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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Por que maio é o Mês de Maria?

Virgem Maria / Pixabay (Domínio Público)
REDAÇÃO CENTRAL, 01 Mai. 19 / 08:00 am (ACI).- Durante vários séculos a Igreja Católica dedicou todo o mês de maio para honrar a Virgem Maria, Mãe de Deus. A seguir, explicamos o porquê.

A tradição surgiu na antiga Grécia. O mês de maio era dedicado a Artemisa, deusa da fecundidade. Algo semelhante ocorreu na antiga Roma, pois maio era dedicado a Flora, deusa da vegetação. Naquela época, celebravam os ‘ludi florals’ (jogos florais) no fim do mês de abril e pediam sua intercessão.
Na época medieval abundaram costumes similares, tudo centrado na chegada do bom clima e o afastamento do inverno. O dia 1º de maio era considerado como o apogeu da primavera.
Durante este período, antes do século XII, entrou em vigor a tradição de Tricesimum ou “A devoção de trinta dias à Maria”. Estas celebrações aconteciam do dia 15 de agosto a 14 de setembro e ainda são comemoradas em alguns lugares.
A ideia de um mês dedicado especificamente a Maria remonta aos tempos barrocos – século XVII. Apesar de nem sempre ter sido celebrado em maio, o mês de Maria incluía trinta exercícios espirituais diários em homenagem à Mãe de Deus.
Foi nesta época que o mês de maio e de Maria combinaram, fazendo com que esta celebração conte com devoções especiais organizadas cada dia durante todo o mês. Este costume durou, sobretudo, durante o século XIX e é praticado até hoje.
As formas nas quais Maria é honrada em maio são tão variadas como as pessoas que a honram.
As paróquias costumam rezar no mês de maio uma oração diária do Terço e muitas preparam um altar especial com um quadro ou uma imagem de Maria. Além disso, trata-se de uma grande tradição a coroação de Nossa Senhora, um costume conhecido como Coroação de Maio.
Normalmente, a coroa é feita de lindas flores que representam a beleza e a virtude de Maria e também lembra que os fiéis devem se esforçar para imitar suas virtudes. Em algumas regiões, esta coroação acontece em uma grande celebração e, em geral, fora da Missa.
Entretanto, os altares e coroações neste mês não são apenas atividades “da paróquia”. Mas, o mesmo pode e deve ser feito nos lares, com o objetivo de participar mais plenamente na vida da Igreja.
Deve-se separar um lugar especial para Maria, não por ser uma tradição comemorada há muitos anos na Igreja ou pelas graças especiais que se pode alcançar, mas porque Maria é nossa Mãe, mãe de todo o mundo e porque se preocupa com todos nós, intercedendo inclusive nos assuntos menores.
Por isso, merece um mês inteiro para homenageá-la.
ACI Digital

São José Operário, padroeiro dos trabalhadores

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 1º de maio, a Igreja celebra a festa de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores, coincidindo com o Dia Mundial do Trabalho. Esta celebração litúrgica foi instituída em 1955 pelo Papa Pio XII, diante de um grupo de trabalhadores reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Naquela ocasião, o Santo Padre pediu que “o humilde operário de Nazaré, além de encarnar diante de Deus e da Igreja a dignidade do trabalho manual, seja também o providente guardião de vocês e suas famílias”.
Pio XII desejou que o Santo Custódio da Sagrada Família “seja para todos os trabalhadores do mundo, especial protetor diante de Deus e escudo para proteger e defender nas penalidades e nos riscos de trabalho”.
Por sua vez, João Paulo II, em sua encíclica “Laborem Exercens”, sublinhou que, “mediante o trabalho, o homem não somente transforma a natureza, adaptando-a às suas próprias necessidades, mas também se realiza a si mesmo como homem e até, num certo sentido, ‘se torna mais homem’”.
Mais tarde, no Jubileu dos Trabalhadores, em 2000, o Papa da família disse: “Queridos trabalhadores, empresários, cooperadores, homens da economia: uni os vossos braços, as vossas mentes e os vossos corações a fim de contribuir para a construção de uma sociedade que respeite o homem e o seu trabalho”.
“O homem vale pelo que é e não pelo que possui. Tudo o que se realiza ao serviço de uma justiça maior, de uma fraternidade mais ampla e de uma ordem mais humana nas relações sociais conta muito mais do que qualquer progresso no âmbito técnico”, acrescentou.
Oração a São José Operário
Glorioso São José, modelo de todos os que se dedicam ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados;
De trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações;
De trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus;
De trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades;
De trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos inutilizados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus!
Tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, oh! Patriarca São José!
Tal será a minha divisa na vida e na morte. Amém.
ACI Digital

terça-feira, 30 de abril de 2019

São Pio V, o pastor que liderou a Igreja com auxílio de Maria


REDAÇÃO CENTRAL, 30 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- O dia 30 de abril é festa de São Pio V, um pobre pastor que chegou a ser Sumo Pontífice, renovou o clero e a liturgia da Missa e salvou a Igreja e a Europa da invasão muçulmana na famosa batalha de Lepanto, com o auxílio da Virgem do Rosário.

Antonio Chislieri (São Pio V) nasceu em Bosco (Itália), em 1504. Tinha que cuidar das ovelhas no campo, porque seus pais eram muito pobres. Na adolescência, uma família generosa custeou seus estudos ao ver que seu filho, também chamado Antonio, se comportava melhor desde que tinha se tornado amigo do santo.
Assim, pôde estudar com os dominicanos e chegou a ser religioso dessa comunidade. Pouco a pouco, foi designado para cargos importantes até que o próprio Papa o nomeou Bispo e, em seguida, encarregado da associação que defendia a fé na Itália.
O santo percorria a pé os povoados, alertando os fiéis dos erros dos evangélicos e luteranos. Muitas vezes, quiseram matá-lo, mas seguiu anunciando a verdade. O Papa o nomeou Cardeal e o encarregou para dirigir a Igreja em defesa da reta doutrina.
Quando o Papa Pio IV morreu, São Carlos Borromeo disse aos Cardeais que o mais apropriado para o ministério era o Cardeal Antonio Chislieri, por isso, foi eleito e tomou o nome de Pio V.
São Pio V pediu que o que se ia gastar no banquete aos políticos e militares fosse empregado em ajudas para os pobres e enfermos. Um dia, viu na rua seu amigo Antonio, cuja família pagou seus estudos, nomeou-o governador do quartel do Papa e as pessoas admiraram ainda mais o Santo Padre ao saber de seu humilde passado.
O Pontífice tinha grande devoção à Eucaristia, à Virgem e à recitação do Rosário, que recomendava a todos. Nas procissões do Santíssimo Sacramento, percorria as ruas de Roma a pé e com grande piedade e devoção.
Ordenou que bispos e párocos vivessem no local para onde tinham sido nomeados, a fim de que não descuidassem dos fiéis. Publicou um novo missal e uma nova edição da Liturgia das Horas, bem como um novo catecismo.
Nessa época, os muçulmanos ameaçaram invadir a Europa e acabar com a religião católica. Saíam da Turquia, arrasando as populações católicas e anunciando que a Basílica de São Pedro seria o estábulo para os seus cavalos. Nenhum rei queria enfrentá-los.
O Papa buscou a ajuda de líderes europeus e organizou um grande exército com barcos. Ele pediu que todos os combatentes fossem à batalha confessados e tendo comungado na Missa. Enquanto iam combater, o Pontífice e os fiéis romanos percorriam as ruas descalços rezando o Rosário.
Os muçulmanos eram superiores e se encontraram com o exército católico no golfo de Lepanto, perto da Grécia. Os líderes cristãos fizeram com que os soldados rezassem o rosário antes de iniciar a batalha em 7 de outubro de 1571.
O combate começou com vento contrário para os católicos até que, de um momento para o outro, mudou de direção. Então, os cristãos se lançaram ao ataque e obrigaram os muçulmanos a recuar.
São Pio, sem ter recebido notícias do que aconteceu, olhou pela janela e disse aos Cardeais: “Vamos nos dedicar a dar graças a Deus e à Virgem Santíssima, porque conseguimos a vitória”.
O Papa, como agradecimento, mandou que a cada 7 de outubro fosse celebrada a festa de Nossa Senhora do Rosário e que nas ladainhas fosse incluída “Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por nós” (algo que foi propagado por São João Bosco, séculos depois).
Partiu para a casa do Pai em 1º de maio de 1572, aos 68 anos.
ACI Digital

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Santa Catarina de Sena: de analfabeta a Doutora da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 29 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- “Se formos o que devemos ser, incendiaremos o mundo”, dizia Santa Catarina de Sena, Doutora da Igreja, grande defensora do Papado e proclamada copadroeira da Europa por São João Paulo II, cuja festa é celebrada neste dia 29 de abril.

Era uma jovem corajosa, filha de humildes artesãos, analfabeta, e que vestiu o hábito da Ordem Terceira de São Domingos.
Santa Catarina nasceu em Sena (Itália), em 1347, em uma família de pais piedosos. Gostava muito da oração, das coisas de Deus, e aos sete anos fez um voto particular de virgindade. Mais tarde, sua família tentou persuadi-la a se casar, mas ela se manteve firme e serviu generosamente aos pobres e doentes.
Aos 18 anos, recebeu o hábito da Ordem Terceira de São Domingos, vivendo a espiritualidade dominicana no mundo secular e sendo a primeira mulher solteira a ser admitida. Teve que superar muitas tentações do diabo que procurou fazer com que desistisse, mas ela seguia confiando em Deus.
Em 1366, Santa Catarina viveu um “casamento místico”. Ela estava em seu quarto rezando quando viu Cristo acompanhado por sua Mãe e um cortejo celeste.
A Virgem pegou a mão de Catarina e a levou até Cristo, que lhe deu um anel, desposou-a consigo e manifestou que ela estava sustentada por uma fé que podia superar todas as tentações. Depois disso, apenas Catarina podia ver o anel.
Naquele tempo, surgiu uma peste e a santa sempre se manteve com os doentes, preparava-os para a morte e chegou até mesmo a enterrá-los com suas próprias mãos. Além disso, tinha o dom de reconciliar até os piores inimigos, mais com suas orações a Deus do que com suas palavras.
Nesta época, os Papas viviam em Avignon (França) e os romanos se queixavam de terem sido abandonados pelos seus Bispos, ameaçando realizar um cisma.
Gregório XI fez um voto secreto a Deus de regressar a Roma e, ao consultar Santa Catarina, ela lhe disse: “Cumpra com sua promessa feita a Deus”. O Pontífice ficou surpreso porque não tinha contado a ninguém sobre o voto e, mais tarde, o Santo Padre cumpriu sua promessa e voltou para a Cidade Eterna.
Posteriormente, no pontificado de Urbano VI, os cardeais se distanciaram do Papa por seu temperamento e declararam nula sua eleição, designando Clemente VII, que foi residir em Avignon. Santa Catarina enviou cartas aos cardeais pressionando-os a reconhecer o autêntico Pontífice.
“Embora fosse filha de artesãos e analfabeta por não ter estudos nem instrução, compreendeu, no entanto, as necessidades do mundo do seu tempo com tal inteligência que superou muito os limites do lugar onde viveu, ao ponto de estender a sua ação para toda a sociedade dos homens; não havia maneira de parar a sua coragem nem o seu anseio pela salvação das almas”, escreveu sobre ela João Paulo II em 1980 para o sexto centenário de sua morte.
A santa também escreveu a Urbano VI, exortando-o a levar com temperança e alegria os problemas, controlando o temperamento. Santa Catarina foi a Roma, a pedido do Papa, que seguiu suas instruções. Também escreveu aos reis da França e Hungria para que deixassem o cisma.
Em outra ocasião, Jesus voltou a aparecer a ela e lhe mostrou duas coroas, uma de ouro e outra de espinhos, para escolher. Ela disse: “Eu gostaria, ó Senhor, viver aqui sempre conforme a tua paixão e encontrar na dor e no sofrimento meu repouso e deleite”. Em seguida, tomou a coroa de espinhos e colocou na cabeça.
Santa Catarina morreu no dia 29 de abril de 1380 em Roma, com apenas 33 anos, de um súbito ataque. O Papa Paulo VI a nomeou Doutora da Igreja em 1970 e foi proclamada copadroeira da Europa por São João Paulo II em 1999, ao lado de Santa Brígida da Suécia e Santa Teresa Benedita da Cruz.
ACI Digital

domingo, 28 de abril de 2019

II Domingo da Páscoa: Cristo Ressuscitado na Igreja

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
“Daí graças ao Senhor porque ele é bom! Eterna é a sua misericórdia”. Assim rezamos, hoje, com o Salmo 117, continuando a expressar louvor e alegria pela Páscoa da Ressurreição do Senhor. A Igreja nos pede que “os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa”.
O segundo Domingo da Páscoa é o Domingo da Divina Misericórdia. O Evangelho segundo João (Jo 20,19-31) apresenta-nos Jesus Ressuscitado “no meio” da comunidade dos discípulos. As marcas da Paixão nas “mãos” e no “lado” de Jesus são sinais do seu amor misericordioso manifestado na cruz. A misericórdia divina manifesta-se também nesse encontro de Jesus Ressuscitado com os seus discípulos, ao transmitir-lhes a paz, o dom do Espírito e a missão de perdoar.
A narrativa joanina ressalta a comunidade como lugar privilegiado do encontro com o Ressuscitado, como demonstra-nos o apóstolo Tomé. Estar na Igreja, participar da Igreja reunida em oração, permite-nos afirmar, hoje: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,28). A missão de Jesus continua na comunidade cristã através dos Apóstolos, testemunhas de Jesus Ressuscitado, conforme os Atos dos Apóstolos (At 5,12-16). Por meio deles, os “sinais e maravilhas” do Reino de Deus chegam a “multidão de homens e mulheres”, especialmente aos que mais sofriam. A comunidade cristã, em nossos dias, tem também o papel de testemunhar a misericórdia divina através de gestos concretos, com especial atenção aos enfermos e sofredores, a exemplo do que ocorria na Igreja primitiva. Para viver em comunidade, assim como, para viver em família, necessitamos muito da misericórdia divina e da misericórdia entre nós, o que inclui a caridade e o perdão.
A centralidade do Ressuscitado na Igreja é ressaltada também pelo Apocalipse de S. João. O Senhor Ressuscitado, cuja dignidade sacerdotal é simbolizada pela longa túnica e cuja dignidade real é representada pelo cinto de ouro, preside toda a Igreja, simbolizada pelos sete candelabros. Ele é “aquele que vive” para sempre, tendo vencido a morte, o fundamento de nossa fé e razão de nossa esperança.
Pedimos as orações de todos pela Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, a ser realizada em Aparecida – SP, nos dias 1º a 10 de maio, tendo como tema central as “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”, para o próximo quadriênio. Nela, serão eleitos os membros da nova presidência da CNBB e os presidentes das Comissões Episcopais de Pastoral. Permaneçamos unidos, em oração!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Festa da Divina Misericórdia

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- “Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores”, disse Jesus ao aparecer a Santa Faustina Kowalska, revelando a ela a festa que a Igreja celebra neste segundo domingo da Páscoa.

A Festa da Divina Misericórdia foi instituída por São João Paulo II, com o decreto emitido pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em 23 de maio de 2000. Seu nome oficial é “Segundo Domingo da Páscoa ou Divina Misericórdia”.
O então Papa João Paulo II havia anunciado durante a canonização da polonesa Irmã Faustina Kowalska, no dia 30 de abril daquele mesmo ano: “Em todo o mundo, o segundo domingo de Páscoa receberá o nome de domingo da Divina Misericórdia. Um convite perene para o mundo cristão enfrentar, com confiança na benevolência divina, as dificuldades e as provas que esperam o gênero humano nos anos que virão”.
Santa Faustina, que é conhecido como a mensageira da Divina Misericórdia, recebeu revelações místicas nas quais Jesus mostrou o seu coração, a fonte de misericórdia, e expressou seu desejo de que fosse estabelecida esta festa. O Papa dedicou uma de suas encíclicas à Divina Misericórdia – Dives in Misericordia.
Os apóstolos da Divina Misericordia estão integrados por sacerdotes, religiosos e leigos, unidos pelo compromisso de viver a misericórdia com relação aos irmãos, tornar conhecido o mistério da divina misericórdia, e invocar a misericórdia de Deus para os pecadores. Esta família espiritual, aprovada em 1996 pela Arquidiocese de Cracóvia, Polônia, está hoje presente em 29 países do mundo.
O decreto vaticano esclarece que a liturgia do segundo domingo da Páscoa e leituras do breviário permanecem sendo as que já contemplava o missal e o rito romano.
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Santa Gianna, padroeira das mães, médicos e crianças por nascer

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Abr. 19 / 09:00 am (ACI).- Neste dia 28 de abril, a Igreja celebra Santa Gianna Beretta Molla, padroeira das mães, dos médicos e das crianças por nascer, a quem o Beato Paulo VI descreveu como “uma mãe que, para dar à luz seu bebê, sacrificou a sua própria vida em uma imolação deliberada”.

Gianna Beretta nasceu em 1922 em Magenta, na província de Milão. Desde pequena, acompanhava sua mãe à Missa todos os dias. Aos 15 anos, depois de um retiro segundo o método de Santo Inácio de Loyola, tomou o propósito de “mil vezes morrer a cometer um pecado mortal”.
Foi muito devota da Virgem, tanto que, quando sua mãe morreu, disse a Maria: “Confio em vós, doce Mãe, e tenho a certeza de que nunca me abandonará”. Costumava falar da Mãe de Deus em seus encontros com as meninas da Ação Católica e nas cartas ao seu noivo que logo se tornou seu marido.
Formou-se em medicina e com um firme propósito: “Não esqueçamos que no corpo de nosso paciente existe uma alma imortal. Sejamos honestos e médicos de fé”. Por isso, incentivava as grávidas a terem seus filhos como um presente de Deus e a recusar o aborto.
Depois de discernir, viu que Deus a chamava para a vida matrimonial e teve com seu marido três filhos. No começo da quarta gravidez, tinha que passar por uma cirurgia por causa de um tumor localizado no útero, mas pediu que se preocupassem com a vida do bebê.
A santa recusou se submeter ao aborto “terapêutico” que os médicos propunham e a extirpação do fibroma. Optou por não recorrer a esta prática.
Sofreu uma intervenção cirúrgica e conseguiram salvar o bebê. Meses depois, antes do parto, afirmou: “Se tiverem que escolher entre minha vida e a da criança, não tenham dúvida; escolham – exijo-o – a sua. Salvem-na”.
Deu à luz sua filha em 21 de abril de 1962. Entretanto, Santa Gianna não se recuperou e, em 28 de abril, com fortes dores e repetindo “Jesus, te amo; Jesus te amo”, partiu para a Casa do pai aos 39 anos. Foi canonizada por São João Paulo II em 2004.
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São Luís Maria Grignion de Montfort, o “escravo de Maria”

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Abr. 19 / 08:00 am (ACI).- “A quem Deus quer fazer muito santo, o faz muito devoto da Virgem Maria”, disse São Luís de Montfort, o “escravo de Maria” que propagou a devoção à Virgem, motivo o que levou a sofrer muito. São João Paulo II fez de sua frase mariana “Totus Tuus” (Todo teu) o lema de seu pontificado.

São Luís nasceu em Montfort (França), em 31 de janeiro de 1673. Era muito tímido, preferia a solidão e tinha grande devoção pela Eucaristia e pela Virgem Maria. Para ir à Missa, tinha que caminhar duas milhas até a Igreja. Quando estudou com os jesuítas, visitava o templo antes e depois da escola.
Aos 20 anos, sentiu-se chamado ao sacerdócio. No seminário de Paris, o bibliotecário o autorizou a ler muitos livros da Virgem Maria e, como velador de morto, compreendeu que tudo neste mundo era vão e temporário.
Os superiores não sabiam se o tratavam como um santo ou como um fanático e, pensando mal dele, o mortificavam, humilhavam e insultavam na frente de todos. Era incompreendido por seus companheiros, que riam de Luís e o rejeitavam. Mas o santo se manteve firme na paciência como participação da cruz de Cristo.
Aos 27 anos, foi ordenado sacerdote, escolhendo como lema: “ser escravo de Maria”. Os superiores, sem saber o que fazer com ele, negaram-lhe que atendesse confissões e fizesse pregações, mantendo-o com ofícios menores.
Mais tarde, foi enviado a um povoado para ensinar catequeses às crianças e, em seguida, nomeado capelão do Hospital de Poitiers, asilo para pobres e marginalizados. Sua simplicidade e naturalidade para servir aos necessitados e os ensinamentos marianos que propagava fizeram com que fosse visto como um perigo.
Quando retornou à Paris, lançaram falso testemunho contra ele, seus amigos mais próximos o rejeitaram e o Bispo mandou que não falasse mais. Logo compreenderia a razão dos ataques à doutrina mariana que propagava: o demônio se aborrecia.
São Luís recorreu ao Papa Clemente XI para saber se estava errado em seus ensinamentos. O Pontífice o recebeu e lhe deu o título de Missionário Apostólico.
Desta forma, realizou centenas de missões e retiros que se caracterizaram pela recitação do Santo Rosário, procissões e cânticos à Virgem, incentivando a retornar aos sacramentos. “A Jesus por Maria” era a sua proposta.
Neste contexto, também foi perseguido pelos hereges jansenistas, os quais diziam que não se devia receber os sacramentos quase nunca porque ninguém é digno.
Fundou as congregações “Filhas da Sabedoria” e “Missionários Montfortianos (Companhia de Maria)”.
Escreveu o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Alguns pensadores católicos chegaram a considerar esta obra como um exagero culto da Mãe de Deus, mas a Igreja não encontrou nenhum erro.
São Luís partiu para a Casa do Pai em 28 de abril de 1716, com apenas 43 anos. Foi enterrado na Igreja de Saint-Laurent. Passados 43 anos, a Beata Maria Luísa de Jesus, a primeira das “Filhas da Sabedoria”, morreu no mesmo dia, hora e local que São Luís. Foi, então, enterrada ao lado dele.
Séculos mais tarde, São João Paulo II o tomou como referência em sua encíclica “Redemptoris Mater” e visitou o túmulo de São Luís. Ali, ao lado da tumba, sofreu um atentado, pois plantaram uma bomba que foi descoberta pelos seguranças. Providencialmente, nada deteve o Papa de honrar o santo que tanto amava.
ACI Digital

sábado, 27 de abril de 2019

Conheça a santa a quem Jesus revelou a devoção da Divina Misericórdia

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Abr. 19 / 08:00 am (ACI).- “As almas que divulgam o culto da Minha misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende o seu filhinho e, na hora da morte, não serei para elas Juiz, mas sim, Salvador misericordioso”, disse o Senhor à sua serva Santa Faustina Kowalska, a quem revelou o desejo de instituir a Festa da Divina Misericórdia, sua devoção, bem como a imagem de Jesus Misericordioso.

Santa Faustina nasceu na Polônia em 1905. No dia em que foi receber a Primeira Comunhão, beijou as mãos de seus pais para demonstrar sua pena por tê-los ofendido. Costumava ajudar em casa com as tarefas da cozinha, ordenhando as vacas e cuidando de seus irmãos. Frequentou a escola, mas só pôde completar três trimestres porque foi dada uma ordem que os alunos mais velhos tinham que sair para dar lugar às crianças mais novas.
Aos 15 anos, começou a trabalhar como empregada doméstica e sentiu mais fortemente o chamado à vocação religiosa. Contou esta inquietude a seus pais em várias ocasiões, mas eles se opuseram. Foi assim que se entregou às vaidades da vida, sem fazer caso do chamado que experimentava, até que escutou a voz de Jesus que lhe pediu para deixar tudo e ir a Varsóvia para entrar em um convento.
Sem despedir-se pessoalmente de seus pais, foi para Varsóvia apenas com um vestido. Lá, falou com um sacerdote, o qual conseguiu hospedagem na casa de uma paroquiana. Batia à porta de vários conventos, mas era rejeitada.
Foi recebida na Casa Mãe da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, mas antes teve que trabalhar como doméstica um ano para pagar seu ingresso. Poucas semanas depois, teve a tentação de deixar o convento e teve uma visão na qual Jesus apareceu com seu rosto destroçado e coberto de chagas.
Ela perguntou: “Jesus, quem te feriu tanto?”. O Senhor respondeu: “Esta é a dor que me causaria deixar este convento. É aqui onde te chamei e não a outro; e tenho preparadas para ti muitas graças”.
Mais tarde, foi enviada para o noviciado, tomou o hábito religioso e chegou a pronunciar seus primeiros votos e os perpétuos. Entre suas irmãs, serviu como cozinheira, jardineira e até mesmo porteira.
A esta simples mulher, piedosa, mas também alegre e de caritativa, Jesus apareceu em diversas ocasiões mostrando-lhe o seu infinito amor misericordioso pela humanidade. Da mesma forma, Deus lhe concedeu estigmas ocultos, dons de profecia, revelações e o Terço da Divina Misericórdia.
“Nem as graças, nem as revelações, nem os êxtases, nem nenhum outro dom concedido à alma a fazem perfeita, mas sim a comunhão interior com Deus... Minha santidade e perfeição consistem na íntima união da minha vontade com a vontade de Deus”, escreveu certa vez.
Em 5 de outubro de 1938, após longos sofrimentos suportados com grande paciência, partiu para a Casa do Pai. No ano 2000, foi canonizado pelo seu compatriota João Paulo II, que estabeleceu o segundo domingo de Páscoa como “Domingo da Divina Misericórdia”.
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Santa Zita, padroeira das empregadas do lar

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Abr. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 27 de abril é celebrada a festa de Santa Zita, padroeira das empregadas do lar. Ela era de condição muito humilde e, desde pequena, teve que trabalhar como empregada para manter sua família. Sofreu muitas zombarias, mas seu amor aos pobres fez com que até os anjos a ajudassem nas tarefas da casa.

Santa Zita nasceu perto de Lucca (Itália) em 1218 e, desde os doze anos de idade, serviu por 48 anos a uma família muito rica.
Como se preocupava muito com os desfavorecidos, certo dia foi ajudar um necessitado, deixando por um momento seu trabalho na cozinha. Os outros empregados disseram à família, que foi à cozinha investigar e encontrou os anjos fazendo o trabalho da santa.
Dessa maneira, foi-lhe permitida mais liberdade para servir aos pobres. Mas, nem por isso pararam os ataques e zombarias dos outros empregados.
Naquela época, uma grande fome atingiu a cidade e Santa Zita repartiu até a sua própria comida com os pobres. A necessidade dos mais desfavorecidos chegou a tal ponto que a santa teve que repartir as reservas de grãos da família. Quando os patrões foram ver, depararam-se com a surpresa de que a despensa estava milagrosamente cheia.
Na véspera de Natal, Zita se encontrou com um homem que tremia de frio na entrada da Igreja de são Frediano. A santa lhe deu um manto caro da família para que se aquecesse e pediu que o devolvesse ao terminar a Missa, mas o homem desapareceu.
No dia seguinte, o patrão ficou enfurecido com Zita, mas um idoso desconhecido no povoado chegou e devolveu o manto. Os cidadãos interpretaram que este necessitado tinha sido um anjo e, desde aquele momento, a porta de São Frediano foi chamada “A Porta do anjo”.
Santa Zita partiu para a Casa do Pai em 27 de abril de 1278 e, imediatamente, sua fama de santidade se expandiu em todo o país e na Inglaterra. Seus restos mortais repousam na capela de Santa Zita da Igreja de São Frediano, em Lucca (Itália).
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF