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sábado, 1 de julho de 2017

“Sejam sacerdotes santos, segundo o coração de Deus”

Canção Nova
“Sejam sacerdotes santos, segundo o coração de Deus”, frisou dom Sergio da Rocha, cardeal arcebispo de Brasília, aos sete novos sacerdotes da Arquidiocese – todos eles provenientes do seminário missionário Redemptoris Mater. São eles:

  • Cristian Evangelista
  • Felipe Cardoso de Medeiros
  • Germán Eduardo Machado Córdova
  • João Antônio Benites Júnior
  • Mateus da Costa dos Santos
  • Sebastião de Sousa Júnior
  • Vinicius de Lima Podda
A Catedral Metropolitana de Brasília recebeu três mil fieis para a ordenação que também contou com a presença dos quatro bispos auxiliares da Arquidiocese, do clero, seminaristas da Igreja local e dos familiares e amigos dos neo sacerdotes.  
Na homilia, dom Sergio exortou aos eleitos à missão e ao discipulado, sem esquecer os seguintes aspectos da vida sacerdotal:
Oração – “Ao exercer o ministério sacerdotal, se deixem moldar pelo Senhor como o vaso nas mãos do oleiro; gastem tempo para rezar pelo povo. Sejam conhecidos como sacerdotes que rezam por si e pelo povo de Deus”
Perseverança – “A Igreja confia a vocês um bem inestimável: o sacerdócio que é de Cristo. Sejam perseverantes. O sacerdócio é fonte de alegria. Mas a Igreja sofre quando alguém deixa o sacerdócio ou é obrigado a deixá-lo. Para perseverar é preciso esforço sincero. Sejam sempre sacerdotes, totalmente sacerdotes, sacerdotes para sempre”.
Olhos em Cristo – “Perante as dificuldades jamais desanimar, nem recuar, mas seguir em frente. Vocês não estão sozinhos. Sabemos que trazemos tesouros em vasos de barro, mas sabemos que podemos contar com a graça de Deus.  (...) E quando alguém passar por algum crise, lembre-se, Jesus está lhe esperando no sacrário. Vá até Ele nos hospitais, nos asilos, nas periferias, onde os irmãos sofrem. Não desanimem, nem se acomodem, caminhem sempre com os olhos e coração voltados para Jesus”.
Em breve será publicada a homilia completa de dom Sergio.
Rito de ordenação
O sacramento da Ordem tem três graus: episcopal, presbiteral e diaconal. Em cada um dos ritos está presente a imposição de mãos e a prece de ordenação. A celebração sacerdotal tem as seguintes partes:
Eleição do candidato – Um diácono chama o eleito ao sacerdócio e o ordenando se coloca diante do arcebispo. Logo em seguida um padre pede ao arcebispo que ordene o eleito. Então, o arcebispo pergunta ao padre se o eleito está pronto para adentrar a vocação, ao passo que o padre responde afirmativamente.
Homilia – O arcebispo se volta aos fiéis ressaltando a grandiosidade do momento e aos candidatos, admoestando-os a seguirem juntos a Jesus Cristo.
Propósito do Eleito – Logo após a homilia, o arcebispo pergunta ao eleito, em pé, se ele quer:
  • Apascentar o rebanho do Senhor sob a direção do Espírito Santo
  • Desempenhar o ministério da palavra ao anunciar o Evangelho
  • Celebrar a Eucaristia e o Sacramento da Reconciliação para a santificação do povo de Deus
  • Ter assiduidade na oração
  • Se unir cada vez mais a Cristo, Sumo Sacerdote
A todas as perguntas o eleito responde “Quero!” e, depois, se ajoelha para prometer respeito e obediência ao arcebispo e às autoridades.
Ladainha – Os eleitos se prostram ao chão em sinal de oferta total de vida a Deus. Enquanto isso, os demais, de joelhos (exceto em domingos ou tempo pascal), rezam a Ladainha de Todos os Santos, pedindo a graças dos Céus aos eleitos. 
Imposição das mãos e prece de ordenação – Os eleitos se ajoelham novamente para, agora, receber uma prece do arcebispo e do clero: um a um, o clero impõe as mãos sobre a cabeça de cada ordenando pedindo pela vocação e vida destes.
Unção das mãos e entrega da patena e do cálice – Com a ajuda de um padre, o eleito veste a estola e a casula sacerdotal. Depois, o arcebispo unge as palmas das mãos do eleito com o óleo do Crisma – como sinal da unção de Cristo – e faz uma oração. Em seguida, o arcebispo amarra as mãos do eleito com um tecido. Este vai em direção a quem deve desamarrar e receber a primeira bênção sacerdotal.
Logo depois o eleito recebe das mãos do arcebispo o pão, na patena, e o vinho, no cálice. Por fim, todo o clero abraça o neo sacerdote que, a partir deste momento, tem a graça de exercer, pela primeira vez, o ministério ao concelebrar a Missa.
Felipe Cardoso passou pelo rito e, agora, como padre, expressa aquilo do que o coração está repleto: “Estou muito feliz, cheio da graça de Deus! Recebi a unção nas mãos, a benção do arcebispo e de todo o presbitério. Só isso o que eu posso dizer mesmo: muito feliz!”

Por Lilian da Paz
Imagem - Farley e Chico Ferreira
Arquidiocese de Brasília

Das Homilias de São Gregório de Nissa, bispo

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(Orat. 6 De beatitudinibus:PG 44, 1270-1271)                (Séc.IV)


Deus pode ser encontrado no coração do homem
            Na vida humana, a saúde do corpo é boa coisa, mas o que torna feliz não é saber em que consiste a saúde, mas viver com saúde. Com efeito, se alguém, muito entretido em elogiar a saúde, toma alimentos que causam maus humores e doenças, de que lhe aproveitam, quando fica doente, os louvores à saúde? De modo semelhante entendamos a palavra que nos foi proposta, pois o Senhor não diz que a felicidade não está em conhecer algo sobre Deus, mas ter Deus em si. Bem-aventurados os que têm coração puro porque verão, eles próprios, a Deus.
            Não me parece que Deus vá colocar-se perante quem o contempla por ter purificado os olhos da alma, mas que talvez a magnificência desta palavra nos sugira aquilo que expressou mais claramente a outros: O reino de Deus está dentro de vós. Por aí ficamos sabendo como quem purificou seu coração de todo o criado e de toda paixão má verá em sua própria beleza a imagem da natureza divina.
            Creio que o Verbo incluiu, nestas poucas palavras que disse, o seguinte conselho: “Ó vós, homens, que tendes algum empenho em contemplar o verdadeiro bem, quando ouvirdes falar da majestade divina exaltada acima dos céus, de sua glória inefável, de sua indizível beleza, não vos deixeis levar pelo desespero por não poderdes ver o que desejais!”
            Se, por uma vida intensa e diligente, lavares de novo as sujeiras que mancham e escurecem o coração, resplandecerá em ti a divina beleza. Como acontece com o ferro, preto antes, retirada a ferrugem pelo polimento, começa a mostrar seu brilho ao sol, assim o homem interior, a quem o Senhor dá o nome de coração, quando limpar as manchas de ferrugem que surgiram em sua forma pela corrupção, recuperará a semelhança com sua principal forma original e se tornará bom. Pois o semelhante ao bom é bom.
            Por consequência, quem se vê a si, em si vê a quem deseja. Deste modo é feliz quem temo coração puro porque, olhando sua pureza, pela imagem descobre a forma principal. Aqueles que veem o sol refletido num espelho, embora não tenham os olhos fixos no céu, não veem menos seu esplendor do que aqueles que olham diretamente para o próprio sol; da mesma forma, também vós, embora sem possuirdes a capacidade de contemplar a luz inacessível, se voltardes à beleza e à graça da imagem que vos foi dada no início, em vós mesmo tereis o que procurais.
            A pureza, a ausência das paixões desregradas e o afastamento de todo o mal é a divindade. Se, portanto, se encontrarem em ti, Deus estará totalmente em ti. Quando, pois, teu espírito estiver puro de todo vício, liberto de todo mau desejo e longe de toda nódoa, serás feliz pela agudeza e luminosidade do olhar, porque aquilo que os impuros não podem ver, tu, limpo, o perceberás. Retirada dos olhos da alma a escuridão da matéria, pela serenidade pura contemplarás claramente a beatificante visão. E esta, o que é? Santidade, pureza, simplicidade, todo o esplendor da luminosa natureza divina, pelos quais Deus se deixa ver.
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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Igreja de Brasília ganhará sete novos padres

O que leva uma pessoa a deixar tudo para trás, a deixar tudo pelo próximo? Qual a centelha, a motivação que impulsiona alguém a viver pelo outro, a doar o próprio tempo, coragem e entusiasmo? De onde vem a vontade de entregar a vida totalmente a Deus, abraçando o celibato pelo Reino dos Céus?

Perguntas que permeiam os pensamentos de muitos e que muitas vezes são difíceis de responder. Para entender essas escolhas é preciso estar mergulhado no Espírito Santo de Deus, pois Ele é a resposta.
Guiados por este princípio, sete diáconos da Arquidiocese de Brasília serão ordenados sacerdotes neste sábado, 1º de julho, a partir das 8h30. A celebração será presidida por dom Sergio da Rocha, cardeal arcebispo de Brasília, na Catedral Nossa Senhora Aparecida. Este ano, em particular, todos os candidatos são do Seminário Redemptoris Mater, que tem caráter missionário.
Confira o testemunho de vida de três dos sete futuros sacerdotes. Cada um com uma história e despertar únicos para a vocação, mas todos com o mesmo objetivo: serem operários para a grande messe sedenta de Deus – aqui ou em qualquer lugar do mundo.

“A vocação não pode se basear em sentimentos”

“Eu sou o diácono Vinicius de Lima Podda, tenho 26 anos e sou natural da cidade de São Paulo, capital. Quando tinha dezessete anos terminei o ensino médio e, tendo completado dois anos de acompanhamento vocacional, deixei minha casa, minha terra e minha família para ingressar no Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater de Brasília. Na espiritualidade de nosso Seminário, dado seu caráter missionário, é muito importante a disponibilidade de ir aonde for necessário confiante na providência do Senhor. Digo isso para dizer que não escolhi Brasília para morar, foi Deus quem me enviou para cá, esta é minha terra de missão por hoje. Importa dizer também que, nestes quase dez anos de disponibilidade à missão, não permaneci todo o tempo em Brasília; estive também em outros lugares do Brasil e do mundo: Tocantins, Pará, Minas Gerais e o Oriente Médio foram alguns dos destinos que Deus escolheu para que neles desse testemunho d’Ele.
Tive a graça de ter nascido em uma família cristã que sempre me transmitiu a fé e os costumes católicos de maneira abundante e autêntica. Meus pais, Gilberto e Irma, têm 28 anos de matrimônio e tiveram seis filhos: Vinicius, Estevão, Lucas, Talita, Israel e Raquel; deles sou o primogênito. Além de mim, o terceiro também respondeu ao chamado do Senhor e é seminarista missionário em Washington (EUA).
Penso que não é possível reduzir o chamado do Senhor a um momento isolado da vida, Deus vai fazendo toda uma história e vai manifestando paulatinamente sua vontade. Porém existem momentos específicos onde há uma maior clareza do chamado, momentos nos quais toda a história que Deus vem fazendo se torna diáfana e eloquente.
Destaco um dos vários momentos especiais para mim. Depois de ter entrado no Seminário, estava em uma celebração eucarística aos pés do Monte Sinai, no Egito. Tínhamos, anteriormente, passado horas aos pés do monte fazendo a Lectio Divina do texto da vocação de Moisés e, posteriormente, iríamos subir o monte em oração para rezar a oração da manhã no topo, ao nascer do Sol. Ali Deus me confirmou o chamado. Senti que minha vida tinha um sentido enquanto era um serviço aos outros, como foi a vida de Moisés com relação ao povo de Israel. Deus me falou naquela ocasião. Poderia narrar muitíssimos outros, mas a ocasião não permite fazê-lo. Uma coisa, porém gostaria de dizer: a vocação não pode se basear em sentimentos, mas em fatos, fatos nos quais Deus te fala de verdade.
Para os jovens digo uma coisa: Não tenhais medo de abandonar-vos na vontade do Senhor! Ela não tira nada! Ele dá tudo! Muitos jovens não respondem ao chamado não pela dúvida, mas pelo medo de não ser feliz; as dúvidas são boas e frutíferas. O medo não! É ruim e paralisa. Por isso repito: Não tenhais medo! Deus é fantástico e vos fará felizes! Termino essa pequena exortação citando um salmo que me é muito caro: “põe tua alegria no Senhor e ele realizará os desejos do teu coração” (Sl 37,4). Deus não decepciona nunca!”

“Experimentei o amor profundo d’Ele”

"Meu nome é Cristian Evangelista, tenho 39 anos e sou italiano. Estou no Brasil há dez anos. Sou casula de seis filhos, a minha família sempre foi católica. Morei com os meus pais até eu partir em missão para ser formado no seminário de Brasília.
 A minha juventude foi muito difícil e conturbada. Procurei a vida em muitas coisas, mas nunca encontrei. Eu sempre estive inserido dentro da vida da Igreja, sabia que existia um Deus que me amava e que conduzia a minha vida, mas não conseguia permanecer no caminho da salvação. Fiz todo tipo de experiência: bebia, usava drogas, procurava felicidades com as mulheres, em suma, destruía a mim mesmo e àqueles que estavam perto de mim. Fiz sofrer muito a minha família. No fundo não encontrava um sentido na minha vida. Era sempre insatisfeito. Nunca pensei em ser padre. Eu achava que os presbíteros fossem pessoas perfeitas que nunca erraram na vida ou pessoas que eram fracassadas e, por isso, se escondiam por detrás do ministério.
Chegou um momento de angústia profunda, não queria mais viver assim, estava mal no corpo por causa dos vícios e também na alma. Foi neste momento que gritei ao Senhor. Justo naquele período realizou-se a Jornada Mundial da Juventude de Colônia (Alemanha), em 2005. Eu fui e, pela primeira vez, fui sem pretensões, me coloquei à escuta de Deus, abri o meu coração à vontade d’Ele. Foi naquele momento que senti o chamado de Cristo.
Fiz também uma experiência no seminário por 10 dias. Aconteceu que num lugar tão diferente daquilo que era o meu ordinário, pela primeira vez na vida, experimentei a paz. Então me ofereci à Igreja e confiei no seu discernimento – eu sabia que era uma pessoa com muitos vícios e pecados. A Igreja me acolheu e não me julgou, me curou. Comecei a dar valor à vida, à família, às coisas simples. Depois de dois anos me enviaram ao Brasil. Senti desde o começo que o Senhor me esperava aqui. Experimentei o amor profundo d’Ele no perdão dos pecados e na sua fidelidade e confiança para comigo. Somente hoje vejo que Cristo sempre me chamou, a minha vocação nasceu desde o ventre de minha mãe, foi um projeto belíssimo do Senhor."

“Vi que Deus estava me chamando”

"Meu nome é Mateus da Costa dos Santos, até o momento estou como diácono na paróquia Imaculada Conceição, de Sobradinho. Tenho 25 anos, faço 26 no próximo dia 6 de julho. Sou o mais novo dos sete diáconos e serei o padre mais jovem da Arquidiocese. Só por este fato, fico feliz com a eleição que Deus fez comigo, Ele que me chamou muito jovem e me levou por caminhos que não imaginava até chegar à ordenação sacerdotal.
Sou natural de Brasília, nasci em Taguatinga (DF). Quando eu tinha um ano de idade minha família foi morar na cidade de Santa Maria (DF). Sou o segundo de três filhos. Cresci em um lar católico, meus pais sempre me levaram à Igreja. Na simplicidade em que vivíamos, meus pais me educaram com muito zelo, me ensinando a procurar a Deus em primeiro lugar. A educação na fé que recebi dos meus pais me ajudou em primeiro lugar a ser um cristão e depois a poder ter uma base de ajuda e apoio diante do ambiente hostil que cresci, pois Santa Maria era muito violenta. Lembro, com pesar, de muitos amigos próximos e vizinhos que se perderam no mundo do crime e das drogas.
A minha vocação nasceu com o testemunho e a experiência dos padres. Na minha paróquia sempre passaram padres da Arquidiocese que eram missionários. Cresci vendo a forma que eles se relacionavam com as pessoas, como faziam a Igreja crescer e ter mais vida, a forma como pregavam... E fiquei com esse testemunho silencioso no coração durante toda a minha infância e adolescência.  
 Em 2007, participei de uma peregrinação à Aparecida (SP), quando o Papa Bento XVI veio ao Brasil. Fui com os jovens do Caminho Neocatecumenal,itinerário de fé do qual faço parte até hoje. Foi uma experiência fantástica ver o Papa e pode ver a Igreja viva. Ali vi que Deus estava me chamando.  Depois que voltei da peregrinação, fiz um ano de acompanhamento vocacional e aos 17 anos, em 2008, entrei no Seminário Missionário Arquidiocesano Redemptoris Mater de Brasília.
No seminário, foram anos maravilhosos de aprendizado, de experiências e de amadurecimento na vocação. Sou muito grato pela formação que recebi lá. E hoje me sinto muito contente com a vocação, principalmente depois deste tempo de serviço diaconal na paróquia. Em presenciar tantos frutos de Deus, ver o crescimento da comunidade e tantas pessoas ajudadas pela Palavra e pelos Sacramentos."

Por Kamila Aleixo
Arquidiocese de Brasília

Santo Irineu, Bispo de Lyon e Padre da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jun. 17 / 05:00 am (ACI).- Santo Irineu foi Bispo da cidade francesa de Lyon, Padre da Igreja e é recordado por ter escrito muitas obras que forjaram as bases da teologia cristã e que confrontaram erros e heresias provenientes do gnosticismo do século II.

Irineu foi discípulo de São policarpo, bispo daquela cidade, o qual, por sua vez, foi discípulo do Apóstolo São João.
Sua principal obra é chamada “Contra as Heresias”, um escrito que consta de 5 volumes que refutam os ensinamentos de vários grupos gnósticos dos primeiros séculos da era cristã.
O gnosticismo é uma heresia muito antiga que defende que só se alcança a salvação da alma com um conhecimento quase intuitivo dos mistérios do universo e em umas fórmulas mágicas que esse conhecimento indica, o que hoje faria parte do New Age.
Santo Irineu nasceu na Ásia Menor na primeira metade do século II; sua data de nascimento é desconhecida, mas diz-se que poderia ser por volta do ano 125.
Recebeu uma boa educação, pois tinha profundos conhecimentos das Sagradas Escrituras, da literatura e da filosofia. Além disso, em várias ocasiões viu e escutou o Bispo São policarpo em Esmirna.
Durante a perseguição de Marco Aurélio, Irineu era sacerdote da Igreja de Lyon. Tempos mais tarde, sucedeu o mártir São Policarpo como Bispo da mesma cidade.
Durante a paz religiosa após a perseguição de Marco Aurélio, o novo Bispo dividiu suas atividades entre os deveres de um pastor, missionário, e seus escritos, os quais quase todos eram dirigidos contra o gnosticismo, a heresia que se propagava entre os gauleses e outros lugares.
O ano de sua morte é desconhecido. De acordo com uma tradição posterior, afirma-se que foi martirizado. Sua festa é celebrada em 28 de junho.
Acidigital

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Das Homilias, de São Gregório de Nissa, bispo

FASBAM

(Orat. 6 De beatitudinibus: PG 44, 1263-1266)            (Séc.IV)


Deus é um rochedo inacessível
            O que costuma acontecer a quem do alto de um monte olha para o vasto mar lá embaixo, isto mesmo se dá com o meu espírito em relação à altíssima palavra do Senhor: dessa altura olho para a inexplicável profundidade de seu sentido.
            A mesma vertigem que se pode sentir em alguns lugares da costa, quando se olha desde uma grande elevação a cavaleiro das ondas para o mar profundo, do alto saliente de um penhasco que, do lado do mar, parece cortado pelo meio do vértice até a base mergulhada nas profundezas, sobrevém a meu espírito suspenso à grande palavra proferida pelo Senhor:Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. Deus se oferece à visão daqueles que têm o coração purificado. Deus, ninguém jamais o viu, diz o grande João. Confirma esta asserção, Paulo, aquele espírito sublime: A quem homem algum vê nem pode ver. Eis aqui o penhasco, escorregadio, despenhadeiro sem fundo, talhado a pique, que não oferece em si nenhum ponto de apoio para a inteligência da criatura! O próprio Moisés sentiu-se esmagado pela palavra: Não há, diz ele, quem veja a Deus e continue a viver. Ele sentenciou que este penhasco é inacessível, porque nunca nossa mente pode lá chegar, por mais que se esforce por alcançá-lo, erguendo-se até ele.
            Ora, ver a Deus é gozar a vida eterna. No entanto, que Deus não possa ser visto, as colunas da fé, João, Paulo e Moisés, o afirmam. Percebes a vertigem que arrasta logo o espírito para as profundezas do conteúdo desta questão? De fato, se Deus é a vida, quem não vê a Deus não vê a vida. Mas que não se possa ver a Deus, tanto os profetas quanto os apóstolos, levados pelo Espírito divino, o atestam. Em que angústias, portanto, se debate a esperança dos homens?
            Contudo, o Senhor vem erguer e sustentar a esperança vacilante, assim como fez a Pedro, a ponto de afundar, firmando-o na água tornada resistente ao caminhar, para que ele não se afogasse.
            Portanto, se a mão do Verbo se estender para nós, que vacilamos no abismo de nossas especulações, colocando-nos em outra perspectiva, perderemos o medo e, já seguros, abraçaremos o Verbo que nos conduz como que pela mão, dizendo: Bem-aventurados os puros de coração porque eles verão a Deus.
www.liturgiadashoras.org

terça-feira, 27 de junho de 2017

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

O Ícone

Ícone é o nome dado a uma pintura que, não sendo apenas um quadro ou uma obra de arte, é carregada de significados sagrados e leva seu observador à oração. O Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é formado por quatro figuras: Nossa Senhora, o Menino Jesus e dois arcanjos. A aparição dos arcanjos com uma lança e a cruz mostram ao Menino Jesus os instrumentos de sua Paixão. Assustado corre aos braços da Mãe. Por causa do movimento brusco desamarra a sandália. Maria o acolhe com ternura e lhe transmite segurança. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao Menino, mas a nós. Porém, sua mão direita nos aponta Jesus, o Perpétuo Socorro. As mãos de Jesus estão nas mãos de Maria. Gesto de confiança do Filho que se apóia na Mãe.
Por Kamila Aleixo / Arquidiocese de Brasília

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Conferência pró-vida no quartel general do Google é um sucesso

Stephanie Gray e Sede do Google / Crédito: Wikimedia Commons e Flickr de Affiliate (CC-BY-2.0)
CALIFÓRNIA, 26 Jun. 17 / 07:00 pm (ACI).- Uma ativista pró-vida foi convidada ao quartel general do Google, na Califórnia, para dar uma conferência sobre o drama do aborto, uma iniciativa que também foi vista por milhares de internautas no Youtube.
A palestra de Stephanie Gray, que tem aproximadamente 20 mil visualizações no YouTube, superou as cerca de 2 mil visualizações de uma conferência similar no Google de Cecile Richards, presidente da transnacional do aborto Planned Parenthood .
Gray, autora do Livro Love Unleashes Life (O amor liberta a vida) e cofundadora do Centro Canadense para a Reforma Bioética, foi convidada a participar da série de conferências Talks at Google (Conversas no Google), um espaço no qual o Google convida diversos especialistas para compartilhar a sua experiência.
Gray, que deu mais de 800 palestras nos últimos 15 anos, iniciou sua apresentação ressaltando as três qualidades pelas quais acredita que uma pessoa é considerada “inspiradora”.
Entre elas: 1) dar prioridade aos outros antes dela mesma; 2) ter uma perspectiva dos sofrimentos e da própria situação de vida; e 3) fazer o correto, inclusive em situações difíceis.
Para aprofundar na primeira qualidade, Gray recordou duas histórias. A primeira, sobre o naufrágio do cruzeiro Costa Concórdia na Itália, em 2012, e a segunda sobre “O Milagre em Hudson”, a aterrissagem de emergência de um avião em um rio nos Estados Unidos, em 2009.
No primeiro caso, quando o navio encalhou, o capitão saiu da embarcação junto com os passageiros. Na segunda situação, quando os passageiros abriram as portas do avião para escapar e a água do rio começou a entrar, o piloto permaneceu dentro do avião até todos saírem.
Gray indicou que o piloto foi considerado um herói, enquanto o capitão sofreu o constrangimento a nível internacional.
Nesse sentido, Gray perguntou se, assim como este piloto preferiu salvar os passageiros antes dele mesmo, “uma mulher grávida não deveria dar prioridade às necessidades daqueles que dependem dela, ou seja, seu filho não nascido?”.
A ativista canadense expressou que o embrião também é um ser humano que ainda está em uma fase de desenvolvimento e depende totalmente da sua mãe, porque está crescendo dentro do seu ventre.
Gray acrescentou que um não nascido é mais fraco do que um recém-nascido e perguntou: “Não deveríamos priorizar as necessidades da criança por nascer?”. Porque, sublinhou, uma pessoa que se considera “inspiradora” se preocupa pelos mais fracos antes dos fortes.
A respeito do segundo ponto, Gray recordou que em certa ocasião conheceu uma mulher que tinha perdido quase toda a sua família durante o genocídio em Ruanda, em 1994. Durante este triste acontecimento, o governo exterminou mais de um milhão de pessoas que pertenciam a um dos dois grupos étnicos que havia no país.
Gray indicou que mostrou à mulher a foto de uma criança assassinada no massacre junto com a de um bebê abortado e perguntou o que ela achava. A ruandesa assinalou a imagem do bebê abortado e disse: “Isso é pior, porque pelo menos a minha família teve a  oportunidade de fugir”.
A canadense também recordou o livro do psiquiatra Viktor Frankle “O homem em busca de sentido”, que escreveu baseado em sua experiência em um campo de concentração.
No texto, Frankle conta que viu vários prisioneiros judeus sofrendo maus tratos e fome, mas havia um grupo que apesar de viver na desgraça tinha gestos de caridade para com os seus companheiros, como compartilhar com eles uma quantidade da sua comida.
Gray indicou que Frankle chegou à conclusão de que “as pessoas podem ter uma experiência dolorosa, mas buscarão dar uma resposta diferente a essa experiência”.
Stephanie Gray também propôs a experiência de um estudante universitário que havia contado para ela que a sua madrasta tinha abortado o seu bebê, porque soube que poderia morrer ao nascer. Qualquer gestante nessa situação poderia se perguntar: “Por que cortar o curto período de tempo que nos resta? Pelo contrário, não gostaríamos de saborear cada momento de cada dia das próximas 20 semanas (da gravidez)?”.
Para explicar a última e terceira característica que faz com que uma pessoa seja inspiradora, Gray enumerou algumas circunstâncias adversas, tais como a pobreza ou ter sofrido um estupro, que podem levar uma pessoa à decisão de abortar.
A ativista mencionou que há muitas mulheres que passam por esta situação e que, apesar de tudo, decidem fazer a coisa certa, como uma mulher mexicana que foi estuprada aos doze anos e teve o seu filho; ou aquele outro caso de uma mulher que já havia decidido abortar, mas se arrependeu e, além disso, convenceu o outra mulher a fazer o mesmo.
Ao concluir sua apresentação, explicou que todos os exemplos que colocou são de pessoas “inspiradoras porque colocaram os outros antes de si, porque tiveram perspectiva e porque fizeram o correto em uma situação difícil”.
“Este é o desafio que eu lhes deixo hoje”, concluiu Gray.
Acidigital

domingo, 25 de junho de 2017

Do Tratado sobre a Santíssima Trindade, de Faustino Luciferano, presbítero

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(Nn.39-40: CCL 69,340-341)

(Séc.IV)

Cristo, rei e sacerdote para sempre
Nosso Salvador tornou-se, segundo a carne, verdadeiro Cristo, por ser verdadeiro rei e
verdadeiro sacerdote. Ele é ambas as coisas, para que não viesse a faltar algo ao
Salvador. Ouvi como é rei: Eu, porém, fui por ele constituído rei sobre Sião, seu santo
monte. Ouvi como também é sacerdote, pelo testemunho do Pai: Tu és sacerdote
eternamente, segundo a ordem de Melquisedec. O primeiro na lei a tornar-se sacerdote
pela unção do crisma foi Aarão. Contudo não se diz: “segundo a ordem de Aarão”, para
que não se julgasse provir de sucessão o sacerdócio do Salvador. Com efeito, o
sacerdócio de Aarão mantinha-se pela sucessão. O sacerdócio do Salvador, porém, não
passa a outro por sucessão porque ele é o sacerdote que permanece para sempre,
conforme o que está escrito: Tu és sacerdote, segundo a ordem de Melquisedec.

Portanto o Salvador, segundo a carne, é rei e sacerdote ao mesmo tempo. Não foi
ungido rei e sacerdote corporal mas espiritualmente. Entre os israelitas, os reis e
sacerdotes, ungidos corporalmente com a unção do óleo, eram ou reis ou sacerdotes.
Não ambos em um só: mas um era rei e outro, sacerdote. Unicamente a Cristo se devia a
perfeição e plenitude de ambos, a ele que viera consumar a lei.

Embora não possuísse cada um deles as duas regalias ao mesmo tempo, por serem
ungidos corporalmente com o óleo real ou o óleo sacerdotal, ambos eram chamados
cristos. O Salvador, porém, o verdadeiro Cristo, foi ungido pelo Espírito Santo, a fim de
cumprir-se o que dele se escreveu: Por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo da
alegria de preferência a teus companheiros. Foi ungido mais que os companheiros de
seu nome, quando recebeu o óleo da alegria, que outro não é senão o Espírito Santo.
Sabemos que isto é verdade pelo próprio Salvador. De fato, quando tomou e abriu o
livro de Isaías, leu: O Espírito do Senhor está sobre mim porque me ungiu, declarou
estar-se realizando esta profecia ali aos ouvidos dos presentes. Pedro, o príncipe dos
apóstolos, também afirma ser o próprio Espírito Santo aquele crisma com que é ungido
o Salvador, quando, nos Atos dos Apóstolos, fala ao fidelíssimo e misericordioso
centurião. Entre outras coisas, ele diz: Começando da Galiléia depois do batismo,
pregado por João, Jesus Nazareno, a quem Deus ungiu com o Espírito Santo e poder,
passou fazendo portentos e maravilhas e libertando todos os possessos do demônio.
Prestai pois atenção! Diz Pedro que esse Jesus, segundo a humanidade, foi ungido pelo
Espírito Santo e poder. Por isto, com toda a verdade esse Jesus, segundo a carne, é
Cristo, pois pela unção do Espírito Santo foi feito rei e sacerdote para sempre.
www.liturgiadashoras.org

12º Domingo do Tempo Comum: Não Tenhais Medo

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Na passagem do Evangelho segundo Mateus, hoje proclamada, encontramos três vezes a palavra de Jesus dirigida aos seus discípulos: “Não tenhais medo!” (Mt 10,26.28.31). A Liturgia da Palavra nos motiva a cultivar a atitude de confiança e esperança em Deus, acompanhada da fidelidade e do testemunho. Ao invés do medo dos homens, é preciso confiar em Deus e dar testemunho fiel e corajoso de Jesus Cristo. Infelizmente, há quem sente medo ou vergonha de mostrar a sua fé perante os que não creem ou não participam da Igreja. É preciso sempre tratar todas as pessoas com o devido respeito, mas jamais esconder a fé cristã.
Em meio à angústia e ao medo espalhado por muitos, o profeta Jeremias permanece fiel, colocando em Deus a sua confiança. “O Senhor está ao meu lado como forte guerreiro” (Jr 20,11), afirma ele, suplicando o auxílio divino. Por isso, Jeremias nos convida a louvar e a cantar ao Senhor que salvou a sua vida da mão dos perversos. Situação semelhante é vivida pelo Salmista, que sofre insultos por causa da sua fé em Deus, mas permanece fiel, reconhecendo o seu imenso amor pelos pobres e perseguidos. Com ele, nós suplicamos: “Atendei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor” (Sl 68). Com São Paulo, nós reconhecemos que a graça de Deus, “o dom gratuito concedido por meio de Jesus Cristo”, é muito maior do que o pecado do homem (Rm 5,12-15). Por isso, louvamos ao Senhor, na Eucaristia!
Neste domingo, celebramos o Dia Nacional do Migrante, com o tema “Migração, biomas e bem viver”, em sintonia com a Campanha da Fraternidade. Brasília foi edificada por migrantes vindos de todas as partes do Brasil, que continuam a formar a maior parte de sua população. Somos convidados a rezar e a refletir sobre a realidade dos migrantes, bem como, a desenvolver ações pessoais e comunitárias que lhes manifestem a acolhida fraterna, a solidariedade e o respeito, da comunidade cristã e de cada um.
Na próxima terça feira, 27 de junho, o Papa Francisco celebra 25 anos de ordenação episcopal. A ele, o nosso cordial agradecimento pelo ministério fecundo que tem desempenhado com generosidade e alegria. Unidos ao Santo Padre, nós bendizemos a Deus e rezamos por ele!
No sábado, 1º de julho, será realizada a ordenação de sete sacerdotes, na Catedral Metropolitana de Brasília, às 8:30 h. Nossos padres necessitam das suas orações e presença fraterna. Reze por eles e venha participar da celebração, acolhendo os novos presbíteros, com alegria e gratidão!
Arquidiocese de Brasília

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Papa Francisco responde: O que se deve fazer para ser santo na vida cotidiana?

Papa Francisco chega à Praça de São Pedro. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
VATICANO, 21 Jun. 17 / 09:40 am (ACI).- Durante a Audiência Geral na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco explicou que para ser santos “não significa rezar o dia todo” e assegurou que o que se deve fazer é “cumprir os deveres com o coração aberto a Deus”.
“Pensamos que é uma coisa difícil, que é mais fácil ser delinquente do que santo. Não. É possível ser santos porque o Senhor nos ajuda. É Ele quem nos ajuda”.
Em uma nova catequese centrada na esperança, o Santo Padre refletiu sobre os santos, “testemunhos e companheiros da esperança”. Recordou como, “no dia do nosso Batismo, ressoou para nós a invocação dos santos. Muitos de nós, naquele momento, éramos crianças, levados nos braços por nossos pais”.
Essa ocasião, sublinhou o Pontífice, “foi a primeira em que, durante a nossa vida, nos era presenteada essa companhia de irmãos e irmãs maiores – os santos – que passaram pela nossa mesma estrada, conheceram as nossas mesmas fadigas e vivem para sempre no abraço de Deus”.
“Deus não nos abandona jamais”, assegurou. “Em toda ocasião em que estejamos necessitados, virá um de seus anjos para nos dar consolo”. “Os santos de Deus estão sempre aqui, ocultos em meio a nós”.
Contudo, assinalou o Papa, “alguém de vocês poderia me perguntar: ‘Mas, Padre, pode-se ser santo na vida de todos os dias?’. ‘Sim, pode’. ‘Mas isso significa que devemos rezar todo o dia?’. ‘Não’. Isso significa que você deve cumprir os seus deveres durante todo o dia: rezar, ir ao trabalho, cuidar dos filhos... E fazer tudo com o coração aberto a Deus. Com essa vontade de que esse trabalho, também na doença, no sofrimento, na dificuldade, esteja aberto a Deus. E assim seremos santos”.
Francisco destacou que “os cristãos, no combate contra o mal, não se desesperam. O cristianismo cultiva uma incurável confiança. Não crê que as forças negativas e que dividem podem prevalecer. A última palavra sobre a história do homem não é o ódio, não é a morte, não é a guerra. Em todo momento da vida nos assiste a mão de Deus e também a discreta presença de todos os fiéis que nos precederam no sinal da fé”.
“A assistência deles nos diz antes de tudo que a vida cristã não é um ideal inatingível. E, ao mesmo tempo, nos conforta: não estamos sozinhos, a Igreja é feita de inúmeros irmãos, às vezes anônimos, que nos precederam e que, pela ação do Espírito Santo, estão envolvidos nos assuntos dos que ainda vivem aqui”.
O Bispo de Roma insistiu que a invocação dos santos durante o Batismo “não é a única invocação dos santos que marca o caminho da vida cristã”. E como exemplo, citou os sacramentos do matrimônio e do sacerdócio.
“Quando dois noivos consagram seu amor no sacramento do Matrimônio – afirmou –, invoca-se de novo para eles, desta vez como casal, a intercessão dos santos. E esta invocação é fonte de confiança para os dois jovens que partem para a viagem da vida conjugal”.
Em relação ao matrimônio, indicou que “quem ama verdadeiramente tem o desejo e a coragem de dizer ‘para sempre’” e, se não estão dispostos a dizer “para sempre”, “que não se casem! Ou para sempre, ou nada”. “Mas, sabem que têm necessidade da graça de Cristo e da ajuda dos santos”, disse. “Por isso, na liturgia nupcial invoca-se a presença dos santos”.
Sobre o sacramento do sacerdócio, lembrou que “também os sacerdotes preservam a recordação de uma invocação de santos pronunciada sobre eles. É um dos momentos mais tocantes da liturgia da ordenação. Os candidatos se prostram por terra, com o rosto em direção ao chão. E toda a assembleia, guiada pelo Bispo, invoca a intercessão dos santos”.
“Somos pó que aspira ao céu. Fracos em nossa força, mas potentes no mistério da graça que está presente na vida dos cristãos”, finalizou.
Acidigital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF