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terça-feira, 25 de abril de 2017

CNBB estuda temas atuais e busca qualificar a iniciação à vida cristã


Episcopado brasileiro aprofunda o tema "iniciação à vida cristã" na 55ª Assembleia Geral da CNBB.

O Anuário Pontifício 2017 e o Anuarium Statisticum Ecclesiae 2015, do Departamento Central de Estatística da Igreja do Vaticano, indica que o Brasil ocupa o primeiro lugar no conjunto de dez países do mundo com maior consistência de católicos batizados, com 172,2 milhões de católicos. Ficando à frente de países como o México, com 110,9 milhões, Filipinas com 83,6 milhões, Estados Unidos da América (72,3), entre outros. O número de católicos brasileiros representa 26,4% de católicos no continente americano.
Apesar desses dados e estatísticas que demonstram que o Brasil continua sendo o país com o maior número de católicos no mundo, bispos do Brasil se preocupam com a qualidade da atuação e com o compromisso dos cristãos ao eleger a “Iniciação à vida cristã” como tema central da sua 55ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que acontece de 26 de abril a 5 de maio, no Centro Pe. Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP).
Conforme o documento nº 43 do CELAM: “Entende-se como iniciação à vida cristã o processo pelo qual uma pessoa é introduzida no mistério de Jesus Cristo e na vida da Igreja, através da Palavra de Deus e da mediação sacramental e litúrgica, que acompanhe as mudanças de atitudes fundamentais de ser e existir com os outros e com o mundo, em uma nova identidade como pessoa cristã que testemunha o evangelho inserido em uma comunidade eclesial viva e testemunhal.” 
Uma comissão especialmente presidida pelo arcebispo de Curitiba dom José Antônio Peruzzo foi designada para produzir o texto que será apreciado e acrescido pelos bispos do Brasil. O texto, após aprovação do episcopado, será publicado como um documento da CNBB. 
Além do tema central, os bispos brasileiros também aprofundarão temas da atualidade da conjuntura política brasileira e a conjuntura eclesial após os 10 anos da conferência de Aparecida. No sábado e no domingo, haverá o retiro dos bispos. 
300 anos de Aparição 
A CNBB, em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, instituiu o Ano Nacional Mariano, que teve início dia 12 de outubro de 2016, concluindo-se aos 11 de outubro de 2017, para celebrar, fazer memória e agradecer.
Em sintonia com o Ano Nacional Mariano, várias atividades serão realizadas para marcar os 300 anos da imagem de Aparecida e também os 100 anos das aparições de Nossa Senhora de Fátima ao longo da 55ª Assembleia dos Bispos do Brasil.
A missa do sábado dia 29 de abril, às 7h30, será dedicada à nossa Senhora, com entronização da imagem, cantos e homilia especial. À noite, às 20h, encerrando o Retiro dos Bispos, acontece a peregrinação, procissão e celebração Mariana. Uma Sessão Mariana a ser realizada, dia 04 de abril, às 18h, encerra as comemorações durante a 55ª Assembleia dos Bispos do Brasil. 

Serviço:
55ª Assembleia dos Bispos do Brasil
Tema: Iniciação à Vida Cristã
Data: 26 de abril a 5 de maio de 2017
Local: Centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida do Santuário Nacional de Aparecida-SP
Contato: Pe. Rafael Vieira
Fone: 61 98136 1595 e Whatsapp :(61) 99948 2772
E-mailimprensa@cnbb.org.br
CNBB

13 Reasons Why: Os perigos da popular série da Netflix sobre o suicídio

DENVER, 24 Abr. 17 / 06:00 pm (ACI).- Diversos especialistas alertaram sobre os perigos da nova séria de Netflix “13 Reasons Why”, nas quais se relata a história de uma adolescente de 17 anos que se suicida e que atribui a um grupo de pessoas as 13 “razões” pelas quais decidiu acabar com sua vida.
A séria é baseada no romance de mesmo nome, que relata a história de Hannah Baker, que não deixa uma nota explicando seu suicídio, mas sim um grupo de fitas cassete nas quais se refere ao que fez ou deixou de fazer cada uma das pessoas as quais responsabiliza por sua morte.
Os criadores da séria assinalam que com esta querem ajudar a lidar com o problema do suicídio, mas vários especialistas expressaram suas preocupações sobre isso.
Leah Murphy, do ministério internacional juvenil Life Teen, assinala que “em nenhum momento na série se trata o tema das doenças mentais e deixa na audiência a ideia de que as pessoas no entorno de Hannah são as responsáveis por sua morte”.
Murphy ressalta este dado, já que “90 % dos suicídios são cometidos por pessoas que têm enfermidades mentais diagnosticadas”.
“Esses problemas de saúde requerem muito mais do que a presença de um bom amigo ou a ausência de alguns problemas sérios: exigem ajuda profissional e séria”.
A especialista lamenta também que se mostre a protagonista da série como uma espécie de “mártir heroica” que deixa uma lição e um legado. Um suicida, precisou, “não se torna herói ou se empodera ao identificar as pessoas ao seu redor como as razões para seu suicídio”.
Chelsea Voboril, Diretora de Educação Religiosa na Igreja Católica Good Shepherd em Smithville, Missouri, disse a CNA – agência em inglês do Grupo ACI – que ela viu a série com alguns adolescentes e ficou preocupada porque as 13 razões expostas foram consideradas pelos jovens como “legítimas” para que Hannah se suicidasse.
Voboril comentou que realizou um debate com os adolescentes os quais comentaram que, no processo para seu suicídio, a protagonista nunca se aproximou de seus pais ou de um profissional para falar do que se passava.
Ao final da conversa, a especialista pediu aos jovens que queiram ver a série o façam com seus pais ou um adulto responsável e disse que, “às pessoas cujas consciências ainda não estão bem formadas ou possam ser influenciadas por algum dos grandes temas, eu simplesmente pediria que a evitem”.
Owen Stockden, porta-voz de Living Works, grupo especializado em capacitação para lidar com o suicídio, disse a CNA que uma de suas maiores preocupações com a série é a falta de respostas adequadas dos adultos, em especial dos professores e dos conselheiros escolares.
“Na série, o conselheiro de Hannah responde de maneira ineficiente às suas ideias sobre o suicídio”, disse Stockden.
Por sua vez, a professora e escritora católica Barbara Nicolosi disse que em nenhum dos personagens se vê uma dimensão transcendente e é clara a ausência de Deus.
“A série quer atribuir todos os problemas dos jovens às redes sociais e ao bullying, mas não considera que essas são coisas sintomáticas. A perda da fé, a perda da convicção do amor pessoal de Deus, a perda do sentido de eternidade, todas essas coisas fazem com que o suicídio seja uma resposta lógica ao sofrimento. Nossos jovens não são bobos”, explicou a CNA.
Para o psicólogo católico que dá aconselhamento em St. Raphael, em Denver, Dr. Jim Langley, é curioso que a série mostre os pais de Hannah como pessoas que a amam muito, mas que ao mesmo tempo ignoram o que acontece na escola.
“É importante que os pais tenham um papel ativo na vida de seus filhos, mesmo que se considere prioritário que eles vão se tornando independentes de seus pais, o que é saudável. Entretanto, os pais devem estar envolvidos com eles e fazê-los saber que se importam e se preocupam. Não sejam como os pais de Hannah que parecem estar ausentes na série”, aconselhou o especialista.
 Alguns especialistas também alertaram sobre o fato de que na série não são seguidas várias das “recomendações para informar sobre um suicídio”, uma lista de diretrizes para os meios de comunicação que foi preparada por peritos e jornalistas.
Os especialistas recomendam evitar títulos sensacionalistas e pedem que não se descreva detalhadamente o suicídio, pois há o perigo de que surjam outros suicidas que busquem copiar o mesmo.
Segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), o suicídio é a terceira causa de morte entre as pessoas de 10 a 24 anos. Os estudos mostram também que um suicídio pode gerar outros nas comunidades onde acontecem.
Se você conhece alguém que tem pensamentos suicidas, peça ajuda a quem confie ou a um profissional. No Brasil, é possível entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida, pelo telefone 141. Para mais informações, acesse o site da instituição.
Para aconselhamentos, procure um sacerdote de sua paróquia ou diocese.
Acidigital

Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

S. Irineu | Vatican News
(Lib. 1,10,1-3:PG 7,550-554)        (Séc.II)
A pregação da verdade
        A Igreja, espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra, recebeu dos apóstolos e de seus discípulos a fé em um só Deus, Pai todo-poderoso, que criou o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe (cf. At 4,24); em um só Jesus Cristo Filho de Deus, que se fez homem para nossa salvação; e no Espírito Santo, que, pela boca dos profetas, anunciou antecipadamente os desígnios de Deus: a vinda de Jesus Cristo, nosso amado Senhor, o seu nascimento de uma Virgem, a sua paixão e ressurreição de entre os mortos, a ascensão corporal aos céus, a sua futura vinda do céu na glória do Pai. Então ele virá para recapitular o universo inteiro (cf. Ef 1,10) e ressuscitar todos os homens, a fim de que, segundo a vontade do Pai invisível, diante de Cristo Jesus nosso Senhor, Deus, Salvador e Rei, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua o proclame (cf. Fl 2,10-11), e ele julgue todos os homens com justiça.
        A Igreja recebeu, como dissemos, e guarda com todo cuidado esta pregação e esta fé; apesar de espalhada pelo mundo inteiro, guarda-a como se morasse em uma só casa. Acredita nela como quem possui uma só alma e um só coração; e a proclama, ensina e transmite, como se tivesse uma só boca. Porque, embora através do mundo haja línguas muito diferentes, a força da Tradição é uma só e a mesma para todos.
        As Igrejas fundadas na Germânia, as que se encontram na Ibéria e nas terras celtas, as do Oriente, do Egito e Líbia, ou as do centro do mundo, não creem nem ensinam de modo diferente. Assim como o sol, criatura de Deus, é um só e o mesmo para todo o universo, igualmente a pregação da verdade brilha em toda parte e ilumina todos os homens que querem chegar ao conhecimento da verdade.
        E dos que presidem às Igrejas, nem mesmo o mais eloquente, dirá coisas diferentes das que afirmamos, pois ninguém está acima do divino Mestre; nem o orador menos hábil enfraquecerá a Tradição. Sendo uma só e mesma a fé, nem aquele que muito diz sobre ela a aumenta, nem aquele que diz menos a diminui.
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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Da Homilia pascal de um Autor antigo

Imagem relacionada
(PG 59,723-724)


A Páscoa espiritual
        A Páscoa que celebramos é a causa da salvação de todo o gênero humano, a começar pelo primeiro ser humano, que é salvo e vivificado em cada um de nós.
        Mas a salvação foi preparada por diversas instituições,imperfeitas e provisórias, que eram símbolos e imagens das coisas perfeitas e eternas, para anunciarem em esboço a realidade que surge atualmente à plena luz da verdade. Contudo, uma vez que essa verdadeira realidade se tornou presente, a figura deixa de ter sentido. Quando chega o rei, ninguém irá homenagear sua estátua, deixando de lado a pessoa do próprio rei.  
        Assim se vê claramente em que medida a figura é inferior à realidade verdadeira, pois a figura representa a vida breve dos primogênitos dos judeus, ao passo que a realidade celebra a vida eterna de todos os seres humanos. Não é grande coisa alguém livrar-se da morte por algum tempo, se pouco depois terá de morrer. O que é admirável é evitar a morte de uma vez para sempre, como aconteceu conosco por meio de Cristo, que foi imolado como nosso cordeiro pascal.  
        O próprio nome da festa, se compreendermos o seu verdadeiro significado, nos sugere a sua peculiar excelência. Páscoa, com efeito, significa “passagem”, pois o anjo exterminador, que feria de morte os primogênitos dos egípcios, passava adiante, sem entrar nas casas dos hebreus. Todavia, em relação a nós, a passagem do exterminador é um fato, porque passou realmente sem nos tocar, a nós que por Cristo ressuscitamos para a vida eterna.  
        E o que significa, em seu sentido místico, o fato de se determinar como início do ano, o tempo em que se celebrava a Páscoa e a salvação dos primogênitos? Significa que também para nós o sacrifício da verdadeira Páscoa constitui o início da vida eterna.  
        Na verdade, o ano é símbolo da eternidade. Sendo a sua órbita circular, o ano gira continuamente sobre ela sem nunca parar. Mas Cristo, pai do mundo novo, oferecendo-se por nós em sacrifício, como que anulou a nossa existência anterior, proporcionando-nos, pelo batismo do novo nascimento, o começo de uma outra vida, à semelhança da sua morte e ressurreição.  
        Por conseguinte, quem tiver consciência de que a Páscoa foi imolada em seu benefício, deve aceitar como início de sua vida o momento em que Cristo se imolou por ele. Ora, tal imolação atualiza-se em cada um, quando reconhece essa graça e compreende que vida lhe foi dada por esse sacrifício. Quem chegou a este conhecimento, esforce-se por aceitar o começo da vida nova, sem pretender voltar à vida antiga que foi ultrapassada. De fato, se já morremos para o pecado, pergunta o Apóstolo, como vamos continuar vivendo nele? (Rm6,2).
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domingo, 23 de abril de 2017

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo

Santo Agostinho
(Sermo 8, in octava Paschae 1. 4: PL46, 838. 841)          (Séc.V)
Nova criatura em Cristo
        Minha palavra se dirige a vós, filhos recém-nascidos, pequeninos em Cristo, nova prole da Igreja, graça do Pai, fecundidade da Mãe, germe santo, multidão renovada, flor de nossa honra e fruto do nosso trabalho, minha alegria e coroa, todos vós que permaneceis firmes no Senhor.
        É com palavras do Apóstolo que vos falo: 
Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não deis atenção à carne para satisfazer as suas paixões (Rm 13,14), a fim de que, também na vida, vos revistais daquele que revestistes no sacramento. Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo (Gl 3,27-28).
        Nisto reside a força do sacramento: é o sacramento da vida nova que começa no tempo presente pela remissão de todos os pecados passados, e atingirá sua plenitude na ressurreição dos mortos. 
Pelo batismo na sua morte, fostes sepultados com Cristo, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, assim também leveis uma vida nova (cf. Rm 6,4).
        Agora caminhais pela fé, vivendo neste corpo mortal como peregrinos longe do Senhor. Mas o vosso caminho seguro é aquele mesmo para quem vos dirigis, Jesus Cristo, que se fez homem por amor de nós. Para os seus fiéis ele preparou um grande tesouro de felicidade, que há de revelar e dar abundantemente a todos os que nele esperam, quando recebermos na realidade aquilo que recebemos agora só na esperança.
        Hoje é o oitavo dia do vosso nascimento. Hoje completa-se em vós o sinal da fé que, entre os antigos patriarcas, consistia na circuncisão do corpo no oitavo dia depois do nascimento segundo a carne. Por isso, o próprio Senhor, despojando-se por sua ressurreição da mortalidade da carne e revestindo-se de um corpo não diferente mas imortal, ao ressuscitar consagrou o “dia do Senhor”, que é o terceiro dia depois de sua paixão, mas na contagem semanal dos dias, é o oitavo a partir do sábado, e coincide com o primeiro dia da semana.
        Por conseguinte, também vós participais do mesmo mistério, não ainda na realidade perfeita mas na certeza da esperança,porque recebestes a garantia do Espírito. Com 
efeito, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória (Gl
3,1-4). 
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II Domingo da Páscoa: A Divina Misericórdia

+ Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília

A Igreja propõe que “os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa”. Por isso, continuamos a expressar o nosso louvor e alegria pela Páscoa da Ressurreição do Senhor, rezando com o Salmista: “Dai graças ao Senhor porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia” (Sl 117).
O segundo Domingo da Páscoa é denominado “Domingo da Divina Misericórdia”, conforme estabeleceu São João Paulo II. O Papa Francisco afirmou que “Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai”. Ele revela o rosto misericordioso do Pai nos seus ensinamentos e nas suas ações. Jesus Ressuscitado manifesta a sua misericórdia aos discípulos reunidos. O Evangelho nos apresenta o primeiro encontro de Jesus com os seus discípulos após a sua paixão e morte na cruz (Jo 20,19-31). Depois de ter sido traído e abandonado por eles, ele os reencontra desejando-lhes a paz e oferecendo-lhes o dom do Espírito, juntamente, com a missão de perdoar os pecados. Ao invés de cobrar explicações ou de condená-los, Jesus lhes transmite a paz e o perdão.
Vivemos numa época marcada por muita violência. A vida e a dignidade das pessoas vão sendo violadas de muitas formas, causando tanto sofrimento. Quem celebra a Páscoa não pode adotar um estilo de vida marcado pela agressividade e pela violência. Quem celebra a Páscoa crê na vitória do amor sobre o ódio, da misericórdia sobre a vingança, da paz sobre a violência, do perdão sobre o ressentimento e da vida sobre a morte. Nós cremos no poder da divina misericórdia! Por isso, somos chamados a manifestar ao mundo o rosto misericordioso de Deus, como Igreja, assim como, pessoalmente.
É preciso aproximar-se, com compaixão, de quem sofre, a fim de cuidar dos feridos e de levantar os caídos. Os braços misericordiosos de Cristo abraçam e erguem os caídos através dos braços de quem se faz próximo dos que mais sofrem. É preciso lembrar-se de que somos todos necessitados de misericórdia, que é perdão e compaixão. Para viver em comunidade e em família, necessitamos muito da misericórdia divina e também da misericórdia entre nós, o que inclui o perdão ao próximo e uma atenção especial aos que mais sofrem. Somos chamados a partilhar os nossos bens com os mais necessitados, a exemplo do que ocorria na comunidade primitiva, segundo os Atos dos Apóstolos (At 2,44-45).  Entretanto, a acolhida da misericórdia divina pressupõe a fé. Quem crê em Cristo Ressuscitado, confia no seu amor misericordioso. Para poder testemunhar a sua misericórdia repete, a cada dia, “meu Senhor e meu Deus!”
Arquidiocese de Brasília

sábado, 22 de abril de 2017

Não deixem que baleias matem nossos jovens, exorta Bispo frente a desafio suicida

Dom Leomar Brustolin / Foto: Arquidiocese de Porto Alegre
PORTO ALEGRE, 21 Abr. 17 / 04:00 pm (ACI).- O chamado jogo da Baleia azul que leva ao suicídio e chamou a atenção dos brasileiros nos últimos dias lança um desafio “para famílias, igrejas e sociedade”, segundo o Bispo auxiliar de Porto Alegre, Dom Leomar Antônio Brustolin: “Não deixem as baleias roubar nossos jovens”.
Foi o que o Prelado afirmou em um recente artigo intitulado “Não deixem as baleias matarem nossos jovens”, publicado no site da Arquidiocese. Ele aborda sobre o jogo Baleia Azul, que consiste em uma série de 50 desafios passados por meio de grupos fechados em redes sociais, como desenhar uma baleia, cortar o próprio corpo, assistir filmes de terror de madrugada, entre outros, sendo o último deles cometer o suicídio.
No Brasil, dois casos de suicídios de jovens já estão sendo investigados por possível ligação com tal jogo, que surgiu na Rússia. Além disso, há ainda casos de tentativas de tirar a própria vida que os investigadores estão acompanhando.
Para o Bispo auxiliar de Porto Alegre, “não basta se escandalizar com o terrível jogo mortal Baleia Azul, é preciso avaliar o tipo de vida que estamos levando e obrigando as futuras gerações a viverem”.
“Vive-se num tempo de forte acento individualista, quando as sociedades regidas por uma lógica narcísica multiplicam as iniciativas autodestrutivas. Diante da crise de afeto, da banalização do outro e do relativismo que colapsa valores comuns, o suicídio é hoje a expressão de uma crise de despersonificação”, advertiu.
De acordo com Dom Brustolin, “muitos sujeitos altamente conectados estão perdidos no turbilhão de informações, vítimas da overdose de opções para se atingir a felicidade”. Entretanto, salientou que esta é “uma felicidade momentânea, hedonista e eminentemente individual”.
“A pessoa acaba movendo-se num horizonte sem meta, flutuando numa atmosfera de várias opções de sentido, de comportamentos, de ética. Os condicionamentos de uma sociedade desumanizada impedem que o indivíduo se realize”.
Neste contexto, “sem perspectiva de futuro e esquecendo o passado, muito se tem insistindo em viver somente o presente”.
O Bispo ressaltou que “o suicídio, como no jogo Baleia Azul, pode acontecer até mesmo sem desejo de morrer, como um ato de violência não planejado”. “O que importa é fazer a experiência, ter a sensação, sentir a emoção do momento”, acrescentou.
Frente a esta realidade, o Prelado recordou que “a estrutura, o ambiente e a educação familiar são fundamentais pra desenvolver níveis de felicidade que diminuam o instinto autodestrutivo”.
“Aqui – assinalou – entram a ética e o cuidado para pensar preventivamente, atuando no sistema educacional, reconstruindo sentidos, resgatando valores, autorizando a expressão de sentimentos e pensamentos, fortalecendo os vínculos e a espiritualidade”.
Ao observar que “estamos cada vez mais carentes de sentido e valores que todos reclamam”, o Bispo lamentou que “poucos estão dispostos a mudar o atual estilo de vida”.
“Esquecem que a falta de afeto, cuidado e transcendência também podem matar”, expressou.
Para prevenir isso, segundo Dom Brustolin, “é preciso cuidar e libertar-se do mito atual da sociedade de consumo e do bem-estar de que só vale a pena viver se há prazer. Saber lidar com as perdas, os limites e as frustrações pode mostrar o que realmente tem valor na vida; de forma extremamente eficaz, ajuda a discernir o que é secundário e o que é essencial”.
“O alerta do desafio da Baleia Azul é para todos, aponta para a necessidade de um novo olhar sobre a vida, conectado, mas não alienado; informado, mas não desafetado; livre, mas não narcísico”, completou.
Acidigital

sexta-feira, 21 de abril de 2017

RU-486 O remédio da morte

Cipla Mifepristone & Misoprostol (200 mg)
A aprovação do remédio abortivo RU-486 por parte de um comitê consultivo da Food and Drug Administration (FDA) norte-americana, foi motivo de uma dura censura por parte da Santa Sé, que através de L'Osservatore Romano, qualificou a nova droga como "pílula de Caim".

Turva história. A história da RU-486 começou nos laboratórios Russell-Uclaf da França, onde na década passada esteve fazendo experimentos para a criação, mais que de um método anticoncepcional, de uma forma que convertesse o aborto em um trâmite "privado", fácil e longe das clínicas de aborto. O resultado da pesquisa foi a RU-486. Face à crítica mundial, a poderosa droga, que basicamente procura produzir fortes contrações no útero feminino até o ponto de expulsar o óvulo fecundado, foi aprovada para seu uso na França, China e Austrália.
O grande mercado. Entretanto, para poder comercializá-la massivamente, e inclusive para poder introduzi-la como "pílula anticoncepcional" nos lugares onde o aborto é proibido, os distribuidores da pílula descobriram que a RU-486 tinha que passar nos Estados Unidos, um mercado que não só é um dos mais amplos do mundo, mas também serve de parâmetro de consumo para muitos países.
Sutilezas. Mas para poder ingressar no mercado americano, a RU-486 necessitava da aprovação da FDA. Logo que realizou o primeiro esforço de apresentação, a Russell-Uclaf recebeu uma firme advertência dos organismos provida norte-americanos: se introduzissem a droga abortiva, todos os produtos do laboratório francês serão boicotados no país. A empresa, entretanto, encontrou a maneira de driblar o bloqueio: mediante um acordo com a Planned Parenthood (PP), Russell-Uclaf concedia "por razões humanitárias" o direito de comercialização da droga à poderosa organização abortista, em troca esta e não o laboratório administrasse a aprovação da droga ante a FDA.
O poder. A influência do PP nos Estados Unidos conhece poucos limites. Seus principais promotores políticos incluem não só a influentes políticos democratas, mas também ao presidente Bill Clinton e sua esposa. No aspecto econômico, a PP conta com recursos quase ilimitados: além disso, com apoio de grandes corporações, conta com a contribuição do entusiasta Warren Bufê, considerado o homem mais rico dos Estados Unidos. Graças a estes recursos, PP não encontrou dificuldade em obter que, inclusive transgredindo normas de segurança médica, a droga fora aprovada em primeira instância pela FDA apesar de suas graves conseqüências, que incluem sangramentos e reações de choque.
A Santa Sé. Em um editorial escrito em L'Osservatore Romano, o padre Gino Concetti qualificou a RU-486 como o monstro que cinicamente assassina seus irmãos. O texto do teólogo moral, que reflete a preocupação da Santa Sé, destacou sem rodeios que a pílula pode ser compreendida como parte da campanha dos países ricos do hemisfério norte para "controlar" a população nas nações em desenvolvimento do sul.
Forças obscuras. O sacerdote, que qualificou o plano de "perverso", destacou que a aprovação do comitê consultivo da FDA "é outra importante vitória das forças do aborto contra a vida não nascida". "Estas forças são dirigidas pelo Population Council e a International Planned Parenthood Federation", destacou abertamente Concetti.
O editorial de L'Osservatore Romano também denunciou a "hegemonia feminista" que "propõe um senhorio da mulher sobre seu próprio corpo às custas da vida da criança não nascida".
Dignidade esquecida. O teólogo também recordou que "se o embrião for um ser humano, como todo ser humano, tem sua própria dignidade e seus próprios direitos". "A hegemonia feminista contradiz esta verdade evidente em si mesma", destacou.
Esclarecendo. Em relação às conseqüências morais do uso da RU-486, o Pe. Concetti recordou que "tomar o medicamento é um ato imoral como procedimento médico porque causa a morte de uma criança não nascida". Destacou que qualquer pessoa que o consuma, portanto, comete a mesma falta moral que realiza uma mulher que recorre ao aborto cirúrgico.
Acidigital

Protomártires do Brasil serão canonizados em 15 de outubro

VATICANO, 20 Abr. 17 / 10:50 am (ACI).- Os Protomártires do Brasil serão canonizados no próximo dia 15 de outubro, na Basílica de São Pedro, como confirmou o Papa Francisco no Consistório Ordinário Público realizado hoje no Vaticano.

No último dia 23 de março, o Santo Padre já havia aprovado os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos Membros da Congregação para a Causa dos Santos sobre a canonização dos beatos André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, sacerdotes, o leigo Mateus Moreira e mais 27 companheiros leigos.
Conhecidos também como Mártires de Cunhaú e Uruaçu, eles foram beatificados pelo Papa São João Paulo II em 5 de março de 2000, no Vaticano. Foi este mesmo Pontífice que, em 13 de outubro de 1991,os chamou de protomártires durante a Missa de encerramento do XII Congresso Eucarístico, ocorrido em Natal.
Foram mortos pela perseguição de holandeses calvinistas durante o período em que estes ocuparam territórios do nordeste do país, entre 1630 e 1654. Nesta época, os invasores quiseram obrigar os católicos a se converterem ao calvinismo e proibiram a celebração da Santa Missa.
Então, em 16 de julho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Eles participavam da Missa na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, município de Canguaretama (RN).
Três meses depois, em 3 de outubro de 1645, houve o massacre em Uruaçu, onde foram mortos Padre Ambrósio Francisco Ferro e o leigo Mateus Moreira, o qual, segundo relatos, teve o coração arrancado pelas costas, mas, antes de morrer pôde gritar em alta voz: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento!”.
Acidigital


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Papa Francisco confirma que canonizará pastorinhos de Fátima em 13 de maio

Os pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto
VATICANO, 20 Abr. 17 / 09:02 am (ACI).- Os irmãos Jacinta e Francisco Marto, os pastorinhos de Fátima que junto com sua prima Lúcia foram testemunho das aparições da Virgem em Portugal, serão canonizados no próximo dia 13 de maio.
Foi o que confirmou o Papa Francisco durante o Consistório Ordinário Público para a Canonização dos Beatos, que aconteceu no Vaticano. O Pontífice canonizará os irmãos Marto durante a viagem que realizará a Fátima nos dias 12 e 13 de maio de 2017 por ocasião da comemoração do centenário das aparições da Virgem Maria na Cova da Iria.
No último dia 23 de março, após a reunião entre o Santo Padre e o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, foi aprovada a promulgação d decreto que reconhece o milagre, a cura de uma criança brasileira, atribuído à intercessão do Beato Francisco Marto e da Beata Jacinta Marto.
Jacinta nasceu em 11 de março de 1910 e morreu em 20 de fevereiro de 1920, enquanto seu irmão Francisco nasceu em 11 de junho de 1908 e faleceu em 4 de abril de 1919. Ambos foram beatificados pelo Papa São João Paulo II no ano 2000.
Jacinta, Francisco e Lúcia receberam a visita da Virgem Maria na Cova da Iria, em Fátima, entre maio e outubro de 1917. Jacinta tinha sete anos, Francisco, nove, e Lúcia, dez.
A Virgem lhes apareceu em 6 ocasiões. Na terceira delas, a que aconteceu em 13 de julho, a Virgem revelou o Segredo de Fátima a eles. Segundo as crônicas, Lúcia ficou pálida e gritou de medo, chamando a Virgem por seu nome. Houve um trovão e a visão terminou.
Durante o período em que se deram as aparições, as três crianças tiveram que fazer frente às incompreensões de suas famílias e vizinhos e à perseguição do governo português, profundamente anticlerical. Mas, aceitaram essas dificuldades com fé e coragem: “Se nos matam, não importa. Vamos ao céu”, diziam.
Após as aparições, os três pastorinhos seguiram sua vida normal até a morte de Francisco e Jacinta.
Francisco mostrou um espírito de amor e reparação para com Deus ofendido, apesar de sua vida tão curta. Sua grande preocupação era “consolar Nosso Senhor”. Passava horas pensando em Deus, por isso, sempre foi considerado um contemplativo.
Sua vocação precoce de eremita foi reconhecida no decreto de heroicidade de virtudes, segundo o qual, depois das aparições, “se escondia atrás das árvores para rezar sozinho; outras vezes subia aos lugares mais altos e solitários e aí se entregava à oração tão intensamente que não ouvia as vozes dos que o chamavam”.
A vida de Jacinta se caracterizou pelo espírito de sacrifício, pelo amor ao Coração de Maria, ao Santo Padre e aos pecadores. Motivada pela preocupação com a salvação dos pecadores e o desagravo ao Imaculado Coração de Maria, em tudo oferecia um sacrifício a Deus.
Acidigital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF