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terça-feira, 11 de junho de 2019

São Barnabé Apóstolo, o “Filho da Consolação”

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Em 11 de junho, a Igreja celebra São Barnabé, apóstolo considerado pelos primeiros Padres da Igreja e por São Lucas devido à especial missão que o Espírito Divino lhe confiou.

Barnabé era apreciado pelos Apóstolos por ser um “homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11,24).
Seu verdadeiro nome era José, mas os apóstolos mudaram para Barnabé, que significa “Filho da Consolação”. Nos Atos dos Apóstolos (At 4) conta-se que vendeu sua propriedade e deu os recursos para os apóstolos, para que fossem distribuídos entre os pobres.
Colaborou bastante com São Paulo e suas pregações converteram muitos. Ambos estiveram por um tempo em Antioquia, lugar que se tornou o centro de evangelização e onde os seguidores de Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos.
Os fiéis desta cidade os enviaram a Jerusalém com uma coleta para aqueles que estavam passando fome na Judeia.
O Espírito Santo recomendou aos dois Apóstolos uma missão por meio dos mestres e profetas que adoravam a Deus, receberam a imposição das mãos e partiram acompanhados durante um tempo pelo evangelista São Marcos, primo de Barnabé. Pregaram em vários lugares.
Depois de visitar diferentes cidades, confirmar os convertidos e ordenar sacerdotes, voltaram para Antioquia e, em seguida, foi realizado o Concílio de Jerusalém, no qual se declarou que os “gentios” não tinham o dever da circuncisão.
Para a segunda viagem missionária, Paulo com Silas e Barnabé com São Marcos tomaram caminhos diferentes. Posteriormente, os dois Apóstolos se encontraram novamente nas missões de Corinto.
Diz-se que Barnabé morreu apedrejado por judeus invejosos das conversões que obtinha. Seus restos mortais foram enterrados perto Salamina e encontrado no ano 488. O apóstolo tinha em seu peito o Evangelho de São Mateus, escrito em sua própria mão. Mais tarde, foi transferido para Mancheras (Chipre).
ACI Digital

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Hoje celebra-se a memória da Virgem Maria, Mãe da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 10 de junho, segunda-feira após o Domingo de Pentecostes, é celebrada a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, data que foi estabelecida pelo Papa Francisco no início de 2018, por meio de um Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

“Esta celebração ajudará a recordar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos”, afirma o documento.
O texto explica ainda que o Papa Francisco decidiu estabelecer esta memória da Virgem Maria, Mãe da Igreja, “considerando atentamente quanto à promoção desta devoção possa favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como, também, da genuína piedade mariana”.
O Evangelho de São João narra que, “junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’” (Jo 19,25-27).
Com referência a este episódio evangélico, o decreto assinala que a Virgem Maria “aceitou o testamento do amor do seu Filho e acolheu todos os homens, personificado no discípulo amado, como filhos a regenerar à vida divina, tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que Cristo gerou na cruz, dando o Espírito”.
“Por sua vez, no discípulo amado, Cristo elegeu todos os discípulos como herdeiros do seu amor para com a Mãe, confiando-a a eles para que estes a acolhessem com amor filial”.
Além disso, continua o texto, “dedicada guia da Igreja nascente, Maria iniciou, portanto, a própria missão materna já no cenáculo, rezando com os Apóstolos na expectativa da vinda do Espírito Santo”.
Segundo o decreto, ao longo dos séculos, “a piedade cristã honrou Maria com os títulos, de certo modo equivalentes, de Mãe dos discípulos, dos fiéis, dos crentes, de todos aqueles que renascem em Cristo e, também, ‘Mãe da Igreja’, como aparece nos textos dos autores espirituais assim como nos do magistério de Bento XIV e Leão XIII”.
Assim, recorda que “o beato papa Paulo VI, a 21 de novembro de 1964, por ocasião do encerramento da terça sessão do Concílio Vaticano II, declarou a bem-aventurada Virgem Maria ‘Mãe da Igreja, isto é, de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores, que lhe chamam Mãe amorosíssima’ e estabeleceu que ‘com este título suavíssimo seja a Mãe de Deus doravante honrada e invocada por todo o povo cristão’”.
Além disso, a Sé Apostólica propôs uma Missa votiva em honra de Santa Maria, Mãe da Igreja, por ocasião do Ano Santo da Reconciliação em 1975. “A mesma deu a possibilidade de acrescentar a invocação deste título na Ladainha Lauretana (1980), e publicou outros formulários na Coletânea de Missas da Virgem Santa Maria (1986). Para algumas nações e famílias religiosas que pediram, concedeu a possibilidade de acrescentar esta celebração no seu Calendário particular”.
Assim, o Papa Francisco “estabeleceu que esta memória da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja inscrita no Calendário Romano na Segunda-feira depois do Pentecostes, e que seja celebrada todos os anos”.
ACI Digital

domingo, 9 de junho de 2019

Solenidade de Pentecostes

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Com a solenidade de Pentecostes, estamos concluindo o Tempo Pascal, suplicando a presença do Espírito Santo. “Enviai o vosso Espírito, Senhor, e renovai a face da terra”, rezamos no Salmo 103. “Daí aos corações vossos sete dons”, pedimos através do hino litúrgico conhecido como “Sequência” de Pentecostes.
Pentecostes era uma festa hebraica, celebrada cinquenta dias após a Páscoa. Era, originalmente, uma festa de caráter agrícola, pois nela se ofertavam a Deus as primícias dos campos. Com o passar do tempo, passou a ser dedicada à celebração da Aliança no Sinai.  Conforme narra o livro dos Atos dos Apóstolos (At 2,1-11), quando era celebrada a antiga festa de Pentecostes, em Jerusalém, no início da pregação apostólica, aconteceu a efusão do Espírito Santo sobre os discípulos reunidos no cenáculo. Por isso, Pentecostes recebeu um novo significado para os cristãos, passando a celebrar a vinda do Espírito Santo.
Nós cremos no Espírito Santo “que procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”, conforme rezamos na fórmula mais longa do “Creio” (Credo Niceno-Constantinopolitano). Nós cremos no Espírito da Verdade, o Defensor, o Consolador (Jo 14,26), que nos ilumina e fortalece na vivência e no testemunho do Evangelho. Por isso, confiantes, suplicamos a sua presença, unidos à Igreja presente no mundo inteiro.
A Liturgia da Palavra nos fala do Espírito Santo. O livro dos Atos dos Apóstolos mostra o Espírito iluminando e animando os discípulos a anunciar o Evangelho, unindo os que falavam línguas diferentes e fazendo-os compreender a pregação dos Apóstolos, “pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua” (At 2,8). A unidade das línguas, dom do Espírito, se contrapõe à divisão ocorrida em Babel. S. Paulo também se refere à unidade na diversidade de dons e ministérios provenientes do mesmo Espírito, em vista do bem comum (1Cor 12,5-6), motivando os cristãos a viverem unidos. O Evangelho segundo João, ao relacionar o dom do Espírito ao Senhor Ressuscitado, destaca o perdão e a paz, assim como o envio em missão. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21), afirma Jesus. Assim sendo, nós somos convidados a acolher, hoje, o Espírito da unidade, do perdão e da paz, o Espírito que nos anima e fortalece na vida cristã, especialmente, no testemunho cotidiano da fé. Rezemos, especialmente, pela unidade, concluindo a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
No próximo sábado, dia 15, teremos a graça da ordenação de nove novos sacerdotes, na Catedral, às 8:30 h. Participe! Reze pelos novos padres!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Hoje é Pentecostes, Solenidade do Espírito Santo e do nascimento da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Hoje é celebrada Solenidade de Pentecostes, que comemora a vinda do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus Cristo.

O capítulo dois do livro dos Atos dos Apóstolos descreve que, “de repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo”.
João Paulo II ao refletir sobre este evento em sua encíclica “Dominum et vivificantem”, assinalou que “o Concílio Vaticano II fala do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. Este acontecimento constitui a manifestação definitiva daquilo que já se tinha realizado no mesmo Cenáculo no Domingo da Páscoa”.
“Cristo Ressuscitado veio e foi ‘portador’ do Espírito Santo para os Apóstolos. Deu-lho dizendo: ‘Recebei o Espírito Santo’. Isso que aconteceu então no interior do Cenáculo, ‘estando as portas fechadas’, mais tarde, no dia do Pentecostes, viria a manifestar-se publicamente diante dos homens”.
Posteriormente, o Papa da família cita o documento conciliar “Lumen Gentium”, em que se ressalta que “o Espírito Santo habita na Igreja e nos corações dos fiéis como num templo (cf. 1 Cor 3, 16; 6, 19); e neles ora e dá testemunho da sua adopção filial (cf. Gál 4, 6; Rom 8, 15-16. 26). Ele introduz a Igreja no conhecimento de toda a verdade (cf. Jo 16, 13), unifica-a na comunhão e no ministério, edifica-a e dirige-a com os diversos dons hierárquicos e carismáticos e enriquece-a com os seus frutos (cf. Et 4, 11-12; 1 Cor 12, 4; Gál 5, 22)”.
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São José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Jun. 19 / 06:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 9 de junho a memória litúrgica de um dos primeiros evangelizadores do Brasil, São José de Anchieta, que pela sua importância na introdução do cristianismo no país é conhecido como Apóstolo do Brasil.

José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 em San Cristóbal de La Laguna (Tenerife). Com apenas 14 anos ingressou ao Colégio de Artes da Universidade de Coimbra, destacado como um dos melhores alunos e como um grande poeta.
Aos 17 anos, enquanto rezava diante de uma imagem de Nossa Senhora, compreendeu a missão que o aguardava. No dia 1º de maio de 1551, ingressou na Companhia de Jesus e começou seus estudos de Filosofia. Conhecido por compor versos latinos com muita facilidade, ficou conhecido como o “Canário de Coimbra”.
Em 1553, devido a uma doença, mudou-se de Tejo (Lisboa) ao Brasil. Chegou como missionário à Bahia e logo deu início ao seu trabalho de catequese com os índios. Anchieta adentrou pelo território, aprendeu a língua tupi, catequisou e ensinou latim aos índios, ao mesmo tempo em que lhes ensinava noções de higiene, medicina, música e literatura. Esta experiência com os povos nativos lhe permitiu escrever a primeira gramática tupi-guarani.
No dia da comemoração de São Paulo – 25 de janeiro – no ano de 1555, inaugurou o colégio que ajudou a construir no planalto de Piratininga, na capitania de São Vicente. Ali, no pátio do colégio jesuíta foi onde se fundou a atual cidade de São Paulo.
Em 1565, foi enviado ao Rio do Janeiro, onde colaborou na construção de um colégio e do primeiro hospital da cidade, conhecido como “A Casa da Misericórdia”. Logo, foi ordenado sacerdote.
Voltou a São Vicente e durante um período de seis anos colaborou no colégio, além de realizar um importante trabalho apostólico e literário. Entre 1577 e 1587, foi designado superior dos jesuítas no Brasil, incentivando ainda mais o trabalho nas escolas e a catequese com as crianças.
Anchieta viajou por todo o país orientando os trabalhos missionários, como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, entre outros. Fiel à doutrina e à sua congregação, era um homem dócil ao Espírito Santo e se consumiu por inteiro em sua missão.
Faleceu no dia 9 de junho de 1597, aos 63 anos, na vila de Reritiba, atual cidade de Anchieta, no Espírito Santo. No dia 10 de agosto de 1736, o Papa Clemente XII o declarou Venerável. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II no dia 22 de junho de 1980.
O Papa Francisco, no dia 3 de abril de 2014, no uso de suas faculdades de Sumo Pontífice da Igreja Católica, dispensou o milagre e inscreveu José de Anchieta no Livro dos Santos, estendendo o culto do jesuíta à Igreja universal.
Durante a 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em abril de 2015, São José de Anchieta foi declarado copadroeiro do Brasil.
ACI Digital

sábado, 8 de junho de 2019

Protagonistas das transformações

Justiça
Justiça
“Não existe democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça com desigualdade, bradou Francisco.”
Silvonei José – Cidade do Vaticano
O Papa Francisco se encontrou na tarde da última terça-feira (04/06) no Vaticano com os juízes Pan-americanos reunidos no Encontro sobre os Direitos Sociais e Doutrina Franciscana. A advertência do Pontífice: não ter medo de ser protagonistas da transformação do sistema judiciário baseado no valor, na justiça e na primazia da dignidade da pessoa humana. Francisco então assinou o novo documento sobre a proteção dos direitos sociais.
O Encontro dos Juízes Pan-americanos, realizado na Casina Pio IV (Jardins vaticanos) reuniu uma centena de participantes entre magistrados, consultores, procuradores, advogados e membros da Pontifícia Academia das Ciências, promotora do evento, o segundo sobre o tema depois do encontro de junho passado em Buenos Aires. A justiça social e o bem comum são as duas palavras que mais retornam no discurso de Francisco, mas são também os antídotos que o Papa propõe para deter as muitas dinâmicas de exclusão, segregação e desigualdade que ainda afetam muitas pessoas em todas as latitudes do planeta.
“Não existe democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça com desigualdade", bradou Francisco. A igualdade perante a lei, advertiu, não pode degenerar em propensão à injustiça. “Num mundo de transformação e fragmentação, os direitos sociais não podem ser somente exortativos ou apelativos nominais, mas farol e bússola para o caminho, disse o Papa acrescentado que um sistema político-econômico "deve assegurar que a democracia não seja apenas nominal, mas  possa ser realizada com ações concretas para garantir a dignidade de todos os seus habitantes sob a lógica do bem comum, em um chamado à solidariedade e uma opção preferencial pelos pobres”. Isto requer os esforços das mais altas autoridades judiciárias, e certamente da magistratura, para reduzir a distância entre o reconhecimento legal e a sua prática, completou Francisco.
"Injustiça social" naturalizada e, portanto, invisível, que só nos lembramos ou reconhecemos quando alguns fazem barulho nas ruas e são rapidamente rotulados como perigosos ou irritantes e acaba por silenciar uma história de atrasos e negligências". "Deixem-me dizer isso – continuou o Pontífice -, este é um dos grandes obstáculos que o pacto social encontra e enfraquece o sistema democrático". "Quantas vezes a igualdade nominal de muitas das nossas afirmações e ações não faz nada além de ocultar e reproduzir uma desigualdade real e subjacente, e revela que se trata de uma possível ordem fictícia: ordem fictícia que consiste na sua virtualidade mas, em concreto, estende e aumenta a lógica e as estruturas do exclusão-expulsão porque impede um real contato e compromisso com o outro.
Mas "num mundo de virtualidade, - mudanças e fragmentações -, os direitos sociais não podem ser apenas exortativos apelativos nominais".
É claro que o nosso compromisso é com os nossos irmãos para tornar operativos os direitos sociais - sublinhou Francesco - com o compromisso de procurar desmontar todos os argumentos que ameaçam a sua realização, e isto através da aplicação ou a criação de uma legislação capaz de levantar as pessoas no reconhecimento da sua dignidade. "As lacunas jurídicas, tanto em termos de adequada legislação que de acessibilidade e conformidade da mesma - concluiu -, colocam em movimento círculos viciosos que privam as pessoas e as famílias das garantias necessárias para o seu desenvolvimento e seu bem-estar”.
Estas lacunas são as geradoras de corrupção que encontram nos pobres e no meio ambiente as primeiras e mais importantes vítimas.
E uma advertência final: “Vocês têm um papel a desempenhar essencial, vocês são também 'poetas' sociais quando não têm medo de serem protagonistas da transformação do sistema judiciário baseada na coragem, na justiça e na primazia da dignidade da pessoa humana, acima de qualquer outro tipo de interesse ou justificação".

Dom Falcão comemora seu 70º aniversário de sacerdócio

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Brasília (Quinta-feira, 05-06-2019, Gaudium Press) A comemoração pelo 70º aniversário de sacerdócio do Cardeal José Freire Falcão será celebrada com uma Santa Missa, na Catedral Metropolitana de Brasília.

Dom Falcão foi o segundo arcebispo de Brasília, cargo que levou à frente de 1984 a 2004. Neste período ampliou o número de padres e aumentou a criação de paróquias no Distrito Federal. Foi o responsável pela recepção da visita do Papa João Paulo II, em 1991.
Dom José Freire Falcão
Hoje o cardeal Dom Falcão está com 93 anos de idade, seu lema episcopal In humilitate servire" ("Servir na humildade"). Ele nasceu na cidade de Ererê, Ceará, em 23 de outubro de 1925.
Com 14 anos entrou no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Sua ordenação sacerdotal foi em 19 de junho 1949. Em 17 de junho de 1967 foi feito bispo, cargo que exerceu por vinte anos em Limoeiro do Norte, Ceará.
Em 1971 tornou-se arcebispo de Teresina, no Piauí, onde permaneceu até 1984, quando foi transferido para Brasília.
Foi criado cardeal, em 28 de junho de 1988 pelo Papa João Paulo II, tendo participado, em 2005, dos funerais de João Paulo II e do conclave que elegeu o Papa Bento XVI. (PJS).
Guadium Press com informação da Arquidiocese de Brasília

quarta-feira, 5 de junho de 2019

São Bonifácio, o apóstolo dos Germanos

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Jun. 19 / 06:00 am (ACI).- Neste dia 5 de junho, a Igreja recorda São Bonifácio, cujo nome significa “benfeitor” e é chamado o “apóstolo dos Germanos” por ter evangelizado sistematicamente as grandes regiões centrais, fundado e organizado igrejas e criado uma hierarquia sob a jurisdição direta da Santa Sé.

São Bonifácio, cujo nome de batismo era Winfrido, nasceu no ano 680 em Wessex, na Inglaterra. Mudou-se muito jovem para a abadia de Nursling, na Diocese de Winchester. Ali escreveu a primeira gramática latina.
Aos 30 anos, recebeu a ordenação sacerdotal e decidiu dedicar-se ao apostolado no meio dos pagãos no continente. Sua primeira experiência foi em 716, quando seguiu com alguns companheiros para a Frísia (atual Holanda). Mas, sem êxitos, retornou para sua terra.
Entretanto, não desanimou, dois anos depois, foi a Roma para fazer com o Papa Gregório II, que o acolheu e, conforme recordou o Papa Emérito Bento XVI em uma catequese de 2009, “enfim, depois de lhe ter imposto o novo nome de Bonifácio, confiou-lhe com cartas oficiais a missão de pregar o Evangelho no meio dos povos da Germânia”.
O santo se comprometeu em pregar o Evangelho naquela região, partiu imediatamente, cruzou os Alpes, atravessou a Baviera e chegou a Hesse.
Em pouco tempo, pôde enviar à Santa Sé um relatório tão satisfatório que o Papa o convocou a Roma para lhe confiar o bispado. No dia de Santo André do ano 722, foi ordenado bispo regional para toda a Germânia.
Bonifácio regressou a Hesse e, como primeira medida, propôs-se a arrancar pela raiz as superstições pagãs que eram o principal obstáculo para a evangelização.
Em 731, o Papa Gregório III, sucessor de Gregório II, mandou a nomeação de arcebispo de todas as tribos germânicas, com autoridade para criar bispados onde achasse conveniente.
Em sua terceira viagem a Roma, foi nomeado também delegado da Sé Apostólica. São Bonifácio e seu discípulo São Sturmi fundaram no ano de 741 o mosteiro de Fulda, que com o tempo se tornou o Monte Cassino da Alemanha.
Mais tarde, em 5 de junho de 754, quando o santo se dispunha a realizar uma Crisma em massa, na véspera de Pentecostes, apareceu uma horda de pagãos hostis que atacou o grupo brutalmente com lanças e espadas.
“Deus salvará nossas almas”, escutou-se Bonifácio gritar, que tomou o evangeliário como escudo. Mas, um golpe de espada partiu o livro e atingiu a cabeça do santo.
“Uma primeira evidência impõe-se a quem se aproxima de Bonifácio: a centralidade da Palavra de Deus, vivida e interpretada na fé da Igreja, Palavra que ele viveu, pregou e testemunhou até ao dom supremo de si no martírio. Vivia tão apaixonado pela Palavra de Deus, que sentia a urgência e o dever de a levar ao próximo, mesmo com o risco da sua própria pessoa”, disse Bento XVI sobre o santo que difundiu o cristianismo em sua terra natal.
O corpo de São Bonifácio foi levado para o mosteiro de Fulda, onde ainda repousa.
ACI Digital

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Com baixa taxa de natalidade, Japão tem crianças ricas , mas isoladas, sem amigos

Com baixa taxa de natalidade, Japão tem crianças ricas , mas isoladas, sem amigos.jpg
Tóquio - Japão (Segunda-feira, 03-06-2019, Gaudium Press) Mais de 70% dos alunos do ensino fundamental nas cidades e também no interior do Japão não saem de casa para brincar; ficam sós; mais de 10% nem mesmo amiguinhos têm para brincar, informa a Asia News.
Estes dados são revelados por uma pesquisa realizada pela Chiba University, que tem sua sede em Tóquio.

O prof. Isami Kinoshita é especialista em planejamento urbano e responsável pelo laboratório que elaborou o estudo -segundo informa o jornal Mainichi Shinbun. O
O professor e seus colaboradores começaram a coletar dados entre os estudantes das escolas primárias na cidade de Kesennuma, prefeitura de Miyagi (nordeste do Japão).
Segundo a pesquisa, 76% das crianças dizem que não brincam fora de casa durante a semana. Cerca de 18% dizem não ter amigos para brincar depois da escola, enquanto 29% têm apenas um ou dois amigos.
85% dos entrevistados afirmaram que brincam em casa.

Chiba

Na tentativa de compreender a situação nas áreas urbanas, o mesmo questionário foi distribuído em 2018 em uma escola primária na cidade de Chiba, capital do distrito homônimo.
Lá os pesquisadores identificaram a mesma tendência encontrada em Kesennuma: 77% das crianças não brincam ao ar livre e 13% delas não têm amigos. Cerca de 76% disseram que brincam em casa.

Fukushima

Também foram entrevistadas crianças das escolas primárias de três municípios da região de Fukushima e Gunma, noroeste de Tóquio: também nestas localidades os dados são semelhantes, exceto pela porcentagem de estudantes sem amigos para brincar, que sobe para 20-30%.

Taxa de Natalidade

Mitsunari Terada, especialista que contribuiu para a pesquisa, afirmou que "as crianças não saem de suas casas nem mesmo nas áreas rurais, onde estão cercadas pela natureza. Devido a um declínio na taxa de natalidade do país, não é fácil para as crianças brincarem com os amigos".
No Japão, como se sabe, a taxa de controle de natalidade é bastante elevada e o número de abortos não é pequeno.
Kinoshita enfatiza que "Brincar fora de casa é uma forma de as crianças entrarem em contato com a sociedade e é necessário para desenvolver habilidades para tomar decisões e pensar por si mesmas."

Progresso, Riqueza, Isolamento

Sem dúvida, a sociedade japonesa vive dentro do progresso, respira riqueza, mas, mesmo assim evita o nascimento de novos bebês.
Aqueles que nascem tem computadores, técnicas, internet, tudo "top de linha", mas tem carência do relacionamento humano indispensável para todos e sobremaneira para as crianças.
O Professor Isami Kinoshita diz que o país necessita de "uma intervenção social para encorajar as crianças a se divertirem ao ar livre".
Talvez precise de algo mais que isto...

www.gaudiumpress.org

São Carlos Lwanga e companheiros mártires de Uganda

REDAÇÃO CENTRAL, 03 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Carlos Lwanga e José Mkasa, junto com 20 companheiros, foram martirizados entre os anos 1885 e 1887 em Uganda, por ter formado a sociedade dos Missionários da África, conhecida como os Padres Brancos, que se encarregou da evangelização desse continente durante o século XIX.

Em 3 de junho de 1886, doze deles foram queimados vivos juntos a outros 20 anglicanos, porque se negaram a renunciar a sua fé. Os outros 10 mártires foram esquartejados.
No começo do apostolado, os Padres Brancos se encarregaram da região de Uganda como parte do Vicariato do Nilo superior (1878). Conseguiram entrar na região e obter muitos neófitos.
O próprio rei, chamado Mtesa, a princípio, favoreceu os missionários, mas depois, por medo de que a nova religião fosse um obstáculo para o comércio de escravos que ele mantinha, obrigou-os a se afastar.
Tempos depois, foi sucedido no trono por seu filho Muanga, que foi amigo dos cristãos. Entretanto, aquele panorama se complicaria novamente.
O líder da comunidade católica, que na época tinha 200 membros, era um jovem de 25 anos chamado José Mkasa (Mukasa), que trabalhava como mordomo da corte de Muanga. O rei mandou mata-lo por confrontar uma decisão sua.
José disse aos carrascos: “Um cristão que entrega sua vida por Deus não tem medo de morrer”. Foi queimado em 15 de novembro de 1885.
Os cristãos, longe de ficarem com medo, continuaram com suas atividades. Por sua parte, Carlos Lwanga, favorito do rei, substituiu José como chefe da comunidade cristã e suas orações conseguiram com que Muanga desistisse das perseguições por 6 meses.
Em maio do ano seguinte, a violência se desencadeou. Os cristãos foram capturados e chamados diante do rei. Este lhes perguntou se tinham a intenção de seguir sendo cristãos. “Até a morte!”, responderam. O rei ordenou que fossem executados em um lugar chamado Namugongo, a 60 quilômetros de distância.
Carlos Lwanga, Andrés Kagwa e outros 20 jovens foram beatificados em 6 de junho de 1920 pelo Papa Bento XV. Posteriormente, foram canonizados por Paulo VI em 18 de outubro de 1964.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF