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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Oitava Pascal traz para a liturgia o mistério da ressurreição de Cristo

Com a celebração da Ressurreição do Senhor, na Vigília do Sábado Santo, a Igreja entra no Tempo Pascal, formado por sete semanas até a Solenidade de Pentecostes. Dentro desse período, tem-se a chamada “Oitava de Páscoa”, que é o conjunto dos primeiros oito dias do Tempo Pascal, iniciados no domingo após a Vigília da Ressurreição.

Cronologicamente são oito dias, mas o arcebispo de Passo Fundo, dom Rodolfo Luís Weber afirma que para a liturgia católica esses dias são como se fossem um só. “O fato pascal é tão importante que não cabe num só dia, pois ele dá origem ao cristianismo”, aponta.
Neste sentido, a Oitava Pascal traz para o centro da celebração litúrgica da Igreja o mistério da Ressurreição de Jesus Cristo. “O fato inusitado da ressurreição de Jesus Cristo abre uma nova visão sobre Deus e para os seguidores de Cristo, os cristãos”, afirma dom Rodolfo.
Mas, afinal, o que se celebra?  Segundo o padre Luiz Camilo Júnior, missionário redentorista, no passado a oitava pascal era um tempo especial de contato com a fé para os que tinham sido batizados na Vigília Pascal. “No batismo, eles recebiam a veste branca, e esta era tirada no final da Oitava Pascal. Era momento para aqueles que renasceram pelo Batismo poderem experimentar a vida nova em Cristo”, explica.
Nessa perspectiva, padre Luiz Camilo Júnior afirma que a Oitava Pascal é um convite aos cristãos para fazerem de suas vidas uma contínua Páscoa, um tempo de renovar a confiança no Senhor, colocando em suas mãos suas vidas e os seus destinos. “É um tempo para que, ressuscitados com Cristo, aprendamos a buscar as coisas que são do alto”, finaliza.
CNBB

terça-feira, 23 de abril de 2019

São Jorge, o santo do Papa Francisco

REDAÇÃO CENTRAL, 23 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 23 de abril, a Igrejacelebra a festa de São Jorge, o santo do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, que é também padroeiro de Armas de Cavalaria do Exército da Argentina, país natal do Santo Padre. No Brasil, o santo é padroeiro do estado do Rio de Janeiro.

São Jorge viveu nos primeiros séculos da Cristandade. Nasceu em Lydda, Palestina, a terra de Jesus, filho de um agricultor muito estimado. Ingressou no exército e foi capitão.
Quando o santo chegou a uma cidade do Oriente, encontrou-se com um terrível crocodilo (ou dragão, ou tubarão), que devorava as pessoas e ninguém se atrevia a enfrentá-lo. São Jorge o fez e venceu.
Cheios de admiração e de emoção por ocorrido, os moradores escutaram atentamente quando o santo lhes falou sobre Jesus Cristo e muitos deles se converteram ao cristianismo.
Nessa época, o imperador Diocleciano mandou todos adorarem ídolos ou deuses falsos e proibiu adorar Jesus Cristo. O santo declarou que ele nunca deixaria de adorar Cristo e que jamais adoraria ídolos.
Essa recusa fez com que o imperador o condenasse à morte. No momento do martírio, levaram-no ao templo dos ídolos para ver se os adorava, mas diante da sua presença, várias estátuas de falsos deuses caíram no chão e se despedaçaram.
O santo foi martirizado e, enquanto o açoitavam, lembrava-se dos açoites que deram em Jesus e não abria a boca. Sofreu os castigos em silêncio.
As pessoas, ao vê-los, diziam que era corajoso e que “verdadeiramente vale a pena ser seguidor de Cristo”. Antes de morrer, o santo disse: “Senhor, em Tuas mãos entrego a minha alma”.
Quando escutou que lhe cortariam a cabeça, alegrou-se, porque tinha muito desejo de ir ao céu e estar com o Senhor. O santo sempre estava em oração.
São Jorge também é padroeiro da Inglaterra e dos escoteiros.
Geralmente, o santo é representado sobre um cavalo, com traje militar da época medieval, com uma palma, uma lança e um escudo, que tem uma bandeira branca com uma cruz vermelha, cujos braços vão às extremidades.
Este escudo pode ser visto em quadros e outras representações e a adaptação do mesmo está na bandeira da Inglaterra, da Geórgia, entre outras.
O santo é protetor dos soldados, agricultores, arqueiros, escoteiros, ferreiros, prisioneiros, entre outros. Também é conhecido como protetor dos animais domésticos.
ACI Digital

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Por que hoje a Igreja Católica celebra a “Segunda-feira do Anjo”?

As três Marias no Sepulcro / Pintura de Peter von Cornelius (1783-1867)
REDAÇÃO CENTRAL, 22 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- Hoje, Segunda-feira da Páscoa, a Igreja celebra a chamada “Segunda-feira do Anjo”, que recebe este nome porque foi precisamente um anjo que, no sepulcro, anunciou às mulheres que Jesus tinha ressuscitado.
Em um dia como hoje, em 2017, Vatican News recordou a explicação dada por São João Paulo II em 1994.
“Por que se chama assim?”, perguntou o Pontífice, colocando em evidência a necessidade de destacar a figura daquele anjo, que disse das profundezas do sepulcro: “Ele ressuscitou”.
Estas palavras “eram muito difíceis de pronunciar, de expressar, para uma pessoa. Além disso, as mulheres que foram ao sepulcro, o encontraram vazio, mas não puderam dizer ‘ressuscitou’; só afirmaram que o sepulcro estava vazio. Mas o anjo disse: ‘Ele não está aqui, ressuscitou’”.
Assim narra o Evangelho de Mateus: “Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis. Eis que os disse”. (Mt 28, 5-7)
Os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Como criaturas puramente espirituais, têm inteligência e vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam a perfeição de todas as criaturas visíveis.
O resplendor da sua glória testemunha isso: Cristo é o centro do mundo dos anjos e estes lhe pertencem, ainda mais, porque os tornou mensageiros do seu plano de salvação.
A partir de hoje, até o final da Páscoa no dia de Pentecostes, se reza a oração do Regina Coeli em vez da Oração do Ângelus.
O Sumo Pontífice Emérito Bento XVI, em 2009, assinalou que o “Alegrai-vos” Maria pronunciado pelo anjo é um convite à alegria: “Gaude et laetare, Virgem Maria, aleluia, quia Surrexit Dominus vere, aleluia”, “Alegrai-vos e exultai, Virgem Maria, aleluia, pois o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia”.
ACI Digital

domingo, 21 de abril de 2019

Mensagem de Páscoa

Aleluia! Jesus Ressuscitou! Exultemos de alegria!
Jesus Cristo venceu a morte! Ele é a razão de ser de nossa esperança. Nós cremos na vitória do amor sobre o ódio, da paz sobre a violência, do perdão sobre a vingança e da vida sobre a morte. Seja o nosso louvor pascal manifestado com os lábios, o coração e a vida, acompanhado sempre da busca da paz, do perdão e da reconciliação.  Quem celebra a Páscoa é chamado a uma nova vida. Leve a todos, a começar da sua família, a esperança e a paz do Senhor Ressuscitado.
Tenha uma feliz Páscoa!
+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Arquidiocese de Brasília/O Povo de Deus

Começa hoje a Oitava de Páscoa

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Abr. 19 / 04:00 am (ACI).- No domingo de Ressurreição começa os cinquenta dias do tempo pascal e termina com a Solenidade de Pentecostes.

A Oitava de Páscoa é a primeira semana destes cinquenta dias; é considerada como se fosse um só dia, ou seja, o júbilo do Domingo de Páscoa é prolongado durante oito dias.
As leituras evangélicas estão centralizadas nos relatos das aparições de Cristo Ressuscitado e nas experiências que os apóstolos tiveram com Ele.
Neste tempo litúrgico, a primeira leitura, normalmente tirada do Antigo Testamento, é trocada por uma leitura dos Atos dos Apóstolos.
O segundo Domingo de Páscoa também é chamado Domingo da Divina Misericórdia, segundo a disposição de São João Paulo II durante seu pontificado, depois da canonização da sua compatriota Faustina Kowalska.
O decreto foi emitido no dia 23 de maio de 2000 pela Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, detalhando que esta seria comemorada no segundo domingo de Páscoa. A denominação oficial deste dia litúrgico será “segundo domingo de Páscoa ou Domingo da Divina Misericórdia”.
Acompanhe também nosso recurso sobre a Páscoa: https://www.acidigital.com/fiestas/pascoa/index.html.
ACI Digital

Hoje é a Páscoa da Ressurreição

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Abr. 19 / 12:01 am (ACI).- Hoje é o dia em que a Igreja Católica celebra o sentido da Fé, porque festeja o Domingo da Ressurreição de Jesus ou a Páscoa, quando Cristo triunfante sobre a morte abre as portas do céu.

Durante a Missa, acende-se o círio pascal que permanecerá aceso até o dia em que se comemora a Ascensão de Jesus ao céu.
Esta festa celebra a derrota do pecado e da morte pela a ressurreição. Todo o sofrimento temporal adquire sentido com a vida eterna.
É um dia de festa e alegria, Cristo ressuscitou, o túmulo está vazio, a humanidade está salva, agora é hora de abraçar esta salvação testemunhando uma verdadeira vida cristã.
A seguir, leia o Evangelho de São João (20,1-9) deste Domingo da Ressurreição:
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”.
Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou.
Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte.
Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou.
De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.
Acompanhe também nosso recurso sobre a Páscoa: https://www.acidigital.com/fiestas/pascoa/index.html.
ACI Digital

sábado, 20 de abril de 2019

Antiga Homilia sobre a Sábado Santo


Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão dos mortos.

Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida. Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte. Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos. Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti, somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à minha imagem, tua beleza corrompida.

Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar de teus ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a árvore do paraíso.

Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a lança que estava dirigida contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros, construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus preparado para ti desde toda a eternidade”.

Liturgia das Horas/Paulus

O que significam os símbolos gravados no Círio Pascal?

Círio Pascal / Foto: Wikimedia (Domínio público)
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 09:00 am (ACI).- O Círio Pascal é, desde os primeiros séculos do cristianismo, um dos elementos mais expressivos da Vigília do Sábado Santo. No entanto, você sabe o significado de cada um dos símbolos gravados nele?
A seguir, veja cada um dos símbolos com seus respectivos significados:
1. Luz
O Círio Pascal representa Cristo ressuscitado, "a verdadeira luz que ilumina todo homem que vem a este mundo" e que dissipa as trevas (a morte).
2. Chama
No início, na procissão de entrada da Vigília, a única luz é a do Círio Pascal. Então, com essa chama, a pequena vela levada pelos fiéis é acesa, o que significa a fé que todos nós recebemos e compartilhamos.
Através deste ato, os batizados são lembrados de que devem ser portadores da luz de Cristo, testemunhas de seu amor, que como uma chama acende e aquece os corações.
3. A Cruz
A cruz é sempre o símbolo central, é o caminho que deve ser tomado, como Cristo, para chegar ao Pai.
4. Cravos
São cinco grãos de incenso, muitas vezes vermelhos, que são cravados no círio e simbolizam as cinco chagas de Jesus, os três pregos que perfuraram suas mãos e pés, a lança no lado direito do corpo e os espinhos em sua cabeça,
5. Fogo
O fogo da chama também representa uma imagem viva da ressurreição, do homem que abandona o pecado e nasce para uma nova vida. Enquanto o círio está aceso, o sacerdote pode dizer palavras semelhantes a: "A luz de Cristo, elevando-se em Glória, dissipa as trevas de nossas mentes e de nossos corações".
6. Alfa e Ômega
As letras Alfa e Ômega, a primeira e a última do alfabeto grego, indicam que a Páscoa de Cristo, o início e o fim do tempo e da eternidade, chega até nós sempre com nova força no ano especial em que vivemos.
7. Ano
O ano atual representa Deus no presente e como Mestre e Senhor de toda a eternidade.
8. Cordeiro
Cristo é representado pela figura de um cordeiro.
ACI Digital

Os símbolos do Sábado Santo

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste Sábado Santo, a Igrejacelebra a Vigília Pascal, considerada a mãe de todas as vigílias por realizar-se na noite em que Cristo passou da morte à vida. Esta celebração possui quatro partes: a liturgia da luz; a liturgia da Palavra; a liturgia batismal; e a liturgia eucarística. Conheça os símbolos presentes nessa Missa.

1. A luz e o fogo
Desde sempre, a luz existe em estreita relação com a escuridão: na história pessoal ou social, uma época sombria vai seguida de uma época luminosa; na natureza é das escuridões da terra de onde brota à luz a nova planta, assim como à noite lhe sucede o dia.
A luz também se associa ao conhecimento, ao tomar consciência de algo novo, frente à escuridão da ignorância. E porque sem luz não poderíamos viver, a luz, sempre, mas sobretudo nas Escrituras, simboliza a vida, a salvação, que é Ele mesmo (Sl 27,1; Is 60, 19-20).
A luz de Deus é uma luz no caminho dos homens (Sl 119, 105), assim como sua Palavra (Is 2,3-5). O Messias traz também a luz e Ele mesmo é luz (Is 42.6; Lc 2,32).
As trevas, então, são símbolo do mal, a desgraça, o castigo, a perdição e a morte (Jó 18, 6. 18; Am 5. 18). Mas é Deus quem penetra e dissipa as trevas (Is 60, 1-2) e chama os homens à luz (Is 42,7).
Jesus é a luz do mundo (Jo 8, 12; 9,5) e, por isso, seus discípulos também devem sê-lo para outros (Mt 5,14), convertendo-se em reflexos da luz de Cristo (2 Cor 4,6). Uma conduta inspirada no amor é o sinal de que se está na luz (1 Jo 2,8-11).
Durante a primeira parte da Vigília Pascal, chamada “lucenário”, a fonte de luz é o fogo. Este, além de iluminar, queima e, ao queimar, purifica. Como o sol por seus raios, o fogo simboliza a ação fecundante, purificadora e iluminadora. Por isso, na liturgia, os simbolismos da luz–chama e iluminar–arder se encontram quase sempre juntos.
2. O círio pascal
Entre todos os simbolismos derivados da luz e do fogo, o círio pascal é a expressão mais forte, porque reúne ambos.
O círio pascal representa Cristo ressuscitado, vencedor das trevas e da morte, sol que não tem ocaso. Acende-se com fogo novo, produzido em completa escuridão, porque, na Páscoa, tudo se renova: dele se acendem as demais luzes.
As características da luz são descritas no exultet e formam uma unidade indissolúvel com o anúncio da libertação pascal. O círio aceso é, pois, um memorial da Páscoa. Durante todo o tempo pascal o círio estará aceso para indicar a presença do Ressuscitado entre os seus.
Os símbolos do Batismo
1. A água
Embora o rito do Batismo esteja repleto de símbolos, a água é o elemento central, o símbolo por excelência. Em quase todas as religiões e culturas, a água possui um duplo significado: é fonte de vida e meio de purificação.
Nas Escrituras, encontramos as águas da Criação sobre as quais pairava o Espírito de Deus (Gn 1,2). A água é vida no regaço, na seiva, no líquido amniótico que nos envolve antes de nascer. No dilúvio universal, as águas torrenciais purificam a face da terra e dão lugar à nova criação a partir de Noé.
No deserto, os poços e os mananciais se oferecem aos nômades como fonte de alegria e de assombro. Perto deles, têm lugar os encontros sociais e sagrados, preparam-se os matrimônios, etc.
Os rios são fontes de fertilização de origem divina; as chuvas e o orvalho contribuem com sua fecundidade como benevolência de Deus. Sem a água, o nômade seria imediatamente condenado à morte e queimado pelo sol palestino. Por isso, pede-se a água na oração.
Yahvé se compara com uma chuva de primavera (Os 6,3), ao orvalho que faz crescer as flores (Os 14.6). O justo é semelhante à árvore plantada ao borde das águas que correm (Nm 24,6); a água é sinal de bênção.
Segundo Jeremias (2, 13), o povo de Israel, ao ser infiel, esquece Yahvé como fonte viva, querendo escavar suas próprias cisternas. A alma procura Deus como o cervo sedento procura a presença da água viva (Sl 42,2-3). A alma aparece assim como uma terra seca e sedenta, orientada para a água.
Jesus emprega também este simbolismo em sua conversa com a samaritana (Jo 4.1-14), a quem se revela como “água viva” que pode saciar sua sede de Deus. Ele mesmo se revela como a fonte dessa água: “Se alguém tiver sede, que venha para Mim e beba” (Jo 7,37-38). Como da rocha de Moisés, a água surge do flanco transpassado pela lança, símbolo de sua natureza divina e do Batismo (cf Jo 19,34).
Por este motivo, a água se converteu no elemento natural do primeiro sacramento da iniciação cristã.  Desde os primeiros séculos do cristianismo, os cristãos adultos eram batizados em uma espécie de pia cheia de água que tinha duas escadas: por uma descia e por outra saía. A imagem de “descer” às águas representava o momento da purificação dos pecados e estava associada à morte de Cristo.
A saída, subindo pelo lado oposto, representava o renascer à nova vida, como se estivesse saindo do ventre materno e era associado à ressurreição. No centro se fazia a profissão de fé pública. E isto significa que a água do batismo não é algo “mágico” – como pensam muitos – que protege ou transforma por si só, mas sim a expressão deste duplo compromisso: o de mudar de vida morrendo ao pecado e o de renovar a escala de valores, iluminados por Cristo, ressuscitados com Ele.
2. A veste branca
A cor branca sempre foi identificada com a pureza, com o inocente. Parece lógico que, desde os primeiros séculos do cristianismo, os catecúmenos fossem ao Batismo vestidos com túnicas brancas. Poderíamos considerá-lo, inclusive, como inspirado na imagem reiterada do Apocalipse, em que os seguidores fiéis do Cordeiro mereceram vestir-se de branco (cf 3,4-5.18; 4,4; 7,9.13-14; 19,14; 22,14).
Entretanto, os textos bíblicos dependeriam do que nos diz a tradição cultural dos primeiros séculos, anterior aos mesmos. Em todo o Império Romano, só os membros do Senado se vestiam com túnicas brancas, por isso os chamavam candidatus, do latim “cândido”, branco. Desta maneira, manifestava publicamente sua dignidade, a de servir ao Imperador, o qual se apresentava como o filho de deus.
Os cristãos, então, a irem vestidos de branco a receber o Batismo, tentaram mostrar que a verdadeira dignidade do homem não consiste em trabalhar para nenhum poder político, mas em servir a Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus. Portanto, mais que símbolo de pureza, era símbolo de dignidade, de vida nova, de compromisso com um estilo de vida e com o esforço cotidiano por conservá-la sem mancha, para ser considerados dignos de participar do banquete do Reino (cf. Mt 22, 12).
Em uma sociedade consumista como a nossa, em que a dignidade das pessoas depende de como vão vestidas, da moda que seguem, das marcas que usam, os cristãos deveriam nos perguntar o que fizemos de nossa “veste branca” batismal e verificar se, como diz São Paulo, “tendo-nos revestido de Cristo” (cf. Gl 3.27).
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ACI Digital

No Sábado Santo, esperamos com Maria

Aci Digital
REDAÇÃO CENTRAL, 20 Abr. 19 / 06:00 am (ACI).- Hoje é Sábado Santo, dia de espera. Jesus está no sepulcro e Maria é quem acompanha a Igreja.

Maria é a mãe da paciente espera, embora esteja sofrendo pela morte de seu Filho. Ela foi a única que manteve viva a chama da fé quando Cristo foi sepultado.
Muitos seguidores de Jesus ficaram desiludidos, pois acreditavam que Ele seria o Grande Messias de Israel. Eles esperavam um guerreiro que os libertasse do domínio romano com punho de ferro e um exército numeroso.
Entretanto, quando viram que Cristo deixou que o crucificassem e morreu, ficaram tristes e desiludidos. “Jesus fracassou, voltemos para nosso trabalho ordinário”, disseram os discípulos de Emaús. Os apóstolos também estavam com medo e ficaram escondidos.
Inclusive as mulheres que estiveram ao pé da Cruz, foram embalsamar o corpo do Senhor porque estava morto. Elas não tinham acreditado na ressurreição de Cristo e, quando encontraram o sepulcro vazio, ficaram surpresas. Sem entender porque o corpo de Jesus não estava lá, começaram a duvidar do que Ele lhes havia dito sobre a ressurreição. Ao aparecer o anjo, uma delas pergunta: Para onde levaram o Senhor? Somente quando Cristo lhes aparece, acreditam.
Maria, muito pelo contrário, não foi ao sepulcro, pois tinha acolhido a palavra de Deus em seu coração. E por ser uma mulher de fé profunda, havia acreditado. Portanto, Ela não estava desiludida, nem assustada e desconfiada. Mas esperava plenamente a ressurreição do seu Filho.
Apesar de ter vivido toda a dor do dia anterior, sua fé e sua esperança são muito maiores. Permaneceu firme ao pé da cruz, embora profundamente dolorida. Nesses momentos, a única coisa que a sustentou foi a sua fé e também a esperança de que se cumpririam as promessas de Deus.
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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF