acompanhadas por um sacerdote) a lugares descristianizados, onde a Igreja já desapareceu ou está a ponto de desaparecer.
A recém-publicada exortação apostólica Verbum Domini aludia à necessidade da missio ad gentes no número 95, em que os Padres sinodais reiteravam a importância de que a Igreja “não se limite a uma pastoral de manutenção”.
Outro tema tratado pelo Papa e os iniciadores do Caminho Neocatecumenal foi a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2011, em Madri.
De acordo com Argüello, mais de 200 mil jovens desta realidade eclesial provenientes de todo o mundo realizarão itinerários pela Europa, em espírito de evangelização e missão, por dez dias.
“Esses jovens são frutos da comunidade cristã e, em concreto, de pequenas comunidades enraizadas na paróquia e que salvam a família”, afirmou Kiko Argüello.
Por último, os representantes neocatecumenais informaram ao Papa sobre a construção de três novos seminários diocesanos missionários Redemptoris Mater, em São Paulo (Brasil), Bruxelas (Bélgica) e Trieste (Itália).
Esses seminários, dependentes de cada bispo local e abertos sob pedido seu, têm como vocação formar sacerdotes para a missão em qualquer lugar do mundo, segundo a espiritualidade do Caminho. Com esses três, são 78 no mundo.
Assinar:
Postagens (Atom)