Pe. Mario Pezzi e Carmen Hernández / Foto: Daniel Ibañez (ACI Prensa)
MADRI, 22 Jul. 16 / 01:00 pm (ACI).- A Missa de funeral de Carmen Hernández, iniciadora do Caminho Neocatecumenal com Kiko Argüello, reuniu milhares de pessoas na Catedral de Madri e, na cerimônia, Padre Mario Pezzi, também membro da equipe responsável pelo movimento em todo o mundo, destacou que, “do céu, não nos deixará e continuará nos ajudando”.
A cerimônia, presidida pelo Arcebispo da capital da Espanha, Dom Carlos Osorio Sierra, foi vivida com profunda reverência e esperança na ressurreição de Cristo.
No final do funeral, o sacerdote pronunciou algumas emotivas palavras de agradecimento. “É a primeira vez na história que uma realidade eclesial é fundada por um homem e uma mulher que estiveram colaborando constantemente juntos”, afirmou.
Sobre Carmen Hernández, o presbítero destacou que “foi apaixonada por Deus e Deus por ela, porque desde de pequena, conquistou-lhe o coração. Quis ir como missionária para a Índia e acho que uma vez fugiu de casa para ir”.
“Foi providencial para o Caminho quando encontrou Kiko e começou esta aventura que os últimos Papas definiram como ‘dom do Espírito Santo’, não um projeto de homens”.
“Ela colaborou com Kiko facilitando-lhe a renovação do Concílio Vaticano II, que se baseia sobretudo no tripé ‘liturgia, Palavra de Deus eIgreja’”, assinalou.
O sacerdote assegurou que ela “transmitiu a Kiko toda a riqueza do Concílio, sobretudo os movimentos litúrgicos bíblicos e patrísticos, porque estudava e pesquisava muito e Kiko plasmou no Caminho, com suas etapas”.
O Pe. Pezzi disse também que Carmen “lutou muito pelo que era fundamental para o Caminho: a vigília Pascal – celebrada durante toda a noite – e a Eucaristia em pequena comunidade”.
Além disso, recordou que foi ela quem “lutou para que o Caminho não fosse aprovado como uma associação de leigos, mas sim como uma iniciação cristã de adultos nas paróquias que recupera a riqueza do batismo”.
Por último, explicou que “Kiko e Carmen estavam enraizada no amor de Deus, e essa liberdade de relação ajudou muitas mulheres, porque o amor, como disse Bento XBI e agora o Papa Francisco, é respeito pela alteridade; não há amor sem liberdade e sem verdade, e isso ajudou muitas mulheres a descobrirem que sua vocação é a vida consagrada”. “Do céu, não nos deixará e continuará nos ajudando”, concluiu.
Por sua parte, em declarações ao Grupo ACI, o iniciador do Caminho, Kiko Argüello, disse também que, “graças a ela, conhecemos a renovação do Concílio, a Vigília Pascal... ela conheceu um dos melhores liturgistas de Espanha, que estava em contato com o Concílio e, por isso, levou o Caminho a tudo isso”.
“Carmen era muito livre, muitas mulheres no Caminho dizem que graças a ela se sentiram orgulhosas de ser mulher, para ela parresia. São João Paulo II a escutava muito”, afirmou.
Argüello também disse que “ela foi quem pediu para ajudar os conventos de clausura pela escassez de vocações e teve precisamente a ideia de pedir vocações para a clausura nos encontros que fazemos as vezes. Há mais de 4.000 irmãs do Caminho que entraram em algum mosteiro”.
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