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domingo, 23 de junho de 2019

Papa Francisco anuncia tema da JMJ Lisboa 2022

Papa Francisco. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 22 Jun. 19 / 04:35 pm (ACI).- O Papa Francisco anunciou o tema da próxima Jornada Mundial da Juventude de 2022, que acontecerá na cidade de Lisboa, Portugal: “Maria levantou-se e partiu apressadamente”.
O Santo Pare fez o anúncio neste sábado,22 de junho, durante a audiência que concedeu no Palácio Apostólico do Vaticano a jovens participantes do XI Fórum Internacional dos Jovens, que aconteceu em Roma de 19 a 22 de junho, organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, com o objetivo de promover a implantação do Sínodo 2018 sobre os jovens, a fé e o discernimento vocacional.
O Pontífice realizou este anúncio de surpresa. Explicou que “o caminho de preparação para o Sínodo de 2018 coincidiu em grande parte com o itinerário para a JMJ do Panamá, que aconteceu há apenas 3 meses. Em minha mensagem aos jovens de 2017, expressei a esperança de que houvesse uma grande harmonia entre estes dois caminhos”.
“Pois bem! A próxima edição internacional da JMJ será em Lisboa, em 2022. Para esta etapa de peregrinação intercontinental dos jovens, escolhi como tema: ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’”.
O Santo Padre convidou os jovens a meditar durante os próximos anos “sobre os versículos: ‘Jovem, eu te digo: levanta-te’ e ‘Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!’”.
“Com isso, desejo também desta vez que haja sintonia entre o itinerário para a JMJ de Lisboa e o caminho pós-sinodal. Não ignorem a voz de Deus que os impulsiona a se levantar e a seguir os caminhos que Ele preparou para vocês. Como Maria, e junto a Ela, sejam cada dia portadores de sua alegria e seu amor”.
Em seu discurso, o Papa Francisco fez um chamado aos jovens católicos a se envolverem mais na Igreja: “A Igreja necessita de vocês para ser plenamente ela mesma”.
O Pontífice assegurou aos jovens que “são o hoje de Deus, o hoje da Igreja”. “Como Igreja, vocês são o Corpo do Senhor Ressuscitado presente no mundo. Quero que recordem sempre que vocês são membros de um único corpo. Estão unidos uns aos outros e sozinhos não sobreviveriam”.
“Necessitam-se mutuamente para marcar, verdadeiramente, a diferença em um mundo cada vez mais tentado pelas divisões. Somente caminhando juntos seremos verdadeiramente fortes. Com Cristo, Pão da Vida que nos dá força para o caminho, levemos a luz do seu fogo para as noites deste mundo!”.
ACI Digital

São José Cafasso, padroeiro das prisões e modelo de confessor

REDAÇÃO CENTRAL, 23 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- “Não será morte, mas um doce sonho para ti, minha alma, se ao morrer te assiste Jesus e te recebe a Virgem Maria”, escreveu pouco tempo antes de morrer São José Cafasso, padroeiro das prisões italianas e modelo de sacerdote comprometido com a confissão e direção espiritual. Sob sua orientação, formou-se São João Bosco.

São José Cafasso nasceu na Itália, em 1811. Desde pequeno, sua família e as pessoas do povoado o estimavam como um “santinho”. Foi ordenado sacerdote em 1833 e, meses depois, estabeleceu-se no Colégio Eclesiástico para aperfeiçoar sua formação sacerdotal.
São José Cafasso acompanhou à forca muitos condenados à morte e todos morreram confessados, arrependidos e assistidos por sua paternal presença, porque lhe recordavam Cristo prisioneiro.
São José Cafasso ajudou São João Bosco no seminário e, mais tarde, no Colégio. No apostolado das prisões, Bosco presenciou os horrores que a juventude sofre por não ter quem os oriente na fé e na educação. Assim, foi surgindo a inquietude de criar obras que previnam os jovens de parar nesses lugares.
Apesar das críticas, São José Cafasso sempre defendeu o serviço juvenil de seu discípulo e tornou-se um benfeitor da nascente comunidade salesiana.
Todos os tipos de pessoas necessitadas até o Padre Cafasso. Ele se caracterizava por sua amabilidade e uma alegria contagiante. Costumava incutir em seus alunos uma grande devoção ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria.
“Toda santidade, perfeição e proveito de uma pessoa está em fazer perfeitamente a vontade de Deus... querer o que Deus quer, querê-lo no modo, no tempo e nas circunstâncias que Ele quer, e querer tudo isso unicamente porque Deus assim o quer”, dizia São José Cafasso.
Certo dia, em um sermão, expressou: “Como é belo morrer em um sábado, dia da Virgem, para ser levado por Ela para o céu”. Assim aconteceu, partiu para a casa do Pai no sábado, 23 de junho de 1860.
São João Bosco, na oração fúnebre, recordou seu diretor espiritual e confessor como mestre do clero, um seguro conselheiro, consolo dos moribundos e grande amigo.
ACI Digital

sábado, 22 de junho de 2019

São Tomás More, padroeiro dos governantes e políticos

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- “O homem não pode ser separado de Deus, nem a política da moral”, disse São Tomás More, declarado padroeiro dos governantes e dos políticos por São João Paulo II e cuja memória litúrgica é recordada neste 22 de junho.

Morreu mártir quando se negou a reconhecer o divórcio de Henrique VIII e o projeto de uma igreja liderada pelo rei da Inglaterra e não pelo Papa.
São Tomás nasceu em Londres, em 1477, e manteve sempre uma vida de fé. Graduou-se na Universidade de Oxford como advogado e sua carreira bem-sucedida o levou ao parlamento. Casou-se com Jane Colt, teve um filho e três filhas. Após a morte de sua esposa, casou-se com Alice Middleton.
Em 1516, São Tomás escreveu o seu livro mais famoso, conhecido como “Utopia”. Esta obra chamou muito a atenção de Henrique VIII e o colocou em um cargo importante.
Quando o rei Henrique VIII continuava com a intenção de repudiar sua esposa para se casar com outra e planejava se separar da Igreja de Roma para formar a igreja anglicana sob sua autoridade, São Tomás More renunciou.
Em seguida, Tomás se dedicou a escrever em defesa da Igreja e com seu amigo, o Bispo São João Fisher, recusou-se a obedecer ao rei como “cabeça” da igreja. Ambos, fiéis a Cristo, foram presos. Alguns meses após a prisão, executaram São João Fisher e posteriormente São Tomás, condenados como traidores do reino.
Antes de ser executado, o santo disse à multidão: “Morrerei como bom servidor do rei, mas sobretudo como servo de Deus”. Foi decapitado no dia 6 de julho de 1535. O dia de São Tomás More é comemorado a cada 22 de junho, junto com São João Fisher.
“A vida de São Tomás More ilustra, com clareza, uma verdade fundamental da ética política. De fato, a defesa da liberdade da Igreja face a indevidas ingerências do Estado é simultaneamente uma defesa, em nome do primado da consciência, da liberdade da pessoa frente ao poder político. Está aqui o princípio basilar de qualquer ordem civil respeitadora da natureza do homem”, disse São João Paulo II no ano 2000.
ACI Digital

sexta-feira, 21 de junho de 2019

São Luís Gonzaga, padroeiro da juventude cristã

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 21 de junho, é celebrada a festa de São Luís Gonzaga, padroeiro da juventude cristã e protetor dos jovens estudantes. Ele passou por muitas incompreensões e sofrimentos na “vida de luxo” que teve que experimentar, até que ouviu um “chamado especial”.

São Luís Gonzaga nasceu em 1568 na Itália, em uma família nobre. Sua mãe, preocupada pelas questões de fé, consagrou-o à Virgem e batizou-o, enquanto ao seu pai só interessava o futuro mundano do filho e que fosse soldado como ele.
São Luís frequentava muito os quartéis e aprendeu a importância de ser corajoso, mas também adquiriu um vocabulário rude. Seu tutor o fez ver que essa linguagem era grosseira, vulgar e blasfema. Então, o menino nunca mais voltou a falar desse modo.
Aos poucos foi crescendo na fé e, aos nove anos, fez um voto de virgindade. Quando tinha treze anos, conheceu o Bispo São Carlos Borromeu, que ficou impressionado com a sabedoria e a inocência de Luís e deu-lhe a Primeira Comunhão.
Alguns historiadores afirmam que o ambiente em que se vivia na nobreza e sociedade daquela época estava repleto de fraude, vício, crime e luxúria. Por isso, São Luís se submeteu a uma ordem rigorosa e práticas de piedade constantes, sem descurar de suas responsabilidades na corte.
Por assuntos de seu pai, teve que viajar para a Espanha e, na igreja dos jesuítas em Madri, ouviu uma voz que lhe dizia: “Luís, ingressa na Companhia de Jesus”. Sua mãe recebeu com alegria os projetos de Luís, mas o pai ficou furioso e não aceitou facilmente a inquietude vocacional do filho.
Mais tarde, depois de tê-lo enviado a várias viagens e lhe dado cargos importantes, o pai teve que ceder e escreveu ao superior dos jesuítas dizendo: “Envio o que mais amo no mundo, um filho no qual toda a família tinha colocado suas esperanças”.
São Luís entrou para o noviciado da Companhia de Jesus. Continuou com suas penitências e mortificações que já tinham afetado a sua saúde. Com o tempo, tornou-se um noviço modelo, manteve-se fiel às regras e sempre buscava exercer as tarefas mais humildes. Em algumas ocasiões, durante o intervalo ou no refeitório, caia em êxtase.
Naquela época, a população de Roma foi afetada por uma epidemia de febre, os jesuítas abriram um hospital onde os membros da ordem atendiam. Luís começou a mendigar mantimentos para os doentes e conseguiu cuidar dos enfermos até que contraiu a doença.
Recuperou-se desse mal, mas ficou afetado por uma febre intermitente que em poucos meses levou-o a um estado de grande debilidade. Acompanhado por seu confessor São Roberto Belarmino, foi se preparando para a morte.
Em uma ocasião, caiu em êxtase e lhe foi revelado que morreria na oitava de Corpus Christi. Com o olhar posto no crucifixo e o nome de Jesus em seus lábios, partiu para a Casa do Pai por volta da meia noite, entre os dias 20 e 21 de junho, com apenas 23 anos.
ACI Digital

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Programação CORPUS CHRISTI 2019 – ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA

A Arquidiocese de Brasília realiza nesta quinta-feira (20 de Junho) uma programação especial para celebrar a Festa Litúrgica de Corpus Christi.

Esta edição, traz o tema do ano Jubilar vivido na arquidiocese:
“O amor de Cristo nos impele” (2Cor 5,14).
A festividade tem início às 6h00 com a tradicional montagem do tapete com símbolos religiosos, confeccionado por cerca de 600 jovens de dezoito Pastorais e Movimentos da Arquidiocese que trabalham com a juventude. A previsão é que tenha 120 metros de tapete. Em seguida, às 7h00, haverá a tradicional corrida de Corpus Christiem sua 4ª edição.
A programação na parte da tarde, a partir das 15h00 no palco central, trará animações com momentos de oração e atendimento de confissões.
Logo mais, às 17h00, inicia-se a celebração da Santa Missa seguida da procissão.
A missa será celebrada pelo Cardeal Arcebispo de Brasília, dom Sergio da Rocha e concelebrada pelos bispos auxiliares de Brasília com a presença do clero, diáconos, religiosos, seminaristas e do povo fiel de nossa arquidiocese.
Este ano, a organização fará uma iluminação especial. O percurso será em torno do primeiro quadrilátero da Esplanada, em frente à Catedral Metropolitana. Na ocasião serão concedidas três bênçãos. A primeira para os enfermos, a segunda pelos governantes e a terceira pelas famílias.
O Trânsito no local será modificado. Pela manhã e até a hora da procissão, três faixas da Via S1 e N1 ficarão interditadas para a circulação de veículos. Na hora da procissão, todas as faixas das Vias S1 e N1 ficarão fechadas para a passagem do cortejo. A alternativa será utilizar as vias anexas aos Ministérios.
São 60 anos da presença de Nosso Senhor,
 nos abençoando e nos fazendo Um com ele.
Que todos se sintam tocados a reunir,
caminhar e ajoelhar diante do nosso Senhor!
Como Deus nos ama, vamos lotar
a Esplanada, Ele merece!
Traga a sua garrafinha de água e vela.
Serão vendidos, comidas e lanches.
 Evento: Festa de Corpus Christi – Tema: “O amor de Cristo nos impele” (2Cor 5,14)
Data: 20 de Junho de 2019
Local: Esplanada dos Ministérios – Brasília/DF
Corrida de Corpus ChristiLargada às 7h00 em frente à catedral
 PROGRAMAÇÃO
06h00- Inicio da confecção do tapete
07h00 – Largada corrida Corpus Christi
13h00 – Encerramento da confecção do Tapete
15h00- Animação/ Atendimento de Confissão
17h00- Procissão rumo ao altar e celebração da santa missa seguida da procissão
20h30 – Encerramento de toda atividade
No decorrer do dia, haverá confecção do tradicional tapete, corrida com caminhada e patins, animação, missa e procissão com o Santíssimo Sacramento na Esplanada.
Arquidiocese de Brasília

Solenidade de Corpus Christi

REDAÇÃO CENTRAL, 20 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Um milagre eucarístico do século XIII está relacionado à origem da Solenidade de Corpus Christi, que a Igreja celebra na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, embora em alguns países as igrejas locais decidem movê-la para o domingo seguinte, por uma questão pastoral.

Nesta Solenidade, a Igreja presta à Eucaristia um culto público e solene de adoração, gratidão e amor, sendo a procissão de Corpus Christi uma das mais importantes em toda a Igreja Universal.
A Festa de Corpus Christi surgiu na Diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon. Ela tinha visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra da Sagrada Eucaristia.
Aconteceu que, em meados do século XIII, Pe. Pedro de Praga, um sacerdote que duvidava da presença de Cristo na Eucaristia, decidiu realizar uma peregrinação a Roma para rogar, sobre o túmulo de São Pedro, a graça da fé. Ao retornar, enquanto celebrava a Missa em Bolsena, na cripta de Santa Cristina, a Sagrada Hóstia sangrou, manchando o corporal.
A notícia chegou rapidamente ao Papa Urbano IV, que se encontrava muito perto, em Orvieto. Ele era um arcediago de Liège e havia conhecido a Beata Cornilon e percebido a luz sobrenatural que a iluminava e a sinceridade de seus apelos.
Papa Urbano IV mandou que o corporal fosse levado até ele.  Isso foi feito em procissão e, quando o Pontífice os encontrou na entrada da cidade, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Mais tarde, em 1264, o Papa publicou a Bula Transiturus de hoc mundo, com a qual ordenou que a Solenidade de Corpus Christi fosse celebrada em toda a Igreja na quinta-feira após o domingo da Trindade.
O Santo Padre encomendou a Santo Tomás de Aquino a produção de um ofício litúrgico para a celebração e a composição de hinos, que são entoados até hoje: Tantum Ergo, Lauda Sion.
O Papa Clemente V, no Concílio Geral de Viena (1311), ordenou uma vez mais esta Solenidade e publicou um novo decreto no qual incorporou o de Urbano IV. Posteriormente, João XXII instou sua observância.
A celebração dessa solenidade consta de uma Missa, procissão e Adoração ao Santíssimo Sacramento.
No Brasil, uma tradição que se espalhou pelas cidades do país é a confecção de tapetes para a passagem da procissão. Os desenhos dão ênfase aos temas sobre a Eucaristia, mas a criatividade das comunidades dá um toque especial, com o uso dos mais diversos materiais, como serragem e pedras coloridas, borra de café, flores, areia, entre outros.
ACI Digital

quarta-feira, 19 de junho de 2019

São Romualdo, rejeitado por outros monges, mas acolhido por Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- “Amado Jesus Cristo, tu és o maior consolo que existe para os teus amigos”, costumava dizer o abade São Romualdo, fundador dos “Camaldulenses”, que começaram a usar vestes brancas por uma visão que o santo teve.

São Romualdo nasceu em Ravena (Itália) em meados do século X em uma família rica. Foi educado sem formação cristã, deixando-se levar pelas coisas do mundo. Entretanto, às vezes, sentia inquietudes e peso na consciência.
Depois de ver como seu pai matou um homem em um duelo, decidiu ir para um mosteiro beneditino. Pouco a pouco, foi tendo uma vida exemplar, o que irritou e incomodou outros monges e São Romualdo se afastou.
Começou a lidar mais com um monge áspero chamado Marino e assim foi progredindo rapidamente em sua vida de penitência.
Juntos, os dois conseguiram muitas conversões como a do chefe civil e militar de Veneza, o Doge de Veneza, que foi viver em oração e solidão e se tornou São Pedro Urseolo. O pai de São Romualdo também acabou se arrependendo das coisas que tinha feito e se retirou a um convento até a sua morte.
O santo teve que experimentar fortes tentações contra a pureza. O demônio buscava desanimá-lo, fazendo ver que a vida de oração, silêncio e penitência era algo inútil. Nas noites, o inimigo se apresentava a ele com imagens feias e espantosas.
São Romualdo redobrou suas práticas de piedade até que um dia, em meio aos mais terríveis ataques diabólicos, exclamou: “Jesus misericordioso, tenha compaixão de mim”. O demônio, ao ouvir isso, fugiu imediatamente e o santo recuperou a paz.
Depois de muitos sofrimentos e rejeições por parte dos outros monges, em 1012 fundou os “Camaldulenses”. Certo dia, São Romualdo teve uma visão de uma escada na qual seus discípulos subiam ao céu vestidos de branco e, desde então, mudou o hábito preto de seus religiosos por um claro.
O santo profetizou sua morte muitos anos antes e, ao final de sua vida, experimentou êxtases místicos. Partiu para a Casa do Pai em 19 de junho de 1027.
Sobre os “Camaldulenses”, atualmente há duas congregações, a de Camaldoli, integrada à Confederação Beneditina, e a reformada de Monte Corona, fundada pelo Beato Paulo Giustiniani, que restaurou a vida camaldulense em sua forma mais eremita e austera. Estes últimos têm mosteiros na Itália, na Polônia, na Espanha, nos Estados Unidos, na Colômbia e na Venezuela.
ACI Digital

domingo, 16 de junho de 2019

Santíssima Trindade: “ORAÇÃO E VIDA TRINITÁRIA”

+ Sergio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Santíssima Trindade está sempre presente na sagrada liturgia ao longo de todo o ano. Pela centralidade do mistério da Santíssima Trindade na vida e missão da Igreja, na doutrina e na liturgia, dedica-se a ela uma solenidade especial, logo após o término do Tempo Pascal. É uma ocasião privilegiada para cada membro da Igreja e para cada comunidade refletirem, rezarem e, acima de tudo, reavivarem a vida trinitária, que é dom e tarefa. A Santíssima Trindade está sempre presente em nossa vida e na vida da Igreja. Fomos batizados em nome da Santíssima Trindade!
A celebração eucarística inicia-se e termina em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A oração eucarística é concluída com um grande louvor trinitário, dirigindo-se ao Pai, “com Cristo, por Cristo, em Cristo, na unidade do Espírito Santo”.  As principais orações da missa são trinitárias. Nos domingos e solenidades, nós rezamos o “Creio” professando a nossa fé na Santíssima Trindade.
Necessitamos valorizar mais a Trindade Santa em nossas orações e em nosso modo de viver. É importante tomar consciência da importância da Trindade na liturgia, prestando atenção e valorizando mais as referências a ela. Iniciar e terminar o dia, assim como as principais atividades, invocando a Santíssima Trindade dá um sentido maior ao que fazemos e certamente nos leva a realizar nossas ações segundo a vontade de Deus. Contudo, a dimensão trinitária da liturgia e das orações cotidianas se manifesta e se completa no nosso modo de viver.  É preciso que a vida seja trinitária. Sendo a Santíssima Trindade mistério inesgotável de amor e de comunhão, a vida de cada um de nós e de cada comunidade devem ser feitas de amor e de comunhão, especialmente em nosso tempo marcado por tantas situações de egoísmo, divisão e violência. Necessitamos ser pessoas e comunidades trinitárias, à imagem da Santíssima Trindade, glorificando a Deus também pelo nosso modo de viver.
A palavra “mistério” aplicada a Santíssima Trindade não significa algo complicado. Conforme a concepção bíblica,  o “mistério” se manifesta, mas não se esgota. Ele se revela, sendo por nós acolhido e experimentado, mas não se reduz aos limites do nosso pensar e de nosso sentir. A Santíssima Trindade é o mistério do amor infinito de Deus, que sendo um só manifesta-se nas pessoas do Pai Criador, do Filho Redentor e do Espírito Santificador. Este mistério encontra-se revelado na Sagrada Escritura e tem sido transmitido pela Igreja, ao longo de sua história. Por isso, nós cremos no Pai, no Filho e no Espírito Santo, “um só Deus e um só Senhor; não uma única pessoa, mas três pessoas num só Deus”, conforme o prefácio da missa desta solenidade.
Glorifiquemos a Santíssima Trindade com os lábios, o coração e a vida!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Solenidade da Santíssima Trindade, o mistério do amor de Deus

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- A Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, três pessoas e um só Deus verdadeiro, é a Solenidade litúrgica que a Igreja universal celebra hoje.

Em 2013, para explicar a algumas crianças as três pessoas da Santíssima Trindade, o Papa Francisco lhes disse que “o Pai cria o mundo, Jesus nos salva e o que o Espírito Santo faz? Ele nos ama, nos dá o amor”.
O mistério da Trindade não pode ser precisamente entendido porque é um mistério. Santa Joana D’Arc afirmava que “Deus é tão grande que supera a nossa ciência”, portanto, supera o entendimento humano.
Em uma ocasião, Santo Agostinho caminhava pela praia, quando observou uma criança que fazia um buraco na areia. O santo perguntou ao menino o que pretendia fazer e ele respondeu que queria colocar toda a água do mar naquele buraco.
Santo Agostinho, admirado, disse: “Mas você não percebe que é impossível?”. O menino respondeu que “é mais possível colocar toda a água do mar neste buraco do que tentar colocar o mistério da Trindade em sua cabeça”.
O santo irlandês São Patrício, para explicar este mistério, comparava-o com um trevo. Dizia que cada folha é diferente, mas as três formam o trevo, e o mesmo acontece com Deus, onde cada pessoa é Deus e formam a Santíssima Trindade.
ACI Digital

sábado, 15 de junho de 2019

Bem-Aventurada Albertina Berkenbrock, a “Maria Goretti brasileira”

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 15 de junho, a Igreja recorda a Bem-Aventurada Albertina Berkenbrock, uma jovem que foi martirizada por defender a sua virgindade. Por sua história, a menina do sul do Brasil é chamada por muitos de “Maria Goretti brasileira”.

Albertina nasceu em 11 de abril de 1919, em Imaruí (SC). Filha de agricultores, recebeu desde cedo uma formação católica. Aprendeu ainda pequena as orações e rezava com bastante alegria. Participava da vida religiosa de sua comunidade e preparou-se com grandeza de coração para receber a Primeira Comunhão, dia que costumava classificar como o mais belo de sua vida.
Confessava-se com frequência e sempre participava da Eucaristia, da qual gostava de falar. A menina cultivou especial devoção a Nossa Senhora e rezava com intensidade o rosário. Também cultivou devoção ao padroeiro de sua comunidade, São Luís, o que é visto como uma “coincidência providencial”, já que ele é modelo de uma juventude levada com pureza espiritual e corporal.
Foi no dia 15 de junho de 1931 que Albertina, aos 12 anos, deu o seu grande testemunho, perdendo a vida para preservar a sua pureza espiritual e corporal. Naquele dia, obedecendo um pedido de seu pai, a menina foi procurar um animal que estava perdido. No caminho, ela encontrou seu malfeitor, apelidado “Maneco Palhoça”.
A jovem perguntou a ele se sabia onde estava o animal que procurava e o homem lhe indicou uma pista falsa, enviando a menina para o local onde tentou violentá-la. Albertina não se deixou subjugar. Resistiu bravamente e não cedeu.
Derrubada ao chão, a moça se cobriu o máximo que pôde com seu vestido e Maneco, sem conseguir derrotá-la, afundou um canivete em seu pescoço, degolando Albertina. Conforme ressalta o site dedicado à beata, a partir deste momento, “seu corpo está manchado de sangue... Sua pureza e virgindade, porém, estão intactas”.
O homem ainda escondeu o canivete e foi avisar aos familiares da menina que ela tinha sido assassinada, mas desviou-se de possíveis acusações dizendo que outro indivíduo era o culpado.
Jurando inocência, um homem chamado João Cândido chegou a ser preso, acusado injustamente. Entretanto, Maneco não conseguiu esconder por muito tempo seu crime. Segundo consta, o assassino não parava de ir e vir na sala do velório e, ao aproximar-se do caixão, a ferida no pescoço de Albertina começou a sangrar novamente.
Foi então que o prefeito da cidade mandou soltar João Cândido e, com ele, pegou um crucifixo na capela. Os dois seguiram até o velório e a cruz foi colocada sobre o peito da menina morta. Ali, João se ajoelhou e, com as mãos no crucifixo, jurou ser inocente. Conforme os relatos, naquele momento a ferida parou de sangrar.
A essa altura, Maneco Palhoça havia fugido, mas foi preso posteriormente. Ele confessou o crime e deixou claro que Albertina não cedeu à sua intenção de manter relações sexuais com ela porque não queria pecar.
A fama de martírio logo começou a circular entre a população local, pessoas que conheciam a vida de Albertina, sua educação cristã, seu amor à família e ao próximo, bem como seu bom comportamento, piedade e caridade.
Albertina Berkenbrock foi proclamada Bem-Aventurada em 20 de outubro de 2007 pelo Papa Bento XVI.
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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF