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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Discurso do Papa Francisco na Via Sacra da JMJ Cracóvia 2016

CRACÓVIA, 29 Jul. 16 / 02:41 pm (ACI).- No Parque Jordan e acompanhado por centenas de milhares de jovens, o Papa Francisco presidiu a Via Sacra da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Cracóvia 2016.

A seguir, o discurso completo do Santo Padre:
«Tive fome e destes-me de comer,
tive sede e destes-me de beber,
era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir,
adoeci e visitastes-me,
estive na prisão e fostes ter comigo» (Mt 25, 35-36).
Estas palavras de Jesus vêm ao encontro da questão que muitas vezes ressoa na nossa mente e no nosso coração: «Onde está Deus?» Onde está Deus, se no mundo existe o mal, se há pessoas famintas, sedentas, sem abrigo, deslocadas, refugiadas? Onde está Deus, quando morrem pessoas inocentes por causa da violência, do terrorismo, das guerras? Onde está Deus, quando doenças cruéis rompem laços de vida e de afeto? Ou quando as crianças são exploradas, humilhadas, e sofrem – elas também – por causa de graves patologias? Onde está Deus, quando vemos a inquietação dos duvidosos e dos aflitos na alma? Há perguntas para as quais não existem respostas humanas. Podemos apenas olhar para Jesus, e perguntar a Ele. E a sua resposta é esta: «Deus está neles», Jesus está neles, sofre neles, profundamente identificado com cada um. Está tão unido a eles, que quase formam «um só corpo».
Foi o próprio Jesus que escolheu identificar-Se com estes nossos irmãos e irmãs provados pelo sofrimento e a angústia, aceitando percorrer o caminho doloroso para o calvário. Ao morrer na cruz, entrega-Se nas mãos do Pai e leva consigo e em Si mesmo, com amor de doação, as chagas físicas, morais e espirituais da humanidade inteira. Abraçando o madeiro da cruz, Jesus abraça a nudez e a fome, a sede e a solidão, a dor e a morte dos homens e mulheres de todos os tempos. Nesta noite, Jesus e nós, juntamente com Ele, abraçamos com amor especial os nossos irmãos sírios, que fugiram da guerra. Saudamo-los e acolhemo-los com fraterno afeto e simpatia.
Hoje a humanidade precisa de homens e mulheres, particularmente jovens como vós, que não queiram viver a sua existência «a metade», jovens prontos a gastar a vida no serviço gratuito aos irmãos mais pobres e mais vulneráveis, à imitação de Cristo que Se doou totalmente a Si mesmo pela nossa salvação. Perante o mal, o sofrimento, o pecado, a única resposta possível para o discípulo de Jesus é o dom de si mesmo, até da própria vida, à imitação de Cristo; é a atitude do serviço. Se alguém, que se diz cristão, não vive para servir, não serve para viver. Com a sua vida, renega Jesus Cristo.
Nesta noite, queridos jovens, o Senhor renova-vos o convite para vos tornardes protagonistas no serviço; Ele quer fazer de vós uma resposta concreta às necessidades e sofrimentos da humanidade; quer que sejais um sinal do seu amor misericordioso para o nosso tempo! Para cumprir esta missão, Ele aponta-vos o caminho do compromisso pessoal e do sacrifício de vós próprios: é o Caminho da cruz. O Caminho da cruz é o caminho da felicidade de seguir a Cristo até ao fim, nas circunstâncias frequentemente dramáticas da vida diária; é o caminho que não teme insucessos, marginalizações ou solidões, porque enche o coração do homem com a plenitude de Jesus. O Caminho da cruz é o caminho da vida e do estilo de Deus, que Jesus nos leva a percorrer mesmo através das sendas duma sociedade por vezes dividida, injusta e corrupta.
O Caminho da cruz é o único que vence o pecado, o mal e a morte, porque desemboca na luz radiosa da ressurreição de Cristo, abrindo os horizontes da vida nova e plena. É o Caminho da esperança e do futuro. Quem o percorre com generosidade e fé, dá esperança e futuro à humanidade.
Naquela Sexta-feira Santa, queridos jovens, muitos discípulos voltaram tristes para suas casas, outros preferiram ir para a casa da aldeia a fim de esquecer a cruz. Pergunto-vos: Nesta noite, como quereis tornar às vossas casas, aos vossos locais de alojamento? Nesta noite, como quereis voltar a encontrar-vos com vós mesmos? Cabe a cada um de vós dar resposta ao desafio desta pergunta.
AciDigital

Papa visita “cela da fome”, onde São Maximiliano Kolbe morreu


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Papa Francisco reza em frente ao “muro da morte” em Auschwitz


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Papa Francisco reza em silêncio no campo de concentração de Auschwitz


AciDigital

domingo, 24 de julho de 2016

JMJ ao vivo no YouTube em VaticanBR


Cidade do Vaticano (RV) – A redação brasileira prepara uma série de transmissões especiais durante a visita do Papa à Polônia.
Todas as transmissões extraordinárias da Rádio Vaticano irão ao ar também ao vivo no YouTube.
Inscreva-se em nosso canal VaticanBR para receber os alertas antes do início das transmissões para seguir de perto o encontro de Francisco com a juventude mundial.
playlist com as transmissões já está publicada. Os horários podem sofrem alterações sem prévio aviso.
Ao todo, serão  13 transmissões especiais: entre elas, a visita do Papa aos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Birkenau, a Vigília de Oração com os jovens e a Missa de Encerramento – na qual o Pontífice anunciará a cidade-sede da próxima Jornada Mundial da Juventude.
Acesse a lista completa da programação no horário de Brasília.
(rb)
Radio Vaticano

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Do céu, Carmen Hernández seguirá ajudando o Caminho, afirma Pe. Mario Pezzi

Pe. Mario Pezzi e Carmen Hernández / Foto: Daniel Ibañez (ACI Prensa)
MADRI, 22 Jul. 16 / 01:00 pm (ACI).- A Missa de funeral de Carmen Hernández, iniciadora do Caminho Neocatecumenal com Kiko Argüello, reuniu milhares de pessoas na Catedral de Madri e, na cerimônia, Padre Mario Pezzi, também membro da equipe responsável pelo movimento em todo o mundo, destacou que, “do céu, não nos deixará e continuará nos ajudando”.

A cerimônia, presidida pelo Arcebispo da capital da Espanha, Dom Carlos Osorio Sierra, foi vivida com profunda reverência e esperança na ressurreição de Cristo.
No final do funeral, o sacerdote pronunciou algumas emotivas palavras de agradecimento. “É a primeira vez na história que uma realidade eclesial é fundada por um homem e uma mulher que estiveram colaborando constantemente juntos”, afirmou.
Sobre Carmen Hernández, o presbítero destacou que “foi apaixonada por Deus e Deus por ela, porque desde de pequena, conquistou-lhe o coração. Quis ir como missionária para a Índia e acho que uma vez fugiu de casa para ir”.
“Foi providencial para o Caminho quando encontrou Kiko e começou esta aventura que os últimos Papas definiram como ‘dom do Espírito Santo’, não um projeto de homens”.
“Ela colaborou com Kiko facilitando-lhe a renovação do Concílio Vaticano II, que se baseia sobretudo no tripé ‘liturgia, Palavra de Deus eIgreja’”, assinalou.
O sacerdote assegurou que ela “transmitiu a Kiko toda a riqueza do Concílio, sobretudo os movimentos litúrgicos bíblicos e patrísticos, porque estudava e pesquisava muito e Kiko plasmou no Caminho, com suas etapas”.
O Pe. Pezzi disse também que Carmen “lutou muito pelo que era fundamental para o Caminho: a vigília Pascal – celebrada durante toda a noite – e a Eucaristia em pequena comunidade”.
Além disso, recordou que foi ela quem “lutou para que o Caminho não fosse aprovado como uma associação de leigos, mas sim como uma iniciação cristã de adultos nas paróquias que recupera a riqueza do batismo”.
Por último, explicou que “Kiko e Carmen estavam enraizada no amor de Deus, e essa liberdade de relação ajudou muitas mulheres, porque o amor, como disse Bento XBI e agora o Papa Francisco, é respeito pela alteridade; não há amor sem liberdade e sem verdade, e isso ajudou muitas mulheres a descobrirem que sua vocação é a vida consagrada”. “Do céu, não nos deixará e continuará nos ajudando”, concluiu.
Por sua parte, em declarações ao Grupo ACI, o iniciador do Caminho, Kiko Argüello, disse também que, “graças a ela, conhecemos a renovação do Concílio, a Vigília Pascal... ela conheceu um dos melhores liturgistas de Espanha, que estava em contato com o Concílio e, por isso, levou o Caminho a tudo isso”.
“Carmen era muito livre, muitas mulheres no Caminho dizem que graças a ela se sentiram orgulhosas de ser mulher, para ela parresia. São João Paulo II a escutava muito”, afirmou.
Argüello também disse que “ela foi quem pediu para ajudar os conventos de clausura pela escassez de vocações e teve precisamente a ideia de pedir vocações para a clausura nos encontros que fazemos as vezes. Há mais de 4.000 irmãs do Caminho que entraram em algum mosteiro”.
Acidigital

quarta-feira, 20 de julho de 2016

CARMEN HERNANDEZ 1936 - 2016

Palavras de Carmen JMJ Rio 2013

Falece Carmen Hernández, iniciadora do Caminho Neocatecumenal


                                     Crédito: ©Caminho Neocatecumenal

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Jul. 16 / 08:00 pm (ACI).- Carmen Hernández, iniciadora do Caminho Neocatecumenal com Kiko Argüello, faleceu hoje em sua casa em Madrid, Espanha, aos 85 anos.
Hernández, nascida em 24 de novembro de 1930 na localidade de Ólvega, em Soria (Espanha), formava com Kiko Argüello e Pe. Mario Pezzi a equipe internacional responsável por esse importante movimento eclesial.
Seu estado de saúde havia se deteriorado consideravelmente no último ano e meio, sem que lhe fosse diagnosticada nenhuma doença específica.
Sobre a morte de Carmen Hernández, Kiko Argüello afirma em um comunicado: “Tenho a alma dolorida, porque já não está conosco. Mas, a fé me ajuda e me afirma que está com Cristo. Rezem por ela”.
“Para mim, foi comovedor que (Carmen) tenha esperado que eu chegasse, beijasse-a e lhe dissesse ‘Ânimo’. E depois de lhe dar um beijinho, faleceu”, relata.
A última vez que Carmen foi vista em público foi em 18 de março, na audiência que o Papa Francisco concedeu às famílias missionárias do Caminho Neocatecumenal.
O Santo Padre falou com ela por telefone em 1º de julho, durante uma audiência com Kiko Argüello e Pe. Mario Pezzi.

O funeral de Carmen Hernández será realizado na Catedral de Almudena, em Madri.
Acidigital.

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF