“Sejam sacerdotes santos, segundo o coração de Deus”, frisou dom Sergio da Rocha, cardeal arcebispo de Brasília, aos sete novos sacerdotes da Arquidiocese – todos eles provenientes do seminário missionário Redemptoris Mater. São eles:
- Cristian Evangelista
- Felipe Cardoso de Medeiros
- Germán Eduardo Machado Córdova
- João Antônio Benites Júnior
- Mateus da Costa dos Santos
- Sebastião de Sousa Júnior
- Vinicius de Lima Podda
A Catedral Metropolitana de Brasília recebeu três mil fieis para a ordenação que também contou com a presença dos quatro bispos auxiliares da Arquidiocese, do clero, seminaristas da Igreja local e dos familiares e amigos dos neo sacerdotes.
Na homilia, dom Sergio exortou aos eleitos à missão e ao discipulado, sem esquecer os seguintes aspectos da vida sacerdotal:
Oração – “Ao exercer o ministério sacerdotal, se deixem moldar pelo Senhor como o vaso nas mãos do oleiro; gastem tempo para rezar pelo povo. Sejam conhecidos como sacerdotes que rezam por si e pelo povo de Deus”
Perseverança – “A Igreja confia a vocês um bem inestimável: o sacerdócio que é de Cristo. Sejam perseverantes. O sacerdócio é fonte de alegria. Mas a Igreja sofre quando alguém deixa o sacerdócio ou é obrigado a deixá-lo. Para perseverar é preciso esforço sincero. Sejam sempre sacerdotes, totalmente sacerdotes, sacerdotes para sempre”.
Olhos em Cristo – “Perante as dificuldades jamais desanimar, nem recuar, mas seguir em frente. Vocês não estão sozinhos. Sabemos que trazemos tesouros em vasos de barro, mas sabemos que podemos contar com a graça de Deus. (...) E quando alguém passar por algum crise, lembre-se, Jesus está lhe esperando no sacrário. Vá até Ele nos hospitais, nos asilos, nas periferias, onde os irmãos sofrem. Não desanimem, nem se acomodem, caminhem sempre com os olhos e coração voltados para Jesus”.
Em breve será publicada a homilia completa de dom Sergio.
Rito de ordenação
O sacramento da Ordem tem três graus: episcopal, presbiteral e diaconal. Em cada um dos ritos está presente a imposição de mãos e a prece de ordenação. A celebração sacerdotal tem as seguintes partes:
Eleição do candidato – Um diácono chama o eleito ao sacerdócio e o ordenando se coloca diante do arcebispo. Logo em seguida um padre pede ao arcebispo que ordene o eleito. Então, o arcebispo pergunta ao padre se o eleito está pronto para adentrar a vocação, ao passo que o padre responde afirmativamente.
Homilia – O arcebispo se volta aos fiéis ressaltando a grandiosidade do momento e aos candidatos, admoestando-os a seguirem juntos a Jesus Cristo.
Propósito do Eleito – Logo após a homilia, o arcebispo pergunta ao eleito, em pé, se ele quer:
- Apascentar o rebanho do Senhor sob a direção do Espírito Santo
- Desempenhar o ministério da palavra ao anunciar o Evangelho
- Celebrar a Eucaristia e o Sacramento da Reconciliação para a santificação do povo de Deus
- Ter assiduidade na oração
- Se unir cada vez mais a Cristo, Sumo Sacerdote
A todas as perguntas o eleito responde “Quero!” e, depois, se ajoelha para prometer respeito e obediência ao arcebispo e às autoridades.
Ladainha – Os eleitos se prostram ao chão em sinal de oferta total de vida a Deus. Enquanto isso, os demais, de joelhos (exceto em domingos ou tempo pascal), rezam a Ladainha de Todos os Santos, pedindo a graças dos Céus aos eleitos.
Imposição das mãos e prece de ordenação – Os eleitos se ajoelham novamente para, agora, receber uma prece do arcebispo e do clero: um a um, o clero impõe as mãos sobre a cabeça de cada ordenando pedindo pela vocação e vida destes.
Unção das mãos e entrega da patena e do cálice – Com a ajuda de um padre, o eleito veste a estola e a casula sacerdotal. Depois, o arcebispo unge as palmas das mãos do eleito com o óleo do Crisma – como sinal da unção de Cristo – e faz uma oração. Em seguida, o arcebispo amarra as mãos do eleito com um tecido. Este vai em direção a quem deve desamarrar e receber a primeira bênção sacerdotal.
Logo depois o eleito recebe das mãos do arcebispo o pão, na patena, e o vinho, no cálice. Por fim, todo o clero abraça o neo sacerdote que, a partir deste momento, tem a graça de exercer, pela primeira vez, o ministério ao concelebrar a Missa.
Felipe Cardoso passou pelo rito e, agora, como padre, expressa aquilo do que o coração está repleto: “Estou muito feliz, cheio da graça de Deus! Recebi a unção nas mãos, a benção do arcebispo e de todo o presbitério. Só isso o que eu posso dizer mesmo: muito feliz!”
Por Lilian da Paz
Imagem - Farley e Chico Ferreira
Arquidiocese de Brasília