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terça-feira, 16 de abril de 2019

Santa Bernadette Soubirous, a vidente da Virgem de Lourdes

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- “Sim, mãe querida, tu baixaste até a Terra e apareceste a humílima menina... Tu rainha do céu e da terra quiseste escolher-me porque era o que de mais frágil havia no mundo”, disse em uma ocasião Santa Bernadette Soubirus, a vidente da Virgem da Lourdes e cuja festa se celebra neste dia 16 de abril.

Santa Bernadette nasceu em 7 de janeiro de 1844 em Lourdes (França). Recebeu como nome de batismo Marie-Bernard, mas costumavam chamá-la pelo diminutivo “Bernardette”. Sua família padeceu a mais absoluta pobreza.
Bernadette ficou sob responsabilidade de sua ama, que a enviou ao pastoreio de ovelhas, mas isso dificultava que ela se preparasse para receber a Primeira Comunhão. Era a única menina de quase 14 anos que não tinha recebido a Eucaristia. Como era muito boa pastora, obrigaram-na a cuidar mais tempo das ovelhas.
Mais adiante, pediu aos seus pais para voltar para casa, porque queria receber a Primeira Comunhão e seus pais aceitaram. Com este desejo é que lhe aparece a Virgem de Lourdes, que chamava a si mesma “a Imaculada Conceição”.
Depois das aparições, a humilde jovem se manteve simples e modesta, sem procurar a agitação nem popularidade. Recebeu sua Primeira Comunhão em 3 de junho de 1858, no dia de Corpus Christi daquele ano.
Recebeu incompreensões, zombarias e quase sempre estava doente. Sofria de vômitos com sangue, asma crônica, tuberculose, aneurisma, dor de estômago, deterioração do osso, abcessos nos ouvidos e um tumor no joelho.
A Virgem havia dito a Santa Bernadette: “Não prometo fazer-te feliz neste mundo, mas sim no outro”.
Em 1860, as Irmãs da Caridade de Nevers, que serviam na escola e hospital, ofereceram a ela asilo. Lá, foi designada uma irmã que lhe ensinou a ler e escrever. Ao crescer, Bernadette também passou por momentos de vaidade, buscando ter uma boa aparência, mas essas coisas passaram rápido e não prejudicaram sua simplicidade de coração.
Mais tarde, decidiu abraçar a vida religiosa e pediu para ser aceita pela Madre Superiora. Aos 22 anos, foi pela última vez à amada gruta para despedir-se, antes de ingressar no noviciado.
Sua saúde decaiu seriamente e a Madre Superiora quis lhe dar o consolo de que pronunciasse os votos. Durante a cerimônia, ela fez gestos de consentimento, porque não podia falar, e lhe deram o véu de professa. Na manhã seguinte, despertou feliz e a Madre Superiora lhe disse para remover o véu e ela humildemente aceitou.
Em 30 de outubro de 1867, fez seus votos temporários aos 23 anos e, em 1878, emitiu os votos perpétuos. Depois, sua saúde se deteriorou e voltou para a enfermaria. Ali, sofreu muito, superou a tentação de pensar que não poderia ser salva, não se deixou vencer e se manteve serena.
Padeceu durante a Semana Santa de 1879. Em 16 de abril, pediu às religiosas que rezassem o Rosário. Após a conclusão de uma Ave-Maria, seu rosto expressou um sorriso, como se visse de novo a Virgem da gruta e partiu para a Casa do Pai às 3h15.
“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim pobre pecadora... pecadora”, foram suas últimas palavras. Seu corpo permanece incorrupto em sua capela em Nevers, com a aparência de estar adormecida.
ACI Digital

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Quinta-feira santa e a celebração da bênção dos Santos Óleos

Na próxima quinta-feira (18), a Igreja celebra a bênção dos Santos Óleos. É nesta última missa antes do tríduo pascal, mais conhecida como “Missa do Crisma”, que se abençoam os óleos que serão usados nas cerimônias sacramentais do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos (usado nas pessoas que se encontram doentes) e Ordenação.
Segundo o bispo de Santo André e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, dom Pedro Carlos Cipollini, os santos óleos representam o toque curativo de Deus na vida da pessoa.
“Na Bíblia o óleo aparece com vários significados neste sentido de aliviar a dor (parábola do bom samaritano) alimentar a lâmpada (parábola das virgens). Mas o óleo é também sinal de abundância e fraternidade. Jesus mandou os discípulos ungirem com óleo os doentes (Mc 6,13) ”, destaca.
Nesta mesma celebração também, os padres renovam junto ao bispo, os seus compromissos sacerdotais, gesto faz memória a instituição do Sacerdócio.
“É um momento de testemunhar a unidade do Bispo com seu clero e por isso chamamos da missa da Unidade. Mas com a distribuição dos óleos é também um testemunho do serviço ministerial do sacerdócio na administração dos sacramentos para o povo de Deus. O nome Cristo significa “consagrado por meio da Unção” e se somos cristãos é porque fomos ungidos no Cristo pelo batismo e confirmados na crisma e, assim fazemos parte de seu corpo, que é a Igreja”, explica o bispo de Rio Grande, Dom Ricardo Hoepers.
A unção com os óleos bentos vem do Antigo Testamento que era utilizada para consagrar os reis, sacerdotes e profetas. Segundo Dom Ricardo Hoepers, para os cristãos, o sentido dos óleos é que também participamos do sacerdócio de Cristo, e somos com ele mortos, sepultados e ressuscitados. Por isso essa liturgia se insere antes do Tríduo Pascal que irá celebrar esses mistérios.
“O óleo é vida e Cristo é a vida plena. Essa vida de Cristo é participada pelo sacerdócio ministerial e distribuída através dos sinais sacramentais do Batismo, Crisma e Unção dos enfermos”, ressalta o bispo de Rio Grade.
Sobre os Santos Óleos
Para que todos tenham uma compreensão bem clara, a diocese de Santo André preparou um resumo com o significado de cada óleo.
Óleo do Crisma
Significa a plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo também usado no sacramento da ordem, (Sacerdotes) para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos.
Óleo dos Catecúmenos
Significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, libertação e preparação para o nascimento pela água e pelo Espírito, para os que irão receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água.
Óleo dos Enfermos
É usado no sacramento dos enfermos, conhecido como “extrema-unção”. Ele simboliza a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa na doença e no sofrimento, ao mesmo tempo em que tem todo um significado de preparação da passagem desta vida para a vida eterna.
Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo de Santo André-SP
Dom Ricardo Hoepers, Bispo de Rio Grande-RS
CNBB

domingo, 14 de abril de 2019

Domingo de Ramos: Bendito o que vem em nome do Senhor!

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 14 de abril, a Igreja celebra o Domingo de Ramos, dando início à Semana Santa. O Evangelho do dia corresponde à leitura de São Lucas. O primeiro (Lc 19,28-40), lido antes da procissão, narra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, já o segundo (Lc 22,14-23,56) traz a narração da Paixão de Cristo.

A seguir, leia os Evangelhos deste Domingo de Ramos:
Lc 19,28-40
Naquele tempo, Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 30“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui. Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele’”. Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho.
Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto. Todos gritavam: “Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!”
Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!” Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.
Mc 15,1-39 – Forma breve
Narrador 1: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo + segundo Lucas.
Naquele tempo, toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. Começaram então a acusá-lo, dizendo:
Ass.: “Achamos este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei”.
Narrador: Pilatos o interrogou:
Leitor 1: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador: Jesus respondeu, declarando:
Pres.: “Tu o dizes!”
Narrador: Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:
Leitor 1: “Não encontro neste homem nenhum crime”.
Narrador: Eles, porém, insistiam:
Ass.: “Ele agita o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui”.
Narrador: Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:
Leitor 1: “Este homem é galileu?”
Narrador: Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias. Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus, porém, nada lhe respondeu.
Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com insistência. Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram inimigos.
Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse:
Leitor 1: “Vós me trouxestes este homem como se fosse um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei nele nenhum dos crimes de que o acusais; nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: Toda a multidão começou a gritar:
Ass.: “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!”
Narrador: Barrabás tinha sido preso por causa de uma revolta na cidade e por homicídio.Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. Mas eles gritaram:
Ass.: “Crucifica-o! Crucifica-o!”
Narrador: E Pilatos falou pela terceira vez:
Leitor 1: “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei”.
Narrador: Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais. Então Pilatos decidiu que fosse feito o que eles pediam. Soltou o homem que eles queriam — aquele que fora preso por revolta e homicídio — e entregou Jesus à vontade deles.
Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus. Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele. Jesus, porém, voltou-se e disse:
Pres.: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos! Porque dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram’. Então começarão a pedir às montanhas: ‘Cai sobre nós! e às colinas: ‘Escondei-nos!’ Porque, se fazem assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?”
Narrador: Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus.Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. Jesus dizia:
Pres.: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!”
Narrador: Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si as roupas de Jesus. O povo permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo:
Ass.: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
Narrador: Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre,e diziam:
Ass.: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
Narrador: Acima dele havia um letreiro:
Leitor 2: “Este é o Rei dos Judeus”.
Narrador: Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:
Leitor 2: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”
Narrador: Mas o outro o repreendeu, dizendo:
Leitor 1: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”.
Narrador: E acrescentou:
Leitor 1: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
Narrador: Jesus lhe respondeu:
Pres.: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Narrador: Já era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até as três horas da tarde, pois o sol parou de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio,e Jesus deu um forte grito:
Pres.: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Narrador: Dizendo isso, expirou.
(Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
Narrador: O oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus, dizendo:
Leitor 1: “De fato! Este homem era justo!”
Narrador: E as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido e voltaram para casa, batendo no peito. Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a Galileia, ficaram a distância, olhando essas coisas.
ACI Digital

sábado, 13 de abril de 2019

O que celebramos no Domingo de Ramos?

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Abr. 19 / 06:00 am (ACI).- Com o Domingo de Ramoscomeça a Semana Santa. Neste dia é recordada a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém em meio a uma multidão que o aclamou como o Messias.

Este acontecimento pode ser lido no Evangelho de São Marcos, onde é anunciada a Paixão.
A primeira tradição litúrgica deste dia corresponde à de Jerusalém. Nela, recordamos o gesto profético de Jesus que ingressa como Rei da paz, e o Messias que foi aclamado e depois condenado para o comprimento das profecias.
No Evangelho de São Marcos, narra-se que as pessoas cobriam o caminho por onde Cristo passaria e gritavam: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito seja o reino que vem, o reino de nosso pai Davi! Hosana no mais alto dos céus!”.
As cerimônias principais do dia são a bênção dos ramos, a procissão, a Missa e, durante a Missa, o relato da Paixão.
Os fiéis que participaram da procissão, que data do século IV em Jerusalém, devem levar nas mãos ramos de palmas, oliveiras ou outras árvores e entoar cantos adequados. Os sacerdotes e os ministros, levando também ramos, devem ir à frente do povo.
Não se pode esquecer que a bênção dos ramos acontece antes da procissão e que se deve instruir os fiéis cristãos a guardarem os ramos abençoados em suas casas junto com as cruzes ou quadros religiosos que tenham em seus lares, como recordação da vitória pascal do Senhor Jesus.
A segunda tradição litúrgica é a de Roma, a qual nos convida a entrar conscientemente na Semana Santa da Paixão gloriosa e amorosa de Cristo, antecipando a proclamação do mistério no Evangelho de Marcos.
Para o bem espiritual dos fiéis, convém que se leia por inteiro a narração da Paixão e que não se omitam as leituras que a precedem. Terminada a narração da Paixão, não se deve omitir a homilia.
ACI Digital

sexta-feira, 12 de abril de 2019

São José Moscati, o “médico dos pobres”

Braga, 12 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- São José Moscati foi um pesquisador científico e professor universitário que atendia gratuitamente os necessitados, especialmente crianças e idosos. É conhecido como o “médico dos pobres” e sua devoção é notória em Nápoles, a segunda cidade mais povoada da Itália.

Após a morte de seu irmão, começou a amadurecer sua paixão pela medicina e, por isso, decidiu se matricular na Universidade de Nápoles Federico II em 1897. Ao término de seus estudos, graduou-se com honras.
Naquela época, José costumava se levantar muito cedo para ir à Missa e receber a comunhão. Depois, dirigia-se às colônias pobres para ver alguns enfermos e, às 8h30, iniciava o trabalho no hospital. Nunca cobrou dinheiro aos pobres, aos quais ajudava sempre com um sorriso e sem fazer-se notar.
Faleceu em 12 de abril de 1927, perto de completar 47 anos, após uma vida de serviço aos necessitados. O povo de Nápoles imediatamente o reconheceu como “o médico santo”  e os pobres choraram sua perda.
Entre os primeiros que foram rezar diante de seu corpo esteve o Cardeal Ascalesi, que ante os presentes disse: “O doutor pertenceu à Igreja; não daqueles que curou o corpo, mas daqueles que salvou a alma e que saíram ao seu encontro enquanto subia ao céu”.
Foi beatificado em 1975 pelo Beato Paulo VI e canonizado graças ao milagre da cura de leucemia do jovem José Montefusco, em 1979. Foi canonizado por São João Paulo II em 25 de outubro de 1987.
ACI Digital

quarta-feira, 10 de abril de 2019

Não há pior pecado que o orgulho, afirma o Papa Francisco

Foto: Lucía Ballester/ACI group
Vaticano, 10 Abr. 19 / 08:19 am (ACI).- De todos os pecados "o orgulho é a atitude mais negativa para a vida cristã", disse o Papa Francisco durante a audiência geral realizada na quarta-feira 10 de abril na Praça de São Pedro do Vaticano.
Em sua catequese, realizada sob uma forte chuva que não desanimou as dezenas de milhares de pessoas que encheram a Praça, o Santo Padre chamou a atenção para "a primeira verdade de toda oração: mesmo se fôssemos pessoas perfeitas, santos cristalinos que jamais se desviam de uma vida de bem, sempre seremos filhos que tudo devem ao pai".
Nesse sentido, explicou o Papa, é que devemos interpretar o pedido feito no Pai Nosso: "Perdoai as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores". As dívidas, explicou o Santo Padre são precisamente "os pecados, as coisas ruins que este causa".
Por esta razão, "a atitude mais perigosa de toda vida cristã é o orgulho. É a atitude de quem se coloca diante de Deus sempre achando que as contas com Ele estão em ordem. O orgulhoso sempre acha que está tudo bem ".
"As pessoas que se acham perfeitas, as que criticam os outros, são gente orgulhosa. Nenhum de nós é perfeito, nenhum", enfatizou.
Pelo contrário, "há pecados que nós vemos e pecados que não são vistos. Há enormes pecados que fazem muito ruído, mas há pecados sutis que se aninham no coração sem que sequer nos precatemos deles."
O pior destes pecados é o orgulho, pois "pode infectar mesmo aqueles que vivem uma vida religiosa intensa." A Soberba "é o pecado que divide a fraternidade, que nos faz orgulhar-nos de ser melhor do que outros, que nos faz acreditar que somos como Deus."
E ainda, "diante de Deus somos todos pecadores." Mas acima de tudo, "somos devedores, porque, nesta vida, recebemos muito: a existência, um pai e uma mãe, amizades, as maravilhas da criação ... Mesmo que todos nós passemos por dias difíceis, devemos sempre lembrar que a vida é uma graça".
Em segundo lugar, "somos devedores, porque, mesmo conseguindo amar o próximo, nenhum de nós é capaz de fazê-lo apenas com suas forças. Nenhum de nós brilha com luz própria. "
"Se você ama é porque alguém, alguém fora de si mesmo, sorriu para você quando você era uma criança, ensinando-lhe responder com um sorriso. Se você ama é porque alguém ao seu lado te despertou para o amor, fazendo que você entenda que nele está o sentido da existência".
O Papa concluiu afirmando: "Nós amamos, especialmente porque fomos amados; Nós perdoamos porque fomos perdoados. E se alguém não foi iluminado pela luz solar, este torna-se gélido como a terra durante o inverno".
ACI Digital

domingo, 7 de abril de 2019

Quinto Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 07 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 7 de abril o Quinto Domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje, retirado de João 8,1-11, traz a passagem da mulher adúltera, à qual disse Jesus: “Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

A seguir, leia o Evangelho deste Quinto Domingo da Quaresma:
Jo 8,1-11 
Naquele tempo: Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, disseram a Jesus: 'Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?' Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar.
Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.' E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo.
Então Jesus se levantou e disse: 'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?' Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse: 'Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais'.
ACI Digital

sábado, 6 de abril de 2019

5º Domingo da Quaresma - Ano C

A liturgia de hoje fala-nos (outra vez) de um Deus que ama e cujo amor nos desafia a ultrapassar as nossas escravidões para chegar à vida nova, à ressurreição.
A primeira leitura apresenta-nos o Deus libertador, que acompanha com solicitude e amor a caminhada do seu Povo para a liberdade. Esse “caminho” é o paradigma dessa outra libertação que Deus nos convida a fazer neste tempo de Quaresma e que nos levará à Terra Prometida onde corre a vida nova.
A segunda leitura é um desafio a libertar-nos do “lixo” que impede a descoberta do fundamental: a comunhão com Cristo, a identificação com Cristo, princípio da nossa ressurreição.
O Evangelho diz-nos que, na perspectiva de Deus, não são o castigo e a intolerância que resolvem o problema do mal e do pecado; só o amor e a misericórdia geram activamente vida e fazem nascer o homem novo. É esta lógica – a lógica de Deus – que somos convidados a assumir na nossa relação com os irmãos.
LEITURA I – Is 43,16-21

ATUALIZAÇÃO:

• O nosso Deus é o Deus libertador, que não Se conforma com qualquer escravidão que roube a vida e a dignidade do homem e que está, permanentemente, a pedir-nos que lutemos contra todas as formas de sujeição. Quais são as grandes formas de escravidão que impedem, hoje, a liberdade e a vida? Neste tempo de transformação e de mudança, o que posso eu fazer para que a escravidão e a injustiça não mais destruam a vida dos homens meus irmãos?
• A vida cristã é uma caminhada permanente, rumo à Páscoa, rumo à ressurreição. Neste tempo de Quaresma, somos convidados a deixar definitivamente para trás o passado e a aderir à vida nova que Deus nos propõe. Cada Quaresma é um abalo que nos desinstala, que põe em causa o nosso comodismo, que nos convida a olhar para o futuro e a ir além de nós mesmos, na busca do Homem Novo. O que é que, na minha vida, necessita de ser transformado? O que é que ainda me mantém alienado, prisioneiro e escravo? O que é que me impede de imprimir à minha vida um novo dinamismo, de forma que o Homem Novo se manifeste em mim?
LEITURA II – Filip 3,8-14
ATUALIZAÇÃO:
• Neste tempo favorável à conversão, é importante revermos aquilo que dá sentido à nossa vida. É possível que detectemos no centro dos nossos interesses algum desse “lixo” de que Paulo fala (interesses materiais e egoístas, preocupações com honras ou com títulos humanos, apostas incondicionais em pessoas ou ideologias…); mas Paulo convida a dar prioridade ao que é importante – a uma vida de comunhão com Cristo, que nos leve a uma identificação com o seu amor, o seu serviço, a sua entrega. Qual é o “lixo” que me impede de nascer, com Cristo, para a vida nova?
• É preciso, igualmente, ter consciência de que este caminho de conversão a Cristo é um caminho que está, permanentemente, a fazer-se. O cristão está consciente de que, enquanto caminha neste mundo, “ainda não chegou à meta”. A identificação com Cristo deve ser, pois, um desafio constante, que exige um empenho diário, até chegarmos à meta do Homem Novo.
EVANGELHO – Jo 8,1-11
ATUALIZAÇÃO:
• O nosso Deus – di-lo de forma clara o Evangelho de hoje – funciona na lógica da misericórdia e não na lógica da Lei; Ele não quer a morte daquele que errou, mas a libertação plena do homem. Nesta lógica, só a misericórdia e o amor se encaixam: só eles são capazes de mostrar o sem sentido da escravidão e de soprar a esperança, a ânsia de superação, o desejo de uma vida nova. A força de Deus (essa força que nos projecta para a vida em plenitude) não está no castigo, mas está no amor.
• No nosso mundo, o fundamentalismo e a intransigência falam frequentemente mais alto do que o amor: mata-se, oprime-se, escraviza-se em nome de Deus; desacredita-se, calunia-se, em razão de preconceitos; marginaliza-se em nome da moral e dos bons costumes… Esta lógica (bem longe da misericórdia e do amor de Deus) leva-nos a algum lado? A intolerância alguma vez gerou alguma coisa, além de violência, de morte, de lágrimas, de sofrimento?
• Quantas vezes nas nossas comunidades cristãs (ou religiosas) a absolutização da lei causa marginalização e sofrimento… Quantas vezes se atiram pedras aos outros, esquecendo os nossos próprios telhados de vidro… Quantas vezes marcamos os outros com o estigma da culpa e queimamos a pessoa em “julgamentos sumários” sem direito a defesa… Esta é a lógica de Deus? O que nos interessa: a libertação do nosso irmão, ou o seu afundamento?
• Neste caminho quaresmal, há duas coisas a considerar: Deus desafia-nos à superação de todas as realidades que nos escravizam e sublinha esse desafio com o seu amor e a sua misericórdia; e convida-nos a despir as roupagens da hipocrisia e da intolerância, para vestir as do amor.
PALAVRA PARA O CAMINHO…
A mulher adúltera… “Esta mulher foi apanhada em flagrante delito de adultério…” “Aquela martirizou o seu filho…” “Aquela deixou-o morrer de fome…” “Aquela outra…” …e as nossas mãos já estão cheias de pedras para a lapidar. Esta semana, a convite de Jesus, comecemos por olhar onde se situa o nosso pecado… De seguida, em relação a todas estas mulheres de hoje condenadas sem apelo, abramos o nosso coração à compreensão… à misericórdia… e talvez ao apoio na sua angústia.

sexta-feira, 5 de abril de 2019

O que são os sete salmos penitenciais?

Redação (Quinta-feira,04-04-2019, Gaudium Press) Existem na natureza certos fenômenos meteorológicos dos quais bem podemos tirar uma grande lição para a nossa vida espiritual.
O que são os sete salmos penitenciais.jpg
Com efeito, ao contemplarmos um belo pôr-do-sol, ou a feeria de cores de um magnífico arco-íris, ou, quiçá, a alvura espetacular de um campo totalmente nevado, nossas almas louvam o Criador por todos os dons da Criação. Nos unimos, então, à Ele pela consideração maravilhada destes prodígios naturais: ditos espetáculos bem representam a união da alma justa com o Criador.
Porém outros fenômenos, completamente distintos dos que acima foram vistos, bem representam a Justiça Divina, Majestosa e Implacável para com o pecador empedernido. Assim a vemos representada nas ferozes tempestades, nos ensurdecedores - mas quão deslumbrantes - trovões, e ainda, no tremendo e destruidor furacão...
É justamente esta Divina Implacabilidade do Criador que vemos representada em alguns salmos das Sagradas Escrituras! "Se tiverdes em conta nossos pecados, Senhor, quem poderá subsistir diante de vós?" (Sl 129, 3); "Vossa cólera nada poupou em minha carne, por causa de meu pecado nada há de intacto nos meus ossos" (Sl 37, 4); "Em vossa cólera não me repreendais, em vosso furor não me castigueis" (Sl 6, 2): estes e alguns outros salmos nos demonstram a Inexorabilidade de Deus para com aqueles que não se arrependem dos seus delitos...
Mas será somente esse aspecto que o leitor encontrará na leitura dos salmos penitenciais, essas verdadeiras e valiosas joias de literatura? Nos salmos penitenciais encontramos rios de sabedoria, louvor e perdão.
O livro dos Salmos, uma obra sapiencial
Os salmos que acabamos de contemplar compõem, junto com muitos outros, o livro dos Salmos. Originariamente intitulava-se como sendo o livro dos Hinos, e com a tradução dos LXX passou a denominar-se tal qual o conhecemos.
Junto com os livros de Jó, os Provérbios, o Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, o da Sabedoria e o Eclesiástico, o Livro dos Salmos compõe no Antigo Testamento a classe dos livros cognominados como Sapienciais.
Assim são denominados porque por meio deles podemos tomar os pressupostos necessários para, a partir das criaturas, conhecermos a Deus. Neles encontramos a nota comum de conselhos como que divinos para se ter uma vida justa, e, por meio desta, estar em paz com o Criador. Eles ensinam a viver com sabedoria.
No caso concreto do livro dos Salmos, ele é composto por 150 salmos que foram redigidos nas mais diversas épocas, e por vários autores... Primeiramente eram todos eles atribuídos àquele que é conhecido como o "Cantor dos Salmos de Israel" (2Sm 23, 1): o Profeta David. Posteriormente verificou-se que seria mais correto afirmar que os salmos foram escritos não apenas por um, mas por diversos autores.
Assim vemos, então, em alguns a pluma do Grande David, que marcou não só a história do povo hebreu, mas sim a do mundo por ser um dos antepassados de Nosso Senhor; em outros salmos, encontramos a pena de personagens tragados pelo anonimato da História - dos quais nem sequer se conhece a vida - como a Asaf, Heman e os filhos de Coré; e em outros salmos, anônimo é o autor.
Mas toda esta questão é secundária, tendo-se em consideração a beleza, o intuito e os vários modos com os quais foram escritos os salmos.
O que são os sete salmos penitenciais1.jpg
Modos de louvar a Deus
Com efeito, nota-se em todos os salmos um tema frequente: é que foram escritos de forma poética com o intuito de louvar e reverenciar a Deus, mostrando ao homem o modo dEle agir e atuar ao longo de toda a História - seja por meio de prêmios ou castigos -, desde o momento da Criação, e até mesmo na vida cotidiana de todos os pobres mortais.
Em alguns salmos, encontramos especialmente uma nota de súplica por alguma catástrofe que está para se realizar, e que se roga a Deus para que não se concretize; já em outros, o tônus é de ação de graças por um benefício recebido...
Podemos destacar, entre tantos e tantos outros modos com os quais os salmos foram escritos, aqueles salmos que louvam especialmente a majestade de Deus, como o salmo 113 (1-4): "Louvai, ó servos do Senhor, louvai o nome do Senhor. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre. Desde o nascer ao pôr-do-sol, seja louvado o nome do Senhor. O Senhor é excelso sobre todos os povos, sua glória ultrapassa a altura dos céus"; ou, então, aqueles que possuem um caráter litúrgico, que eram utilizados nas festas do antigo Israel e nas peregrinações à Jerusalém:
"Que alegria quando me disseram: Vamos à casa do Senhor... Eis que nossos pés já se detêm diante de tuas portas, ó Jerusalém!" (Sl 122, 1-2).
Há, ainda, alguns salmos que contém - de modo singular - um pedido de perdão... Possuem um caráter de arrependimento, contrição e sacrifício, nos quais apresenta-se nitidamente o rigor da Divina Justiça para com o pecador empedernido em suas faltas - e aos quais bem podemos comparar às terríveis catástrofes da natureza vistas a pouco...
São, justamente esses, os salmos que a piedade católica denominou como Penitenciais.
Clamorosos pedidos de perdão
São denominados Salmos Penitenciais os que a Vulgata enumera como sendo os salmos 6, 31, 37, 50, 101, 129 e 142. Ditos salmos possuem, mais que os demais, sentimentos de penitência, com os quais o Salmista comprova a gravidade do seu pecado e roga a Deus o perdão imerecido... Vemos claramente nestes sete salmos a Majestade Divina que é insultada com a torpeza do pecado. E pari-passu a isto verificamos o verdadeiro - e quão pungente - exemplo do Salmista, que se arrepende inteiramente da má ação cometida, e implora a Deus indulgência para com os seus delitos.
A partir desta atitude de contrição, nasce uma outra súplica: a de que Deus aplaque a Sua Santa ira, e considerando a Infinita Bondade Divina, roga o Salmista que Deus abrande o castigo!
Desde tempos imemoriais adotou a Santa Igreja estes sete salmos para utilizá-los como uma "fonte penitencial": por meio deles incutir nos fiéis o verdadeiro espírito do arrependimento dos pecados, e, deste modo, fazer com que todos se penitenciem das suas faltas.
O resultado é que ditos salmos figuram em vários momentos na vida da Igreja, seja no Ofício Divino, seja na Sagrada Liturgia, tanto na recitação diária e silenciosa, como no cântico em coro...
Orígenes afirmava que o motivo que levou a Igreja a eleger sete salmos penitenciais equivalia a sete modos pelos quais se adquire o perdão dos pecados, que seriam: por meio do batismo, do martírio, pelas esmolas, perdoando os pecados alheios, convertendo o próximo, pela efusão da caridade, e por fim, pela própria penitência.

Por: Padre Felipe Isaac Paschoal Rocha, Ep

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Exortação Apostólica sobre os jovens e a vocação

Papa Francisco assina a Exortação Apostólica em Loreta. Foto: Vatican Media
Vaticano, 02 Abr. 19 / 09:20 am (ACI).- O Vaticano publicou nesta terça-feira, 2 de abril, a Exortação Apostólica Pós-sinodal Christus vivit (Cristo vive), assinada pelo Papa Francisco em Loreto, no Santuário Mariano da Santa Casa, em 25 de março de 2019.
Trata-se de um documento especialmente dirigido aos jovens da Igreja, mas também a todo o Povo de Deus.
Esta Exortação Apostólica é resultado do Sínodo sobre os jovens, a fé a o discernimento vocacional, que aconteceu de 3 a 28 de outubro de 2018, no Vaticano. De fato, o Pontífice afirma que, na hora de redigi-la, inspirou-se em seus debates e nas conclusões de seu Documento Final.
Nos pontos introdutórios, o Papa afirma: “Com afeto, escrevo a todos os jovens cristãos esta Exortação Apostólica, ou seja, uma carta que recorda algumas convicções da nossa fé e, ao mesmo tempo, encoraja a crescer na santidade e no compromisso em prol da própria vocação”.
Entretanto, embora a carta esteja especialmente dirigida aos jovens, o Santo Padre fala “a todo o Povo de Deus”, dentro do caminho sinodal da Igreja, “porque a reflexão sobre os jovens e para os jovens nos interpela e estimula a todos nós”.
Francisco reconhece que, embora esta Exortação Apostólica esteja inspirada na “riqueza das reflexões e diálogos do Sínodo do ano passado”, “aqui não poderei recolher todas as contribuições – podereis lê-las no Documento Final –, mas procurei assumir, na redação desta carta, as propostas que me pareceram mais significativas”.
A Exortação Apostólica Christus vivit é um documento extenso de 299 pontos, no qual se detém em diferentes temas, a maioria resultado dos debates do Sínodo de outubro de 2018 e das conclusões de seu Documento Final.
Entre os temas sobre os quais o Papa fala, é possível encontrar os seguintes: uma Igreja jovem que se renova, a heterogeneidade da juventude, Maria como referente para os jovens, a juventude em um mundo em crise, os migrantes, os problemas dos jovens, os abusos sexuais contra menores, a juventude como momento para o discernimento da vocação, a relação entre os jovens e os idosos, a pastoral juvenil, a vocação ao matrimônio e a vocação à vida consagrada.
O Papa finaliza o texto da Exortação Apostólica incentivando os jovens a “correr mais rápido do que os lentos e medrosos” e lhes recorda: “A Igreja precisa do vosso ímpeto, das vossas intuições, da vossa fé. Nós temos necessidade disto!”.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF