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terça-feira, 25 de abril de 2017

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

S. Irineu | Vatican News
(Lib. 1,10,1-3:PG 7,550-554)        (Séc.II)
A pregação da verdade
        A Igreja, espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra, recebeu dos apóstolos e de seus discípulos a fé em um só Deus, Pai todo-poderoso, que criou o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe (cf. At 4,24); em um só Jesus Cristo Filho de Deus, que se fez homem para nossa salvação; e no Espírito Santo, que, pela boca dos profetas, anunciou antecipadamente os desígnios de Deus: a vinda de Jesus Cristo, nosso amado Senhor, o seu nascimento de uma Virgem, a sua paixão e ressurreição de entre os mortos, a ascensão corporal aos céus, a sua futura vinda do céu na glória do Pai. Então ele virá para recapitular o universo inteiro (cf. Ef 1,10) e ressuscitar todos os homens, a fim de que, segundo a vontade do Pai invisível, diante de Cristo Jesus nosso Senhor, Deus, Salvador e Rei, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua o proclame (cf. Fl 2,10-11), e ele julgue todos os homens com justiça.
        A Igreja recebeu, como dissemos, e guarda com todo cuidado esta pregação e esta fé; apesar de espalhada pelo mundo inteiro, guarda-a como se morasse em uma só casa. Acredita nela como quem possui uma só alma e um só coração; e a proclama, ensina e transmite, como se tivesse uma só boca. Porque, embora através do mundo haja línguas muito diferentes, a força da Tradição é uma só e a mesma para todos.
        As Igrejas fundadas na Germânia, as que se encontram na Ibéria e nas terras celtas, as do Oriente, do Egito e Líbia, ou as do centro do mundo, não creem nem ensinam de modo diferente. Assim como o sol, criatura de Deus, é um só e o mesmo para todo o universo, igualmente a pregação da verdade brilha em toda parte e ilumina todos os homens que querem chegar ao conhecimento da verdade.
        E dos que presidem às Igrejas, nem mesmo o mais eloquente, dirá coisas diferentes das que afirmamos, pois ninguém está acima do divino Mestre; nem o orador menos hábil enfraquecerá a Tradição. Sendo uma só e mesma a fé, nem aquele que muito diz sobre ela a aumenta, nem aquele que diz menos a diminui.
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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Da Homilia pascal de um Autor antigo

Imagem relacionada
(PG 59,723-724)


A Páscoa espiritual
        A Páscoa que celebramos é a causa da salvação de todo o gênero humano, a começar pelo primeiro ser humano, que é salvo e vivificado em cada um de nós.
        Mas a salvação foi preparada por diversas instituições,imperfeitas e provisórias, que eram símbolos e imagens das coisas perfeitas e eternas, para anunciarem em esboço a realidade que surge atualmente à plena luz da verdade. Contudo, uma vez que essa verdadeira realidade se tornou presente, a figura deixa de ter sentido. Quando chega o rei, ninguém irá homenagear sua estátua, deixando de lado a pessoa do próprio rei.  
        Assim se vê claramente em que medida a figura é inferior à realidade verdadeira, pois a figura representa a vida breve dos primogênitos dos judeus, ao passo que a realidade celebra a vida eterna de todos os seres humanos. Não é grande coisa alguém livrar-se da morte por algum tempo, se pouco depois terá de morrer. O que é admirável é evitar a morte de uma vez para sempre, como aconteceu conosco por meio de Cristo, que foi imolado como nosso cordeiro pascal.  
        O próprio nome da festa, se compreendermos o seu verdadeiro significado, nos sugere a sua peculiar excelência. Páscoa, com efeito, significa “passagem”, pois o anjo exterminador, que feria de morte os primogênitos dos egípcios, passava adiante, sem entrar nas casas dos hebreus. Todavia, em relação a nós, a passagem do exterminador é um fato, porque passou realmente sem nos tocar, a nós que por Cristo ressuscitamos para a vida eterna.  
        E o que significa, em seu sentido místico, o fato de se determinar como início do ano, o tempo em que se celebrava a Páscoa e a salvação dos primogênitos? Significa que também para nós o sacrifício da verdadeira Páscoa constitui o início da vida eterna.  
        Na verdade, o ano é símbolo da eternidade. Sendo a sua órbita circular, o ano gira continuamente sobre ela sem nunca parar. Mas Cristo, pai do mundo novo, oferecendo-se por nós em sacrifício, como que anulou a nossa existência anterior, proporcionando-nos, pelo batismo do novo nascimento, o começo de uma outra vida, à semelhança da sua morte e ressurreição.  
        Por conseguinte, quem tiver consciência de que a Páscoa foi imolada em seu benefício, deve aceitar como início de sua vida o momento em que Cristo se imolou por ele. Ora, tal imolação atualiza-se em cada um, quando reconhece essa graça e compreende que vida lhe foi dada por esse sacrifício. Quem chegou a este conhecimento, esforce-se por aceitar o começo da vida nova, sem pretender voltar à vida antiga que foi ultrapassada. De fato, se já morremos para o pecado, pergunta o Apóstolo, como vamos continuar vivendo nele? (Rm6,2).
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domingo, 23 de abril de 2017

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

Santo Agostinho
(Sermo 8, in octava Paschae 1. 4: PL46, 838. 841)          (Séc.V)
Nova criatura em Cristo
        Minha palavra se dirige a vós, filhos recém-nascidos, pequeninos em Cristo, nova prole da Igreja, graça do Pai, fecundidade da Mãe, germe santo, multidão renovada, flor de nossa honra e fruto do nosso trabalho, minha alegria e coroa, todos vós que permaneceis firmes no Senhor.
        É com palavras do Apóstolo que vos falo: 
Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não deis atenção à carne para satisfazer as suas paixões (Rm 13,14), a fim de que, também na vida, vos revistais daquele que revestistes no sacramento. Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo (Gl 3,27-28).
        Nisto reside a força do sacramento: é o sacramento da vida nova que começa no tempo presente pela remissão de todos os pecados passados, e atingirá sua plenitude na ressurreição dos mortos. 
Pelo batismo na sua morte, fostes sepultados com Cristo, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, assim também leveis uma vida nova (cf. Rm 6,4).
        Agora caminhais pela fé, vivendo neste corpo mortal como peregrinos longe do Senhor. Mas o vosso caminho seguro é aquele mesmo para quem vos dirigis, Jesus Cristo, que se fez homem por amor de nós. Para os seus fiéis ele preparou um grande tesouro de felicidade, que há de revelar e dar abundantemente a todos os que nele esperam, quando recebermos na realidade aquilo que recebemos agora só na esperança.
        Hoje é o oitavo dia do vosso nascimento. Hoje completa-se em vós o sinal da fé que, entre os antigos patriarcas, consistia na circuncisão do corpo no oitavo dia depois do nascimento segundo a carne. Por isso, o próprio Senhor, despojando-se por sua ressurreição da mortalidade da carne e revestindo-se de um corpo não diferente mas imortal, ao ressuscitar consagrou o “dia do Senhor”, que é o terceiro dia depois de sua paixão, mas na contagem semanal dos dias, é o oitavo a partir do sábado, e coincide com o primeiro dia da semana.
        Por conseguinte, também vós participais do mesmo mistério, não ainda na realidade perfeita mas na certeza da esperança,porque recebestes a garantia do Espírito. Com 
efeito, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória (Gl
3,1-4). 
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II Domingo da Páscoa: A Divina Misericórdia

+ Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

A Igreja propõe que “os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa”. Por isso, continuamos a expressar o nosso louvor e alegria pela Páscoa da Ressurreição do Senhor, rezando com o Salmista: “Dai graças ao Senhor porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia” (Sl 117).
O segundo Domingo da Páscoa é denominado “Domingo da Divina Misericórdia”, conforme estabeleceu São João Paulo II. O Papa Francisco afirmou que “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai”. Ele revela o rosto misericordioso do Pai nos seus ensinamentos e nas suas ações. Jesus Ressuscitado manifesta a sua misericórdia aos discípulos reunidos. O Evangelho nos apresenta o primeiro encontro de Jesus com os seus discípulos após a sua paixão e morte na cruz (Jo 20,19-31). Depois de ter sido traído e abandonado por eles, ele os reencontra desejando-lhes a paz e oferecendo-lhes o dom do Espírito, juntamente, com a missão de perdoar os pecados. Ao invés de cobrar explicações ou de condená-los, Jesus lhes transmite a paz e o perdão.
Vivemos numa época marcada por muita violência. A vida e a dignidade das pessoas vão sendo violadas de muitas formas, causando tanto sofrimento. Quem celebra a Páscoa não pode adotar um estilo de vida marcado pela agressividade e pela violência. Quem celebra a Páscoa crê na vitória do amor sobre o ódio, da misericórdia sobre a vingança, da paz sobre a violência, do perdão sobre o ressentimento e da vida sobre a morte. Nós cremos no poder da divina misericórdia! Por isso, somos chamados a manifestar ao mundo o rosto misericordioso de Deus, como Igreja, assim como, pessoalmente.
É preciso aproximar-se, com compaixão, de quem sofre, a fim de cuidar dos feridos e de levantar os caídos. Os braços misericordiosos de Cristo abraçam e erguem os caídos através dos braços de quem se faz próximo dos que mais sofrem. É preciso lembrar-se de que somos todos necessitados de misericórdia, que é perdão e compaixão. Para viver em comunidade e em família, necessitamos muito da misericórdia divina e também da misericórdia entre nós, o que inclui o perdão ao próximo e uma atenção especial aos que mais sofrem. Somos chamados a partilhar os nossos bens com os mais necessitados, a exemplo do que ocorria na comunidade primitiva, segundo os Atos dos Apóstolos (At 2,44-45).  Entretanto, a acolhida da misericórdia divina pressupõe a fé. Quem crê em Cristo Ressuscitado, confia no seu amor misericordioso. Para poder testemunhar a sua misericórdia repete, a cada dia, “meu Senhor e meu Deus!”
Arquidiocese de Brasília

sábado, 22 de abril de 2017

Não deixem que baleias matem nossos jovens, exorta Bispo frente a desafio suicida

Dom Leomar Brustolin / Foto: Arquidiocese de Porto Alegre
PORTO ALEGRE, 21 Abr. 17 / 04:00 pm (ACI).- O chamado jogo da Baleia azul que leva ao suicídio e chamou a atenção dos brasileiros nos últimos dias lança um desafio “para famílias, igrejas e sociedade”, segundo o Bispo auxiliar de Porto Alegre, Dom Leomar Antônio Brustolin: “Não deixem as baleias roubar nossos jovens”.
Foi o que o Prelado afirmou em um recente artigo intitulado “Não deixem as baleias matarem nossos jovens”, publicado no site da Arquidiocese. Ele aborda sobre o jogo Baleia Azul, que consiste em uma série de 50 desafios passados por meio de grupos fechados em redes sociais, como desenhar uma baleia, cortar o próprio corpo, assistir filmes de terror de madrugada, entre outros, sendo o último deles cometer o suicídio.
No Brasil, dois casos de suicídios de jovens já estão sendo investigados por possível ligação com tal jogo, que surgiu na Rússia. Além disso, há ainda casos de tentativas de tirar a própria vida que os investigadores estão acompanhando.
Para o Bispo auxiliar de Porto Alegre, “não basta se escandalizar com o terrível jogo mortal Baleia Azul, é preciso avaliar o tipo de vida que estamos levando e obrigando as futuras gerações a viverem”.
“Vive-se num tempo de forte acento individualista, quando as sociedades regidas por uma lógica narcísica multiplicam as iniciativas autodestrutivas. Diante da crise de afeto, da banalização do outro e do relativismo que colapsa valores comuns, o suicídio é hoje a expressão de uma crise de despersonificação”, advertiu.
De acordo com Dom Brustolin, “muitos sujeitos altamente conectados estão perdidos no turbilhão de informações, vítimas da overdose de opções para se atingir a felicidade”. Entretanto, salientou que esta é “uma felicidade momentânea, hedonista e eminentemente individual”.
“A pessoa acaba movendo-se num horizonte sem meta, flutuando numa atmosfera de várias opções de sentido, de comportamentos, de ética. Os condicionamentos de uma sociedade desumanizada impedem que o indivíduo se realize”.
Neste contexto, “sem perspectiva de futuro e esquecendo o passado, muito se tem insistindo em viver somente o presente”.
O Bispo ressaltou que “o suicídio, como no jogo Baleia Azul, pode acontecer até mesmo sem desejo de morrer, como um ato de violência não planejado”. “O que importa é fazer a experiência, ter a sensação, sentir a emoção do momento”, acrescentou.
Frente a esta realidade, o Prelado recordou que “a estrutura, o ambiente e a educação familiar são fundamentais pra desenvolver níveis de felicidade que diminuam o instinto autodestrutivo”.
“Aqui – assinalou – entram a ética e o cuidado para pensar preventivamente, atuando no sistema educacional, reconstruindo sentidos, resgatando valores, autorizando a expressão de sentimentos e pensamentos, fortalecendo os vínculos e a espiritualidade”.
Ao observar que “estamos cada vez mais carentes de sentido e valores que todos reclamam”, o Bispo lamentou que “poucos estão dispostos a mudar o atual estilo de vida”.
“Esquecem que a falta de afeto, cuidado e transcendência também podem matar”, expressou.
Para prevenir isso, segundo Dom Brustolin, “é preciso cuidar e libertar-se do mito atual da sociedade de consumo e do bem-estar de que só vale a pena viver se há prazer. Saber lidar com as perdas, os limites e as frustrações pode mostrar o que realmente tem valor na vida; de forma extremamente eficaz, ajuda a discernir o que é secundário e o que é essencial”.
“O alerta do desafio da Baleia Azul é para todos, aponta para a necessidade de um novo olhar sobre a vida, conectado, mas não alienado; informado, mas não desafetado; livre, mas não narcísico”, completou.
Acidigital

sexta-feira, 21 de abril de 2017

RU-486 O remédio da morte

Cipla Mifepristone & Misoprostol (200 mg)
A aprovação do remédio abortivo RU-486 por parte de um comitê consultivo da Food and Drug Administration (FDA) norte-americana, foi motivo de uma dura censura por parte da Santa Sé, que através de L'Osservatore Romano, qualificou a nova droga como "pílula de Caim".

Turva história. A história da RU-486 começou nos laboratórios Russell-Uclaf da França, onde na década passada esteve fazendo experimentos para a criação, mais que de um método anticoncepcional, de uma forma que convertesse o aborto em um trâmite "privado", fácil e longe das clínicas de aborto. O resultado da pesquisa foi a RU-486. Face à crítica mundial, a poderosa droga, que basicamente procura produzir fortes contrações no útero feminino até o ponto de expulsar o óvulo fecundado, foi aprovada para seu uso na França, China e Austrália.
O grande mercado. Entretanto, para poder comercializá-la massivamente, e inclusive para poder introduzi-la como "pílula anticoncepcional" nos lugares onde o aborto é proibido, os distribuidores da pílula descobriram que a RU-486 tinha que passar nos Estados Unidos, um mercado que não só é um dos mais amplos do mundo, mas também serve de parâmetro de consumo para muitos países.
Sutilezas. Mas para poder ingressar no mercado americano, a RU-486 necessitava da aprovação da FDA. Logo que realizou o primeiro esforço de apresentação, a Russell-Uclaf recebeu uma firme advertência dos organismos provida norte-americanos: se introduzissem a droga abortiva, todos os produtos do laboratório francês serão boicotados no país. A empresa, entretanto, encontrou a maneira de driblar o bloqueio: mediante um acordo com a Planned Parenthood (PP), Russell-Uclaf concedia "por razões humanitárias" o direito de comercialização da droga à poderosa organização abortista, em troca esta e não o laboratório administrasse a aprovação da droga ante a FDA.
O poder. A influência do PP nos Estados Unidos conhece poucos limites. Seus principais promotores políticos incluem não só a influentes políticos democratas, mas também ao presidente Bill Clinton e sua esposa. No aspecto econômico, a PP conta com recursos quase ilimitados: além disso, com apoio de grandes corporações, conta com a contribuição do entusiasta Warren Bufê, considerado o homem mais rico dos Estados Unidos. Graças a estes recursos, PP não encontrou dificuldade em obter que, inclusive transgredindo normas de segurança médica, a droga fora aprovada em primeira instância pela FDA apesar de suas graves conseqüências, que incluem sangramentos e reações de choque.
A Santa Sé. Em um editorial escrito em L'Osservatore Romano, o padre Gino Concetti qualificou a RU-486 como o monstro que cinicamente assassina seus irmãos. O texto do teólogo moral, que reflete a preocupação da Santa Sé, destacou sem rodeios que a pílula pode ser compreendida como parte da campanha dos países ricos do hemisfério norte para "controlar" a população nas nações em desenvolvimento do sul.
Forças obscuras. O sacerdote, que qualificou o plano de "perverso", destacou que a aprovação do comitê consultivo da FDA "é outra importante vitória das forças do aborto contra a vida não nascida". "Estas forças são dirigidas pelo Population Council e a International Planned Parenthood Federation", destacou abertamente Concetti.
O editorial de L'Osservatore Romano também denunciou a "hegemonia feminista" que "propõe um senhorio da mulher sobre seu próprio corpo às custas da vida da criança não nascida".
Dignidade esquecida. O teólogo também recordou que "se o embrião for um ser humano, como todo ser humano, tem sua própria dignidade e seus próprios direitos". "A hegemonia feminista contradiz esta verdade evidente em si mesma", destacou.
Esclarecendo. Em relação às conseqüências morais do uso da RU-486, o Pe. Concetti recordou que "tomar o medicamento é um ato imoral como procedimento médico porque causa a morte de uma criança não nascida". Destacou que qualquer pessoa que o consuma, portanto, comete a mesma falta moral que realiza uma mulher que recorre ao aborto cirúrgico.
Acidigital

Protomártires do Brasil serão canonizados em 15 de outubro

VATICANO, 20 Abr. 17 / 10:50 am (ACI).- Os Protomártires do Brasil serão canonizados no próximo dia 15 de outubro, na Basílica de São Pedro, como confirmou o Papa Francisco no Consistório Ordinário Público realizado hoje no Vaticano.

No último dia 23 de março, o Santo Padre já havia aprovado os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos Membros da Congregação para a Causa dos Santos sobre a canonização dos beatos André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, sacerdotes, o leigo Mateus Moreira e mais 27 companheiros leigos.
Conhecidos também como Mártires de Cunhaú e Uruaçu, eles foram beatificados pelo Papa São João Paulo II em 5 de março de 2000, no Vaticano. Foi este mesmo Pontífice que, em 13 de outubro de 1991,os chamou de protomártires durante a Missa de encerramento do XII Congresso Eucarístico, ocorrido em Natal.
Foram mortos pela perseguição de holandeses calvinistas durante o período em que estes ocuparam territórios do nordeste do país, entre 1630 e 1654. Nesta época, os invasores quiseram obrigar os católicos a se converterem ao calvinismo e proibiram a celebração da Santa Missa.
Então, em 16 de julho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Eles participavam da Missa na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, município de Canguaretama (RN).
Três meses depois, em 3 de outubro de 1645, houve o massacre em Uruaçu, onde foram mortos Padre Ambrósio Francisco Ferro e o leigo Mateus Moreira, o qual, segundo relatos, teve o coração arrancado pelas costas, mas, antes de morrer pôde gritar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”.
Acidigital


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Papa Francisco confirma que canonizará pastorinhos de Fátima em 13 de maio

Os pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto
VATICANO, 20 Abr. 17 / 09:02 am (ACI).- Os irmãos Jacinta e Francisco Marto, os pastorinhos de Fátima que junto com sua prima Lúcia foram testemunho das aparições da Virgem em Portugal, serão canonizados no próximo dia 13 de maio.
Foi o que confirmou o Papa Francisco durante o Consistório Ordinário Público para a Canonização dos Beatos, que aconteceu no Vaticano. O Pontífice canonizará os irmãos Marto durante a viagem que realizará a Fátima nos dias 12 e 13 de maio de 2017 por ocasião da comemoração do centenário das aparições da Virgem Maria na Cova da Iria.
No último dia 23 de março, após a reunião entre o Santo Padre e o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, foi aprovada a promulgação d decreto que reconhece o milagre, a cura de uma criança brasileira, atribuído à intercessão do Beato Francisco Marto e da Beata Jacinta Marto.
Jacinta nasceu em 11 de março de 1910 e morreu em 20 de fevereiro de 1920, enquanto seu irmão Francisco nasceu em 11 de junho de 1908 e faleceu em 4 de abril de 1919. Ambos foram beatificados pelo Papa São João Paulo II no ano 2000.
Jacinta, Francisco e Lúcia receberam a visita da Virgem Maria na Cova da Iria, em Fátima, entre maio e outubro de 1917. Jacinta tinha sete anos, Francisco, nove, e Lúcia, dez.
A Virgem lhes apareceu em 6 ocasiões. Na terceira delas, a que aconteceu em 13 de julho, a Virgem revelou o Segredo de Fátima a eles. Segundo as crônicas, Lúcia ficou pálida e gritou de medo, chamando a Virgem por seu nome. Houve um trovão e a visão terminou.
Durante o período em que se deram as aparições, as três crianças tiveram que fazer frente às incompreensões de suas famílias e vizinhos e à perseguição do governo português, profundamente anticlerical. Mas, aceitaram essas dificuldades com fé e coragem: “Se nos matam, não importa. Vamos ao céu”, diziam.
Após as aparições, os três pastorinhos seguiram sua vida normal até a morte de Francisco e Jacinta.
Francisco mostrou um espírito de amor e reparação para com Deus ofendido, apesar de sua vida tão curta. Sua grande preocupação era “consolar Nosso Senhor”. Passava horas pensando em Deus, por isso, sempre foi considerado um contemplativo.
Sua vocação precoce de eremita foi reconhecida no decreto de heroicidade de virtudes, segundo o qual, depois das aparições, “se escondia atrás das árvores para rezar sozinho; outras vezes subia aos lugares mais altos e solitários e aí se entregava à oração tão intensamente que não ouvia as vozes dos que o chamavam”.
A vida de Jacinta se caracterizou pelo espírito de sacrifício, pelo amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Motivada pela preocupação com a salvação dos pecadores e o desagravo ao Imaculado Coração de Maria, em tudo oferecia um sacrifício a Deus.
Acidigital

Das Catequeses de Jerusalém

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(Cat. 20, Mystagogica 2, 4-6: PG 33,1079-1082)     (Séc.IV)


O Batismo, sinal da paixão de Cristo 
        Fostes conduzidos à santa fonte do divino Batismo, como Cristo, descido da cruz, foi colocado diante do sepulcro. 
        A cada um de vós foi perguntado se acreditava no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Vós professastes a fé da salvação e fostes por três vezes mergulhados na água e por três vezes dela saístes; deste modo, significastes, em imagem e símbolo, os três dias da sepultura de Cristo. 
        Assim como nosso Senhor passou três dias e três noites no seio da terra, também vós, na primeira emersão, imitastes o primeiro dia em que Cristo esteve debaixo da terra; e na imersão, a primeira noite. De fato, como aquele que vive nas trevas não enxerga nada, pelo contrário, aquele que anda de dia está envolvido em plena luz. Assim também vós, na imersão, como que mergulhados na noite, nada vistes; mas na emersão, fostes como que restituídos ao dia. Num mesmo instante, morrestes e nascestes, e aquela água de salvação tornou-se para vós, ao mesmo tempo, sepulcro e mãe. 
        Apesar de situar-se em outro contexto, a vós se aplica perfeitamente o que disse Salomão: Há um tempo para nascer e um tempo para morrer (Ecl 3,2). Convosco sucedeu o contrário: houve um tempo para morrer e um tempo para nascer. Num mesmo instante realizaram-se ambas as coisas e, com a vossa morte, coincidiu o vosso nascimento.  
        Ó fato novo e inaudito! Na realidade, não morremos nem fomos sepultados nem crucificados nem ainda ressuscitamos. No entanto, a imitação desses atos foi expressa através de uma imagem e daí brotou realmente a nossa salvação. 
        Cristo foi verdadeiramente crucificado, verdadeiramente sepultado e ressuscitou verdadeiramente. Tudo isto foi para nós um dom da graça, a fim de que, participando da sua paixão através do mistério sacramental, obtenhamos na realidade a salvação. 
        Ó maravilha de amor pelos homens! Em seus pés e mãos inocentes, Cristo recebeu os cravos e suportou a dor; e eu, sem dor nem esforço, mas apenas pela comunhão em suas dores, recebo gratuitamente a salvação.
Ninguém, portanto, julgue que o batismo consista apenas na remissão dos pecados e na graça da adoção filial. Assim era o batismo de João que concedia tão-somente o perdão dos pecados. Pelo contrário, sabemos perfeitamente que o nosso batismo não só apaga os pecados e confere o dom do Espírito Santo, mas é também o exemplar e a expressão dos sofrimentos de Cristo. É por isso mesmo que Paulo exclama: Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele (Rm 6,3-4).
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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Santo Expedito, padroeiro das causas urgentes

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Abr. 17 / 05:00 am (ACI).- Comandante da legião romana e mártir da Igreja do século IV, Santo Expedito, cuja festa é celebrada neste dia 19 de abril, é tradicionalmente invocado diante de problemas urgentes. É venerado, por exemplo, como protetor de problemas no trabalho, família e em casos de juízo. Este título se deve a uma rápida ação que realizou contra o demônio.

Segundo a tradição, quando Santo Expedito ia se converter, o maligno se aproximou dele como um corvo e começou a gritar: “cras, cras, cras”, que em latim significa “amanhã, amanhã, amanhã”. Tudo para fazer com que deixasse a sua decisão para depois e sua fé se esfriaria.
O santo imediatamente esmagou o corvo tentador, dizendo: “Hodie, hodie, hodie!”, que significa “hoje, hoje, hoje”. “Nós não vamos deixar nada para amanhã, a partir de hoje serei cristão”, acrescentou. No final, morreu como um mártir valente.
Santo Expedito também é protetor dos jovens, estudantes e enfermos. Ele é retratado como um soldado com uma cruz na qual está escrito “hodie” (hoje) e a folha de palmeira, simbolizando o martírio. Em seus pés, aparece um corvo com a palavra “cras” (manhã).
Neste dia, ao celebrar o santo das causas urgentes, reze esta oração:
“Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes, interceda por mim junto ao nosso Senhor Jesus Cristo, socorre-me nesta hora de aflição e desespero. Vós que sois o Santo dos desesperados, Vós que sois o Santo das causas urgentes, proteja-me, ajuda-me, dai-me força, coragem e serenidade. Atenda ao meu pedido.
Meu Santo Expedito! Ajuda-me a superar estas horas difíceis, proteja-me de todos que possam me prejudicar, proteja a minha família, atenda ao meu pedido com urgência. Devolva-me a paz e a tranquilidade. Meu Santo Expedito! Serei grato pelo resto de minha vida e levarei seu nome a todos que têm fé. Muito obrigado. Amém”.
Acidigital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF