sábado, 19 de março de 2016
Francisco: unidade, glória e mundo para a missão
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa encontrou-se no final da manhã desta sexta-feira, (18/03), com cerca de 7 mil integrantes do Caminho Neocatecumenal, na Sala Paulo VI. Muitos dos presentes foram enviados pelo Papa em missão ad gentes. No discurso que lhes dirigiu, Francisco destacou três palavras como um mandato para a missão: unidade, glória e mundo.
Fecundidade
A Igreja não é um instrumento para nós, mas nós somos a Igreja, uma Igreja que é Mãe. Não somos um grupo que segue em frente baseando-se nas suas ideias, mas “uma Mãe que transmite a vida recebida de Jesus” – afirmou o Papa. Uma Igreja fecunda que vive na unidade radicada na fonte do Espírito Santo. Segunda palavra, Glória: “Jesus preanuncia que será ‘glorificado’ na cruz”. Mas esta não é a glória mundana dos bens e do sucesso, mas uma “glória paradoxal”, sem aplausos, que se “revela na cruz”. “Mas só esta glória torna o Evangelho fecundo” – declarou Francisco.
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Finalmente, a palavra mundo: Deus amou tanto o mundo que enviou Jesus. “Mostrai aos filhos o olhar terno do Pai e considerai um dom as realidades que encontrareis” – disse o Pontífice. No final do seu discurso, Francisco observou que a boa notícia a ser anunciada não deve ser doutrina fria e sem vida: é preciso “evangelizar como famílias, vivendo a unidade e a simplicidade, que já é um anúncio de vida, um belo testemunho”.
(rs/rb) Rádio Vaticano
sábado, 20 de fevereiro de 2016
Papa liberou os contraceptivos? Mas nem com muita zika!
Resumindo: aborto é crime, usar contraceptivos é pecado que pode ser tolerado em casos muito extremos e o Zika não é um deles – que se procure uma vacina.
By Alexandre Varela, (O CATEQUISTA).
zenit.org
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Papa e o Patriarca de Moscou: Defendamos a vida, a família e busquemos a reconciliação
Foto : O Papa Francisco e o Patriarca Kirill de Moscou / Crédito : Captura do YouTube CTV
HAVANA, 13 Fev. 16 / 12:51 pm (ACI).- O Papa Francisco e o Patriarca ortodoxo russo Kirill de Moscou assinaram ontem no aeroporto internacional José Martí de Havana (Cuba) uma declaração conjunta que ressalta a importância da defesa da vida e o valor da família tradicional, conformada por um homem e uma mulher.
Em declarações aos jornalistas, o Papa Francisco explicou que o texto “não é uma declaração política. Não é tampouco uma declaração sociológica. É uma declaração pastoral também quando fala do secularismo e de temas concretos como a manipulação genética e esse tipo de coisas”.
“Repito, é pastoral”. É o resultado do diálogo de “dois bispos que se encontram com preocupações pastorais” e “isto me deixa contente”, acrescentou o Santo Padre.
Na declaração, o Papa e o Patriarca afirmam que “a família é o centro natural da vida humana e da sociedade. Estamos preocupados com a crise da família em muitos países. Ortodoxos e católicos partilham a mesma concepção da família e são chamados a testemunhar que ela é um caminho de santidade, que testemunha a fidelidade dos esposos nas suas relações mútuas, a sua abertura à procriação e à educação dos filhos, a solidariedade entre as gerações e o respeito pelos mais vulneráveis”.
“A família funda-se no matrimônio, ato de amor livre e fiel entre um homem e uma mulher. É o amor que sela a sua união e os ensina a acolher-se reciprocamente como um dom”, acrescenta.
“Lamentamos que outras formas de convivência já estejam postas ao mesmo nível desta união, ao passo que o conceito, santificado pela tradição bíblica, de paternidade e de maternidade como vocação particular do homem e da mulher no matrimônio, seja banido da consciência pública”, indica ainda o texto assinado em ocasião histórica, onde um Romano Pontífice e o Patriarca dos Ortodoxos de Moscou se encontraram pela primeira vez em quase mil anos.
Por outro lado, ambos líderes fizeram um chamado a que se respeite “o direito inalienável à vida. Milhões de crianças são privadas da própria possibilidade de nascer no mundo. A voz do sangue das crianças não nascidas clama a Deus”.
A declaração que assinaram Francisco e o Patriarca também rechaça a eutanásia e indica que esta “faz com que as pessoas idosas e os doentes comecem a sentir-se um peso excessivo para as suas famílias e a sociedade em geral”.
“Estamos preocupados também com o desenvolvimento das tecnologias reprodutivas biomédicas, porque a manipulação da vida humana é um ataque aos fundamentos da existência do homem, criado à imagem de Deus. Consideramos nosso dever lembrar a imutabilidade dos princípios morais cristãos, baseados no respeito pela dignidade do homem chamado à vida, segundo o desígnio do Criador”, assinala a declaração que consta de 30 pontos programáticos.
Outro dos temas mais importantes do texto foi o genocídio contra os cristãos no Oriente Médio sobretudo na Síria e Iraque.
“Na Síria, no Iraque e em outros países do Oriente Médio, constatamos, com amargura, o êxodo maciço dos cristãos da terra onde começou a espalhar-se a nossa fé e onde eles viveram, desde o tempo dos apóstolos, em conjunto com outras comunidades religiosas”, expressaram.
Do mesmo modo, fizeram um chamado à comunidade internacional: “Pedimos a ação urgente da Comunidade internacional para prevenir uma nova expulsão dos cristãos do Oriente Médio. Ao levantar a voz em defesa dos cristãos perseguidos, queremos expressar a nossa compaixão pelas tribulações sofridas pelos fiéis de outras tradições religiosas, também eles vítimas da guerra civil, do caos e da violência terrorista”.
Entre os demais pontos do texto o Papa e o Patriarca Kirill pedem proteção para a liberdade religiosa, a unidade dos cristãos e a convivência harmoniosa com outras religiões, falam contra a pobreza e a miséria e deixam uma mensagem de ânimo aos jovens.
Os presentes
O Papa Francisco deu de presente ao Patriarca Kirill de Moscou um relicário que contém relíquias de São Cirilo, um dos patronos da Europa, que estavam na paróquia de São Clemente em Roma. Vale recordar que o nome Kirill em russo é o nome Cirilo em latim.
Também deu ao patriarca um cálice e uma patena feitos de prata. Estes obséquios têm gravado “Presente do Papa Francisco a Sua Santidade o Patriarca Kirill”.
O último presente foi a encíclica Laudato Si´ autografada e encadernada em couro branco.
Por sua parte o Patriarca Kirill lhe deu de presente ao Papa uma réplica da imagem da Virgem de Kazán, considerada a “Protetora da Rússia”.
acidigital
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
CNBB e Conic abrem Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016
Na Quarta-feira de Cinzas, 10 de fevereiro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) abrirão, oficialmente, a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2016, que tem como tema “Casa Comum, nossa responsabilidade” e lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24), com foco na questão do saneamento básico. A cerimônia iniciará às 10h30, na sede da CNBB, em Brasília, e será transmitida ao vivo por emissoras católicas de rádio e televisão.
Estarão presentes diversas autoridades, entre elas o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha; o presidente do Conic, Flávio Irala; o ministro das Cidades, Gilberto Kassab; o diretor geral da Misereor, Monsenhor PirmimSpiegel; e a secretária geral do Conic, pastora Romi Bencke.
Pela quarta vez, a Campanha da Fraternidade é realizada juntamente com o Conic. As outras CFEs ocorreram em 2000, 2005 e 2010. Este ano, a Campanha conta com o apoio da Misereor, entidade episcopal da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento de países da Ásia, da África e na América Latina.
O objetivo da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 é assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e debater políticas públicas e ações que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum.
Informações: (61) 2103-8313 ou pelo e-mail: imprensa@cnbb.org.br
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
Fé: melhor herança que se pode deixar, diz Papa na Casa Santa Marta
Cidade do Vaticano - (Quinta-feira, 04/01/2016, Gaudium Press) - A primeira leitura da liturgia da Santa Missa do dia de hoje, quinta-feira, 04 de fevereiro, fala da morte do Rei Davi.
E o Papa Francisco, na homilia da celebração Eucarística na Casa Santa Marta, comentou: "Toda vida tem um fim. Este é um pensamento que não gostamos muito, mas é a realidade de todos os dias", disse, para continuar em seguida:
"Pensar no último passo é uma luz que ilumina a vida, é uma realidade que devemos ter sempre diante de nós".
Davi
E o Papa Francisco, na homilia da celebração Eucarística na Casa Santa Marta, comentou: "Toda vida tem um fim. Este é um pensamento que não gostamos muito, mas é a realidade de todos os dias", disse, para continuar em seguida:
"Pensar no último passo é uma luz que ilumina a vida, é uma realidade que devemos ter sempre diante de nós".
Davi
Davi reinou sobre Israel durante 40 anos, "porém, quarenta anos também passam".
Antes de morrer, recordou o Pontífice, ele exortou seu filho Salomão a observar a Lei do Senhor.
Em vida ele foi um grande pecador, porém, ele aprendeu a pedir perdão. Reconheceu seu erro e pediu perdão.
É por isso mesmo que a Igreja o chama de "Santo Rei Davi. Pecador, mas Santo"!
Na hora da morte, ele deixa uma herança para seu filho. Ele deixa para Salomão "a herança mais bonita e maior que um homem e uma mulher podem deixar aos filhos: deixa a fé":
O ‘testamento' de Davi
O ‘testamento' de Davi
"Quando se faz o testamento, as pessoas dizem: ‘Mas a ele deixo isto, a este deixo aquilo, àquele deixo aquilo outro ...'. Sim, tudo bem, mas a mais bela herança, a maior herança que um homem, uma mulher pode deixar aos seus filhos é a fé.
E Davi faz memória das promessas de Deus, faz memória da própria fé nessas promessas e as recorda ao filho. Deixar a fé como herança.
A herança do Batismo
A herança do Batismo
Francisco comentou que na cerimônia de Batismo damos aos pais a vela acesa.
É a luz da fé, e com este gesto estamos dizendo: ‘Mantenha-a, faça-a crescer no seu filho e na sua filha e deixe-a como herança".
Deixar a fé como herança. É isso o que nos ensina Davi.
E ele morre assim, simplesmente, como cada homem. Mas ele sabe bem o que aconselhar ao filho e qual seja a melhor herança que lhe deixa: não é o reino, mas a fé! ".
Um exame de Consciência
Um exame de Consciência
O Papa concluiu com um exame de consciência: "Qual é a herança que eu deixo com a minha vida? ":
"Deixo a herança de um homem, uma mulher de fé? Aos meus deixo esta herança? Peçamos ao Senhor duas coisas: não ter medo deste último passo em nossa vida. (...) e uma segunda coisa: que todos nós possamos deixar com a nossa vida, como melhor herança, a fé, a fé neste Deus fiel, este Deus que sempre está ao nosso lado, este Deus que é Pai e jamais desilude". (JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)
(Da Redação Gaudium Press, com informações RV)
Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/76465#ixzz3zHvnCbnG
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
“Deus não quer a nossa condenação, mas a nossa salvação”
Durante a audiência geral, o Papa Francisco explica porque não pode haver justiça sem misericórdia
A catequese do Papa Francisco sobre o Ano Santo tocou um aspecto fundamental, talvez o mais discutido: Qual é a relação entre a justiça e a misericórdia?
O Papa abriu a Audiência Geral de hoje, lembrando que apenas aparentemente estas duas realidades se “contradizem”, tanto que “a Sagrada Escritura nos apresenta Deus como misericórdia infinita, mas também como justiça perfeita”. Em outras palavras, “é justamente a misericórdia de Deus que leva a cumprimento a verdadeira justiça”.
A realidade terrena, em qualquer lugar, se caracteriza por uma “justiça retributiva”, que protege se considere “vítima de uma injustiça” e se dirige ao tribunal para que seja feita justiça.
De acordo com este critério, o infrator recebe uma pena “segundo o princípio de que a cada um deve ser dado aquilo que lhe é devido. Como diz o livro dos Provérbios: “Quem pratica a justiça é destinado à vida, mas quem persegue o mal é destinado à morte” (11, 19). O Evangelho também menciona a história da viúva que ia repetidamente ao juiz e lhe pedia: ‘Faz-me justiça contra o meu adversário (cf. Lc 18,1-8).
“Este caminho – continuou o Papa – ainda não leva à verdadeira justiça, porque, na realidade, não vence o mal, mas simplesmente contém seu avanço. É, em vez disso, respondendo a ele com o bem que o mal pode ser realmente vencido”.
A Bíblia indica o “caminho mestre”, no qual a vítima evita recorrer ao tribunal e se dirige diretamente ao culpado “para convidá-lo à conversão, ajudando-o a entender que ele está fazendo mal, apelando a sua consciência”, explicou Bergoglio. Assim, reconhecido o próprio erro. Ele pode se abrir ao perdão, que lhe é oferecido”.
Francisco acrescentou que é a mesma dinâmica que caracteriza as relações familiares, “onde o ofendido ama o culpado e deseja salvar a relação que o liga ao outro”.
O caminho do perdão – reconhece o Papa – “ é um caminho difícil”, porque quem sofreu o erro precisa estar “pronto a perdoar e deseje a salvação e o bem de quem o ofendeu”, porque, se o culpado “reconhece o mal feito e deixa de fazê-lo, eis que não há mais o mal e aquele que era injusto se torna justo, porque perdoado e ajudado a reencontrar o caminho do bem”.
O Papa Francisco explicou que Deus age assim “nos confrontos de nós pecadores”. Ele “continuamente oferece o seu perdão e nos ajuda a acolhê-lo e a tomar consciência do nosso mal para poder nos libertar. De fato, Deus “não quer a nossa condenação, mas a nossa salvação”.
Alguém poderia levantar a seguinte objeção: “mas, padre, a condenação de Pilatos foi merecida?”. A verdade é que “Deus queria salvar Pilatos e também Judas”. “Ele, o Senhor da misericórdia, quer salvar todos! O problema é deixar que Ele entre nos corações”, afirmou Francisco.
No Antigo Testamento, no entanto, ouvimos o apelo à conversão que Deus diz através de Ezequiel: “Terei eu prazer com a morte do malvado? (…) mas antes com a sua conversão, de modo que tenha vida” (Ezequiel 18-23).
Deus quer que seus filhos “vivam no bem e na justiça, e portanto, vivam em plenitude e sejam felizes”. O coração de Pai “vai além do nosso pequeno conceito de justiça para nos abrir aos horizontes ilimitados da sua misericórdia. Um coração de Pai que não nos trata segundo os nossos pecados e não nos retribui segundo as nossas culpas, como diz o Salmo (103, 9-10)”.
O perdão, portanto, é um ato eminentemente ‘paterno’, tanto a nível humano quanto divino. “Por isso ser confessor é uma responsabilidade tão grande, porque aquele filho, aquela filha que vem a você procura somente encontrar um pai” disse Francisco.
Para concluir a catequese, o Pontífice se dirigiu a todos os sacerdotes, que estão no confessionário: “você está ali no lugar do Pai que faz justiça com a sua misericórdia”.
No momento das saudações finais, o Santo Padre Francisco disse aos peregrinos de língua portuguesa: “Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa. Queridos amigos, devemos deixar para trás o nosso pobre conceito de justiça e abrir o nosso coração à infinita misericórdia de Deus, que nunca se cansa de nos perdoar, para que possamos buscar a reconciliação com todos, começando pelos nossos familiares. Que Deus vos abençoe”.
zenit.org
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Angelus: Festejar o nosso Batismo significa reafirmar a nossa adesão a Jesus
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Neste domingo depois da Epifania, celebramos o Batismo de Jesus e recordamos com gratidão o nosso Batismo. Neste contexto, esta manhã batizei 26 recém-nascidos: rezemos por eles!
O Evangelho apresenta Jesus, nas águas do Rio Jordão, no centro de uma revelação divina. Escreve São Lucas: depois de receber o Batismo, o céu se abriu e desceu sobre Ele o Espírito Santo em forma corporal, como pomba. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho; eu, hoje, te gerei” (Lc 3,21-22). Jesus é consagrado e manifestado pelo Pai como o Messias salvador e libertador.
Neste evento - testemunhado por todos os quatro Evangelhos – ocorreu a passagem do Batismo de João Batista, com base no símbolo da água, ao Batismo de Jesus com o Espírito Santo e com o fogo (Lc 3,16). De fato, no Batismo cristão, o Espírito Santo é o artífice principal: “É Ele que queima e destrói o pecado original, restituindo ao batizado a beleza da graça divina; é Aquele que nos liberta do domínio das trevas, isto é, do pecado, e nos transfere para o reino da luz, ou seja, do amor, da verdade e da paz. Pensemos a qual dignidade nos eleva o Batismo! "Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato” (1 Jo 3,1), exclama o apóstolo João. Esta realidade estupenda de seremos filhos de Deus comporta a responsabilidade de seguir Jesus e reproduzir em nós mesmos os seus traços: mansidão, humildade e ternura. E isso não é fácil, especialmente se nos circunda tanta intolerância, soberba e dureza. Mas é possível com a força que nos vem do Espírito Santo!
O Espírito Santo, recebido pela primeira vez no dia do nosso Batismo, abre o nosso coração para a verdade, toda a verdade. O Espírito conduz a nossa vida no difícil, mas alegre caminho da caridade e da solidariedade para com os nossos irmãos. O Espírito nos dá a ternura do perdão divino e nos permeia com a força invencível da misericórdia do Pai. Não nos esqueçamos de que o Espírito Santo é uma presença viva e vivificante naquele que O aceita, reza em nós e nos enche de alegria espiritual.
Hoje, Festa do Batismo de Jesus, pensemos no dia do nosso Batismo. Todos nós fomos batizados, sejamos gratos por este dom. E eu pergunto: Quem sabe a data de seu batismo? Certamente não todos. Então, eu os convido a procurar a data, perguntando, por exemplo, para seus pais, seus avós, seus padrinhos ou na paróquia. É muito importante saber, porque é uma data para comemorar: é a data do nosso renascimento como filhos de Deus. Por isso, a lição de casa para esta semana: procurar a data do meu Batismo. Comemorar esse dia significa reafirmamos a nossa adesão a Jesus, com o compromisso de viver como cristãos, membros da Igreja e de uma nova humanidade, onde todos são irmãos.
A Virgem Maria, primeira discípula de seu Filho Jesus, ajude-nos a viver com alegria e zelo apostólico o nosso Batismo, recebendo a cada dia o dom do Espírito Santo, que nos faz filhos de Deus.
Zenit.org
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Papa Francisco explica na Epifania a missão da Igreja e o significado dos Reis Magos
Vaticano, 06 Jan. 16 / 11:10 am (ACI).- O Papa Francisco assegurou hoje que a missão da Igreja é anunciar o Evangelho e iluminar a vida das pessoas e dos povos. Além disso, pediu seguir a luz que conduz a Jesus e falou dos Reis Magos como “prova viva de que as sementes de verdade estão presentes em todas partes”.
Nesta manhã, o Pontífice presidiu a Missa por motivo da Solenidade da Epifania do Senhor na Basílica de São Pedro e disse: “A Igreja não pode se iludir de brilhar com luz própria”, mas deve brilhar “com a luz de Cristo”.
“Cristo é a luz verdadeira, que ilumina; e a Igreja, na medida em que permanece ancorada Nele, na medida em que se deixa iluminar por Ele, consegue iluminar a vida das pessoas e dos povos”, acrescentou.
Francisco assegurou que “todos necessitamos desta luz”, pois “anunciar o Evangelho de Cristo não é uma opção que podemos fazer dentre muitas, nem é uma profissão”.
“Para a Igreja, ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja, ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: ser iluminada por Deus e refletir a sua luz. Esse é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário, porque precisam de Cristo, precisam conhecer o rosto do Pai!”.
O Santo Padre também falou que os Reis Magos “são um testemunho vivo de como estão presentes por todo lado as sementes da verdade, pois são dom do Criador que a todos chama a reconhecê-Lo como Pai bom e fiel”.
“Os Magos representam as pessoas dos quatro cantos da terra que são acolhidas na casa de Deus. Na presença de Jesus, já não há qualquer divisão de raça, língua e cultura: naquele Menino, toda a humanidade encontra a sua unidade. E a Igreja tem o dever de reconhecer e fazer surgir, de forma cada vez mais clara, o desejo de Deus que cada um traz dentro de si”.
Em seguida, Francisco assinalou: “Como os Magos, ainda hoje há muitas pessoas que vivem com o ‘coração inquieto’, continuando a se questionar sem encontrar respostas certas. A inquietude do Espírito Santo que move o coração. Também elas andam à procura da estrela que indica a estrada para Belém”.
“Deram ouvidos a uma voz que, no íntimo, os impelia a seguir aquela luz” e a travessia que realizaram “é uma lição para nós”.
“Hoje em dia precisamos repetir a pergunta dos Reis Magos: ‘Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo’. Somos chamados, sobretudo num tempo como o nosso, a procurar os sinais que Deus oferece, cientes de que requer o nosso esforço para os decifrar e, assim, compreender a vontade divina”.
Ao finalizar, o Papa Francisco expressou: “Somos desafiados a ir a Belém encontrar o Menino e sua Mãe. Sigamos a luz que Deus nos oferece! A luz que irradia do rosto de Cristo, cheio de misericórdia e fidelidade”.
E, quando chegarmos junto d’Ele, devemos adorá-lo com todo o coração e oferecer-lhe de presente a nossa liberdade, a nossa inteligência, o nosso amor, pois aqui está a fonte daquela luz que atrai a si toda pessoa e orienta o caminho dos povos pela senda da paz” concluiu.
domingo, 20 de dezembro de 2015
Preparemo-nos para o Natal sem separar o que é divino do que é humano
Reflexões de Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará.
O Tempo do Advento vivido pela Igreja e oferecido ao mundo como apelo à conversão é cheio de ensinamentos, correspondentes às realidades de nossa fé. Séculos se passaram, gerações e gerações de homens e mulheres plantaram e alimentaram a esperança, aguardando o cumprimento das promessas de Deus. Os profetas foram arautos da benevolência de Deus, cujo carinho e cuidado se refletia na atenção com aquele povo limitado e ao mesmo tempo teimoso na expectativa da realização dos planos de Deus.
Os tempos amadureceram e Deus realizou suas promessas, de forma surpreendente para todos os atores envolvidos na magnífica trama, cujas cenas se repetem diante dos olhos do mundo, nos presépios, pinturas, filmes, encenações teatrais, todas tentativas justificadas de uma aproximação ao mistério, que supera continuamente os nossos esforços. Por mais que nos empenhemos em penetrar nas páginas dos evangelhos, sempre estas nos superarão, pois se trata de realidades pensadas desde toda a eternidade. Possuí-las completamente seria pretender-nos maiores do que o próprio Deus. Surpresas fazem parte da revelação, processo que se completou com o final da era apostólica, mas se torna dom para cada pessoa de fé. A nós, na presente geração, cabe a abertura ao mistério, deixar que o coração se abra à perene novidade de Deus. Ninguém pretenda que a Bíblia esteja fechada, mas acolha continuamente a beleza do que Deus pode e quer oferecer-nos. Basta começar a aventura que começa com a profissão de fé no amor eterno de Deus.
A plenitude dos tempos aconteceu com a vinda do Salvador do mundo, nascido de uma mulher, como ensina o Apóstolo São Paulo: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, para resgatar os que eram sujeitos à Lei, e todos recebermos a dignidade de filhos” (Gl 4, 4-5). Não é que os tempos amadureceram por si, mas o amor de Deus os fez completos, quando enviou o seu Filho ao mundo. A mulher que participou de perto, em nosso nome, da realização do mistério, é a Virgem Maria. Sua aventura pessoal foi de extrema simplicidade e, por isso mesmo, decisiva profundidade! Recebeu um anúncio, cujos detalhes certamente superam a aproximação da narrativa evangélica, especialmente nos descritos de São Lucas. Acredita-se que este evangelista tenha estado bem perto de Maria, com a qual teria dialogado, para descobrir coisas que só podiam vir das fímbrias do coração da Mãe.
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