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domingo, 3 de julho de 2016

Angelus: livrar-se da fama de poder para anunciar Cristo com coragem


Cidade do Vaticano (RV) – Milhares de fiéis se reuniram sob o forte sol romano na Praça S. Pedro para rezar com o Papa Francisco a oração mariana do Angelus.
Em sua alocução, o Pontífice comentou o Evangelho deste domingo, extraído do décimo capítulo de Lucas, que narra a necessidade de pedir a Deus operários para a sua colheita.

Os “operários” de que fala Jesus são os missionários do Reino de Deus, explicou o Papa. E sua tarefa é anunciar uma mensagem de salvação dirigida a todos, dizendo: “O Reino de Deus está próximo. De fato, acrescentou, Jesus “aproximou” Deus de nós; em Jesus, Deus reina em meio a nós, o seu amor misericordioso vence o pecado e a miséria humana.
A missão dos operários: construir e não destruir
Esta é a Boa Nova que os “operários” devem levar a todos: uma mensagem de esperança e consolação, de paz e de caridade. O Reino de Deus, prosseguiu o Papa, se constrói dia após dia, e oferece já sobre esta terra os seus frutos de conversão, de purificação, de amor e de consolação entre os homens. “É belo! Construir dia após dia este Reino de Deus. Não destruir, construir”, improvisou Francisco.
O Pontífice falou ainda com qual espírito o discípulo de Jesus deve desempenhar esta missão. Antes de tudo, consciente da realidade difícil e, às vezes, hostil que o aguarda. Com efeito, Jesus diz: “Eu os envio como cordeiros entre lobos”. “Jesus foi muito claro”, disse o Papa. “A hostilidade está na base das perseguições contra os cristãos.” Por isso, acrescentou, o operário do Evangelho se esforçará em ser livre de condicionamentos humanos de todo gênero, confiando somente na potência da Cruz de Cristo. “Isso significa abandonar qualquer motivo de vanglória pessoal, carreirismo ou fama de poder e fazer-se humildemente instrumentos da salvação.”
Alegria e coragem
“A missão do cristão no mundo é maravilhosa e destinada a todos, é uma missão de serviço, ninguém está excluído; essa requer muita generosidade e, sobretudo, o olhar e o coração dirigidos ao alto, para invocar a ajuda do Senhor.”
Para o Pontífice, há tanta necessidade de cristãos que testemunhem com alegria o Evangelho na vida de todos os dias. Pois assim regressaram os discípulos: repletos de alegria. E o Papa fez seu agradecimento aos inúmeros homens e mulheres que cotidianamente anunciam o Evangelho: sacerdotes, "párocos bons que todos nós conhecemos", missionários e missionárias. Francisco então se dirigiu à multidão e perguntou: “Quantos de vocês, jovens que estão nesta Praça, sentem o chamado do Senhor a segui-Lo? Não tenham medo! Sejam corajosos e levem aos outros esta chama do zelo apostólico que nos foi dada por esses discípulos exemplares”.
O Papa concluiu pedindo ao Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, que jamais falte à Igreja corações generosos, que trabalhem para levar a todos o amor e a ternura do Pai celeste.

Radio Vaticano

domingo, 26 de junho de 2016

Primaz católico da Inglaterra, sobre Brexit: “Uma nova passagem da história, difícil para todos”

Comunicado do Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Galles.
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Archbishop Vincent Nichols Blesses The Faithful In Westminster Cathedral - Foto: James Bradley/Wikipedia Commons.
O Primaz católico da Inglaterra e Gales, Cardeal Vincent Nichols, definiu o novo cenário político e econômico após o referendum de Brexit “Uma nova passagem da história, difícil para todos”.
“A Conferência Episcopal reza por quem está comprometido na difícil tarefa de respeitar a vontade popular, expressa nas urnas, trabalhos com respeito e civilidade, além das profundas diferenças de opiniões, e para que os mais vulneráveis sejam apoiados e protegidos sobretudo aqueles que são vítimas do tráfico humano e de pessoas sem escrúpulos que oferecem trabalhos”, disse em comunicado.
O Arcebispo de Westminster também recordou a “grande tradição democrática do Reino Unido de respeitar a vontade dos eleitores” e disse para rezar para que “as nossas nações construam sobre tradições melhores de generosidade e abertura aos estrangeiros e acolhida a quem tem necessidade de ajuda”.
O comunicado do Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Galles se conclui com uma oração, porque “devemos agora trabalhar duramente para demonstrar sermos bons vizinhos e saber contribuir com decisão aos esforços internacionais para enfrentar os problemas mais críticos de nosso mundo”. (Com informações Rádio Vaticano).
ZENIT

O que deu errado na União Europeia?

Entrevista ao filósofo Ivanaldo Santos
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No referendo de 23/06/2016 o Reino Unido decidiu se retirar da União Europeia (EU). Uma decisão histórica e que trará um futuro incerto para o Reino Unido, a EU e o mundo. De imediato o primeiro-ministro britânico, David Cameron, renunciou ao cargo. Para debater esse cenário, Zenit entrevista o filósofo Ivanaldo Santos.
***
Por que os ingleses quiseram sair da União Europeia?
Inicialmente, é necessário elogiar a atitude democrática de David Cameron que renunciou ao cargo de primeiro-ministro para evitar uma crise política. Essa atitude deveria ser seguida por governantes em países em crise, como o Brasil e a Venezuela. Na Venezuela, Nicolás Maduro deve renunciar e, com isso, abrir caminho para a superação da grave crise humanitária e política vivida pelo país.
Sobre o referendo de 23/06/2016, afirma-se que os ingleses não estão concordando com os atuais rumos da União Europeia que incluem, dentre outras coisas, forte centralização econômica, grande burocracia, desprezo pela cultura local e municipal, desvalorização das origens judaico-cristãs da Europa e fraqueza institucional.
Essa fraqueza pode ser vista, por exemplo, na pouca habilidade que a EU tem para lidar com o terrorismo. Ao contrário do que alguns analistas afirmaram, os ingleses não estão dando as costas para a Europa. Pelo contrário, estão criando um caminho alternativo para novamente fortalecer uma Europa enfraquecida moralmente, com uma população envelhecida e que não consegue, sequer, lutar contra o terrorismo.
O economista Nivaldo Cordeiro resumiu bem a decisão inglesa: “Os que querem a saída do bloco europeu não querem o isolamento econômico, querem a integração, mas sem a submissão política. Afinal, a consolidação da União Europeia significaria a renúncia à soberania e, portanto, do fundamento último da liberdade individual. Um império mundial será sempre uma ditadura e um corpo estranho para as nações e suas gentes”.
O que deu errado na União Europeia?
A União Europeia é criada em cima de duas grandes ideias:
1) Criar uma verdadeira zona de livre comércio, com fronteiras livres para produtos, trabalho e capital;
2) Criar um espaço de convivência pacífica entre os diversos povos, etnias e religiões que estão dentro do território europeu.
Com isso, acabar com séculos de guerras cruéis e, ao mesmo tempo, evitar a repetição de um genocídio de proporções mundiais, como foi o caso da Segunda Guerra Mundial.
Vale salientar que o mundo só encontrará paz se a Europa estiver em paz. Essas ideias foram perseguidas até a metade da década de 1990. A partir desse período histórico a EU muda de rumo. Passa a ser um gigantesco grupo burocrático, um super-Estado. A EU estava realizando, sem conquista militar, o sonho de ditadores como Hitler e Stalin. Sem contar que a EU vem ignorando a maioria da sua própria população, uma população de maioria cristã.
O que se tem visto nas ultimas décadas é a EU legislando em prol de uma minoria secular e ultrarradical. Com isso, a EU tem colocado em risco a ideia de democracia. A democracia não pode ser apenas – e somente isso – um governo voltado para minorias, para vanguardas culturais, é necessário que ela esteja também voltada para as maiorias, mesmo que essas maiorias desagradem às vanguardas cultuais.
Além disso, nas últimas décadas os problemas que, em tese, a EU deveria combater, pioraram. Problemas, como: desemprego, envelhecimento da população, drogas e terrorismo. A saída do Reino Unido é uma ótima porta que se abre para se repensar a estrutura e o futuro da União Europeia.
ZENIT

sábado, 25 de junho de 2016

Igreja de Brasília ganhará 9 padres neste sábado





Com muita alegria, a Arquidiocese de Brasília convida a toda a comunidade a participar da Missa de Ordenação Presbiteral que acontecerá no sábado, dia 25 de junho, às 8h30, na Catedral Metropolitana de Brasília.

O bispo ordenante da cerimônia será dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
As ordenações ocorrem anualmente, e, este ano, 9 diáconos foram eleitos para se tornarem representantes da Igreja Católica, para anunciarem aos fiéis a Boa Nova e tornarem-se presença de Cristo no meio da comunidade.

Entre os que serão ordenados, cinco são do Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima: Caio César Biacchi; Marcelo da Silva Lima; Marcus Venícius de Sousa Alcântara; Paulo Rogério Fernandes dos Santos e Remilson Sousa Rocha.
E os outros quatro são do Seminário Missionário Arquidiocesano "Redemptoris Mater": Isaac Silva Rocha; José de Paula pinto; José Fernando Monsalve Marín e Mateus Pereira de Araújo.
Arquidiocese de Brasília deseja a todos os religiosos uma santa ordenação e que Deus lhes dê a santa perseverança em Cristo.
Venha e prestigie este momento.
Aguardamos por você!

Informações:
Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima
End.: SHIS QI 17 – AE – Lago Sul - 71645-200 – Lago Sul Fone: 3366-9900

Seminário Missionário Arquidiocesano “Redemptoris Mater”
- End.: SEDB AE 01 – Lago Sul - 71675-200 Fone: 3251-1818 / 3367-4759 (Fax)
Por Gislene Ribeiro

MJ Cracóvia 2016 conta com Call Center para ajudar peregrinos

O atendimento será realizado em polonês, inglês, espanhol, italiano e francês.
Hoje, 17, o Comitê Organizador Local da JMJ Cracóvia 2016 inaugurou uma central de atendimento telefônico: um Call Center. Os consultores responderão, em cinco idiomas, a todas as perguntas referentes à JMJ.
Segundo notícia publicada no site oficial da JMJ, o atendimento será realizado em polonês, inglês, espanhol, italiano e francês. Logo após discar o número da central (+48 124 467 333)você deverá escolher o idioma. O Call Center funcionará de segunda a sexta, de 9h às 13h e de 14h às 17h, no horário local.
À medida que a JMJ se aproxima, iremos estender o horário de atendimento do Call Center”, diz Łukasz Schibowski, coordenador da central e acrescenta: “Durante os Atos Centrais da JMJ, o Call Center provavelmente irá funcionar 24 horas por dia.”
Apesar da inauguração do Call Center, a linha telefônica do Departamento de Inscrição continuará funcionando. Aqueles que estão interessados em inscrever-se para a JMJ, deverão contactar o Departamento de Inscrição.
Uma das tarefas dos consultores do Call Center é filtrar as perguntas. A maioria delas vamos responder diretamente, mas em caso de perguntas mais específicas iremos transmití-las aos departamentos correspondentes no COL”, explica Łukasz Schibowski.
Os consultores responderão às perguntas também através do correio eletrônico:
info.pl@krakow2016.com (polonês)
info.en@krakow2016.com (inglês)
info.es@krakow2016.com (espanhol)
info.it@krakow2016.com (italiano)
info.fr@krakow2016.com (francês)
Provavelmente o Call Center será encerrado em 5 de agosto. Embora a Jornada Mundial da Juventude termine em 31 de julho, muitos grupos de peregrinos ainda permanecerão em Cracóvia. Queremos ajudá-los a transitar pela cidade e ter uma volta pra casa tranquila”, esclarece Łukasz Schibowski.
Zenit

domingo, 19 de junho de 2016

JMJ 2016: Kit Peregrino é apresentado em Cracóvia

CRACÓVIA, 18 Jun. 16 / 10:00 am (ACI).- Os peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Cracóvia já sabem como estarão “equipados” para o evento. O Kit Peregrino foi apresentado na quinta-feira, 16, e traz em si um design que remete aos elementos da Jornada polonesa e à misericórdia.
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O Kit, desenhado com base no projeto vencedor de Hanna Talarek, inclui uma mochila disponível em três cores – azul, vermelha e amarela –, as quais serão atribuídas aleatoriamente. O seu desenho gráfico é a centelha da misericórdia, um dos elementos do logo da JMJ Cracóvia 2016.
Segundo a coordenadora do Setor de Design Gráfico da JMJ Cracóvia 2016, Monika Rybczy?ska, “quando a mochila estava sendo projetada, o gráfico e o formato eram o mais importante”.
“Para o gráfico – explica –, nós queríamos que nossa mensagem fosse consistente e que levasse em conta o tema da misericórdia e a centelha, que ‘sai de Cracóvia para o mundo inteiro’. É por isso que este elemento do logo estará na mochila”.Em relação ao formato, a coordenadora afirma que a preocupação principal era no que diz respeito à funcionalidade. “Chegar à forma final da mochila nos tomou quase... três meses!”, recorda.
Dentro da mochila, o peregrino encontra um terço-bracelete para rezar o Terço da Divina Misericórdia, um lenço de microfibra, um xale multifuncional para proteger do sol de julho e uma capa, caso chova.
Há ainda um guia do peregrino, um guia de Cracóvia, uma oração “Jesus eu confio em Vós”, um livro de orações “Um Livro Extraordinário sobre a Divina Misericórdia” e, dependendo do tipo de pacote escolhido, vouchers para alimentação.
Os peregrinos devem chegar a Cracóvia para a JMJ 2016 no dia 25 de julho e as atividades acontecerão de 26 a 31 de julho. As inscrições para a Jornada terminam no próximo dia 30 de junho.
AciDigital

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Irmã Lúcia: Batalha final entre Cristo e Satanás será sobre família e matrimônio

Ir. Lúcia | ACI Digital
Cidade do México, 14 Jun. 16 / 08:00 pm (ACI).- “A batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás será sobre o matrimônio e a família”, afirmou Irmã Lúcia, a vidente de Fátima, em uma longa carta enviada ao Cardeal Carlo Caffarra, Arcebispo de Bolonha (Itália), na qual advertiu também sobre os ataques que confrontarão quem defender estas duas instituições naturais.

Esta afirmação de Irmã Lúcia, expressa durante o Pontificado de São João Paulo II, foi retomada no último dia 31 de maio pelo semanário ‘Desde la Fe’, da Arquidiocese do México, em meio ao debate gerado pelo Presidente Enrique Peña Nieto, que anunciou sua intenção de promover o matrimônio homossexual neste país.
O semanário mexicano recordou as declarações que o Cardeal Caffarra fez à imprensa italiana em 2008, três anos depois do falecimento da religiosa portuguesa.
Em 16 de fevereiro de 2008, o Arcebispo italiano havia celebrado uma Missa na tumba de São Pio de Pietrelcina, logo depois da qual deu uma entrevista para a ‘Tele Radio Padre Pio’, quando lhe perguntaram acerca de uma profecia da Irmã Lúcia dos Santos que menciona a “batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás”.
O Cardeal Caffarra explicou que o contato com a religiosa foi a raiz do pedido que lhe fez São João Paulo II, quem lhe deu a missão de planejar e estabelecer o Instituto Pontifício para os Estudos do Matrimônio e da Família. No princípio deste trabalho, o Cardeal escreveu uma carta à Irmã Lúcia de Fátima através de seu bispo, pois ele não podia fazê-lo diretamente.
“Inexplicavelmente, como não esperava uma resposta, vendo que só havia pedido suas orações, recebi uma longa carta assinada por ela, a qual atualmente está nos arquivos do Instituto”, indicou o Arcebispo italiano.
“Nela encontramos escrito: ‘A batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás será a respeito do Matrimônio e da Família. Não temam, acrescentou, porque qualquer pessoa que atue a favor da santidade do Matrimônio e da Família sempre será combatida e enfrentada em todas as formas, porque este é o ponto decisivo. Depois concluiu: entretanto, Nossa Senhora já esmagou sua cabeça’”.
Fonte: ACIDigital

domingo, 12 de junho de 2016

Dia dos Namorados. “Cada pessoa prepara-se para o matrimônio, desde o seu nascimento”

Reflexão de Dom Alberto Taveira Correa, Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
No dia doze de junho se celebra o dia dos namorados, data que entrou no calendário pela benéfica influência da Igreja, com a memória de Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa, celebrada no dia treze de junho, invocado com confiança por pessoas que se sentem chamadas à vocação matrimonial e contam com sua intercessão e proteção. Ao lado de São João Batista e de São Pedro, ele figura entre os “santos de junho”, tempo em que nossas Paróquias acolhem tanta gente, prestando assim um serviço religioso e social, já que as festas são espaços privilegiados de convivência sadia, onde as famílias se sentem valorizadas e desfrutam a alegria do relacionamento fraterno. Aliás, desejamos que tais festas, realizadas com dignidade e respeito, influenciem outras comemorações que as famílias e a sociedade realizam, para maior edificação dos bons costumes.
Na Exortação Apostólica “Amoris Laetitia”, cujo conteúdo ilumina nossas reflexões sobre um tema de tamanha importância, o Papa Francisco recolheu a afirmação dos Padres Sinodais de que é preciso ajudar os jovens a descobrir o valor e a riqueza do matrimônio, para captar o fascínio de uma união plena que eleva e aperfeiçoa a dimensão social da vida, confere à sexualidade o seu sentido maior, ao mesmo tempo que promove o bem dos filhos e lhes proporciona o melhor contexto para o seu amadurecimento e educação. A realidade atual e seus desafios exigem de toda a comunidade cristã um compromisso mais forte com a preparação do matrimônio, privilegiando o testemunho das próprias famílias, e a ligação da preparação para o matrimônio no caminho da iniciação cristã, sublinhando o nexo do matrimônio com o batismo e os outros sacramentos.
Há várias maneiras legítimas de organizar a preparação próxima para o matrimônio, ensina o Papa, e cada Igreja local discernirá a que for melhor, procurando uma formação adequada que, ao mesmo tempo, não afaste os jovens do sacramento. Interessa mais dar prioridade – juntamente com um renovado anúncio do querigma – àqueles conteúdos que, comunicados de forma atraente e cordial, os ajudem a comprometer-se num percurso da vida toda “com ânimo grande e liberalidade”. Trata-se duma espécie de “iniciação” ao sacramento do matrimônio, que lhes forneça os elementos necessários para poderem recebê-lo com as melhores disposições e iniciar com uma certa solidez a vida familiar.
Além disso, convém encontrar os modos das próprias famílias dos noivos e de vários recursos pastorais – para oferecer uma preparação remota que faça amadurecer o amor deles com um acompanhamento rico de proximidade e testemunho. Habitualmente, são muito úteis os grupos de noivos e a oferta de palestras sobre temas que realmente interessam aos jovens. Mas são indispensáveis momentos personalizados, pois o objetivo principal é ajudar cada um a aprender a amar a pessoa concreta com quem pretende partilhar a vida inteira, algo que não se improvisa, nem pode ser o objetivo de um breve curso antes do matrimônio. Na realidade, cada pessoa prepara-se para o matrimônio, desde o seu nascimento. Tudo o que a família lhe deu, deveria permitir aprender da própria história e torná-la capaz de um compromisso pleno e definitivo. Os que chegam melhor preparados ao casamento são aqueles que aprenderam dos seus próprios pais o que é um matrimônio cristão, onde se escolheram um ao outro sem condições e continuam a renovar esta decisão. A honra à palavra dada, a fidelidade à promessa não se podem comprar nem vender. Não podem ser impostas com a força, nem guardadas sem sacrifício. (Cf. Amoris Laetitia 205-216)
Encontrei nesta semana um texto do conhecido Professor Felipe Aquino (6 de junho de 2016: “Relacionamentos”), no qual, a partir de sua experiência de esposo e pai de família, com largos anos de contribuição na formação de jovens e adultos, propõe dez “dicas” para um bom namoro, cujo conteúdo decidi compartilhar nesta ocasião, oferecendo-as a tantos jovens chamados a esta magnífica vocação, que é o matrimônio: Só comece a namorar com a convicção de que quer, um dia, se casar. Sem um objetivo na vida, tudo o que fazemos fica vazio; o namoro, se não tem uma meta, não tem sentido (1); Antes de começar a namorar alguém, conheça-o bem por meio de uma boa amizade. É na amizade que surge o namoro, e ela serve também como um pré-namoro. Não seja afoito, não comece a namorar só porque o outro tocou seu coração. Conheça-o primeiro (2); Faça do seu namoro um tempo de conhecimento do outro e um meio de ele conhecer você. Sem isso, não dá para saber se o namoro deve continuar ou não. Não se ama quem não se conhece. Então, cada um se revele ao outro com sinceridade (3); Não tenha medo de mostrar a sua realidade e de sua família. Se ele não o aceitar como você é, e também sua família, com todas as qualidades e defeitos, é porque não o ama de verdade (4); Faça o outro crescer. Namoro é tempo de crescer a dois, pelo fermento do amor, da renúncia e do sacrifício pelo outro. Um relacionamento, no qual ambos não crescem humana e espiritualmente, por estarem juntos, é vazio e deve acabar (5); Não deixe o egoísmo tomar conta do relacionamento, pois um casal egoísta é como duas bolas de bilhar, que só se encontram para se chocarem e se separarem. O egoísmo mata o amor e destrói o relacionamento (6); Não faça do seu namoro uma vida de casado, com vida sexual e intimidades conjugais. Amanhã, o namoro pode terminar e a marca ficará em você, sobretudo, na mulher. Só tem sentido entregar-se a alguém que, antes, colocou uma aliança em sua mão esquerda e lhe jurou amor e fidelidade até o último dia de sua vida. Não desvalorize suas decisões, seu corpo e sua vida (7); Não prenda seu namorado pelo sexo, não faça dele uma “arma”, porque a “vítima” pode ser você. Quantas ganharam uma barriga antes da hora, sem ter um berço e um teto para seu filho! Ele merece mais do que isso (8); Não tenha medo de terminar um namoro, no qual só existe briga e reclamação; não empurre o problema com a barriga. Namoro é tempo de conhecer e escolher sem pressa e sem paixão que cega a razão. É melhor chorar uma separação, hoje, do que depois de casados (9); Não deixe Deus fora do seu namoro, pois foi Ele quem nos criou, foi Ele quem instituiu o casamento entre um homem e uma mulher, e será Ele quem os unirá para sempre. Deixe que a mão forte de Cristo esteja entre as suas mãos fracas (10).
Zenit

terça-feira, 7 de junho de 2016

Papa Francisco: A oração é a pilha que faz funcionar o cristianismo

VATICANO, 07 Jun. 16 / 11:30 am (ACI).- O Papa Francisco falou acerca da oração e dos dons que cada cristão recebe e devem ser colocados ao serviço de outros e não os guardar para si mesmo.
“Quantas obras se convertem em escuras por falta de luz, por falta de oração. O que mantém, o que dá vida à luz cristã, o que ilumina é a oração”, disse.
O Santo Padre recordou que o cristão é chamado a ser luz e sal para os demais, mas, “qual é a pilha para que o cristão ilumine? Simplesmente a oração”, indicou. “Você pode fazer tantas coisas, tantas obras, inclusive obras de misericórdia, pode fazer tantas coisas grandes para a Igreja – uma universidade católica, um colégio, um hospital... – podem até fazer a você um monumento como benfeitor da Igreja. Mas se não rezar, será um pouco obscuro”.
Trata-se, portanto, da “oração de adoração ao Pai, de louvor à Trindade, a oração de agradecimento, pode ser também a oração para pedir coisas ao Senhor, mas a oração do coração é o óleo, a pilha que dá vida à luz”.
Papa Francisco celebrando a Missa na Casa Santa Marta / Foto: L'Osservatore Romano
A respeito do sal, o Pontífice explicou que “este se torna sal quando se doa. E esta é outra atitude do cristão: doar-se, dar sabor à vida dos outros, dar sabor com a mensagem do Evangelho”.
É “doar-se, não preservar a si mesmo. O sal não é para o cristão, é para doar. O cristão recebe para doá-lo, mas não para si mesmo”. Enfim, “a luz e o sal, são para os outros. A luz não ilumina a si mesma; o sal não dá sabor por si só”.
Estes dons “não acabam nunca” porque são “uma coisa que é dada como dom e continua a ser doada se continuarmos a dá-la, iluminando e dando”.
Em seguida, o Papa convidou: “Ilumina com a sua luz, mas defenda-se da tentação de iluminar a você mesmo. Isto é uma coisa feia, é um pouco como a espiritualidade do espelho: ilumino a mim mesmo. Defenda-se da tentação. Seja luz para iluminar, seja sal para dar sabor e conservar”.
“Que o Senhor nos ajude nisso, a cuidar sempre da luz, a não escondê-la, mas colocá-la em prática”. E o sal, “dar o justo, o necessário, mas doá-lo”. “Estas são as boas obras do cristão”, assegurou.
Evangelho comentado pelo Papa:
Mateus 5,13-16
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.

domingo, 5 de junho de 2016

O Brasil merece um Estatuto do Nascituro

9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto. ZENIT entrevista a Dra. Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional Brasil sem Aborto.
Cartaz 9ª Marcha Nacional
Na próxima terça-feira, 7 de junho, o Movimento Brasil sem Aborto realiza, em Brasília, a 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto. A concentração será a partir das 14h, próximo à Torre de TV, no Eixo Monumental.
Com o tema Quero Viver! Você me ajuda?, a edição deste ano pede a aprovação do Estatuto do Nascituro (PL478/2007), que define direitos da criança ainda não nascida, assim como da gestante.
A Marcha também questiona o Projeto de Lei 882/2015 e a SUG15/2014 (em tramitação no Senado Federal), além de pedir uma reforma do Código Penal que defenda a vida desde a concepção.
Para saber os detalhes sobre essas propostas, ZENIT conversou com a Dra. Lenise Garcia, presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil Sem Aborto, professora do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília, doutora em Microbiologia pela UNIFESP.
Acompanhe a entrevista:ZENIT: Dra. Lenise, por que um Estatuto do Nascituro?
Dra. Lenise Garcia: Para explicitar melhor os direitos da criança ainda não nascida, assim como da sua mãe. Já temos Estatutos da criança e do adolescente, da juventude, do idoso, até do torcedor. No ano passado, foi aprovado o Estatuto da pessoa com deficiência. São iniciativas louváveis, que reúnem em uma única lei vários direitos daquele grupo de pessoas que ali estão representadas, com suas peculiaridades. Por isso, pensamos que o Brasil merece também um Estatuto do Nascituro.
ZENIT: O Estatuto do Nascituro tramita no congresso desde 2007. Em que fase ele se encontra atualmente? Quais os próximos passos?
Dra. Lenise Garcia: O Estatuto do Nascituro (PL 478/07) já foi aprovado em duas comissões: a de Seguridade Social e Família (CSSF) e a de Finanças e Tributação (CFT). Atualmente, está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), podendo o relatório ser apresentado a qualquer momento. Sendo aprovado na CCJ, vai para apreciação do Plenário da Câmara, e depois segue para o Senado Federal.
ZENIT: Na edição do ano passado, a marcha questionou um projeto de lei que propõe a legalização do aborto no Brasil. Qual a situação atual dessa proposta no Congresso?
Dra. Lenise Garcia: O PL 882/2015 é quase uma cópia do PL 1185/91, rejeitado por ampla maioria pelo Congresso e sepultado há anos. Ele busca abrir amplas portas para o aborto. Usa de um subterfúgio para não mostrar o seu verdadeiro propósito, porque traz em seu Artigo 11:
“Toda mulher tem o direito a decidir livremente pela interrupção voluntária de sua gravidez durante as primeiras doze semanas do processo gestacional”, o que já é uma proposta muito grave, uma vez que a vida humana deve ser protegida desde a concepção. Entretanto, o Artigo 19 revoga os Artigos 124, 126 e 128 do atual Código Penal, fazendo com que o aborto deixe de ser crime, em qualquer circunstância, exceto quando realizado contra a vontade da gestante. Na prática, o aborto estaria permitido em qualquer idade gestacional e sob qualquer justificativa, já que tudo o que não é proibido é permitido.
ZENIT: O Movimento Brasil sem Aborto também questiona a chamada SUG 15/2014, que tramita no Senado Federal. A senhora pode nos explicar os detalhes dessa proposta?
Dra. Lenise Garcia: Essa é uma proposta que pede a realização de aborto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até 12 semanas de gestação, bastando para isso a vontade da gestante. Foi feita usando a página e-cidadania, do Senado, com o apoio de 20 mil pessoas, pelo menos em teoria. Digo isso porque os dados estão sendo questionados, por apresentarem possíveis nomes falsos. Todos os cidadãos estão chamados à participação, e podem se envolver nos debates que ocorrem nessa página do Senado.
ZENIT: E qual a situação atual da SUG 15/2014?
Dra. Lenise Garcia: Será analisada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O relator, senador Magno Malta, solicitou a realização de várias audiências públicas, nas quais tivemos também a oportunidade de participar. O site do Brasil sem Aborto abriu uma página específica para acompanhar esse debate, na qual se podem ver as audiências que já ocorreram e ter atualizações sobre o andamento da proposta: http://brasilsemaborto.org/sug-152014/.  A perspectiva é de que o relatório seja apresentado no início do segundo semestre.
ZENIT: Outra preocupação do Movimento é a reforma do Código Penal, no que diz respeito aos artigos que tratam do aborto. Qual o momento atual do projeto e quais as alterações foram propostas?
Dra. Lenise Garcia: A proposta inicial, feita por uma comissão de juristas, trazia muitas aberturas para o aborto. O substitutivo aprovado, de autoria do relator Pedro Taques, modificou para melhor esse aspecto, mantendo o código atual, com um acréscimo que pretende atender ao que foi aprovado no Supremo Tribunal Federal (STF), incorporando a não punição ao aborto no caso de anencefalia. Agora, o projeto deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas encontra-se sem relator desde o início desta legislatura.
ZENIT: Dra. Lenise, o Movimento Brasil sem Aborto completa neste ano 10 anos de existência. Como a senhora avalia a trajetória do movimento? 
Dra. Lenise Garcia: Temos que agradecer aos diferentes grupos e às diversas iniciativas em favor da vida que têm colaborado para a nossa atuação e desenvolvimento. Para mim, foram anos de muito aprendizado. Penso que pudemos dar, como movimento, nossa contribuição para o debate e para o esclarecimento da população sobre os direitos humanos desde a concepção. Surgiram núcleos bastante atuantes em vários estados e esperamos que cidadãos de todo o Brasil continuem a se envolver com a causa da vida. No dia 12 de julho, vamos comemorar os 10 anos do movimento com duas atividades no Congresso Nacional, para as quais todos já estão convidados. Oportunamente, colocaremos os dados em nosso site.
ZENIT: Uma das principais frentes de trabalho do Movimento é a realização das Marchas pela Vida em várias cidades. Como tem sido essa mobilização?
Dra. Lenise Garcia: No ano passado, tivemos marchas em 12 cidades. Algumas fotos e informações podem ser vistas em  http://brasilsemaborto.org/2015/12/29/retrospectiva-2015-marchas-pela-vida-se-espalham-pelo-brasil/
ZENIT: E as expectativas para o futuro?
Dra. Lenise Garcia: Continuar as nossas atividades, com a formação da juventude, as manifestações públicas e a atuação junto a nossos representantes no Congresso Nacional. Esperamos cada vez mais não termos que nos preocupar com os ataques aos direitos do nascituro, para nos envolvermos em pautas positivas em favor das crianças e de suas mães.
Serviço:
9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto
Data: 7 de junho
Horário: 14h (concentração próximo à Torre de TV)
Local: Esplanada dos Ministérios
Mais informações: http://brasilsemaborto.org/
Material de divulgação:

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF