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quinta-feira, 18 de abril de 2019

“Sem a via da misericórdia tudo se enfraquece”, afirma arcebispo de Belo Horizonte

Em seu artigo “Via da misericórdia”, o arcebispo de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira afirma que a humanidade precisa ser banhada por um novo bálsamo – o bálsamo da misericórdia, que é muito antigo, mas sempre atual. “Antigo por ter suas raízes plantadas na eternidade. Novo e necessário porque a humanidade depende dessa fonte inesgotável, que é o amor de Deus”, explica. Para o bispo, o rosto desse amor misericordioso está próximo de cada pessoa – é Jesus Cristo. “Nele, o Filho de Deus, a misericórdia divina, se torna visível, mostrando que o seu Pai é o Pai de todos, Deus amor”, declara.
Eis, pois, a direção que de acordo com dom Walmor deve ser seguida pela humanidade, para encontrar novo rumo, após tantos descasos com a vida e o planeta, a “Casa Comum: a via da misericórdia”. Para ele, esse caminho está na contramão da perversidade e da indiferença. “Envolvendo corações e mentes, esses males marcam os tempos atuais com os frutos da insanidade e da ignorância, insensíveis às muitas possibilidades para os avanços humanitários, sociais e políticos”, afirma. A misericórdia é, assim, segundo dom Walmor, remédio indispensável, lição inigualável.
Quando um coração é forjado pela misericórdia, dom Walmor diz que ele se torna base para uma mente límpida, orientada para a fraternidade solidária, repleta de uma luz que inspira a inteligência e a sabedoria, qualidades indispensáveis em qualquer momento da história. “Afinal, a desastrosa percepção dos mais diferentes processos é um tipo de cegueira que causa confusões, leva a decisões equivocadas, à falta de senso crítico sobre as próprias atitudes”, considera.
Segundo dom Walmor para percorrer a via da misericórdia é necessário treinamento para se conquistar a competente compreensão a respeito de si e do outro. Permite, segundo ele, reconhecer a vida de cada pessoa como dom. “É, pois, atitude fundamental para se administrar, com equilíbrio, a própria vida. Caminho que consolida a justiça, pois conduz ao compromisso com a verdade, o bem comum, a honestidade”, aponta. Quem se aproxima do amor misericordioso de Deus, revelado em Jesus Cristo, desenvolve conforme o bispo, o gosto pela honestidade, não alimenta qualquer tipo de orgulho ou ilusória concepção sobre si.
Sem a via da misericórdia, o bispo acredita que tudo se enfraquece. “A religiosidade deixa de contribuir para que a sociedade alcance nova etapa de seu desenvolvimento. As famílias, que deveriam ser ambiente para muitos aprendizados, ficam desfiguradas”, considera. Para ele, buscar a misericórdia não é, pois, um passeio sem propósito. “É experiência renovadora, a partir do encontro com Jesus Cristo, o rosto misericordioso de Deus-Pai. Um acontecimento capaz de corrigir muitos descompassos, a exemplo do costume de se alegrar, perversamente, com o fracasso dos outros”, diz.
Ainda em seu artigo, dom Walmor destaca que as lições de Jesus Cristo salvam a humanidade também de males que afligem a alma, tornando-a suscetível a sofridas depressões:  “Quem segue o Mestre, rosto da misericórdia divina, não desiste de viver, pois passa a reconhecer a própria existência como dom. Cultiva especial apreço à vida de todos, acima de qualquer interesse egoísta que possa levar a disputas insanas”.
Nesse horizonte, dom Walmor faz um elo com a Semana Santa e diz que o tempo compreende oportunidade singular para buscar a misericórdia seguindo os passos do Mestre, na sua paixão, morte e ressurreição, a partir das celebrações e da escuta da Palavra de Deus. “A Semana Santa condensa lições essenciais que, se aprendidas por todos, permitem o surgimento de uma humanidade nova, solidária”, aponta o bispo. Ainda de acordo com ele, Jesus é único e seus ensinamentos são a verdadeira sabedoria.
“Todos aproveitem a chance de fixar o olhar em Cristo, para percorrer com Ele a via da misericórdia. Assim, cada pessoa tem a oportunidade de unir-se a Deus, abrir o próprio coração para o amor, que transforma, produz sabedoria, permite discernimentos e escolhas acertadas”, exorta dom Walmor. Para ele, os atos de Jesus são permeados de compaixão, que não pode ser confundida com fraqueza. Trata-se, de acordo com ele, de corajosa fidelidade à verdade e ao bem de todos.
“Acolher suas palavras, silenciar ante seus sofrimentos e sua morte expiatória, refletindo sobre os preciosos ensinamentos reunidos na Bíblia, a exemplo dos que estão concentrados no Sermão da Montanha, é passo importante para percorrer a via da misericórdia junto com Cristo”, garante dom Walmor. No final de seu artigo, ele diz que a humanidade precisa, com urgência, trilhar esse caminho. “Seja, pois, compromisso de todos, percorrer a via da misericórdia para aproximar-se de Deus e aprender com o seu amor”, finaliza.
CNBB

Hoje é celebrada a Quinta-feira Santa, dia da instituição da Eucaristia

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Abr. 19 / 04:00 am (ACI).- A Igreja celebra hoje a Quinta-feira Santa. Neste dia, durante a Última Ceia, Jesus instituiu dois sacramentos: a Eucaristia e a Ordem Sacerdotal.

Esta data é comemorada pela Igreja com uma eucaristia especial. Nela, o sacerdote lava os pés de doze pessoas que representam os apóstolos, repetindo assim o gesto de Jesus Cristo.  Com esta ação, Jesus transmite a mensagem da caridade, quando diz: “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”.
Dessa forma, o Senhor Jesus dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que todos os fiéis devem seguir.
Por outro lado, também é celebrada a instituição do Sacramento da Ordem sacerdotal por Cristo e a instituição da Eucaristia.
A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor, na qual Jesus, na véspera da sua paixão, “enquanto ceava com seus discípulos, tomou pão...”.
Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos se reunissem e recordassem-no abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim”.
Neste dia, há alegria e a Igreja rompe a austeridade quaresmal cantando o “Glória”: é a alegria de quem se sabe amado por Deus; porém, ao mesmo tempo, é sóbria e dolorida, porque é conhecido o preço que Cristo pagou por nós.
Hoje inicia a festa da "crise pascoal", isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte mas sim combatida por ela. A noite do sábado de Glória é o canto à vitória, porém tingida de sangue, e hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor.
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ACI Digital

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Esta é a história da Catedral de Notre Dame em Paris

Catedral de Notre Dame. Foto: Pixabay / Domínio público
PARIS, 16 Abr. 19 / 12:00 pm (ACI).- A Catedral de Notre Dame de Paris, França, um dos templos mais antigos e reconhecidos da Europa, foi vorazmente afetada pelo incêndio que destruiu seu telhado, pináculo e abóbada. A causa deste incêndio ainda é desconhecida.
A construção de Notre Dame começou há mais de 850 anos, sobre as ruínas de duas igrejas anteriores, que foram construídas sobre um templo dedicado ao deus romano Júpiter. O pináculo central, epicentro do incêndio de 15 de abril, foi acrescentado durante uma renovação do século XIX. Demorou quase 200 anos para ser concluído.
A primeira pedra da catedral foi colocada pelo Papa Alexandre III, em 1163, e o altar maior foi consagrado 26 anos mais tarde. Além disso, as torres de cerca de 68 metros de altura foram construídas entre 1210 e 1250, e a igrejafoi oficialmente concluída em 1345.
A catedral guardava algumas relíquias como a coroa de espinhos que se acredita que foi a utilizada por Cristo antes da crucificação e um pedaço de madeira que se acredita que foi parte da cruz na qual Jesus foi crucificado. Estas relíquias não sofreram danos durante o incêndio.  
Este foi um lugar de importantes eventos históricos, como a coroação do rei Henrique VI da Inglaterra, em 1431, a beatificação de Joana d'Arc pelo Papa Pio X, em 1909. Também foi imortalizada em obras literárias como "O Corcunda de Notre Dame", de Victor Hugo, que em francês é intitulada "Notre Dame de Paris".
De acordo com a BBC, a catedral escapou de uma possível destruição durante a Revolução Francesa, quando Napoleão foi coroado rei da França, em 1804. Também sobreviveu a duas guerras mundiais.
Os tesouros de Notre Dame incluem um "órgão do século XVII, com todas as suas partes ainda em funcionamento", como parte das inúmeras obras de arte e acervo histórico que abriga a catedral, de acordo com o site de Notre Dame.
Os funcionários realizaram campanhas em massa de arrecadação de fundos para restaurar a catedral, a qual foi se deteriorando ao longo dos séculos devido à contaminação e um fluxo de 13 milhões de visitantes por ano. Os conservacionistas franceses e a arquidiocese anunciaram em 2017 que as restaurações necessárias para a integridade estrutural do edifício poderiam custar até 112 milhões de dólares.
Várias igrejas na França, e Notre Dame em particular, têm experimentado diversas ameaças e ataques terroristas nos últimos anos, principalmente do extremismo islâmico.
Em novembro de 2015, atentados de extremistas em Paris causaram a morte de 147 pessoas. Além disso, o Cardeal André Vingt-Trois celebrou uma missana Catedral, no domingo seguinte, oferecida pelos mortos ou feridos nos atentados, com mais de nove mil participantes dentro do templo e milhares do lado de fora.
Por outro lado, os extremistas islâmicos realizaram um ataque em Saint-Etienne-du-Rouvray em julho de 2016, onde Padre Jacques Hamel, de 85 anos, sofreu um corte em sua garganta enquanto celebrava a Missa.
Além disso, a polícia francesa prendeu seis pessoas em setembro de 2016 depois de encontrar um carro abandonado próximo a Notre Dame, com as luzes de emergência e vários botijões de gás de cozinha, um cobertor embebido em gasolina e um cigarro apagado, mas sem os dispositivos de detonação. Dois dos detidos tinham ligações com o grupo militante chamado Estado Islâmico.
Outro carro cheio de explosivos também foi encontrado perto de Notre Dame. As autoridades francesas posteriormente acusaram uma mulher que teria relação com um suposto complô terrorista para atacar a catedral com um carro bomba.
Em junho de 2017, um homem atacou policiais na sede da polícia de Paris, ao lado de Notre Dame. Mais tarde, a polícia disparou contra o suspeito o colocou sob custódia.
De acordo com a imprensa e grupos de vigilância franceses, no início de 2019 foram registrados pelo menos 10 incidentes de vandalismo e profanação de igrejas católicas na França.
ACI Digital

Como ganhar indulgência no Tríduo Pascal?

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- Durante o Tríduo Pascal, os fiéis podem obter indulgência plenária para si próprio ou para os defuntos. Para isso, deve-se seguir as seguintes recomendações estabelecidas pela Santa Sé.

Quinta-feira Santa
1. Se durante a solene vigília do Santíssimo, após a Missa da Ceia do Senhor, recitar ou cantar o hino eucarístico “Tantum Ergo”.
2. Se visitar por meia hora o Santíssimo Sacramento reservado no monumento para adorá-lo.
Sexta-feira Santa
1. Se participar piedosamente da adoração da Cruz na solene celebração da Paixão do Senhor.
Sábado Santo
1. Se rezar a oração do Santo Rosário.
Vigília Pascal
1. Se participar da celebração da Vigília Pascal e nela renovar as promessas do Santo Batismo.
Domingo de Páscoa
1. Se receber com piedade e devoção bênção dada pelo Sumo Pontífice a Roma e ao mundo (bênção Urbi et Orbi), ou dada pelo Bispo aos fiéis confiados ao seu cuidado.
Além dessas condições estabelecidas para cada dia do Tríduo, para lucrar a indulgência, é necessário seguir as demais recomendações, que são:
A. Exclusão de todo afeto para qualquer pecado, inclusive venial.
B. Confissão sacramental, Comunhão Eucarística e oração pelas intenções do Sumo Pontífice. Estas três condições podem ser cumpridas dias antes ou depois da execução da obra enriquecida com a indulgência plenária; mas convém que a comunhão e a oração pelas intenções do Sumo Pontífice se realizem no mesmo dia em que se cumpre a obra.
Vale assinalar que, com uma só confissão sacramental é possível ganhar várias indulgências. Entretanto, convém que se receba frequentemente a graça do sacramento da Penitência, para aprofundar na conversão e na pureza de coração.
Por outro lado, com uma só Comunhão Eucarística e uma só oração pelas intenções do Santo Padre só se ganha uma indulgência plenária.
A condição de rezar pelas intenções do Pontífice se cumpre com um Pai Nosso e Ave-Maria; mas é concedida a cada fiel cristão a faculdade de rezar qualquer outra fórmula, segundo sua piedade e devoção.
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ACI Digital

Santa Catarina Tekakwitha, a primeira santa pele vermelha

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Abr. 19 / 06:00 am (ACI).- Neste dia 17 de abril, a Igreja celebra a festa de Santa Catarina (Kateri) Tekakwitha, a primeira santa pele vermelha dos Estados Unidos. É considerada padroeira da natureza e da ecologia junto com São Francisco de Assis. Suas últimas palavras foram: “Jesus, te amo!”.

Catarina nasceu em Auriesville, Nova York (Estados Unidos), em 1656. Sua mãe era uma cristã membro da tribo algonquina, que tinha sido capturada pelos iroqueses e libertada por quem seria o pai de Tekakwitha, um chefe tribal Mohawk.
Quando ela tinha quatro anos, seus pais e seu irmão morreram pela epidemia de varíola. Por causa dessa mesma doença, ela ficou com o rosto desfigurado, a visão seriamente danificada e sob a responsabilidade de seus tios.
Aos seus 11 anos, Catarina conheceu a fé cristã quando chegaram ao seu povo os missionários jesuítas que acompanhavam os deputados mohicanos para assinar a paz com os franceses.
Embora tenha aceitado rapidamente, a jovem pediu para ser batizada aos 20 anos, enfrentando a oposição de sua família e para a recusa de sua comunidade. Teve que fugir de seu povo até chegar a algumas comunidades cristãs no Canadá.
Mais tarde, fez a Primeira Comunhão no dia de Natal e realizou o voto de castidade. Durante sua curta vida, manteve uma intensa devoção ao Bendito Sacramento.
Partiu para a Casa do Pai em 17 de abril de 1680, na Semana Santa daquele ano, e com apenas 24 anos. Após sua morte, o povo desenvolveu imediatamente uma grande devoção por ela e muitos peregrinos iam visitar seu túmulo, em Caughnawaga.
Conta a tradição que as cicatrizes que a santa tinha no rosto sumiram depois que faleceu e que muitos enfermos que foram ao funeral se curaram.
Em 1884, oPe. Clarence Walworth mandou erguer um monumento junto a sua sepultura e chegou a ser conhecida como “O Livro dos Mohawks”.
Santa Catarina foi beatificada por São João Paulo II, em 1980, e canonizada pelo Sumo Pontífice Emérito Bento XVI, em outubro de 2012.
Embora sua festa seja celebrada no dia 14 de julho nos Estados Unidos, no restante do mundo, de acordo com o martirológio, hoje se recorda Santa Catarina Tekakwitha.
ACI Digital

terça-feira, 16 de abril de 2019

O Demônio sabia que Jesus era Deus?


Antes da Paixão, logo no limiar da vida pública de Jesus, o demônio O quis tentar por três vezes, como referem os Evangelistas (Mateus 4,1-11Lucas 4,1-13Marcos 1,13). Tal fato é claro indício de que o Maligno ignorava ser Jesus o próprio Deus. Essa ignorância manteve-se até o fim da vida pública de Cristo, pois São Paulo insinua que, se os demônios tivessem conhecido o plano misterioso de Deus,“nunca teriam crucificado o Senhor da glória” (1Coríntios 2,8).
Satanás, porém, suspeitava que Jesus fosse um varão extraordinário, escolhido por Deus para ser Profeta ou talvez mesmo o Messias aguardado — o Messias que, conforme a opinião mais corrente em Israel, não seria Deus em sentido próprio, mas poderia chamar-se “Filho de Deus” por ser criatura muito unida à Divindade. Foi, portanto, para certificar-se da missão messiânica (não propriamente para certificar-se da Divindade) de Jesus e pô-la à prova que o demônio lhe fez as sugestões tentadoras, usando da fórmula:“Se és o Filho de Deus…” (cf. Mateus 4,36); note-se que a terceira sugestão, a qual prometia a Jesus a posse de todos os reinos deste mundo (cf. Mateus 4,8-9), correspondia claramente ao conceito de Messias mais propalado entre os judeus: o Messias político, que libertaria Israel do jugo dos romanos e instauraria a hegemonia internacional de sua nação.
Conforme Marcos 1,24, o demônio confessava que Jesus era o “Santo de Deus”. Este título, segundo a sua etimologia, significava “o homem posto à parte e consagrado ao serviço de Deus”; embora não fosse designação habitual do Messias, bem podia significar “o Salvador” (cf. a confissão de Pedro em João 6,69:“o Santo de Deus”). O demônio teria então reconhecido em Jesus o Messias como o concebiam os judeus: criatura eminente, não o próprio Deus Encarnado. São Lucas confirma esta conclusão, quando narra: “Os demônios saíam de muitos (possessos), clamando e dizendo: ‘Tu és o Filho de Deus!’; Ele, porém, preceituando-lhes com poder, não os deixava falar, porque sabiam que era o Cristo (=palavra grega correspondente ao hebraico ‘Messias’)'” (Lucas 4,41; cf. Marcos 1,34).
O fato de Jesus não permitir, no início da sua vida pública, que os maus espíritos O proclamassem “Messias” se explica em vista da concepção errônea que os fariseus nutriam a respeito do Messias; esperando um rei que sacudisse o domínio estrangeiro, poderiam ter feito de Jesus um chefe de revolução nacionalista, fechando-se assim por completo ao genuíno sentido do Evangelho. Só aos poucos foi Cristo revelando o significado da sua missão; o pensamento do Senhor ficou bem claro, pois foi precisamente por se ter declarado Messias num sentido transcendente que Ele sofreu a morte (cf. Marcos 14,61-84; Mateus 24,63-65; Lucas 22,67-71).
Quanto aos tempos atuais, ensinam os teólogos que o demônio não sabe que Jesus é Deus no sentido estrito; não conhece o mistério do Verbo Encarnado. Contudo percebe e analisa, ainda com mais acuidade do que os homens, os indícios de que a obra de Cristo e a história da Igreja são algo de Divino. Coagido pela evidencia, ele reconhece algo do plano de Deus no mundo; este reconhecimento, porém, nada tem de sobrenatural; “os demônios creem, e estremecem”, diz São Tiago (2,19).
Satanás tem consciência, entre outras coisas, de que a morte e a glorificação de Cristo lhe vão progressivamente arrebatando as almas; seu domínio vai sendo debelado nas regiões e nos povos em que ele outrora, pela idolatria e os falsos cultos, reinava incontestado. Suspeita que seu poder terá fim; por isto, estremece (como diz o Apóstolo) e se atira sobre as almas com furor cada vez mais requintado, sabendo que é preciso aproveitar toda e qualquer oportunidade (cf. Apocalipse 12,17). Vãs, porém, ficam as suas invectivas contra aqueles que se firmam no Rochedo que é o Cristo (cf. 1Cor 10,4); o demônio é como o cão acorrentado que ladra, mas só pode morder a quem, por iniciativa própria, dele se aproxime (cf. Santo Agostinho)!


  • Fonte: Revista Pergunte e Responderemos nº 4:1957 ago/1957.
  • www.bibliacatolica.com.br

Coroa de espinhos de Jesus foi salva do incêndio na Catedral de Notre-Dame

França - Paris (Terça-feira, 16-04-2019, Gaudium PressA figura de um sacerdote católico emergiu como a de um herói em meio ao trágico incêndio que consumiu grande parte da Catedral de Notre-Dame de Paris, França. Trata-se do Padre Jean-Marc Fournier, Capelão da Brigada de Incêndios, que ingressou ao monumental templo em chamas para resgatar ao Santíssimo Sacramento e a relíquia da Coroa de Espinhos de Jesus Cristo.

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O Padre Fournier já demonstrou seu valor em outras ocasiões. Quando servia como capelão militar no Afeganistão, sobreviveu a uma emboscada na qual 10 soldados perderam a vida. A opinião pública francesa já havia conhecido a figura do capelão dos bombeiros em 2015, quando um grupo de terroristas atacou um concerto em Paris assassinando a 89 pessoas. O sacerdote foi visto servindo e assistindo espiritualmente aos feridos no atentado.
Um editor do canal católico da França, KTO, Etienne Loraillere, observou ao Padre Fournier entrar no templo em chamas. O sacerdote "ingressou com os bombeiros na Catedral de Notre-Dame para salvar a Coroa de Espinhos e o Santíssimo Sacramento", informou o 'The Daily Mail'. "O Padre Fournier é um herói absoluto", comentou ao meio de comunicação uma fonte anônima dos serviços de emergência de Paris. "Não demonstrou temor à medida que avançava diretamente até as relíquias na Catedral e se assegurou que estivessem a salvo. Ele luta contra a morte diariamente e não demonstra medo".
A relíquia da Coroa de Espinhos corresponde, segundo a tradição, a uma parte da que foi imposta sobre a cabeça de Cristo durante sua Paixão, e os registros mais antigos sobre sua preservação datam do século VI, quando era venerada pelos fiéis de Jerusalém. A relíquia foi doada pelo Imperador Latino de Constantinopla ao Rei Luís IX em 1238. (EPC)
Gaudium Press

Cinco filmes recomendados para a Semana Santa

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Abr. 19 / 12:00 pm (ACI).- A Semana Santa é um período propício para conhecer e refletir mais sobre o sentido de ser cristão, o que é melhor com a ajuda de um bom filme. A seguir, cinco obras cinematográficas com temática de fé que marcaram e mudaram a vida de muitos de seus telespectadores.

Ressurreição (2016)
De acordo com a Sony, “Ressurreição” apresenta “a épica história bíblica da ressurreição contada pelos olhos de um incrédulo. Clavius (Joseph Fiennes), um poderoso tribuno militar romano, e seu assistente, Lucius (Tom Felton), têm a tarefa de resolver o mistério do que aconteceu com Jesus nas semanas seguintes a crucificação, a fim de refutar os rumores de um Messias ressuscitado e evitar uma revolta em Jerusalém”.
A Paixão de Cristo (2004)
É uma adaptação dos últimos dias de Jesus Cristo realizada por Mel Gibson. Filmado em latim e aramaico, idiomas que Jesus falou, e projetado em todo o mundo em versão original por desejo do diretor, o filme atraiu a atenção de todos pela crueza e realismo de suas imagens.
Ben Hur (1959)
William Wyler assinou uma épica superprodução protagonizada por Charlton Heston, Stephen Boyd e Jack Hawkins que obteve onze prêmios Oscar. Narra a história de dois velhos amigos que se enfrentam e na qual não se mostra o rosto de Jesus Cristo, embora sua presença marque toda a vida de Judah Ben-Hur.
Um remake deste filme estreará ainda este ano, dirigido por Timur Bekmambetov e com Jack Huston como o personagem principal. O brasileiro Rodrigo Santoro também faz parte do elenco, no papel de Jesus Cristo. O primeiro trailer deste remake foi divulgado na semana passada.
Jesus de Nazaré (1977)
Embora se trate de uma minissérie de televisão e não de um filme, o trabalho de Franco Zeffirelli é talvez o melhor relato sobre o nascimento, feitos e morte de Jesus Cristo. O Beato Paulo VI, depois de assistir essa produção, recebeu em audiência o diretor de cinema Franco Zeffirelli e agradeceu-lhe por este trabalho sobre a vida do Senhor. O Papa Francisco também recebeu o diretor na Casa Santa Marta em Audiência Privada na terça-feira, 15 de março.
Os Dez Mandamentos (1956)
Charlton Heston volta a aparecer neste épico com a adaptação da passagem de Moisés e os Dez Mandamentos, dirigida pelo lendário Cecil B. DeMille. A superprodução é de proporções bíblicas: possui quase quatro horas de duração e seus avançados efeitos especiais renderam um Oscar aos diretores. A cena da abertura do Mar Vermelho entrou para a história da sétima arte como uma das mais impressionantes do cinema até então.
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Santa Bernadette Soubirous, a vidente da Virgem de Lourdes

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- “Sim, mãe querida, tu baixaste até a Terra e apareceste a humílima menina... Tu rainha do céu e da terra quiseste escolher-me porque era o que de mais frágil havia no mundo”, disse em uma ocasião Santa Bernadette Soubirus, a vidente da Virgem da Lourdes e cuja festa se celebra neste dia 16 de abril.

Santa Bernadette nasceu em 7 de janeiro de 1844 em Lourdes (França). Recebeu como nome de batismo Marie-Bernard, mas costumavam chamá-la pelo diminutivo “Bernardette”. Sua família padeceu a mais absoluta pobreza.
Bernadette ficou sob responsabilidade de sua ama, que a enviou ao pastoreio de ovelhas, mas isso dificultava que ela se preparasse para receber a Primeira Comunhão. Era a única menina de quase 14 anos que não tinha recebido a Eucaristia. Como era muito boa pastora, obrigaram-na a cuidar mais tempo das ovelhas.
Mais adiante, pediu aos seus pais para voltar para casa, porque queria receber a Primeira Comunhão e seus pais aceitaram. Com este desejo é que lhe aparece a Virgem de Lourdes, que chamava a si mesma “a Imaculada Conceição”.
Depois das aparições, a humilde jovem se manteve simples e modesta, sem procurar a agitação nem popularidade. Recebeu sua Primeira Comunhão em 3 de junho de 1858, no dia de Corpus Christi daquele ano.
Recebeu incompreensões, zombarias e quase sempre estava doente. Sofria de vômitos com sangue, asma crônica, tuberculose, aneurisma, dor de estômago, deterioração do osso, abcessos nos ouvidos e um tumor no joelho.
A Virgem havia dito a Santa Bernadette: “Não prometo fazer-te feliz neste mundo, mas sim no outro”.
Em 1860, as Irmãs da Caridade de Nevers, que serviam na escola e hospital, ofereceram a ela asilo. Lá, foi designada uma irmã que lhe ensinou a ler e escrever. Ao crescer, Bernadette também passou por momentos de vaidade, buscando ter uma boa aparência, mas essas coisas passaram rápido e não prejudicaram sua simplicidade de coração.
Mais tarde, decidiu abraçar a vida religiosa e pediu para ser aceita pela Madre Superiora. Aos 22 anos, foi pela última vez à amada gruta para despedir-se, antes de ingressar no noviciado.
Sua saúde decaiu seriamente e a Madre Superiora quis lhe dar o consolo de que pronunciasse os votos. Durante a cerimônia, ela fez gestos de consentimento, porque não podia falar, e lhe deram o véu de professa. Na manhã seguinte, despertou feliz e a Madre Superiora lhe disse para remover o véu e ela humildemente aceitou.
Em 30 de outubro de 1867, fez seus votos temporários aos 23 anos e, em 1878, emitiu os votos perpétuos. Depois, sua saúde se deteriorou e voltou para a enfermaria. Ali, sofreu muito, superou a tentação de pensar que não poderia ser salva, não se deixou vencer e se manteve serena.
Padeceu durante a Semana Santa de 1879. Em 16 de abril, pediu às religiosas que rezassem o Rosário. Após a conclusão de uma Ave-Maria, seu rosto expressou um sorriso, como se visse de novo a Virgem da gruta e partiu para a Casa do Pai às 3h15.
“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim pobre pecadora... pecadora”, foram suas últimas palavras. Seu corpo permanece incorrupto em sua capela em Nevers, com a aparência de estar adormecida.
ACI Digital

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Quinta-feira santa e a celebração da bênção dos Santos Óleos

Na próxima quinta-feira (18), a Igreja celebra a bênção dos Santos Óleos. É nesta última missa antes do tríduo pascal, mais conhecida como “Missa do Crisma”, que se abençoam os óleos que serão usados nas cerimônias sacramentais do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos (usado nas pessoas que se encontram doentes) e Ordenação.
Segundo o bispo de Santo André e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, dom Pedro Carlos Cipollini, os santos óleos representam o toque curativo de Deus na vida da pessoa.
“Na Bíblia o óleo aparece com vários significados neste sentido de aliviar a dor (parábola do bom samaritano) alimentar a lâmpada (parábola das virgens). Mas o óleo é também sinal de abundância e fraternidade. Jesus mandou os discípulos ungirem com óleo os doentes (Mc 6,13) ”, destaca.
Nesta mesma celebração também, os padres renovam junto ao bispo, os seus compromissos sacerdotais, gesto faz memória a instituição do Sacerdócio.
“É um momento de testemunhar a unidade do Bispo com seu clero e por isso chamamos da missa da Unidade. Mas com a distribuição dos óleos é também um testemunho do serviço ministerial do sacerdócio na administração dos sacramentos para o povo de Deus. O nome Cristo significa “consagrado por meio da Unção” e se somos cristãos é porque fomos ungidos no Cristo pelo batismo e confirmados na crisma e, assim fazemos parte de seu corpo, que é a Igreja”, explica o bispo de Rio Grande, Dom Ricardo Hoepers.
A unção com os óleos bentos vem do Antigo Testamento que era utilizada para consagrar os reis, sacerdotes e profetas. Segundo Dom Ricardo Hoepers, para os cristãos, o sentido dos óleos é que também participamos do sacerdócio de Cristo, e somos com ele mortos, sepultados e ressuscitados. Por isso essa liturgia se insere antes do Tríduo Pascal que irá celebrar esses mistérios.
“O óleo é vida e Cristo é a vida plena. Essa vida de Cristo é participada pelo sacerdócio ministerial e distribuída através dos sinais sacramentais do Batismo, Crisma e Unção dos enfermos”, ressalta o bispo de Rio Grade.
Sobre os Santos Óleos
Para que todos tenham uma compreensão bem clara, a diocese de Santo André preparou um resumo com o significado de cada óleo.
Óleo do Crisma
Significa a plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo também usado no sacramento da ordem, (Sacerdotes) para ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos.
Óleo dos Catecúmenos
Significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, libertação e preparação para o nascimento pela água e pelo Espírito, para os que irão receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água.
Óleo dos Enfermos
É usado no sacramento dos enfermos, conhecido como “extrema-unção”. Ele simboliza a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa na doença e no sofrimento, ao mesmo tempo em que tem todo um significado de preparação da passagem desta vida para a vida eterna.
Dom Pedro Carlos Cipollini, Bispo de Santo André-SP
Dom Ricardo Hoepers, Bispo de Rio Grande-RS
CNBB

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF