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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Papa Francisco explica na Epifania a missão da Igreja e o significado dos Reis Magos



Vaticano, 06 Jan. 16 / 11:10 am (ACI).- O Papa Francisco assegurou hoje que a missão da Igreja é anunciar o Evangelho e iluminar a vida das pessoas e dos povos. Além disso, pediu seguir a luz que conduz a Jesus e falou dos Reis Magos como “prova viva de que as sementes de verdade estão presentes em todas partes”.
Nesta manhã, o Pontífice presidiu a Missa por motivo da Solenidade da Epifania do Senhor na Basílica de São Pedro e disse: “A Igreja não pode se iludir de brilhar com luz própria”, mas deve brilhar “com a luz de Cristo”.
“Cristo é a luz verdadeira, que ilumina; e a Igreja, na medida em que permanece ancorada Nele, na medida em que se deixa iluminar por Ele, consegue iluminar a vida das pessoas e dos povos”, acrescentou.
Francisco assegurou que “todos necessitamos desta luz”, pois “anunciar o Evangelho de Cristo não é uma opção que podemos fazer dentre muitas, nem é uma profissão”.
“Para a Igreja, ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja, ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: ser iluminada por Deus e refletir a sua luz. Esse é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam conhecer o rosto do Pai!”.
O Santo Padre também falou que os Reis Magos “são um testemunho vivo de como estão presentes por todo lado as sementes da verdade, pois são dom do Criador que a todos chama a reconhecê-Lo como Pai bom e fiel”.
“Os Magos representam as pessoas dos quatro cantos da terra que são acolhidas na casa de Deus. Na presença de Jesus, já não há qualquer divisão de raça, língua e cultura: naquele Menino, toda a humanidade encontra a sua unidade. E a Igreja tem o dever de reconhecer e fazer surgir, de forma cada vez mais clara, o desejo de Deus que cada um traz dentro de si”.
Em seguida, Francisco assinalou: “Como os Magos, ainda hoje há muitas pessoas que vivem com o ‘coração inquieto’, continuando a se questionar sem encontrar respostas certas. A inquietude do Espírito Santo que move o coração. Também elas andam à procura da estrela que indica a estrada para Belém”.
“Deram ouvidos a uma voz que, no íntimo, os impelia a seguir aquela luz” e a travessia que realizaram “é uma lição para nós”.
“Hoje em dia precisamos repetir a pergunta dos Reis Magos: ‘Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo’. Somos chamados, sobretudo num tempo como o nosso, a procurar os sinais que Deus oferece, cientes de que requer o nosso esforço para os decifrar e, assim, compreender a vontade divina”.
Ao finalizar, o Papa Francisco expressou: “Somos desafiados a ir a Belém encontrar o Menino e sua Mãe. Sigamos a luz que Deus nos oferece! A luz que irradia do rosto de Cristo, cheio de misericórdia e fidelidade”.
E, quando chegarmos junto d’Ele, devemos adorá-lo com todo o coração e oferecer-lhe de presente a nossa liberdade, a nossa inteligência, o nosso amor, pois aqui está a fonte daquela luz que atrai a si toda pessoa e orienta o caminho dos povos pela senda da paz” concluiu.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Preparemo-nos para o Natal sem separar o que é divino do que é humano

Reflexões de Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará.
O Tempo do Advento vivido pela Igreja e oferecido ao mundo como apelo à conversão é cheio de ensinamentos, correspondentes às realidades de nossa fé. Séculos se passaram, gerações e gerações de homens e mulheres plantaram e alimentaram a esperança, aguardando o cumprimento das promessas de Deus. Os profetas foram arautos da benevolência de Deus, cujo carinho e cuidado se refletia na atenção com aquele povo limitado e ao mesmo tempo teimoso na expectativa da realização dos planos de Deus.
Os tempos amadureceram e Deus realizou suas promessas, de forma surpreendente para todos os atores envolvidos na magnífica trama, cujas cenas se repetem diante dos olhos do mundo, nos presépios, pinturas, filmes, encenações teatrais, todas tentativas justificadas de uma aproximação ao mistério, que supera continuamente os nossos esforços. Por mais que nos empenhemos em penetrar nas páginas dos evangelhos, sempre estas nos superarão, pois se trata de realidades pensadas desde toda a eternidade. Possuí-las completamente seria pretender-nos maiores do que o próprio Deus. Surpresas fazem parte da revelação, processo que se completou com o final da era apostólica, mas se torna dom para cada pessoa de fé. A nós, na presente geração, cabe a abertura ao mistério, deixar que o coração se abra à perene novidade de Deus. Ninguém pretenda que a Bíblia esteja fechada, mas acolha continuamente a beleza do que Deus pode e quer oferecer-nos. Basta começar a aventura que começa com a profissão de fé no amor eterno de Deus.
A plenitude dos tempos aconteceu com a vinda do Salvador do mundo, nascido de uma mulher, como ensina o Apóstolo São Paulo: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, para resgatar os que eram sujeitos à Lei, e todos recebermos a dignidade de filhos” (Gl 4, 4-5). Não é que os tempos amadureceram por si, mas o amor de Deus os fez completos, quando enviou o seu Filho ao mundo. A mulher que participou de perto, em nosso nome, da realização do mistério, é a Virgem Maria. Sua aventura pessoal foi de extrema simplicidade e, por isso mesmo, decisiva profundidade! Recebeu um anúncio, cujos detalhes certamente superam a aproximação da narrativa evangélica, especialmente nos descritos de São Lucas. Acredita-se que este evangelista tenha estado bem perto de Maria, com a qual teria dialogado, para descobrir coisas que só podiam vir das fímbrias do coração da Mãe.
zenit.org

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Papa Francisco abre Porta Santa em Roma e Bento XVI é primeiro peregrino a cruzá-la.


VATICANO, 08 Dez. 15 / 10:53 am (ACI).- Ao final da Santa Missa que celebrou esta manhã na Praça de São Pedro pela solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro para dar início ao Jubileu da Misericórdia. Bento XVI, que esteve presente na celebração, foi o primeiro peregrino a entrar na Basílica pela Porta Santa.

domingo, 6 de dezembro de 2015

Papa inaugura Presépio e Árvore de Natal de Assis

Assis (RV) – Na parte da tarde deste domingo (06/12), precisamente às 18h30, hora local, o Papa Francisco vai acender e abençoar, do Vaticano, a árvore de Natal e o Presépio da praça da Basílica Inferior de São Francisco, na cidadezinha de Assis, dedicados aos migrantes.

sábado, 7 de novembro de 2015

O que você deve saber sobre o novo episódio dos Vatileaks

Roma, 05 Nov. 15 / 06:02 pm (ACI).- Durante esta semana foram publicados na Itália dois livros cujo objetivo seria colocar à prova a capacidade do Vaticano e do Papa Francisco para resistir aos escândalos.
Um dos livros que mais chamou a atenção da imprensa é “Mercenários no Templo” do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, autor do bestseller “Sua Santidade”, o qual desatou o primeiro escândalo conhecido como “Vatileaks” em 2012, e terminou com a condenação do mordomo de Bento XVI, Paolo Gabriele, por ter filtrado documentos a Nuzzi.
O segundo livro “Avareza: Documentos que revelam a riqueza, escândalos e segredos da Igreja de Francisco”, do jornalista italiano Emiliano Fittipaldi, teve uma tentativa menos pretensiosa, através da qual tentava convencer ao mundo que – surpresa! – o Vaticano tem dinheiro.
Ler “Mercenários no Templo” evoca imediatamente uma observação de George Weigel a respeito de alguns autores italianos: “A fronteira entre a realidade e a ficção no jornalismo italiano é, de fato, não uma fronteira, mas uma membrana, através da qual todo tipo de material passa em ambas as direções”.
É vendido como uma denúncia, mas lido como ficção
Assim começa o livro de Nuzzi: “Em 12 de setembro de 1978 pela tarde, o Papa João Paulo I, depois de 18 dias do seu pontificado, descobriu um poderoso lobby maçônico com 120 membros ativos dentro da Cúria… então anunciou seus planos para fazer grandes mudanças na Cúria Romana ao Cardeal Villot, mas (…) no dia seguinte, a Irmã Vincenza Taffarel encontrou o Pontífice morto em sua cama”.
O livro, que de acordo ao jornalista Nuzzi ofereceria “provas de um enorme e aparentemente imparável desvio de fundos que o Pontífice está enfrentando com valentia e determinação”, é também um livro que intercala o “assassinato” do Papa Albino Lucciani com maçons, lobbies gays, máfia italiana, corporações internacionais e vírus implantados dentro dos escritórios vaticanos.
Usando e abusando de documentos que seriam secretos, assim como conversações gravadas, Nuzzi apresenta o caso – realmente bem conhecido –, de que o Papa Francisco está decidido a pôr um fim ao mau uso de recursos, o pagamento de “trabalhos não orçamentados, realizados sem supervisão e com faturas sem fundo” e o uso das doações dos fiéis.antos e “heróis”
O segundo capítulo, em relação com o “fazedor de Santos”, começa elogiando a Mons. Lucio Angel Vallejo Balda e Francesca Chaouqui, precisamente os dois indivíduos que foram presos pelo Vaticano na última semana devido a filtração de documentos confidenciais à imprensa, talvez ao próprio Nuzzi. Vallejo Balda é apresentado como um herói neste livro, especialmente no capítulo 9.
Nuzzi mostra claramente sua falta de conhecimento dos processos no Vaticano, reclamando que "fazer um santo" tem um preço de aproximadamente 500.000 euros. “Nós então devemos considerar os custos de todos os presentes de agradecimento necessários para os prelados que são convidados às festividades e celebrações em momentos cruciais do processo, a fim de dizer umas poucas palavras sobre os fatos e milagres do futuro santo ou beato”.
Nuzzi claramente ignora a trabalhosa origem das investigações teológicas, morais, históricas e médicas requeridas a fim de assegurar que o santo tem as necessárias “virtudes heroicas” e mais tarde confirmar um milagre atribuído por meio da sua intercessão. E o mais importante, ignora que nenhum postulador de um santo – nem sequer daqueles com causas que permanecem durante algumas décadas – queixou-se alguma vez dos custos do processo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Católicos reagem ante vídeo que promove o aborto e ironiza a virgindade de Nossa Senhora



REDAÇÃO CENTRAL, 06 Nov. 15 / 07:00 pm (ACI).- “Meu corpo, minhas regras”, esse é o título de um vídeo que gerou repercussões esta semana, ao reunir atores famosos pronunciando discurso abortista. Além de promover o que defende como direito da mulher, o filme indignou a muitos ao colocar em dúvida a virgindade de Nossa Senhora, sugerindo que esta seria um erro de tradução.
O vídeo foi divulgado nesta semana, às vésperas do lançamento do filme Olmo e a Gaivota, de Petra Costa, que venceu como Melhor Longa-Metragem de Documentário no Festival do Rio 2015. Na ocasião, Costa fez um discurso dedicando a premiação às mulheres e defendendo o aborto, postura que foi alvo de críticas na internet. Segundo os produtores, foi em resposta a essas críticas que os atores se uniram para gravar o vídeo.
“Falar de gravidez é um tabu. Vem desde Nossa Senhora, que engravidou virgem. Uma gravidez sem sexo, sem corpo, sem desejo e sem medo. Sem sexo? Esse lance de virgindade (é) erro de tradução. Do hebraico pro grego, do aramaico para o hindu”, dizem os atores.
Diante dessa declaração, especificamente, católicos viram a necessidade de esclarecer a questão. Entre eles, Pe. José Eduardo de Oliveira e Silva, Professor de Teologia Moral, doutor pela Pontifícia Universidade Romana da Santa Cruz.
“Para ajudá-los em seu desconhecimento bíblico, e também para reparar a blasfêmia que cometeram contra a fé cristã, é meu dever lhes dizer que Nossa Senhora é Virgem, e isso não é um erro de tradução”, escreveu em seu Facebook.
O sacerdote cita o profeta Isaías (7,14), o qual afirma: “eis que uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. Sobre este trecho, explica que “a palavra ‘????’, ‘almah’, significa literalmente ‘donzela’, e empregava-se às moças virgens que viviam ainda com seus pais”.
Faz ainda referência ao evangelho de Mateus (1,23), “em sua versão grega”, o qual “traduz a palavra ‘almah’ por ‘παρθενος’, ‘partenos’, que, literalmente, ‘significa’ virgem”.
“O que os evangelistas queriam dizer é que aquele texto de Isaías cumpria-se literalmente no parto miraculosamente virginal de Maria, que gerava humanamente o próprio Deus encarnado em seu ventre imaculado”, explica Pe. José Eduardo.
De quem são as regras?
Um dos argumentos apresentados durante o vídeo e que dá nome ao mesmo é “meu corpo, minhas regras”, seguindo o raciocínio feminista de que a mulher tem plenos direitos sobre o seu corpo e assim poderia decidir se quer ou não dar continuidade a uma gravidez.
Segundo o Pe. José Eduardo, porém, essas regras defendidas, na verdade, vêm de fora. “São as regras dos coletivos feministas marxistas, que servem aos interesses dos Conselhos Populacionais, sucursais de Fundações Internacionais que querem a implantação de um governo mundial, e a redução da natalidade a níveis demograficamente suicidas”, postou em sua rede social.
O sacerdote indica que os envolvidos neste vídeo “venderam seus corpos a quem lhes pagou por isso”, para que eles obedecessem tal regra pensando ser deles próprios. Mas, explica que, de fato, o que acontece é que são enganados pelos promotores dessas ideias, “visto que o melhor engano é aquele em que o ludibriado se sente convicto de não sê-lo, sendo-o”.
“O pior disso é que, embora talvez vocês nunca tenham feito o aborto, algum desinformado o faça por causa de ‘suas’ regras, que não são ‘suas’, nem nunca serão ‘deles’”, observa.
Por fim, Pe. José Eduardo reflete sobre a situação do bebê, o qual em nenhum momento é considerado no vídeo.
“Sinto muito por vocês, sinto muito pelo Brasil, mas sinto muito mais pelos bebês, pois, diante de tantos ‘corpos’, parece que eles mesmos não têm aqueles que, de fato, são seus”, lamenta o padre, que completa: “Eles são os únicos sacrificados, os únicos expropriados de tudo. Eles não têm regras, não é verdade? Então devem obedecer às ‘suas’, aliás, que não são suas?”.
O que está por trás disso tudo
Em artigo intitulado “Entenda porque os atores da Globo estão em uma campanha a favor do aborto”, publicado no site da Casa Pró-vida Mãe Imaculada, Pe. Silvio R. Roberto, MIC, contextualiza a divulgação desse vídeo em relação ao cenário atual dos debates sobre aborto no Brasil.
Ele destaca que “os defensores do assassinato das crianças estão desesperados, pois sua ideologia de morte está perdendo terreno cada dia mais”.
O sacerdote explica que a legalização do aborto no Brasil é um desejo antigo da indústria abortista, que quer ampliar o seu mercado e “faturar em cima do sofrimento de crianças e mães”. Ressalta que a mídia secular anseia “pela liberação do aborto porque este contribui para o seu projeto de Revolução cultural, cujo objetivo é destruir os valores cristãos na sociedade”. Declara ainda que a ONU tem trabalhado para aprovar o aborto nos países membros, com uma “tática de manipulação da linguagem” que defende o “Direito Sexual e Reprodutivo”.
“É sabido que, segundo os planos dos abortistas e pelo montante de dinheiro por eles investido, o aborto já deveria estar legalizado no Brasil há pelo menos uma década. O partido que há mais de dez anos está no poder se comprometeu com esta legalização”, afirma.
Entretanto, observa que é crescente o número de pessoas contrárias à legalização desta prática no Brasil e, “para piorar as coisas para os abortistas, a última eleição que tivemos para o Legislativo formou uma Casa ainda mais conservadora, impedindo que a legalização do aborto passe como lei”.
Como sinal da articulação pró-vida, cita o Projeto de Lei 5.069/2013, que criminaliza o “induzimento, instigação ou auxílio ao aborto”, bem como determina a necessidade do exame de corpo de delito em caso de estupro para a autorização do aborto. Este PL foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e irá a votação no plenário da Câmara.
Por esses motivos, diz que os abortistas precisam recorrer aos filmes e campanhas publicitárias, “na tentativa de ganharem a opinião pública, sempre por meio da mentira e das meias verdades”.
“Se é verdade que a nossa luta é de Davi contra Golias, pois eles detêm a mídia, o dinheiro e a fama, nós detemos a verdade, algo que fala direto ao coração humano. Mas, assim como eles não descansam na busca de seu objetivo sórdido – o assassinato – muito mais nós – cidadãos comuns – devemos nos empenhar por um país de cultura de vida”, completa.
Também como resposta ao vídeo, a plataforma CitizenGo lançou uma petição de repúdio à esta campanha, a qual pode ser assina no site:http://www.citizengo.org/pt-pt/lf/node%3Anid%5D-repudio-campanha-abortista-atores-globais?tc=wp&tcid=17166967
Confira também:
Acusação de que PL 5.069 dificulta ajuda às vítimas de estupro é armadilha feminista.

sábado, 31 de outubro de 2015

Halloween é uma brincadeira inofensiva? De forma alguma, responde exorcista

Roma, 29 Out. 15 / 01:20 pm (ACI).- “É a grande festa do mundo do oculto, o ano novo dos satanistas, conhecido como a festa deste deus das trevas”, declarou ao canal de televisão italiano TV 2000 o Pe. Aldo Buonaiuto, sacerdote exorcista e autor do livro “Halloween. O truque do diabo”.
O presbítero expressou diante das câmaras que é importante compreender a instituição da festa de todos os Santos, feita pelo Papa Gregório IV, no dia 1º de novembro, aproximadamente no ano 834, ele a transladou do dia 13 de maio a esta data, justamente a fim de deter a tradição que chegava da Irlanda e que adora o mundo das trevas e dos mortos. este modo, destacou que atualmente tudo está relativizado, unido ao tétrico, à violência, ao horror, ao sangue e em forma de brincadeira.
“Nas escolas, eu escuto diferentes pais que nos falam de crianças que estão horrorizadas, têm pesadelos à noite e outras crianças que não entendem mais a diferença entre a vida e a morte”, lamentou o Pe. Buonaiuto.
O sacerdote exorcista apresentará seu livro “Halloween. O truque do diabo” em 29 de outubro, às 16h (hora local) na Universidade Europeia de Roma. Junto a ele, estarão Dom Matteo Maria Zuppi, Bispo auxiliar de Roma; Pe. Francesco Bamonte, Presidente da Associação Internacional de Exorcistas, entre outros especialistas. Em declarações a Interris.it, o Pe. Buonaiuto disse que o livro procura “informar, educar e prevenir os perigos, um subsídio para os pais e educadores, para os catequistas e para os sacerdotes, assim como para as crianças, de maneira que exista consciência a respeito dos significados dos símbolos ocultos e satânicos deste carnaval do horror, que não deve ser trivializado”.Sobre a tradição do “doce ou travessura” que as crianças dizem ao pediram caramelos de casa em casa no Halloween, advertiu que “esconde algo muito mais sério e preocupante do que podemos ver. No antigo culto pagão dos druidas, ‘trick or treat’, significava a ‘maldição ou sacrifício’: a obrigação de oferecer presentes aos sacerdotes do deus da morte, a fim de evitar vinganças do além”.
“Através desta conhecida moda festiva, difundem o prazer pelo horror como algo normal, a sedução de algo macabro, sentir mais atração pela morte do que pela vida. Está profanando o significado da morte. Como escrevi no livro, o truque do diabo é um doce mortal para a alma”.
Por outro lado, o sacerdote também criticou o aspecto comercial deste evento, muito seguido pelos jovens. “Na Europa, o lucro econômico com a ‘Noite de bruxas’ supera os 400 milhões de euros”, assinalou.
“Trata-se de um fenômeno daninho, no plano social, antropológico e cultural: uma proposta de valores negativos, vinculados a uma visão materialista e utilitarista da vida e do prazer. E é uma profanação da verdadeira festa, cristã, do culto aos Santos, da devoção por homens e mulheres que trataram de imitar o exemplo perfeito de Jesus no amor ao próximo e no respeito aos mandamentos divinos”.
O sacerdote exorcista Aldo Buonaiuto é antropólogo, demonólogo e coordenador do Serviço Anti-Seitas da Comunidade Papa João XXIII. Estudou filosofia e teologia no Pontifício Ateneu “São Anselmo” (Roma) e antropologia teológica no Pontifício Ateneu Teresianum (Roma).
Por Abel Camasca.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O ENEM e o controle ideológico da população

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Um exame que foi pensado como mero indicador de qualidade acadêmica transformou-se num forte instrumento de controle, inclusive ideológico, de acesso ao ensino superior. E já está sendo usado para consolidar a ideologia de gênero.
Nunca houve, na história do Brasil, um instrumento potencialmente tão completo, em termos de dominação ideológica do país, como o ENEM. De fato, ele é, hoje, basicamente a única porta de acesso a todo o ensino superior e a toda a estrutura de pós-graduação no país – vale dizer, quem não estiver preparado para demonstrar não somente qualidade acadêmica, mas também afinação com os pressupostos ideológicos que regem os elaboradores e corretores do exame está condenado a não obter vaga nas universidades, ou ao menos privar-se das universidades de maior qualidade e dos cursos mais procurados.
Não se trata de discutir se o ENEM é ou não um instrumento pedagógico tecnicamente bom. Possivelmente ele é, e isto não diz nada em seu favor: são exatamente os instrumentos bons os que são mais aptos de produzir danos enormes quando mal utilizados. Uma faca extremamente afiada é um instrumento soberbo para um bom churrasco, mas é também uma arma letal nas mãos de um assassino. Há uma confusão básica – também no campo da educação – entre ética e técnica, como se o avanço técnico da ciência pudesse influir diretamente, ou mesmo determinar, as fronteiras da ética.
Neste ponto, há que se frisar: nenhum governo autoritário do Brasil jamais dispôs de um instrumento tão completo, abrangente e eficaz, no plano do controle ideológico, como é o ENEM. Para o bem ou para o mal. Trata-se, como disse, de condicionar o acesso a todo o ensino superior à porta única de entrada que é este exame. E que, é claro, submete-se (potencialmente ao menos, senão em ato) a um grande controle ideológico sob o ângulo de certos consensos acadêmicos e midiáticos que estão bem estabelecidos, hoje, no nosso país e no mundo.
Dou um exemplo: há uma grande discussão, hoje, sobre a verdadeira noção de “identidade sexual”. Tradicionalmente, sempre se entendeu que a “identidade sexual” do ser humano é binária: somos homens e mulheres, e as exceções clínicas, raríssimas, somente confirmavam a regra. Há, é claro, (e tradicionalmente se entendia assim) o campo das tendênciasinclinaçõesdesejos e opções sexuais, mas estes não faziam parte da própria identidade sexual, da substância da pessoa humana, senão do campo dos condicionamentos e das escolhas, das opções e vivências culturais e pessoais, na riqueza da sexualidade humana. Compreendia-se que havia homens e mulheres, e que havia diversas maneiras e modos de se viver na prática a sexualidade, sem que tais maneiras e modos passassem a integrar a própria noção de identidade sexual.
De repente, embalados por estudos pretensamente científicos e suas interpretações filosóficas ou pseudoéticas, de pensadores como Wilhelm Reich, Marcuse, Simone de Beauvoir, Foucault, Shulamith Firestone ou Judith Butler, só para citar alguns, a “identidade sexual” passou a incorporar em si não somente a condição de homens e mulheres, mas as próprias tendências, escolhas, condicionamentos ou desvios, fazendo com que o lado estritamente subjetivo da sexualidade humana prevalecesse sobre a objetividade da convivência pública, e inserindo no campo da dignidade da pessoa humana a ser tutelada pelo Estado aquilo que, anteriormente, estava no âmbito da estrita variabilidade pessoal, com todo o grau de conforto ou desconforto que as situações concretas determinavam.
Brasilia, (ZENIT.org) Paulo Vasconcelos Jacobina.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Vocação missionária na família. "A família já é missionária pelo fato de existir"

Reflexão de Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

Belém do Pará,  (ZENIT.orgDom Alberto Taveira Corrêa

No domingo, no clima de valorização da família em que se realiza a Assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco canoniza um casal extraordinário, Luís e Zélia Martin, pais de Santa Teresinha do Menino Jesus. A família santa será posta em relevo, para que se realize a Palavra de Jesus: "Assim também brilhe a vossa luz diante das pessoas, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus" (Mt 5,16). Ele era relojoeiro; ela rendeira: de origem burguesa, santos por eleição. Luís Martin (1823-1894) e Zélia Guérin (1831-1877). Ambos eram filhos de militares e foram educados num ambiente disciplinado, severo, muito rigoroso. Os dois receberam educação de cunho religioso em escolas católicas. Ao terminar os estudos, Luís orientou-se para a aprendizagem do ofício de relojoeiro, não obstante o exemplo do pai, conhecido oficial do exército napoleônico. Zélia ajudava a mãe na administração da loja de família. Depois, especializou-se no "ponto de Alençon" na escola que ensinava a tecer rendas. Em poucos anos os seus esforços foram premiados: abriu uma modesta fábrica para a produção de rendas e obteve discreto sucesso. Ambos nutrem desde a adolescência o desejo de entrar numa comunidade religiosa. Ele desejou ser admitido entre os Cônegos regulares de Santo Agostinho no Grande São Bernardo, nos Alpes suíços, mas não foi aceito porque não conhecia o latim. Também ela tenta entrar nas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, mas compreende que não é a sua estrada.
A família já é missionária pelo fato de existir. O Sacramento do Matrimônio traz a graças da unidade, da fidelidade e da fecundidade e todas as forças necessárias para que edifique os outros, na missão social que lhe cabe. Pela superação contínua dos obstáculos, coragem para enfrentar as crises, educação dos filhos para os valores do Evangelho, a família planta presenças na Igreja e na Sociedade, pelo bem que seus membros podem fazer.
A família pode ser missionária quando o clima de oração e de participação na Igreja abre os corações de todos para as necessidades da Paróquia, ou quando os filhos aprendem a compartilhar os bens em benefício do esforço evangelizador da Igreja. Quando encontro crianças que saem de seus lugares na missa dominical para participarem com suas moedinhas da coleta das missões, programada para todas as celebrações do mundo inteiro, descubro a generosidade em ato, na educação para a partilha.
A Família, então, será ainda missionária quando o clima de vida cristã propiciar o surgimento de vocações para o serviço da Igreja. Por isso, pedimos que São Luís e Santa Zélia Martin rezem por nós!

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF