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sábado, 8 de abril de 2017

São João Batista de La Salle, padroeiro dos educadores

S. João Batista de La Salle | ACI Digital
REDAÇÃO CENTRAL, 07 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- “A graça que lhes concedeu de ensinar as crianças, de anunciar-lhes o Evangelho e de educar seu espírito religioso é um grande dom de Deus”, dizia São João Batista de La Salle, fundador dos Irmãos das Escolas Cristãs (Irmãos Lasallistas) e padroeiro dos educadores. Sua festa é celebrada neste dia 7 de abril.

São João Batista de La Salle nasceu em Reims (França), em 1651, em uma família rica. Desde pequeno desejou ser sacerdote. Graduou-se como professor em Artes e ingressou no Seminário de São Sulpício, em Paris. Aos 19 anos, morreram seus pais e assumiu a responsabilidade de educar seus irmãos mais novos.
Foi ordenado sacerdote aos 27 anos. Com o tempo, parecia que ocuparia altos cargos eclesiásticos, mas via que Deus o chamava aos mais pobres. Foi assim que começou a se reunir com um grupo de professores, dando-lhes formação humana, pedagógica e cristã.
o dia 24 de junho de 1681, João Batista de La Salle e seus professores iniciaram uma vida em comunidade em uma casa alugada, marcando o nascimento dos Irmãos das Escolas Cristãs.
Dentro de suas reformas na educação, o santo introduziu o ensino de crianças em grupo, já que até esse momento se instruía a cada um separadamente; iniciou uma escola gratuita em Paris para rapazes pobres e fundou universidades em Reims e Saint-Denis para formar professores.
Nessa época, houve uma terrível fome na França e o santo repartiu todos os seus bens para ajudar os necessitados.
Em 1686, oito de seus seguidores emitiram seus primeiros votos na companhia que São João Batista fundou e, em 15 de agosto, consagrou sua comunidade à Virgem Maria.
Costumava viajar a pé solicitando alojamento e alimento. Sua batina e seu manto eram tão pobres e descoloridos, diziam, que nem um indigente os aceitaria como doação.
Passava muitas horas em oração e insistia aos membros de sua comunidade que aquilo que confere mais êxito no trabalho de um educador é orar, dar bom exemplo e tratar todos como Cristo recomendou no Evangelho: “fazendo a outros todo o bem que desejamos que nos façam”.
Em 7 de abril de 1719, Sexta-feira Santa, partiu para a Casa do Pai. Suas últimas palavras foram: “Adoro em tudo a vontade de Deus para comigo”. Foi canonizado em 24 de maio de 1900 e, em 15 de maio de 1950, foi nomeado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores”, pelo Papa Pio XII.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

São Vicente Ferrer, que ajudava os casais em crise com água benta

S. Vicente Ferrer | ACI Digital
REDAÇÃO CENTRAL, 05 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- “Se desejas, portanto, ser útil às almas do próximo, começa por recorrer a Deus com todo o coração e pede-Lhe com simplicidade que Se digne infundir em ti a caridade”, dizia São Vicente Ferrer, cuja festa é celebrada neste dia 5 de abril e que costumava dar um presente especial às esposas que brigavam muito com seus maridos.

São Vicente Ferrer nasceu em Valência (Espanha), em 1350. Foi membro da Ordem dos Pregadores. Dedicou-se ao ensino de teologia e filosofia.
Combateu com empenho a divisão da Igreja no cisma do ocidente. Recorreu várias comarcas pregando, obtendo muitas conversões e reforma nos costumes dos povos.
Partiu para a Casa do Pai em 5 de abril de 1419, em Vannes (França), onde seu corpo é venerado. Foi canonizado por Calisto III em 1455. Há grande devoção a ele na Europa e na América.
São Vicente Ferrer costumava presentear as senhoras que brigavam muito com seus maridos com um pequeno frasco com água benta e as aconselhava: “Minha senhora, quando seu esposo chegar do trabalho, encha a boca de água e permaneça assim o maior número de minutos que puder. Assim não lhe será difícil não responder aos insultos dele”.
Esta famosa “água de Frei Vicente” ajudava muito as famílias, porque a mulher, ao não poder contestar o marido, não havia brigas.
Talvez em muitos lares se viva este belo costume de se calar enquanto o outro ofende, porque o que produz a briga não é a palavra ofensiva que se ouve, mas a palavra ofensiva que se responde.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Ser humano, centro da criação

Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar na edição de hoje da relação entre o tema da Campanha da Fraternidade 2017 e os documentos conciliares.
Qual a abrangência e a amplitude do cuidado pela criação, nossa "casa comum", a que somos chamados a fazer? Quem nos explica, é o Padre Gerson Schmidt, incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre e que tem nos acompanhado no período da Quaresma nas reflexões deste nosso espaço dedicado ao Concílio Vaticano II:
"Dentro do resgate histórico que fazemos dos documentos conciliares, estamos fazendo uma ponte aqui da GS, que aponta a missão da Igreja no mundo, com a temática da CF 2017, a casa comum onde nós vivemos que deve ser cuidada e preservada como realmente a “nossa” casa, o chão de nossa história salvífica.
A Igreja não pode descuidar dos problemas do mundo. Bem por isso, deve zelar pelo ambiente em que vive e mergulha na sua missão evangelizadora. Se cuidamos da casa que é o mundo, cuidamos do próprio ser humano. Se cuidamos do ser humano, a casa se ajeita, se arruma, ficará automaticamente reorganizada. A bagunça no mundo existe porque o ser humano está bagunçado e vice-versa.
Bento XVI, em forma de exortação, diz assim na Encíclica Caritas in Veritate, número 51: “A Igreja sente o seu peso de responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também em público. Ao fazê-lo, não tem apenas de defender a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos, mas deve, sobretudo, proteger o homem da destruição de si mesmo. Requer-se uma espécie de ecologia do homem, entendida no justo sentido. De fato, a degradação da natureza está estreitamente ligada à cultura que molda a convivência humana: quando a ‘ecologia humana’ é respeitada dentro da sociedade, beneficia também a ecologia ambiental”.
Portanto, defender a natureza, a ecologia, nessa temática da Campanha da Fraternidade, é também a defesa do próprio homem na sua dignidade e autenticidade mais genuína. A ideologia do gênero deturpa o ser humano. Faz dele um transumano, um ciborgue, como afirmou um filósofo Francês, Fabrice Hadjadj: “A partir da ideologia do gênero a sociedade caminha para o transumano, isto é, para um humano potenciado pelas novas tecnologias. Na verdade, porém, isso não passaria de um androidismo ou de um ciborguismo”¹.
Já afirmava o Papa João Paulo II na Encíclica Centesimus Annus, número 38: “Além da destruição irracional do ambiente natural, é de recordar aqui outra ainda mais grave, qual é a do ambiente humano, a que se está ainda longe de prestar a necessária atenção. Enquanto justamente nos preocupamos, apesar de bem menos do que o necessário, em preservar o «habitat» natural das diversas espécies animais ameaçadas de extinção, porque nos damos conta da particular contribuição que cada uma delas dá ao equilíbrio geral da terra, empenhamo-nos demasiado pouco em salvaguardar as condições morais de uma autêntica «ecologia humana». Não só a terra foi dada por Deus ao homem, que a deve usar respeitando a intenção originária de bem, segundo a qual lhe foi entregue; mas o homem é doado a si mesmo por Deus, devendo por isso respeitar a estrutura natural e moral, de que foi dotado. Neste contexto, são de mencionar os graves problemas da moderna urbanização, a necessidade de um urbanismo preocupado com a vida das pessoas, bem como a devida atenção a uma «ecologia social» do trabalho”.
Na Encíclica Laudato Si, que está por detrás dessa temática ecológica da CF, o Papa Francisco afirma assim no número 115: O antropocentrismo moderno acabou, paradoxalmente, por colocar a razão técnica acima da realidade, porque este ser humano “já não sente a natureza como norma válida nem como um refúgio vivente. Sem se pôr qualquer hipótese, vê-a, objetivamente, como espaço e matéria onde realizar uma obra em que se imerge completamente, sem se importar com o que possa suceder a ela”². Assim debilita-se o valor intrínseco do mundo. Mas, se o ser humano não redescobre o seu verdadeiro lugar, compreende-se mal a si mesmo e acaba por contradizer a sua própria realidade".
Rádio Vaticano

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Papa Francisco: “Todos somos pecadores e podemos cair na corrupção”

Papa Francisco na Missa celebrada na Casa Santa Marta. Foto: L'Osservatore Romano
VATICANO, 03 Abr. 17 / 10:00 am (ACI).- Na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta, o Papa Francisco recordou que “todos somos pecadores” e que devemos evitar cair na corrupção que nos leva ao pecado.
“A única mulher que não tem pecado é Nossa Senhora”, assinalou o Santo Padre, que comentou o fragmento do Evangelho de São João, no qual os escribas e fariseus levam diante de Jesus uma mulher acusada de adultério, à qual queriam apedrejar. Mas, Jesus lhe salvou a vida e perdoou os pecados.
Comentou também o fragmento do livro de Daniel, na qual os anciãos e juízes do povo condenaram à morte Susana, acusando-a falsamente de adultério.
“Sempre existiram no mundo juízes corruptos. Existem também hoje em todas as partes do mundo. Por que a corrupção chega a uma pessoa?”, perguntou-se.
O Pontífice explicou que uma coisa é o pecado e outra a corrupção que conduz ao pecado. Porque a atitude do pecador pode ser a de dizer: “Porque uma coisa é o pecado: Eu pequei, escorreguei, sou infiel a Deus, mas procuro não fazer mais ou procuro me ajeitar com o Senhor ou pelo menos sei que isso não é bom. Outra é a corrupção. Existe corrupção quando o pecado entra, entra na consciência e não deixa lugar nem mesmo para o ar”.
No caso dos escribas e fariseus que levam a mulher adúltera a Jesus: “Jesus diz poucas coisas. Diz: ‘Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra’. E à pecadora diz: Eu não te condeno. Não peques mais”.
“Esta é a plenitude da lei, não a dos escribas e fariseus que tinham a mente corrompida, fazendo várias leis sem deixar espaço à misericórdia. Jesus é a plenitude da lei e Jesus julga com misericórdia”.
“Nós também – concluiu o Papa Francisco – julgamos no coração os outros. Somos corruptos? Ou ainda não? Parem. Paremos e olhemos Jesus que sempre julga com misericórdia: Eu também não te condeno. Podes ir em paz, e não peques mais”.
Evangelho comentado pelo Papa Francisco
João 8,1-11
Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”
Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.
E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé. Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.
Acidigital

domingo, 2 de abril de 2017

Quinto Domingo da Quaresma



REDAÇÃO CENTRAL, 02 Abr. 17 / 06:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 2 de abril o quinto Domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje, retirado de João 11,3-7.17.20-27.33b-45, traz a história da ressurreição de Lázaro, apresentando questões como o dom da vida, a fé e a ressurreição.
No texto, ao falar com Marta, Cristo afirma: “Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?”. Frase que neste dia dirige a cada um e leva a refletir.
A seguir, leia o Evangelho deste quinto Domingo da Quaresma:
Naquele tempo, as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: “Senhor, aquele que amas está doente”.
Ouvindo isto, Jesus disse: “Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”.
Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e de Lázaro. Quando ouviu que este estava doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava. Então, disse aos discípulos: “Vamos de novo à Judeia”.
Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias. Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”.
Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”.
Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”.
Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?”
Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
Jesus ficou profundamente comovido e perguntou: “Onde o colocastes?”
Responderam: “Vem ver, Senhor”. E Jesus chorou. Então os judeus disseram: “Vede como ele o amava!”
Alguns deles, porém, diziam: “Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito com que Lázaro não morresse?”
De novo, Jesus ficou interiormente comovido. Chegou ao túmulo. Era uma caverna, fechada com uma pedra. Disse Jesus: “Tirai a pedra!”
Marta, a irmã do morto, interveio: “Senhor, já cheira mal. Está morto há quatro dias”.
Jesus lhe respondeu: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?”
Tiraram então a pedra. Jesus levantou os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te dou graças porque me ouviste. Eu sei que sempre me escutas. Mas digo isto por causa do povo que me rodeia, para que creia que tu me enviaste”.
Tendo dito isso, exclamou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!”
O morto saiu, atado de mãos e pés com os lençóis mortuários e o rosto coberto com um pano. Então Jesus lhes disse: “Desatai-o e deixai-o caminhar!”
Então, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele.
Acidigital

Das Cartas pascais de Santo Atanásio, bispo

Das Cartas pascais de Santo Atanásio, bispo
(Ep.14,1-2:PG26,1419-1420)

(Séc.IV)

Celebremos com palavras e atos
a festa do Senhor que se aproxima
Está próximo de nós o Verbo de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, que se fez tudo por nós, e promete estar conosco para sempre. Ele o proclama com estas palavras: Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo(Mt 28,20). E porque quis fazer-se tudo para nós, ele é o nosso pastor, sumo sacerdote, caminho e porta; e é também a nossa festa e solenidade como diz o Apóstolo: O nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado (1Cor 5,7). Cristo, esperança dos homens, veio ao nosso encontro, dando novo sentido às palavras do salmista: Vós sois a minha alegria; livrai-me daqueles que me cercam (cf. Sl31,7). Esta é a verdadeira alegria, esta é a verdadeira solenidade: vermo-nos livres do mal. Para tanto, que cada um se esforce por viver em santidade e medite interiormente na paz e no temor de Deus.
Os santos, enquanto viviam neste mundo, estavam sempre alegres, como em contínua festa. Um deles, o bem-aventurado Davi, levantava-se de noite, não uma mas sete vezes, para atrair com suas preces a benevolência de Deus. Outro, o grande Moisés, exprimia a sua alegria entoando hinos e cânticos de louvor a Deus pela vitória alcançada sobre o Faraó e sobre todos os que tinham oprimido o povo hebreu. Outros ainda, dedicavam-se alegremente ao exercício contínuo do culto sagrado, como o grande Samuel e o bem-aventurado Elias. Todos eles, pelo mérito das suas obras, já alcançaram a liberdade e celebram no céu a festa eterna. Alegram-se com a lembrança da sua peregrinação terena, vivida entre as sombras do que havia de vir e, passado o tempo das figuras, contemplam agora a verdadeira realidade.
E nós, que nos preparamos para a grande solenidade, que caminho havemos de seguir? Ao aproximarem-se as festas pascais, a quem tomaremos por guia? Certamente nenhum outro, amados irmãos, senão aquele a quem chamamos nosso Senhor Jesus Cristo, e que disse: Eu sou o caminho (Jo 14,6). É ele, como diz São João, que tira o pecado do mundo (Jo 1,29); é ele que purifica nossas almas, como declara o profeta Jeremias: Parai um pouco na estrada para observar, e perguntai sobre os antigos caminhos, e qual será o melhor, para seguirdes por ele; assim ficareis mais tranquilos em vossos corações (Jr 6,16).
Outrora, era com sangue de bodes e a cinza de novilhas que se aspergiam os que estavam impuros, mas só os corpos ficavam purificados. Agora, pela graça do Verbo de Deus, alcançamos a purificação total. Se seguirmos a Cristo, poderemos sentir-nos desde já nos átrios da Jerusalém celeste e saborear de antemão as primícias daquela festa eterna. Assim fizeram os Apóstolos, que foram e continuam a ser os mestres desta graça divina, porque seguiram o Salvador; diziam eles: Nós deixamos tudo e te seguimos (Mt 19,17). Sigamos também nós o Senhor; preparemo-nos para celebrar a festa do Senhor não apenas com palavras mas também com nossos atos.
www.liturgiadashoras.org

5º Domingo da Quaresma: A Ressurreição e a Vida


+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

Nos últimos domingos, a Liturgia da Palavra nos apresentou Jesus como a Água viva (3º Domingo) e a Luz do mundo (4º Domingo).  Neste 5º Domingo da Quaresma, a catequese batismal em preparação para a Páscoa se completa com a passagem da “ressurreição de Lázaro”, apresentando-nos Jesus como “a Ressurreição e a Vida”.  No centro da narrativa joanina, está a palavra de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais” (Jo 11,25-26). A pergunta de Jesus à Marta, irmã de Lázaro, se dirige também a nós: “Crês isto?” Nós somos chamados a repetir com ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo” (Jo 11,27).
Na cena da ressurreição de Lázaro, destacam-se a ação de Jesus e a colaboração das pessoas. Lázaro recebe a vida por meio de Jesus, que o chama: “Lázaro, vem para fora!” (Jo 11,43). Ninguém sai sozinho do “sepulcro”! Somos libertados por Cristo do pecado e da morte.  Entretanto, Jesus quis contar com a colaboração das pessoas, conforme as suas palavras: “tirai a pedra!” (Jo 11,39) e “desatai-o e deixai-o caminhar!” (Jo 11,44). Hoje, há muitos “Lázaros” necessitados da “Ressurreição e a Vida”. E Jesus continua a dizer: “vem para fora”, sai do túmulo! Contudo, faltam, muitas vezes, pessoas dispostas a “tirar a pedra” e a desatar as amarras para que “Lázaro” possa voltar à vida e caminhar. É preciso mais amor fraterno, misericórdia e solidariedade. Além disso, Lázaro representa também cada um de nós, pois todos necessitamos da “Ressurreição e a Vida”.
Estamos chegando ao final do Tempo da Quaresma. O próximo domingo será o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor. Procure refletir sobre como tem transcorrido a sua Quaresma e aproveite bem o tempo que resta para preparar-se melhor para a Páscoa, através da oração, da penitência e do amor fraterno. Desde já, procure programar-se para participar do Domingo de Ramos e das celebrações da Semana Santa, especialmente do Tríduo Pascal: a Missa da Ceia do Senhor e do Lava-pés, na quinta feira; a Celebração da Paixão do Senhor, na sexta feira; e a solene Vigília Pascal, na noite do sábado santo, proclamando a Páscoa da Ressurreição. Na quinta feira santa, às 9 h, na Catedral de Brasília, celebra-se a Missa em que são abençoados os Santos Óleos, com a renovação das promessas sacerdotais de todos os padres da Arquidiocese de Brasília. No Domingo de Ramos, ocorre anualmente a Coleta da Campanha da Fraternidade, que é um gesto concreto de comunhão e partilha de toda a Igreja no Brasil. Participe!
Arquidiocese de Brasília

quinta-feira, 30 de março de 2017

Dos Sermões de São Leão Magno, papa

(Sermo 15, De passione Domini,3-4: PL 54,366-367)

(Séc.V)

Contemplemos a paixão do Senhor
Quem venera realmente a paixão do Senhor deve contemplar de tal modo, com os olhos do coração, Jesus crucificado, que reconheça na carne do Senhor a sua própria carne.
Trema a criatura perante o suplício do seu Redentor, quebrem-se as pedras dos corações infiéis e saiam para fora, vencendo todos os obstáculos, aqueles que jaziam debaixo de seus túmulos. Apareçam também agora na cidade santa, isto é, na Igreja de Deus, como sinais da ressurreição futura e realize-se nos corações o que um dia se realizará nos corpos.
A nenhum pecador é negada a vitória da cruz e não há homem a quem a oração de Cristo não ajude. Se ela foi útil para muitos dos que o perseguiam, quanto mais não ajudará os que a ele se convertem?
Foi eliminada a ignorância da incredulidade, foi suavizada a aspereza do caminho, e o sangue sagrado de Cristo extinguiu o fogo daquela espada que impedia o acesso ao reino da vida. A escuridão da antiga noite cedeu lugar à verdadeira luz.
O povo cristão é convidado a gozar as riquezas do paraíso, e para todos os batizados está aberto o caminho de volta à pátria perdida, desde que ninguém queira fechar para si próprio aquele caminho que se abriu também à fé do ladrão arrependido.
Evitemos que as preocupações desta vida nos envolvam na ansiedade e no orgulho, de tal modo que não procuremos, com todo o afeto do coração, conformar-nos a nosso Redentor na perfeita imitação de seus exemplos. Tudo o que ele fez ou sofreu foi para a nossa salvação, a fim de que todo o Corpo pudesse participar da virtude da Cabeça.
Aquela sublime união da nossa natureza com a sua divindade, pela qual o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1,14), não exclui ninguém da sua misericórdia senão aquele que recusa acreditar. Como poderá ficar fora da comunhão com Cristo quem recebe aquele que assumiu a sua própria natureza e é regenerado pelo mesmo Espírito por obra do qual nasceu Jesus? Quem não reconhece nele as fraquezas próprias da condição humana? Quem não vê que alimentar-se, buscar o repouso do sono, sofrer angústia e tristeza, derramar lágrimas de compaixão, eram próprios da condição de servo?
Foi precisamente para curar a nossa natureza das antigas feridas e purificá-la das manchas do pecado, que o Filho Unigênito de Deus se fez também Filho do Homem, de modo que não lhe faltasse nem a humanidade em toda a sua realidade, nem a divindade em sua plenitude.
É nosso, portanto, o que esteve morto no sepulcro, o que ressuscitou ao terceiro dia e o que subiu para a glória do Pai, no mais alto dos céus. Se andarmos pelos caminhos de seus mandamentos e não nos envergonharmos de proclamar tudo o que ele fez pela nossa salvação na humildade do seu corpo, também nós teremos parte na sua glória. Então se cumprirá claramente o que prometeu: Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante do meu Pai que está nos céus (Mt 10,32).
www.liturgiadashoras.org

Bispo convoca católicos a erguer a voz contra ideologia de gênero e aborto no Brasil

Dom Antônio Augusto Dias Duarte. Foto: Arquidiocese do Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO, 28 Mar. 17 / 08:00 am (ACI).- O Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, fez um chamado aos católicos e às “pessoas de boa vontade que queiram ser os sentinelas do bem e da verdade” a levantarem suas vozes contra uma estratégia que está sendo colocada em prática no Brasil “em favor da descriminalização do aborto e da manipulação ideológica”.
Em um artigo intitulado “Custos, quid de nocte”, publicado no site da Arquidiocese do Rio de Janeiro, o Prelado lamentou que embora a vigilância seja “uma atitude tão recomendada nas páginas bíblicas”, o que se vê é “o avanço perigoso e veloz das mais variadas expressões do mal no mundo de hoje”.
“A Igreja Católica, nos tempos atuais da história da humanidade, deve assumir cada vez mais a atitude do sentinela do bem e ficar mais atenta aos perigos que ameaçam o nosso país”, alertou.
Tais perigos estão marcados pelo “marxismo político-partidário, a ideologia do gênero, o relativismo moral e sua destruição dos costumes, o consumismo materialista-capitalista, e tantas outras ondas de mentiras, maldades, violências, drogas, etc.”.
Dom Antônio Augusto explicou que “a vigilância é uma das mais expressivas provas da caridade cristã” e, portanto, não prevenir, proteger ou esclarecer as pessoas “dessas estratégias perversas, passa a ser uma das mais graves omissões presentes no seio da Igreja Católica nesses tempos últimos”.
Para mostrar como tais realidades estão sendo infiltradas na sociedade brasileira, cita alguns casos concretos. Primeiramente, através dos meios de comunicação, especialmente a televisão.
De acordo com o Bispo, “a Rede Globo de Televisão tornou-se um depósito poluído dessa sujeira moral, pois ao estar presente nos lares do povo brasileiro, derrama nele, gota a gota, por exemplo, a Ideologia do Gênero”, a qual contribuiu para a “destruição da família, da integridade moral das crianças e jovens”.
Esta ideologia, esclareceu, “é um falso feminismo de matriz marxista, que destrói a dignidade das mulheres, tirando-lhes toda a beleza do gênio feminino, já que enquanto mulheres, esposas, mães, educadoras dos filhos, profissionais atuantes e não adversárias dos homens, elas são as verdadeiras construtoras de um mundo mais humanizado”.
O segundo fato diz respeito à Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) protocolada pelo PSOL no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a descriminalização do aborto até doze semanas de gestação.
“Segundo esse partido ‘missionário do mal’ em matéria de aborto, a criminalização desse ato ‘afeta desproporcionalmente mulheres negras e indígenas pobres, de baixa escolaridade e que vivem distantes de centros urbanos, onde os métodos para a realização do aborto são mais inseguros do que aqueles utilizados por mulheres com maior acesso à informação e poder econômico, resultando em uma grave afronta ao princípio da não discriminação”, assinalou.
Em seguida, informou que a relatora do caso será a ministra Rosa Weber, “mulher branca, rica, bem informada e bem escolarizada”, já deu sinais de ser “a favor da descriminalização do aborto, sendo, portanto, contrária à maioria do povo brasileiro, constituído por brancos, negros, pardos, ricos e pobres, indígenas e mamelucos, imigrantes e estrangeiros com cidadania adquirida há anos e, sobretudo, por mulheres e homens que sonham com um Brasil mais justo e mais protetor dos mais frágeis, como são as crianças em gestação no seio materno”.
Por fim, o terceiro caso citado é especificamente da cidade do Rio de Janeiro, onde a vereadora Marielle Franco entrou com um projeto de lei para instituir nos hospitais municipais o “Programa de Atenção Humanizada ao Aborto Legal e Juridicamente Autorizado no Âmbito do Município do Rio de Janeiro”.
Entretanto, trata-se de algo “contrário à realidade”, visto que “não há aborto legal, e esse programa proposto por essa vereadora é tão irreal e manipulador da inteligência do povo, pois não se deve falar de atenção humanizada para uma ação tão desumana”.
Diante de tudo isso, exortou, “é chegada a hora do povo brasileiro não só de ir às ruas, demonstrando civilidade e defesa do patrimônio público e privado, e protestando contra a corrupção, contra medidas políticas que prejudicarão as famílias e o emprego”.
“Chegou a hora de sair da frente da televisão ou até desligá-la, quando ela faz proselitismo da ideologia marxista-gramscista do gênero; chegou a hora de denunciar partidos, políticos, ministros e instituições que só se interessam pela cultura da morte e não pela construção de um futuro melhor para as crianças e doentes”.
Por isso, convocou “os sentinelas do amanhã” a “sair na hora certa da passividade, para que aconteça hoje e agora um ‘tsunami’ de e-mails para o STF, para a TV Globo e para a Câmara Municipal de Vereadores carioca, protestando diante de tantas arbitrariedades contra a vida humana nascente, contra a dignidade das crianças e jovens, contra a violação da Constituição Federal, fazendo novelistas, políticos e ministros descerem dos seus pedestais, onde se sentem donos da verdade e do bem e do mal, para pisarem na realidade do povo, e enxergarem, assim, as verdadeiras necessidades humanas”.
Acidigital


quarta-feira, 29 de março de 2017

“Nightfever” em Brasília pretende atrair pessoas em situação de rua à oração

Brasília (Quarta-feira, 29-03-2017, Gaudium PressA Capital Federal acolhe mais uma edição do "Nightfever", encontro de oração e fé que, desta vez, terá o intuito de levar Jesus Cristo aos irmãos em situação de rua.
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 
Promovido pelo Setor de Juventude da Arquidiocese de Brasília, em parceria com a Pastoral do Povo de Rua, o evento será realizado em 1º de abril, na Praça dos Artistas (Setor Comercial Sul).
O encontro, inspirado no tema "Como Maria eu quero me entregar!", contará com a montagem de um altar e toda a estrutura, a fim de proporcionar um ambiente de oração e adoração para todos.
O "Nightfever" terá início às 18h30 com uma acolhida. Em seguida, às 19h, será celebrada a Santa Missa. Mais tarde, haverá a exposição do Santíssimo Sacramento até as 23h, além de momentos de oração.
Já a programação social começa às 17h, com corte de cabelo e distribuição de alimentação e roupas a população de rua. Durante todo o evento, serão realizados atendimentos de confissão aos participantes. (LMI)
Da redação GaudiumPress, com informações Arquidiocese de Brasília

Conteúdo publicado em gaudiumpress.org, no link http://www.gaudiumpress.org/content/86308--ldquo-Nightfever-rdquo--em-Brasilia-pretende-atrair-pessoas-em-situacao-de-rua-a-oracao#ixzz4clSGYTIF
Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte. 


Guadium Press

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF