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domingo, 12 de maio de 2019

Terceiro Segredo de Fátima: como interpretar

Terceiro Segredo de Fátima: como interpretar
Redação (09-05-2019, Gaudium Press) É impossível, quando se prepara para mais um aniversário das aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos em Fátima, não vir à mente a ideia do Segredo de Fátima.
Logo no início destas cogitações surge a pergunta: por que "segredos"?
E a esta pergunta outras mais vão surgindo: Por que são três? Por que mostrar o inferno? Como interpretar cada segredo?
Geralmente é sobre o "terceiro segredo" que as atenções mais se voltam: por que?
Será que é porque demorou mais para ser revelado?
Três Segredos? 
Na verdade, não são três "segredos" e... nem segredos são:
o que Nossa Senhor deixou para os três pastorinhos foi uma Mensagem composta por três partes.
A terceira parte do Mensagem de Fátima foi revelada em 13 de julho de 1917 aos três pastorinhos na Cova da Iria e transcrita pela Irmã Lúcia em 3 de janeiro de 1944.
Ela foi publicada pelo Secretário de Estado, Cardeal Angelo Sodano, em 13 de maio de 2000. Há quase 20 anos.
Respostas a más interpretações
Em resposta a más interpretações do "terceiro segredo" de Fátima que algumas pessoas associam a um "caos apocalíptico", o então Cardeal Joseph Ratzinger, que era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e agora é o Papa Emérito Bento XVI, explicou o sentido do texto e como pode servir para compreender e viver melhor o Evangelho.
Figuras e interpretações do Cardeal
As mensagens transmitidas pela Virgem Maria exortam ao arrependimento, à conversão, à oração e à penitência como meios de reparação pelos pecados.
Segundo o Cardeal, o chamado à penitência é uma exortação à compreender os sinais dos tempos e à conversão. A penitência também é a resposta a um determinado momento histórico caracterizado por grandes dificuldades.
No segredo, há um elemento que se refere a um "anjo com a espada de fogo". Para o Cardeal, este elemento não é fantasia: refere-se às armas de fogo, que o próprio homem inventou.
Outro elemento da visão é a força que se opõe à destruição: o esplendor da Mãe de Deus, que vem da penitência. Isto significa que a penitência e a oração têm o poder de mudar as predições para o bem.
O melhor exemplo, afirma Ratzinger, é que o Papa João Paulo II sobreviveu ao atentado de 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro, embora o segredo previsse a sua morte.
Sobre os três elementos que aparecem no segredo (uma montanha íngreme, uma grande cidade em meio a ruínas e uma grande cruz de troncos rústicos), Ratzinger assinala que a montanha é o caminho difícil que o homem deve atravessar e a cidade em ruínas representa as desgraças que o próprio homem causou com as guerras.
Em cima da montanha está a cruz, o objetivo final, onde a destruição se transforma em salvação. Por isso, esses símbolos têm um sentido de esperança.
O Bispo vestido de branco (o Papa) terá que subir essa montanha e atravessar a cidade em ruínas. O Papa precede os outros, cujo caminho também passa em meio aos cadáveres. Bento indica que a passagem do Papa simboliza o caminho da Igreja em meio à violência, às destruições e às perseguições.
Interpretação
"Na visão, podemos reconhecer o século passado como século dos mártires, como século dos sofrimentos e das perseguições contra a Igreja, como o século das guerras mundiais e de muitas guerras locais que encheram toda a sua segunda metade e fizeram experimentar novas formas de crueldade. No ‘espelho' desta visão vemos passar as testemunhas de fé de decênios".
Esta parte do segredo termina com um sinal de esperança: nenhum sofrimento é em vão. Porque o sangue dos mártires purifica e renova. Disto surgirá uma Igreja triunfante. O sangue derramado na cruz também representa a vivência atual do sofrimento de Cristo e da promessa de salvação.
Terceira Parte da Mensagem de Fátima
Este é o Terceiro Segredo de Fátima, escrito pela Irmã Lúcia:
"Escrevo em ato de obediência a Vós Deus meu, que me mandais por meio de sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos em uma luz imensa que é Deus: "algo semelhante a como se veem as pessoas em um espelho quando lhe passam por diante" um Bispo vestido de Branco "tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre". Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns após outros os Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições.
Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal na mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus".(JSG)
(Da Redação Gaudium Press, com ACI Digital)

III Domingo da Páscoa: Encontrar Jesus na Missão

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Os discípulos fazem a experiência do encontro com o Ressuscitado de vários modos: no caminho, na Palavra anunciada, no Pão partilhado e na comunidade reunida em oração, assim como na pesca milagrosa e na ceia que a sucede (Jo 21,1-19). A missão, simbolizada pela pesca, é lugar do encontro com Cristo. Esta passagem nos leva a reconhecer a presença de Jesus na vida cotidiana, enquanto trabalhamos e quando cumprimos a missão de fazer discípulos através do anúncio a Boa Nova. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus promete estar sempre com eles até o fim. Ele cumpre a sua Palavra, revelando-se em meio aos desafios da missão, conforme nos sugere o texto meditado. Na liturgia e na vida do dia a dia, somos convidados a reconhecer que ele está no meio de nós, como fez o discípulo amado, ao dizer: “É o Senhor!” (Jo 21,7).
A cena do banquete se assemelha àquela de Emaús (Lc 34,34), momento privilegiado para os discípulos reconhecerem a presença do Senhor. A refeição é preparada pelo próprio Jesus; o pão e o peixe são distribuídos por ele (Jo 21,12-13), sendo, portanto, dom ofertado, graça recebida. Por fim, o diálogo entre Jesus e Pedro evoca a tríplice negação ocorrida durante a Paixão. Diante do amor demonstrado por Simão Pedro, Jesus lhe confia o cuidado das suas ovelhas. Ao prolongar a missão do Bom Pastor, Pedro irá assemelhar-se a ele, através da doação da própria vida, conforme indica a conclusão do diálogo (Jo 21, 19). Simão Pedro se torna também a figura exemplar do discípulo, cuja característica fundamental é o amor até a doação total. Ele estava respondendo novamente ao “segue-me” pronunciado por Jesus no início do seu discipulado.
Com o Apocalipse (Ap 5,11-14), nós proclamamos a vitória de Cristo, o Cordeiro imolado e ressuscitado. Diante dele, somos convidados a manifestar “o louvor e a honra, a glória e poder para sempre” (Ap 5,13). Seja o nosso louvor pascal manifestado com os lábios, o coração e a vida!
Continuemos a rezar pela Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que está acontecendo em Aparecida – SP, a ser concluída na próxima sexta feira, 10 de maio. Nela, estão sendo aprovadas as novas Diretrizes para a ação evangelizadora da Igreja no Brasil, que estarão em vigor durante quatro anos. Tão logo sejam publicadas, estaremos acolhendo as novas Diretrizes através do processo de planejamento pastoral da Arquidiocese de Brasília, a ser concluído com a Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, no próximo ano, envolvendo paróquias, pastorais e movimentos eclesiais. Neste mês mariano, confiemos a N. Sra Aparecida, a vida e a missão da Igreja no Brasil, rezando especialmente pela nossa Arquidiocese, neste Ano Jubilar.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Dia das Mães

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Mai. 19 / 06:00 am (ACI).- Neste segundo domingo do mês de maio, é celebrado o Dia das Mães, aquelas mulheres a quem “cada pessoa humana deve a vida” e quase sempre também “muito da própria existência sucessiva, da formação humana e espiritual”, como disse o Papa Francisco em uma Catequese sobre as mães em janeiro de 2015.

“As mães – disse o Pontífice naquela ocasião – são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer”.
Entretanto, essas mesmas mães muitas vezes não são escutadas e são pouco ajudadas na vida cotidiana, contrapôs o Papa, ressaltando que em certos casos “mesmo na comunidade cristã, a mãe nem sempre é valorizada, é pouco ouvida”.
“No entanto, no centro da vida da Igreja está a Mãe de Jesus”, declarou Francisco, destacando o papel da Virgem Maria, a Mãe de Deus e nossa Mãe.
Nesse sentido, o Papa ainda acrescentou que uma sociedade sem mães seria desumana, pois elas sabem testemunhar sempre “a ternura, a dedicação, a força moral”, além de transmitirem “o sentido mais profundo da prática religiosa”, com as primeiras orações, gestos de devoção.
“E a Igreja é mãe – completou o Papa – é nossa mãe! Nós não somos órfãos, temos uma mãe! Nossa Senhora, a mãe Igreja e a nossa mãe”.
ACI Digital

sábado, 11 de maio de 2019

Bispos dos Brasil elegem os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais da CNBB

Por meio de eleição durante a 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os bispos escolheram os novos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais que estarão à frente de cada uma delas durante o próximo quadriênio (2019 – 2023).

Dom João Francisco Salm, bispo de Tubarão (SC) foi eleito presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. Em resposta sobre a missão a ele confiada, o bispo afirmou: “Da minha parte, farei tudo que estiver ao meu alcance na comissão”.
Para estar à frente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, o escolhido foi dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Tocantinópolis (TO). Por sua vez, o responsável pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial será dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC).
Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PR), foi reeleito para a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética. Também reeleito, dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP), ficará mais quatro anos à frente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia será comandada por dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá (PR). Já o eleito como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso foi dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio (PR). O prelado foi escolhido na quarta-feira, 8 de maio.
Também no oitavo dia, foi eleito dom José Valdeci Santos Mendes como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Social Transformadora da CNBB. Dom Valdeci é bispo de Brejo (MA), e ao ser perguntado se aceitava, respondeu: “Na confiança dos irmãos, eu aceito o chamado de Deus para esta missão e digo sim”.
O arcebispo de Montes Claros (MG), dom João Justino de Medeiros Silva, foi reeleito presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura e Educação para o quadriênio 2019-2023. Eleito no primeiro escrutínio, dom João Justino, alcançou a maioria absoluta requerida de votos para o cargo. “Agradeço a confiança dos senhores. Aceito o encargo do segundo mandato. Conto com a colaboração de todos. Vamos trabalhar juntos porque os desafios da educação aumentam a cada dia. É muito importante, o empenho de todos nós, lá nas bases apoiando as pastorais da educação, da cultura e universitária”, disse aos bispos.
O episcopado brasileiro elegeu dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS), em primeiro escrutínio, por maioria absoluta dos votos, como presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. “Pela promoção e defesa da vida e da família, eu digo sim!”, afirmou dom Ricardo ao aceitar a missão.
Dom Nelson Francelino, bispo de Valença (RJ), foi eleito para a presidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude para o próximo quadriênio. “Em continuidade com a história desta comissão, inicialmente presidida por dom Eduardo, com o desafio de implementar o Projeto Ide e o Sínodo da Juventude, eu me sinto honrado com a escolha dos bispos. Eu digo sim”, expressou dom Nelson ao aceitar o desafio.
Para presidir a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação no próximo quadriênio, foi eleito dom Joaquim Giovani Mol, bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG). “Meu lema episcopal é Deus é amor. Então, por que Deus é amor, eu aceito”, disse dom Mol ao aceitar presidir a comissão.
Por padre José Ferreira e Sara Gomes
CNBB

sexta-feira, 10 de maio de 2019

São Damião de Molokai, o apóstolo dos leprosos

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “Nenhum sacrifício é grande demais se feito por Cristo”, costumava dizer São Damião de Molokai, que contraiu lepra ao servir como missionário aos pacientes com esta doença em uma das ilhas do Havaí (Estados Unidos). Sua festa é celebrada pela Igreja no dia 10 de maio e, no Havaí, em15 de abril.

São Damião nasceu em 3 de janeiro de 1840 na Bélgica, ingressou para a vidareligiosa com os Padres dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. Foi enviado como missionário para o Havaí (Estados Unidos) e em 24 de maio de 1864 foi ordenado sacerdote em Honolulu, a capital.
Ajudava incessantemente os moradores do local e trabalhou com suas próprias mãos para que a construção de uma igreja, ganhando a estima das pessoas.
Nessa época, estourou uma terrível epidemia de lepra. Os doentes foram separados da comunidade e abandonados à sorte em uma colônia especial. O Padre Damião pediu para ir ajudá-los e desembarcou com vários leprosos em Molokai.
Naquele lugar havia muita violência e muitos viviam sem esperança e paz. Escutava a zombaria dos bêbados, as lamentações dos moribundos e os uivos dos cães comiam os mortos.
Aos poucos, o santo foi transformando o lugar, construiu uma igreja em honra à Santa Filomena, hospital, enfermaria, escola, habitação etc. Em 1885, contraiu lepra, com apenas 49 anos, e se recusou a ser levado para receber tratamento.
“Até aqui me sinto feliz e contente e, se me fosse dada a oportunidade de sair daqui em boa saúde, diria sem titubear: fico com meus leprosos”, dizia.
O santo, com suas dores, continuou a obra evangelizadora em meio a esse povo sofredor. Antes de morrer, viu chegar o Pe. Wendelin e as irmãs franciscanas, que se encarregaram da enfermaria. Entre elas, estava a Beata Madre Marianna Cope, que serviu por mais de 30 anos aos leprosos.
Ele partiu para a Casa do Pai em 15 de abril de 1889. Uma estátua de bronze do santo está no Capitólio dos Estados Unidos representando o estado do Havaí.
São Damião de Molokai foi beatificado por São João Paulo II em 1995 e canonizado por Bento XVI em 2009.
ACI Digital

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Santa Luísa de Marillac, padroeira dos assistentes sociais

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- Santa Luísa de Marillac foi uma mulher decidida e valente; inteligente e perseverante, viúva, mãe e cofundadora, junto a São Vicente de Paulo, das Filhas da Caridade. Destacou-se por sua entrega incondicional para os outros e um espírito impetuoso que lhe impulsionou a cumprir a missão que Deus lhe tinha encomendado ainda em meio à enfermidade.

A festa de Santa Luísa costumava ser celebrada no dia 15 de março, porém, desde 2016 celebra-se em 9 de maio, dia do aniversário de sua beatificação.
A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos sacramentos solicitou à Congregação da Missão – fundada por São Vicente de Paulo – mudar a data de Santa Luísa, porque “sempre cai na Quaresma e é preferível não celebrar solenidades durante este tempo litúrgico”.
Segundo explicou Gregorio Gay, Superior Geral desta congregação, em 14 de dezembro de 2015 foi apresentada a petição para a mudança da data. Em 4 de janeiro de 2016 foi publicado o decreto que aceitava a petição.
Luísa de Marillac nasceu em Paris (França), em 1591. Foi filha de Luís de Marillac, senhor de Ferrieres-in-Brie e de Villiers Adam, e de uma jovem desconhecida. Até os 13 anos, foi educada como uma menina nobre no Convento Real de Poissy. Entre as religiosas, encontrava-se uma tia dela que lhe ensinou a ler, escrever, pintar e lhe deu uma sólida formação humanística.
Quando seus pais e sua tia morreram, Luísa ficou sob a tutela de seu tio Miguel. Devido à precária situação econômica de sua família, a jovem experimentou na própria carne as carências materiais e aprendeu os afazeres do lar. Sua condição social de “senhorita pobre” produziu em Luísa um complexo de inferioridade, que arrastaria durante alguns anos.
Durante sua juventude, frequentou o convento das irmãs capuchinhas em Fauborg e sentiu inclinação para a vida religiosa. Entretanto, seu diretor espiritual negou sua entrada ao convento porque a saúde da Luísa era frágil. Convenceu-a de que optasse pelo matrimônio dizendo que “Deus tinha outros planos para ela”.
Em 1613, Luísa de Marillac se casou com o Antonio Le Gras com quem teve um filho. Antonio caiu gravemente doente.
Em 1616, conheceu São Vicente do Paulo, que se tornou seu confessor, embora a princípio não quisesse. Naquele tempo, São Vicente estava organizando suas “Conferências de Caridade”, com o objetivo de melhorar a situação da miséria no campo e para isso necessitava de alguém que infundisse respeito e que tivesse empatia e a capacidade de ganhar os corações das pessoas.
Conforme São Vicente foi conhecendo mais profundamente Luísa, deu-se conta de que ela era a pessoa que procurava para dirigir sua obra. Quando seu marido morreu, ela compreendeu que Deus a fazia um chamado grande e especial.
Em 1629, foi enviada para visitar “A Caridade” de Montmirail e durante esse tempo realizou outras visitas missionárias. Madame Le Gras realizou estas viagens sem se importar com os sacrifícios que devia fazer nem com sua saúde.
Quando São Vicente lhe pediu para formar um centro de treinamento para jovens, Luísa pôs ao seu dispor a casa que tinha alugado para residir logo depois da morte de seu marido. Ali, acolheu quatro candidatas que foram instruídas por ela para o serviço dos pobres e doentes. Em 1634, redigiu a regra de vida que deveriam seguir os membros da associação. Quando São Vicente obteve a permissão do Vaticano para formar uma congregação, este documento se tornou o estatuto das “Irmãs da Caridade”.
Durante o desenvolvimento de todos os projetos, a Santa levava mais carga do que os demais e se preocupava em ser um testemunho vivo da preocupação de Cristo pelos doentes e marginalizados. Em Angers, assumiu um hospital terrivelmente descuidado e, em Paris, cuidou dos afetados por uma epidemia. Também socorreu as vítimas da “Guerra dos 30 anos” e se ocupou dos afetados pela violência que se vivia na capital francesa. Apesar de sua delicada saúde, sempre esteve disposta ao serviço e emanava entusiasmo e alegria.
O Convento das Irmãs da Caridade era a casa dos pobres, os hospitais e as ruas. Luísa e Vicente enviavam os religiosos e religiosas para fora do claustro – lugar onde muitas congregações se isolavam – para animar e socorrer os necessitados. Percorriam aldeias e cidades com esta finalidade.
Em seus últimos anos de vida, precisou repousar porque sua enfermidade lhe impediu de mobilizar-se. Entretanto, sua alma estava em paz e sentiu que o trabalho de sua vida tinha sido maravilhosamente abençoado. Nunca se queixou e dizia que estava feliz de poder oferecer este último sacrifício a Deus.
Antes de partir, deixou esta mensagem a suas irmãs espirituais: “Sede empenhadas no serviço aos pobres... amem os pobres, honrem, minhas filhas, e honrarão ao mesmo Cristo”. Santa Luísa de Marillac morreu em 15 de março de 1660; e São Vicente a seguiu ao céu seis meses depois.
Foi canonizada em 1934 pelo Papa Pio XI. Em 1960, o Papa São João XXIII a nomeou padroeira dos assistentes sociais.
ACI Digital

terça-feira, 7 de maio de 2019

O presidente e os dois vice-presidentes da CNBB foram eleitos nesta segunda-feira

O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi eleito e-presidente da CNBB na manhã desta segunda-feira, 6 de maio. Na parte da tarde, foram eleitos os dois vice-presidentes, uma novidade do novo estatuto da Conferência. Anteriormente, apenas um bispo ocupava a vice-presidência da entidade. Os dois vice-presidentes são: dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e dom Mário Antonio Silva, bispo de Roraima.

Como manda o Estatuto da CNBB, o até então presidente, cardeal sergio da Rocha, perguntou aos eleitos se aceitavam os encargos. Dom Walmor disse:“Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fé”. Dom Jaime Spengler disse: “Com temor e tremor, acolho“. E dom Mário disse a dom Sergio e à assembleia aceitar a indicação e a confiança dos irmãos bispos em nome da Amazônia e do povo brasileiro.
Dados biográficos
Dom Walmor Oliveira de Azevedo nasceu em 26 de abril de 1954, dom Walmor é natural de Côcos (BA). É o primeiro baiano a estar à frente da CNBB. É doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).
Em sua trajetória de formação, cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1972-1973), em Juiz de Fora (MG), e na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (1974-1975), em São João Del-Rei (MG). De 1974 a 1977, cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora. Em 9 de setembro de 1977 foi ordenado sacerdote, incardinando-se na arquidiocese de Juiz de Fora.
Foi pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Benfica (1986-1995) e da paróquia do Bom Pastor (1996-1998); coordenador da Região Pastoral Nossa Senhora de Lourdes (1988-1989); coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional (1978-1984) e reitor do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1989-1997). No campo acadêmico, lecionou nas disciplinas Ciências Bíblicas, Teologia e Lógica II; coordenou os cursos de Filosofia e Teologia. Em Belo Horizonte, foi professor da PUC-Minas (1986-1990). Também lecionou no mestrado em Teologia da PUC-Rio (1992, 1994 e 1995).
Dom Walmor Oliveira de Azevedo foi nomeado bispo auxiliar de Salvador (BA) pelo Papa São João Paulo II, no dia 21 de janeiro de 1998. Sua ordenação episcopal foi no dia 10 de maio do mesmo ano. Em 2004, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), iniciando o ministério em 26 de março daquele ano. Em outubro de 2008, dom Walmor foi escolhido para ser um dos quatro representantes do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma.
Em 1999, dom Walmor foi secretário do Regional Nordeste 3 e membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB. A mesma Comissão que, já com o nome de Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, presidiu entre 2003 e 2011, ou seja, por dois mandatos. É membro da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, desde 2009. O arcebispo de Belo Horizonte também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB – Minas Gerais e Espírito Santo.
Em fevereiro de 2014, foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para as Igrejas Orientais. Desde 2010, o arcebispo é referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de ordinário do próprio rito.
Com mais de 15 livros publicados, dom Walmor é membro da Academia Mineira de Letras, Cidadão Honorário de Minas Gerais e dos municípios de Caeté e Ribeirão das Neves. O novo presidente da CNBB também foi agraciado com a Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida, da Faculdade Arquidiocesana de Mariana, e com o título de Doutor Honoris Causa, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2012).
Dom Jaime Spengler é natural de Gaspar, em Santa Catarina, o vice-presidente eleito nasceu em 6 de setembro de 1960. Ingressou na Ordem dos Frades Menores em 20 de janeiro de 1982, pela admissão no Noviciado na cidade de Rodeio (SC). Estudou Filosofia no Instituto Filosófico São Boaventura, em Campo Largo (PR) e Teologia no Instituto Teológico Franciscano, em Petrópolis (RJ), concluindo-o no Instituto Teológico de Jerusalém em Israel. Foi ordenado sacerdote em 17 de novembro de 1990, na sua cidade natal.
O arcebispo também tem doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, de Roma, e atuou dentro da Ordem dos Frades Menores em diversas missões e cidades do país até 2010, quando foi nomeado em novembro do mesmo ano pelo papa Bento XVI como bispo titular de Patara e auxiliar de Porto Alegre (RS).
No ano seguinte, em fevereiro de 2011, o bispo foi ordenado na paróquia São Pedro Apóstolo, na sua cidade natal, Gaspar, pelo Núncio Apostólico no Brasil, na ocasião, dom Lorenzo Baldisseri. Em 18 de setembro de 2013, o papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como novo arcebispo de Porto Alegre.
Em março de 2014, o papa Francisco nomeou dom Jaime Spengler como membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Em abril de 2015, na 53ª Assembleia Geral da CNBB, foi eleito presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, para a gestão 2015-2019. Na ocasião, recebeu 205 votos de um total de 283 votantes, superando a maioria absoluta requerida no segundo escrutínio, que era de 143 votos. Também em 2015, o arcebispo foi eleito presidente do regional Sul 3 da CNBB, que corresponde ao Estado do Rio Grande do Sul, para a gestão 2015-2019.
Dom Mário Antônio da Silva nasceu em Itararé (SP), em 17 de outubro de 1966, dom Mário Antônio da Silva estudou Filosofia e Teologia no Seminário Maior Divino Mestre, da diocese de Jacarezinho. Possui mestrado em Teologia Moral pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, na Itália.
No ano de 1991, foi ordenado padre em Sengés, no estado do Paraná, por dom Conrado Walter. Era chanceler da diocese de Jacarezinho quando foi nomeado bispo auxiliar de Manaus no dia 9 de junho de 2010.
Sua ordenação ocorreu na Catedral de Jacarezinho em 20 de agosto de 2010, em celebração presidida por dom Mauro Aparecido dos Santos, arcebispo de Cascavel. A missa de acolhida na arquidiocese de Manaus aconteceu no dia 12 de setembro de 2010, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição.
Em 2015, foi eleito durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB como presidente do regional Norte 1, que compreende o Estado de Roraima e o norte do Amazonas, para o quadriênio de 2015-2019. Também é referencial da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB. Em junho de 2016, foi nomeado pelo papa Francisco como bispo de Roraima, tomando posse em setembro do mesmo ano. Escolheu como lema episcopal “Testemunhar e Servir”.
CNBB

segunda-feira, 6 de maio de 2019

São Domingos Sávio, padroeiro das grávidas

São Domingos Sávio, padroeiro das grávidas
REDAÇÃO CENTRAL, 06 Mai. 19 / 05:00 am (ACI).- “Quero ser santo!”, costumava dizer São Domingo Sávio, cuja festa se celebra neste dia 6 de maio. É padroeiro dos meninos cantores e também das grávidas, por ter cumprido em sua vida uma missão da Virgem Maria, enquanto era guiado por São João Bosco.

Domingos Sávio nasceu na Itália em 1842. Desde muito pequeno desejou ser sacerdote e ao conhecer Dom Bosco pediu para ingressar no Oratório de São Francisco de Sales, em Turim.
Ali organizou a Companhia de Maria Imaculada e com seus companheiros frequentava os sacramentos, rezava o Rosário, ajudava nos afazeres e cuidava dos meninos difíceis. Além disso, tinha um espírito muito alegre, gostava de brincar e estudar.
São João Bosco escreveu uma biografa do jovem santo e chorava cada vez que a leia. Nela contava que em várias ocasiões viu Domingos extasiado depois de receber a Comunhão, até que certo dia Dom Bosco o encontrou no coro do templo.
“Fui ver – conta Dom Bosco – e encontrei Domingos que falava e depois calava, como à espera de uma resposta. Entre outras coisas ouvia claramente estas palavras: ‘Sim, meu Deus, já vos disse e vo-lo digo de novo: amo-vos e quero amar-vos até à morte. Se virdes que vos hei-de ofender, enviai-me a morte: sim, antes a morte que o pecado’”.
Quando Dom Bosco lhe perguntou o que fazia nesses momentos, Domingos lhe respondeu: “Pobre de mim, vem-me uma distração, e naquele momento perco o fio das orações, e parece-me ver coisas tão belas que as horas fogem sem que eu dê por isso”.
Durante o processo de investigação para levar Domingos Sávio aos altares, sua irmã Teresa narrou que certa vez o santo se apresentou diante de Dom Bosco e lhe pediu permissão para ir a sua casa. Seu formador lhe perguntou o motivo e o jovem respondeu: “Minha mãe está muito delicada e a Virgem quer curá-la”.
Dom Bosco perguntou de quem tinha recebido notícias e Domingos respondeu que de ninguém, mas que ele sabia. O sacerdote, que já conhecia seus dons, deu-lhe dinheiro para a viagem.
A mãe de Domingos estava grávida, mas sofrendo com fortes dores. Quando o jovem chegou para vê-la, abraçou-a fortemente, beijou-a e depois obedeceu sua mãe, que lhe tinha pedido que fosse com uns vizinhos.
Quando o médico chegou, viu que a senhora estava com a saúde recuperada e, enquanto os vizinhos a atendiam, viram em seu pescoço uma fita verde que estava unida a uma seda dobrada e costurada como um escapulário. A surpreendente visita de Domingos a sua mãe se deu em 12 de setembro de 1856, data do nascimento de sua irmã Catarina.
Tempo depois, Domingos disse à sua mãe que conservasse e emprestasse aquele escapulário às mulheres que necessitassem. Assim se fez e muitas afirmavam ter obtido graças de Deus com a ajuda do escapulário da Virgem.
Domingos Sávio retornou ao oratório salesiano, mas não por muito tempo. Ficou doente e, por sugestão dos médicos, teve que despedir-se de Dom Bosco e de seus companheiros para voltar para sua casa. Antes de morrer, disse: “Que coisa tão formosa vejo!”. Partiu para a casa do Pai em 9 de março de 1857, aos 14 anos de idade.
ACI Digital

domingo, 5 de maio de 2019

III Domingo da Páscoa: Encontrar Jesus na Missão

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Os discípulos fazem a experiência do encontro com o Ressuscitado de vários modos: no caminho, na Palavra anunciada, no Pão partilhado e na comunidade reunida em oração, assim como na pesca milagrosa e na ceia que a sucede (Jo 21,1-19). A missão, simbolizada pela pesca, é lugar do encontro com Cristo. Esta passagem nos leva a reconhecer a presença de Jesus na vida cotidiana, enquanto trabalhamos e quando cumprimos a missão de fazer discípulos através do anúncio a Boa Nova. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus promete estar sempre com eles até o fim. Ele cumpre a sua Palavra, revelando-se em meio aos desafios da missão, conforme nos sugere o texto meditado. Na liturgia e na vida do dia a dia, somos convidados a reconhecer que ele está no meio de nós, como fez o discípulo amado, ao dizer: “É o Senhor!” (Jo 21,7).
A cena do banquete se assemelha àquela de Emaús (Lc 34,34), momento privilegiado para os discípulos reconhecerem a presença do Senhor. A refeição é preparada pelo próprio Jesus; o pão e o peixe são distribuídos por ele (Jo 21,12-13), sendo, portanto, dom ofertado, graça recebida. Por fim, o diálogo entre Jesus e Pedro evoca a tríplice negação ocorrida durante a Paixão. Diante do amor demonstrado por Simão Pedro, Jesus lhe confia o cuidado das suas ovelhas. Ao prolongar a missão do Bom Pastor, Pedro irá assemelhar-se a ele, através da doação da própria vida, conforme indica a conclusão do diálogo (Jo 21, 19). Simão Pedro se torna também a figura exemplar do discípulo, cuja característica fundamental é o amor até a doação total. Ele estava respondendo novamente ao “segue-me” pronunciado por Jesus no início do seu discipulado.
Com o Apocalipse (Ap 5,11-14), nós proclamamos a vitória de Cristo, o Cordeiro imolado e ressuscitado. Diante dele, somos convidados a manifestar “o louvor e a honra, a glória e poder para sempre” (Ap 5,13). Seja o nosso louvor pascal manifestado com os lábios, o coração e a vida!
Continuemos a rezar pela Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que está acontecendo em Aparecida – SP, a ser concluída na próxima sexta feira, 10 de maio. Nela, estão sendo aprovadas as novas Diretrizes para a ação evangelizadora da Igreja no Brasil, que estarão em vigor durante quatro anos. Tão logo sejam publicadas, estaremos acolhendo as novas Diretrizes através do processo de planejamento pastoral da Arquidiocese de Brasília, a ser concluído com a Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, no próximo ano, envolvendo paróquias, pastorais e movimentos eclesiais. Neste mês mariano, confiemos a N. Sra Aparecida, a vida e a missão da Igreja no Brasil, rezando especialmente pela nossa Arquidiocese, neste Ano Jubilar.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

03º Domingo da Páscoa – Ano C

EVANGELHO – Jo 21,1-19
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
Jesus manifestou-Se outra vez aos seus discípulos,
junto do mar de Tiberíades.
Manifestou-Se deste modo:
Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado Dídimo,
Natanael, que era de Caná da Galileia,
os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos de Jesus.
Disse-lhes Simão Pedro: «Vou pescar».
Eles responderam-lhe: «Nós vamos contigo».
Saíram de casa e subiram para o barco,
mas naquela noite não apanharam nada.
Ao romper da manhã, Jesus apresentou-Se na margem,
mas os discípulos não sabiam que era Ele.
Disse-lhes Jesus:
«Rapazes, tendes alguma coisa de comer?»
Eles responderam: «Não».
Disse-lhes Jesus:
«Lançai a rede para a direita do barco e encontrareis».
Eles lançaram a rede
e já mal a podiam arrastar por causa da abundância de peixes.
O discípulo predileto de Jesus disse a Pedro:
«É o Senhor».
Simão Pedro, quando ouviu dizer que era o Senhor,
vestiu a túnica que tinha tirado e lançou-se ao mar.
Os outros discípulos,
que estavam apenas a uns duzentos côvados da margem,
vieram no barco, puxando a rede com os peixes.
Quando saltaram em terra,
viram brasas acesas com peixe em cima, e pão.
Disse-lhes Jesus:
«Trazei alguns dos peixes que apanhastes agora».
Simão Pedro subiu ao barco
e puxou a rede para terra,
cheia de cento e cinquenta e três grandes peixes;
e, apesar de serem tantos, não se rompeu a rede.
Disse-lhes Jesus: «Vinde comer».
Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar-Lhe:
«Quem és Tu?»,
porque bem sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-Se, tomou o pão e deu-lho,
fazendo o mesmo com os peixes.
Esta foi a terceira vez
que Jesus Se manifestou aos seus discípulos,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
Depois de comerem,
Jesus perguntou a Simão Pedro:
«Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?»
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta os meus cordeiros».
Voltou a perguntar-lhe segunda vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?»
Ele respondeu-Lhe:
«Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus: «Apascenta as minhas ovelhas».
Perguntou-lhe pela terceira vez:
«Simão, filho de João, tu amas-Me?»
Pedro entristeceu-se
por Jesus lhe ter perguntado pela terceira vez se O amava
e respondeu-Lhe:
«Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo».
Disse-lhe Jesus:
«Apascenta as minhas ovelhas.
Em verdade, em verdade te digo:
Quando eras mais novo,
tu mesmo te cingias e andavas por onde querias;
mas quando fores mais velho,
estenderás a mão e outro te cingirá
e te levará para onde não queres».
Jesus disse isto para indicar o gênero de morte
com que Pedro havia de dar glória a Deus.
Dito isto, acrescentou: «Segue-Me».
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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF