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domingo, 17 de março de 2019

2º Domingo da Quaresma: Orar E Escutar O Que Jesus Diz

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Liturgia da Palavra nos convida a escutar Jesus Cristo, nesta Quaresma, tempo especial de conversão em preparação para a Páscoa. No centro da passagem da Transfiguração encontra-se o convite do Pai para escutar a voz de Jesus Cristo. “Este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que Ele diz!” (Lc 9,35). Esta é a atitude fundamental a ser cultivada ao longo de todo o ano, especialmente, nesta Quaresma: escutar a voz de Jesus Cristo! Este é o caminho para que a “transfiguração” aconteça na vida das pessoas, das famílias e da sociedade, tantas vezes, desfiguradas pelas situações de pecado e de sofrimento que se abatem sobre tantos. Para isso, precisamos ser discípulos e discípulas que se disponham a subir a montanha “para rezar” (Lc 9,28), conforme ressalta a narrativa e Lucas.
Antes da Transfiguração, Jesus havia feito o anúncio de sua paixão e morte (Lc 9,22), convidando os seus discípulos a tomarem a cruz e segui-lo. A contemplação de Cristo transfigurado deveria animar a fé dos discípulos e prepará-los para subir o monte Calvário, isto é, para participar da paixão e abraçar a cruz.
S. Lucas ressalta ainda que os discípulos subiram a montanha, conduzidos por Jesus Cristo. Ele os “levou consigo” (Lc 9,28). O discípulo não sobe sozinho o monte da Transfiguração; não realiza tal experiência por si mesmo. “Sobe” porque o Senhor o “tomou consigo”, isto é, pela gratuidade do amor de Deus. A graça de Deus precede e acompanha a subida.
Abraão e Paulo são modelos a serem imitados. Deixar-se conduzir por Deus, nele confiando sempre, é a atitude permanente dos discípulos de Jesus, testemunhada, muito antes, por Abraão. Ele “teve fé no Senhor” (Gn 15,5). O exemplo de Abraão continua a ecoar ao longo da história, motivando-nos a caminhar rumo a uma vida nova, sustentados pela fé. Paulo também é modelo pelo caminho da cruz que escolheu percorrer, animado pelos mesmos sentimentos de Cristo, ao contrário dos que “se comportam como inimigos da cruz de Cristo” (Fl 3,18s). Quem crê em Deus não se instala numa vida cômoda; ao contrário, deixa-se interpelar por ele nas diversas circunstâncias, procurando discernir a sua vontade. Para tanto, são muito necessários os momentos de oração, de meditação da Palavra e de contemplação da presença amorosa de Deus na vida.
Aproveite este Tempo Quaresmal para rezar mais e escutar o que Jesus nos diz, lendo e meditando o seu Evangelho. Reze e medite o mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus através da Via-Sacra. Participe melhor da Eucaristia e prolongue a atitude de oração na vida cotidiana. Tenha uma frutuosa Quaresma!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Papa explica em que consiste a visão cristã do sofrimento: Segundo Domingo da Quaresma

Papa Francisco durante a oração do Ângelus. Foto: Captura de Youtube
Vaticano, 17 Mar. 19 / 09:37 am (ACI).- “O sofrimento não é sadomasoquismo, é uma passagem necessária, mas transitória”. Com essas palavras o Papa Francisco explicou, durante a oração do Ângelus neste segundo domingo da Quaresma, em que consiste a perspectiva cristã do sofrimento.
O Santo Padre dedicou suas palavras para refletir sobre o episódio evangélico da Transfiguração. Francisco explicou que “Jesus concedeu aos discípulos Pedro, Tiago e João experimentar a glória da Ressurreição: um pedaço do céu na terra”.
Assinalou que “a Transfiguração se realiza em um momento singular da missão de Cristo, isto é, depois de confiar aos discípulos que deveria sofrer, morrer e ressuscitar no terceiro dia”.
“Jesus sabe que eles não aceitam essa realidade e, por isso, quer prepara-los para suportar o escândalo da Paixão e da morte na Cruz, porque sabe que esse é o caminho por meio do qual o Pai celeste levará à Glória o seu Filho eleito: ressuscitando-o dos mortos”.
Esse caminho “também será o caminho dos discípulos: ninguém alcança a vida eterna senão seguindo Jesus, carregando a própria cruz na vida terrena”.
Portanto, explicou, “a Transfiguração de Cristo nos mostra a perspectiva cristã do sofrimento: não é sadomasoquismo, é uma passagem necessária, mas transitória. O ponto de chegada ao qual somos chamados é luminoso como o rosto de Cristo transfigurado: Nele está a salvação, a bem-aventurança, a luz, o amor de Deus sem limites”.
“Mostrado sua glória – continuou Francisco –, Jesus nos garante que a cruz, as provações, as dificuldades nas quais nos debatemos têm a sua solução e a sua superação na sua Páscoa”.
Por isso, “nesta Quaresma, subamos também nós a montanha com Jesus! De que modo? Com a oração. A oração silenciosa, a oração do coração, a oração sempre buscando o Senhor. Permaneçamos alguns momentos em recolhimento, todos os dias um pouquinho, fixemos o olhar interior no seu rosto e deixemos que a sua luz nos adentre e se irradie na nossa vida”.
“Quantas vezes encontramos pessoas que iluminam, que emanam luz dos olhos, que têm aquele olhar luminoso! Rezam e a oração faz isto: nos faz luminosos com a luz do Espírito Santo”, destacou Francisco.
O Papa finalizou sua reflexão antes do Ângelus incentivando a dar “espaço à oração e à Palavra de Deus que, abundantemente, a liturgia nos propõe nestes dias”.
ACI Digital

Segundo Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Mar. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste domingo, 17 de março, a Igreja celebra o segundo Domingo da Quaresma. O Evangelho do dia corresponde à leitura de Lucas 9,28b-36, que relata o momento da Transfiguração do Senhor, quando os discípulos puderam ter uma experiência da glória de Cristo.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste segundo domingo da Quaresma:
Lc 9,28b-36
Naquele tempo, Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante. Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém.
Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.
E, quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom  estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que estava dizendo.
Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem.
Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!”
Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.
ACI Digital

segunda-feira, 11 de março de 2019

Estamos… cheios de nada e vazios de tud

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Redação (Segunda-feira, 11-03-2019, Gaudium Press) Suportamos uma verdadeira torrente de informações. No mundo dos meios -escritos, orais ou televisivos-, ou navegando nos espaços da internet a partir do computador e celular, 'chovem' todo tipo de notícias. Verdades, meias verdades ou falsidades -a já famosa e qualificada como epidemia mundial da desinformação: 'fake news'-, catástrofes que causam tristeza e nos fazem elevar uma oração pelos que sofrem essas terríveis situações, as que beiram o ridículo ou a loucura e nos deixam pensativos.
A tudo isso estamos, queridos leitores, submetidos diariamente. Somos receptores de verdadeiros impactos psico-visuais. Ficamos envergonhados, assustados, espantados, poucas vezes bem informados e, raramente cheios de alegria e esperança.
É que nos enchem de nada e nos deixam vazios de tudo!
Alguém dirá que sempre foi assim, que não é para se preocupar. Penetremos um pouquinho neste mundo das informações; algumas nos farão rir do ridículo, outras nos provocarão mal estar ao ver o grau de degradação no pensamento dos homens, há ainda as que nos causarão amargura. Ali concluiremos, se é para não se preocupar.
Há pouco saiu uma singular notícia, a foto que mais entradas teve, até o momento, no Instagram. Milhões que a viram, lhe deram seu 'like'. Pensarão: deve ser uma coisa tão maravilhosa e fora do comum, que temos que vê-la e dar 'like'. Não se espantem, era a foto de um ovo! Sim, um simples ovo de galinha. Em menos de duas semanas havia superado os 24 milhões de 'likes', chegando depois quase aos 30. Os criadores se identificaram com o nome de a galinha 'Henrietta', seu ovo se chama 'Eugene'. Esta excentricidade foi reconhecida depois pela 'World Record Egg' que afirmava: "Isto é uma loucura, que tempos vivemos" (El País. Espanha, 14-1-2019). A autora da foto 'vencida' -havia tido mais de 18 milhões de 'likes'-, zomba de sua derrota, simplesmente, quebrando um ovo no pavimento asfáltico quente... e com isso consegue mais de 4 milhões e meio de 'likes'.
Mas, percorramos um pouco mais esta 'selva' de informações 'vazias de tudo'.
Uma gata de nome 'Choupette', linda, por certo, recebe grande herança de seu falecido proprietário, um dos mais famosos designers do mundo. Herdeira feliz: "tem duas empregadas encarregadas de pentear seu pelo branco quatro vezes por dia, dar tratamento aos seus olhos azulados e levá-la ao veterinário uma vez ao mês, distraí-la e brincar com ela". E ainda que não acreditem, já que vivemos um mundo 'especial', tem até Twitter, Instragam e Facebook, com seguidores desde 45 até 145 mil. Seguidores! Também ostenta um site. A gata não sabe escrever... já que os 'dedinhos' se atrapalham no teclado, mesmo assim, a Choupette agradece ao falecido seu carinho (La Prensa Gráfica, 19-2-2019).
Como podemos ver: há de 'tudo', para encher-se de 'nada'.
Não há mais do que um mês atrás líamos a notícia, verdadeira ou falsa, não sabemos, mas publicada em vários meios: um homem de 27 anos teve a ideia incomum de levar seus pais ao tribunal por trazê-lo ao mundo sem o seu consentimento prévio. Este personagem é parte, na Índia, daqueles que promovem uma sociedade "sem crianças", com um nome singular: Movimento Voluntário de Extinção Humana, eles sustentam que as crianças não devem ser trazidas ao mundo. (La Nación, Buenos Aires, 4-2-2019).
Um ovo, um gato, a exigência de uma criança, uma sociedade livre de crianças, que elenco singular de loucura do mundo moderno. Nesta perspectiva, não nos surpreende, ver homens e mulheres no auge da riqueza e da fama, cometendo suicídio.
E isso: como é possível se eles têm "tudo" e não lhes falta "nada"?
No ano de 2018 houve episódios, de grande destaque publicitário, que deixaram perplexos aqueles que chegaram a conhecer as circunstâncias de sua morte; eles tinham tudo para ser felizes. Um vocalista de uma banda de rock popular, um grande designer de moda, uma atriz, um famoso ator de cinema, um prestigiado chef, um modelo e um artista conhecido. Alguns se enforcaram, outros tomaram a fatal decisão com uma arma, a maioria com substâncias químicas. Declarava a família de um deles: "queria encontrar a paz, lutou e refletiu sobre o sentido da vida e da felicidade, mas, não pode fazer mais" (La Vanguardia, 13-6-2018).
A esse singular paradoxo de ter mais ou de ser famoso optar por tirar a própria vida, ocorre a circunstância de que, nos países mais desenvolvidos -mais "felizes"-, a taxa de suicídios é maior. Nos EUA, há mais mortes por suicídio do que por acidentes automobilísticos ou armas de fogo. Na Espanha, é a primeira causa de morte não natural.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que, embora seja um tema relacionado à depressão, ocorre em esferas de maior poder aquisitivo, quando há transtornos decorrentes do consumo de álcool e abuso de substâncias. Aproximadamente um milhão de pessoas no mundo tiram suas vidas a cada ano -quase 3 mil por dia- sem considerar aqueles que tentam e não cumprem sua tarefa sinistra (La Vanguardia, Barcelona, 13-6-2018). Em El Salvador, estamos, entre 2016 e 2018, com 1327 suicídios: 442 por ano; a faixa etária que mais registra casos é entre 20 e 24 anos.
A solidão está onipresente entre as multidões, e dentro delas, nos jovens. Uma pesquisa da empresa 'YouGov' no Reino Unido, com adolescentes, nos apresenta o que qualificam de "geração de suicidas". Vejam as respostas: "não vale a pena viver" (18%); sua vida "não tem propósito" (27%); "ansiedade sobre o futuro" comparando-se com seus amigos "online" (48%); as redes sociais exercem uma "pressão esmagadora" sobre eles para serem bem sucedidos (57%). (El Mundo, Madri, 15-2-2019).
Há um tédio da vida em lugares qualificados como felizes. "Apesar da fama e do dinheiro nenhuma destas enche a essência do ser humano. Existe um profundo vazio que implica na tristeza e mais delicado ainda à depressão, que é considerada uma das principais razões que impulsionaram estes a tirar a vida" (Listin Diario, Santo Domingo, 1-3-2019). Profunda observação.
Solidão, abatimento, vazio, tristeza, depressão. Creem ter tudo, mas, se dão conta que no fundo não tem nada, estão vazios. Diagnóstico singular de uma humanidade que cada vez mais se distancia de Deus e seus Mandamentos. Não poderiam ser outras as graves consequências que se manifestam.
"Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei" (Mt 11, 28), assim é que convida Nosso Senhor Jesus Cristo aos homens de todos os tempos. Quando se sentir sozinho, desconsolado, deprimido, "cheio de nada e vazio de tudo", recorrei a quem diz de si mesmo: "aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrarei descanso para vossas almas: porque meu jugo é suave e meu fardo é leve" (Mt 11. 29-30). Que a Santíssima Virgem Maria, Medianeira Universal de todas as graças, pouse seu olhar misericordioso sobre este mundo de filhos necessitados.
(Publicado originalmente em La Prensa Gráfica, 10 de março de 2019)
Por Padre Fernando Gioia, EP
Traduzido por Emílio Portugal Coutinho

domingo, 10 de março de 2019

A propósito do dia dedicado às Mulheres: A mulher na Bíblia

Redação (Sexta-feira, 08-03-2019, Gaudium Press) Nos dias de hoje, considera-se internacionalmente o dia 8 de março como sendo o dia dedicado às mulheres.
Uma convenção moderna que em tempos anteriores não se fazia necessária. Pelo menos é o que se depreende dos excertos que transcreveremos de um discurso proferido por Juan Donoso Cortés em 16 de abril de 1848, ao tomar posse de sua cadeira na Real Academia de la Lengua:
Se levais em conta a distância que há entre a família gentílica e a hebreia, vereis logo que estão separadas entre si por um abismo profundo: a família gentílica compõe-se de um senhor e de seus escravos, enquanto a hebreia, do pai, da mulher e de seus filhos.
Entram como elementos constitutivos da primeira, deveres e direitos absolutos; a segunda, deveres e direitos limitados. A família gentílica descansa na servidão; a hebreia funda-se na liberdade. A primeira é resultado de um esquecimento; a segunda, de uma recordação; o esquecimento e a recordação das divinas tradições, prova clara de que o homem não ignora, senão porque esquece, e não sabe, senão porque aprende.
Agora se compreenderá facilmente porque a mulher hebreia perde nos poemas bíblicos tudo o que teve entre os gentios de sombrio e de sinistro; e porque o amor hebreu, diferentemente do gentio, que foi incêndio dos corações, é bálsamo das almas. 
Abri os livros dos profetas bíblicos, e em todos aqueles quadros, risonhos ou pavorosos, com que davam a entender às sobressaltadas multidões, ou que ia desfazendo-se o nebuloso, ou que a ira de Deus estava próxima, achareis sempre em primeiro lugar as virgens de Israel, sempre belas e vestidas de resplendores aprazíveis, levantarem então seus corações ao Senhor em melodiosos hinos e em angélicos cantares, ou depositarem, sob o peso da dor, as cândidas açucenas de suas frontes. [...]
Nem se contentaram os hebreus em confiar à mulher o brando cetro de seus lares mas puseram muitas vezes na sua mão fortíssima e vitoriosa o pendão das batalhas e o governo do Estado.
A ilustre Débora governou a república na qualidade de juiz supremo da nação; como general dos exércitos, peleou e ganhou batalhas sangrentas; como poetiza, celebrou os triunfos de Israel e entoou hinos de vitória, manejando ao mesmo tempo, com igual soltura e maestria, a lira, o cetro e a espada.
No tempo dos reis, a viúva de Alexandre Janneo teve o cetro dez anos; a mãe do rei Asa governou em nome do seu filho, e a mulher de Hircano Macabeu foi designada por este príncipe para governar o Estado depois de seus dias.
Até o espírito de Deus, que se comunicava a poucos, desceu também sobre a mulher, abrindo-lhe os olhos e o entendimento para que pudesse ver e entender as coisas futuras.
Hulda foi iluminada com o espírito de profecia, e os reis aproximavam-se dela sobressaltados com um grande temor, contritos e receosos, para saber de seus lábios o que no livro na Providência estava escrito de seu império.
A mulher, entre os hebreus, ora governa a família, ora dirige o Estado, ora fala em nome de Deus, ora avassala os corações, cativos de seus encantos.
Era um ser benéfico, que já participava tanto da natureza angélica como da humana.
Lede apenas o Cântico dos Cânticos e dizei-me se aquele amor suavíssimo e delicado, se aquela esposa vestida de odoríferas e cândidas açucenas, se aquela música harmônica, se aqueles arrebatamentos inocentes e elevados, e aqueles deleitosos jardins, não são mais que coisas vistas, ouvidas e sentidas na terra, coisas que se nos apresentam como sonhos do paraíso.
E entretanto, senhores, para conhecer a mulher por excelência; para ter notícia certa do encargo recebido de Deus; para considerá-la em toda a sua beleza imaculada e altíssima; para formar-se alguma ideia de sua influência santificadora, não basta colocar a vista naqueles belíssimos exemplos da poesia hebraica, que até agora deslumbraram os nossos olhos e docemente embargaram os nossos sentidos.
O verdadeiro modelo e exemplo de mulher não é Rebeca, nem Débora, nem a esposa do Cântico dos Cânticos, cheia de fragrâncias como uma taça de perfumes.
É necessário ir mais além, e subir mais alto; é necessário chegar à plenitude dos tempos, ao cumprimento da antiga promessa.
Para surpreender à maneira de Deus, formando o tipo perfeito de mulher, é necessário subir até ao trono resplandecente de Maria.
Ela é uma criatura aparte, mais bela por si só que toda a criação; o homem não é digno de tocar suas vestes brancas, a terra não é digna de servir-lhe de peanha, nem os tecidos de brocado como tapete; a sua brancura excede a neve que se acumula nas montanhas; o seu corado, o rosado dos céus; o seu esplendor ao resplandecente das estrelas.
Maria é amada de Deus, venerada pelos homens, servida pelos anjos.
[...] O Pai a chama filha, e lhe envia embaixadores; o Espírito Santo a chama esposa, e lhe faz sombra com as suas asas; o Filho a chama mãe, e faz de sua morada o seu sacratíssimo ventre.
Os Serafins compõem a sua corte; os céus a chamam Rainha; os homens a chamam Senhora: nasceu sem mancha, livrou o mundo, morreu sem dor, viveu sem pecado.
Vede aí a mulher, senhores, vede aí a mulher, porque Deus em Maria as santificou: às virgens, porque Ela foi Virgem; às esposas porque Ela foi Esposa; às viúvas porque Ela foi Viúva; às filhas, porque ela foi Filha; às mães porque ela foi Mãe.
Grandes e portentosas maravilhas obrou o cristianismo no mundo: fez as pazes entre o céu e a terra, destruiu a escravidão, proclamou a liberdade humana e a fraternidade dos homens.
Mas com tudo isso, a mais portentosa de todas as suas maravilhas, a que mais profundamente influiu na constituição da sociedade doméstica e da civil, é a santificação da mulher, proclamada desde as alturas evangélicas.
E além do mais, senhores, desde que Jesus Cristo habitou entre nós, nem sobre as pecadoras é lícito lançar o escárnio e o insulto, porque até os seus pecados podem ser lavados pelas suas lágrimas.
O Salvador dos homens colocou a Madalena sob o seu amparo. E quando chegou o tremendo dia em que se nublou o sol, estremeceram e deslocaram-se os despojos da terra, ao pé da sua cruz estavam juntas a sua inocentíssima Mãe e a arrependida pecadora, para dar-nos assim a entender que os seus amorosos braços estavam abertos igualmente à inocência e ao arrependimento.
(Excerto de discurso proferido por Juan Donoso Cortés a 16 de abril de 1848, ao tomar assento na Real Academia de la Lengua.
Tradução do original em espanhol presente em OBRAS de D. Juan Donoso Cortés. (Ord.) Gavino Tejado. Madrid: Imprenta de Tejado, 1854. Tomo III. p. 171-198, por Pe. José Manuel Victorino de Andrade, EP para a revista Acadêmica Lumen Veritatis, n. 15, abr./jun. 2011.)

1º Domingo da Quaresma:Tempo Especial de Conversão

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Quaresma é tempo especial de conversão em preparação para a Páscoa da Ressurreição do Senhor. Por isso, já na Quarta Feira, ao receber as Cinzas, ouvimos o convite de Jesus à conversão: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Somos chamados a viver a conversão através da oração, da penitência e da caridade. A cor roxa utilizada neste tempo litúrgico possui significado penitencial; é sinal de penitência, como parte do processo de conversão a que todos somos chamados a viver. O esforço de superação do pecado exige renúncias e sacrifícios; o mesmo ocorre quando alguém busca o crescimento na vida cristã, como a vivência do amor ao próximo ou uma participação maior na vida da Igreja.
O Evangelho proclamado apresenta-nos o episódio das tentações de Jesus no deserto, narrado por São Lucas (Lc 4,1-13). Procuremos refletir sobre as tentações encontradas no mundo de hoje, de modo especial, a riqueza, o poder e a fama. A pedra, a ser mudada em pão, faz pensar na tentação de acumular e consumir bens materiais. A referência aos reinos da terra expressa a tentação do poder e da glória deste mundo. O lançar-se do alto do templo para ser socorrido de forma espetacular corresponde a tentação da fama e das coisas grandiosas. A estas, podemos acrescentar muitas outras tentações no mundo de hoje, às quais é necessário resistir para permanecer na fidelidade a Jesus. Contudo, o Evangelho não quer apenas falar e advertir a respeito das tentações. Pretende, acima de tudo, nos transmitir a certeza da vitória de Cristo e daqueles que, unidos a Cristo, lutam para vencer as tentações e permanecer fiéis.
Quaresma é tempo especial de oração e de caridade. Uma das principais expressões de vivência da caridade, no Tempo Quaresmal, tem sido a Campanha da Fraternidade, promovida pela Igreja no Brasil. A Campanha da Fraternidade está relacionada à Quaresma, embora deva ser vivida além dela. Trata-se de um exercício intensivo de amor fraterno, sinal de conversão quaresmal. A cada ano, aborda-se um aspecto ou campo da vida em que a fraternidade necessita ser vivida com maior atenção e empenho pessoal e comunitário. Neste ano, o tema é “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema é “Serás libertado pelo direito e pela justiça (Is 1,27)”. O Texto-Base e outros subsídios podem nos ajudar a compreender bem e a vivenciar esta Campanha.
Não podemos deixar passar em vão este tempo de graça de Deus. “É agora o tempo favorável; é agora o dia da salvação” (2 Cor 6,2). Procuremos viver intensamente a Quaresma e a Campanha da Fraternidade!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Primeiro Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Mar. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 10 de março, a Igreja celebra o primeiro domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje corresponde à leitura de Lucas 4,1-13, passagem que recorda quando Jesus foi tentado pelo diabo no deserto, apresentando assim o tema dos 40 dias deste tempo litúrgico.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste primeiro domingo da Quaresma:
Lc 4,1-13
Naquele tempo, 1 Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. 2 Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome. 3 O diabo disse, então, a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. 4 Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’”.
5 O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo 6 e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e toda a sua glória, porque tudo isso foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. 7 Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”.
8 Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’”.
9 Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! 10 Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ 11 E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”.
12 Jesus, porém, respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”. 13 Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno.
ACI Digital

sábado, 9 de março de 2019

Santa Francisca Romana, padroeira dos motoristas

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Mar. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 9 de março, a Igreja celebra a Festa de Santa Francisca Romana, padroeira dos motoristas. Suportou muitas provações, como a morte de seus filhos, ficar viúva e ter suas terras confiscadas. Em meio ao sofrimento, teve a graça de poder ver seu anjo da guarda que velava por ela o tempo todo e a guiava.

Em entrevista ao Grupo ACI, o beneditino olivetano, Pe. Teodoro Muti, expressou que “Santa Francisco Romana foi a Madre Teresa do século IV. Era a santa dos pobres e necessitados. Pertencia a uma família rica e nobre, mas ajudava os enfermos nos hospitais e se preocupava também com a saúde espiritual”.
Santa Francisco nasceu em Roma no ano de 1384. Apesar da dura época em que viveu, dividiu seus bens entre os pobres e atendia com bondade e paciência os enfermos. Todos encontravam nela consolo.
Ela descreveu assim seu anjo da guarda: “Era de uma beleza incrível, com uma pele mais branca que a neve e um rubor que superava a vermelhidão das rosas. Seus olhos, sempre abertos olhando para o céu, o cabelo comprido e cacheado cor do ouro”.
“Sua túnica era comprida até os pés e era branca um pouco azulada e, outras vezes, com brilhos avermelhados. Era tal a irradiação luminosa que o seu rosto emanava, que podia ler as matinas em plena meia noite”.
Certo dia, o cético pai de Francisca pediu a ela a honra de que lhe apresentasse a criatura que ele considerava imaginária. Ela segurou a mão do anjo, juntou com a de seu pai e os apresentou. O homem pode ver o ser celestial e não duvidou nunca mais.
Santa Francisco instituiu a Congregação das Oblatas de Maria (Oblatas de Tor de' Specchi), sob a regra de São Bento. Partiu para a Casa do Pai em 1440 e seu confessor, Pe. John Matteotti, escreveu sua biografia. Foi canonizada em 1608.
No dia 9 de março, há uma grande tradição romana de reunir vários carros nas imediações da Igreja de Santa Francisca Romana (ou também conhecida com o nome de Santa Maria Nova) para receber a bênção da santa, padroeira dos condutores.
ACI Digital

sexta-feira, 8 de março de 2019

São João de Deus, padroeiro dos que trabalham em hospitais

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Mar. 19 / 06:00 am (ACI).- Hoje a Igreja Católica celebra a Festa de São João de Deus, Fundador da Comunidade dos Irmãos Hospitaleiros, padroeiro dos que trabalham em hospitais e dos que propagam livros religiosos.

Nasceu e morreu em 8 de março. Nascido em Portugal, em 1495, faleceu em Granada, Espanha, em 1550, aos 55 anos de idade. De família pobre, mas muito piedosa, sua mãe morreu quando ele era muito jovem e seu pai morreu como religioso em um convento.
Em sua juventude, foi um pastor, muito apreciado pelo proprietário da fazenda onde trabalhou, o qual propôs que se cassasse com sua filha e assim seria herdeiro daqueles bens. Mas, o santo decidiu ficar livre de compromissos econômicos e conjugais porque queria se dedicar a trabalhos mais espirituais.
Foi também soldado sob as ordens do gênio da guerra, Carlos V, em batalhas muito famosas e a vida militar o fez forte, resistente e sofrido.
Depois de deixar o exército, decidiu se render à vida apostólica, vendendo livros religiosos nas ruas. Ele chegou a Granada, na Espanha, cidade onde, em 1538, depois de ter ouvido um inflamado sermão de São João d’Ávila contra a vida de pecado, começou a gritar: “misericórdia, Senhor, sou um pecador”.
Confessou-se com São João d’Ávila e propôs como penitência fingir-se de louco para que as pessoas o humilhassem e o fizessem sofrer.
Distribuiu entre os pobres tudo o que tinha em sua pequena livraria, começou a vagar pelas ruas da cidade pedindo misericórdia a Deus por todos os seus pecados e, como as pessoas acreditavam que era louco, começaram a atacá-lo com pedras e golpes.
João de Deus foi levado para o hospício onde foi tratado com crueldade e todo sofrimento era oferecido pela conversão dos pecadores.
Depois de sair do hospício, fundou um hospital e ensinou, por exemplo, que a certos enfermos se deve curar primeiro a alma se quiser obter depois a cura do corpo.
Em uma ocasião, seu hospital se incendiou e, sem questionar-se, São João de Deus entrou várias vezes para resgatar os pacientes. Quando passou em meio às chamas, não sofreu nenhuma queimadura, conseguindo salvar a vida de todos os pobres a quem se dedicava com tanto amor.
Em 8 de março de 1550, sentindo que se aproximava a sua morte, ajoelhou-se e exclamou: “Jesus, Jesus, em suas mãos me encomendo”, e nesse momento faleceu.
Após sua morte, recebeu de Deus muitos milagres para seus devotos e foi declarado santo em 1690.
Atualmente, os irmãos Hospitaleiros de São João de Deus se dedicam a cuidar dos doentes em suas centenas de casas localizadas em diferentes partes do mundo. Atendem os enfermos em todos os continentes e com grandes e maravilhosos resultados, empregando sempre os métodos da bondade e da compreensão, em vez do rigor e da tortura.
ACI Digital

segunda-feira, 4 de março de 2019

Papa anuncia abertura dos arquivos do Pontificado de Pio XII

Papa Pio XII em visita aos lugares do bombardeio em Roma em 19 de julho de 1943
Papa Pio XII em visita aos lugares do bombardeio em Roma em 19 de julho de 1943
O Papa anunciou sua "decisão de abrir à consulta dos pesquisadores a documentação arquivística atinente ao Pontificado de Pio XII, até sua morte, ocorrida em Castel Gandolfo em 9 de outubro de 1958”, ao receber em audiência esta segunda-feira (04/03) os responsáveis e os funcionários do Arquivo Secreto Vaticano
Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano
“Decidi que a abertura dos Arquivos Vaticanos referentes ao Pontificado de Pio XII se dará em 2 de março de 2020, exatamente à distância de um ano do octogésimo aniversário da eleição de Eugenio Pacelli à Cátedra de Pedro.”
Foi o anúncio feito pelo Papa Francisco ao receber em audiência ao meio-dia desta segunda-feira (04/03) na Sala Clementina, no Vaticano, os responsáveis e os funcionários do Arquivo Secreto Vaticano, um grupo de 75 pessoas.
Dirigindo-se ao prefeito, vice-prefeito, arquivistas, assistentes e funcionários do Arquivo Secreto Vaticano situou o encontro por ocasião da alegre celebração, sábado passado, dos oitenta anos da eleição a Sumo Pontífice, em 2 de março de 1939, do Servo de Deus Pio XII.

Figura de Pio XII hoje oportunamente colocada na justa luz

A figura daquele Pontífice, que conduziu a Barca de Pedro num momento entre os mais tristes e sombrios do Séc. XX, agitado e em vários lugares dilacerado pelo último conflito mundial – disse o Santo Padre –, com o período consequente de reorganização das Nações e a reconstrução pós-bélica, esta figura foi questionada e estudada em vários seus aspectos, por vezes colocada em discussão e até mesmo criticada (se diria com alguns preconceitos ou exageros). Hoje essa figura é oportunamente reavaliada e, aliás, colocada na justa luz por suas poliédricas qualidades: sobretudo pastorais, mas também teológicas, ascéticas, diplomáticas, enfatizou.
Em seguida, Francisco ressaltou ao presentes que por desejo do Papa Bento XVI eles estão desde 2006 trabalhando num projeto comum de inventário e preparação da volumosa documentação produzida durante o Pontificado de Pio XII, a qual em parte seus veneráveis predecessores São Paulo VI e São João Paulo II já tornaram consultáveis.

Trabalho dos arquivistas no silêncio e distante dos clamores

Referindo-se à atividade desempenhada por todos eles, o Papa destacou que se trata de um trabalho que se realiza no silêncio e distante dos clamores, cultiva a memória, e num certo sentido, disse, “me parece que possa ser comparado à cultivação de uma árvore majestosa, cujos ramos estão voltados para o céu, mas cujas raízes estão solidamente fincadas na terra”.
“Se compararmos essa árvore à Igreja, vemos que ela está voltada para o Céu, onde se encontra a nossa pátria e o nosso último horizonte; as raízes, porém, fincam no terreno da própria Encarnação do Verbo, na história, no tempo”, disse ainda.
“Vocês, arquivistas, com sua paciente fadiga trabalham sobre essas raízes e contribuem para mantê-las vivas, de tal modo que também os ramos mais verdes e mais jovens da árvore possam ter boa seiva para seu crescimento no futuro”, acrescentou.

Arquivo completo do Pontificado de Pio XII

“Este constante e não leve esforço, de vocês e de seus colegas, me permite hoje, em recordação daquela significativa data, anunciar a minha decisão de abrir à consulta dos pesquisadores a documentação arquivística atinente ao Pontificado de Pio XII, até sua morte, ocorrida em Castel Gandolfo em 9 de outubro de 1958.”
Assumo essa decisão, continuou Francisco, “tendo ouvido o parecer de meus mais estreitos colaboradores, com ânimo sereno e confiante, certo de que a séria e objetiva pesquisa histórica saberá avaliar na justa luz, com crítica apropriada, momentos de exaltação daquele Pontífice e, sem dúvida, também momentos de graves dificuldades, de decisões difíceis, de humana e cristã prudência, que a alguém poderá parecer reticência, e que ao invés foram tentativas, humanamente também muito difíceis, para manter acesa, nos períodos mais sombrios e de crueldade, a chama das iniciativas humanitárias, da silenciosa, mas ativa diplomacia, da esperança em possíveis boas aberturas dos corações”.

Igreja não tem medo da história

“A Igreja não tem medo da história, aliás, a ama e quer amá-la mais e melhor, como Deus a ama! Portanto, com a mesma confiança de meus Predecessores, abro e confio aos pesquisadores esse patrimônio documentário.”
O Santo Padre concluiu encorajando os responsáveis e funcionários do Arquivo Secreto Vaticano, bem como os professores da Escola Vaticana de Paleografia, Diplomática e Arquivística, a prosseguir no trabalho de assistência aos pesquisadores – assistência científica e material – e também na publicação das fontes do Papa Pacelli que serão consideradas importantes, como já o estão fazendo há alguns anos.
Vatican News

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF