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domingo, 30 de junho de 2019

Solenidade de São Pedro e São Paulo

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- “O dia de hoje é para nós dia sagrado, porque nele celebramos o martírio dos apóstolos São Pedro e São Paulo... Na realidade, os dois eram como um só; embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho”, explicou o Bispo Santo Agostinho (354-430) em seus sermões sobre a solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrada em 29 de junho, mas que é transferida para o domingo seguinte no Brasil e em ouros países..

Esta celebração recorda que São Pedro foi eleito por Cristo: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. Humildemente, ele aceitou a missão de ser “a rocha” da Igreja.
O Papa por sua parte, como Sucessor de Pedro e Vigário de Cristo, é o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade, tanto dos bispos como da multidão de fiéis. É Pastor de toda a Igreja e tem poder pleno, supremo e universal. Por isso, também é comemorado nesta data o dia do Sumo Pontífice.
Do mesmo modo, comemora-se São Paulo, o Apóstolo dos gentios, que antes de sua conversão foi um perseguidor dos cristãos e passou, com sua vida, a ser um ardoroso evangelizador para todos os católicos, sem reservas no anúncio do Evangelho.
Como o Papa Bento XVI recordou em 2012, “a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo”.
“Apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava. Só o seguimento de Cristo conduz a uma nova fraternidade”, destacou.
ACI Digital

sábado, 29 de junho de 2019

Sacerdote adverte sobre "falsos profetas" que não denunciam o pecado

Imagem referencial. Foto: Pixabay / Domínio público.
REDAÇÃO CENTRAL, 29 Jun. 19 / 07:00 am (ACI).- Pe. Samuel Bonilla, conhecido nas redes sociais como Padre Sam, recentemente advertiu sobre os "falsos profetas" que "só falam sobre a misericórdia de Deus, mas nunca sobre a sua justiça".
Em um vídeo intitulado "Respeitar não é ser covardes", Pe. Sam destacou que "não é que o que pregam seja mentira, mas o problema é que são meias verdades. E isso é muito mais perigoso”.
Lembrando as palavras de Jesus no Evangelho de São Mateus, o sacerdote destacou que os falsos profetas "se aproximam com pele de ovelha, mas por dentro são lobos vorazes. Como é a pele de uma ovelha? É macia, agradável, segura, protetora, etc. E assim são as palavras deste tipo de pessoas: suaves e agradáveis".
“Nunca vão te dizer algo que te incomode, algo que faça você se sentir mal, algo que você não goste. Vão adoçar seus ouvidos. E isso é muito perigoso", disse.
Padre Sam indicou que, "quando nos referimos a falsos profetas, não me refiro apenas a sacerdotes, pregadores, oradores", mas "também me refiro a pais de família, amigos, colegas".
"Porque também podemos ser esses falsos profetas que apenas adoçamos os ouvidos dos outros e não lhes corrigimos, não lhes dizemos que estão errados", afirmou.
O sacerdote também criticou a "famosa diplomacia", porque "às vezes, para não ficar mal diante de uma pessoa, diante de um governante, diante de um amigo, então suavizo o discurso, suavizo a pregação. Isso é tornar-se um falso profeta".
"Não confunda respeito com covardia", acrescentou, porque "o melhor ato de amor para com alguém é dizer a verdade. Verdade que muitas vezes vai doer. Verdade que muitas vezes vai incomodar. Mas, se alguém está em pecado, seja seu filho, seja seu amigo, seja seu parceiro ou, seja um governante, diga-lhe que está errado. Esse é o primeiro ato de bondade que podemos fazer para com alguém".
"Também seremos julgados por nos mantermos calados diante da injustiça, por calar diante do pecado", disse.
Padre Sam enfatizou que os fiéis "precisamos, é claro, que preguem para nós sobre a misericórdia de Deus, mas também necessitamos que preguem sobre a conversão”.
"Esse é o verdadeiro profeta, aquele que não busca adoçar o ouvido", mas "anuncia a Boa Nova, mas denuncia com toda sua força o pecado", expressou.
ACI Digital

Imaculado Coração de Maria

REDAÇÃO CENTRAL, 29 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- No dia após a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja celebra a festa do Imaculado Coração de Maria, a fim de mostrar que estes dois corações são inseparáveis e que Maria sempre leva a Jesus.

Esta celebração foi criada pelo Papa Pio XII, em 1944, para que, por intercessão de Maria se obtenha “a paz entre as nações, liberdade para a Igreja, a conversão dos pecadores, amor à pureza e a prática da virtude”.
São João Paulo II declarou que esta festividade em honra à Mãe de Deus é obrigatória e não opcional. Ou seja, deve ser realizada em todo o mundo católico.
Durante as aparições da Virgem de Fátima aos três pastorinhas em 1917, Nossa Senhora disse a Lúcia: “Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração”.
“A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu Trono”.
Em outra ocasião, disse-lhes: “Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: ‘Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores, e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria’”.
Muitos anos depois, quando Lúcia era uma postulante no Convento de Santa Doroteia, em Pontevedra (Espanha), a Virgem lhe apareceu com o menino Jesus e, mostrando-lhe o seu coração rodeado por espinhos, disse: “Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfêmias e ingratidões”.
“Tu, ao menos, vê de me consolar e diz que, todos aqueles que durante cinco meses no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do rosário com o fim de me desagravar, eu prometo assistir-lhes à hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas’”.
ACI Digital

28 jun 19: 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jun. 19 / 07:00 am (ACI).- “Ao Coração de Jesus agradam muito os serviços dos pequenos e humildes de coração, e paga com bênçãos seus trabalhos”, dizia Santa Margarida Maria Alacoque, a quem Jesus revelou as promessas que realizará aos devotos de seu Sagrado Coração.

As 12 principais promessas do Sagrado Coração de Jesus são:
1. Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
2. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
3. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
4. Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte.
5. Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos.
6. Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias.
7. As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção.
8. As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição.
9. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração.
10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos.
11. As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração.
12. A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.
Condições para obter as graças prometidas pelo Sagrado Coração de Jesus:
1. Receber sem interrupção a Sagrada Comunhão durante as nove primeiras sextas-feiras consecutivas.
2. Ter a intenção de honrar o Sagrado Coração de Jesus e de alcançar a perseverança final.
3. Oferecer cada Sagrada Comunhão como um ato de expiação pelas ofensas cometidas contra o Santíssimo Sacramento.
Oração ao Sagrado Coração de Jesus
Oh! Deus, que no Coração de vosso Filho, ferido por nossos pecados, vos dignais prodigalizar-nos os infinitos tesouros do amor, nós vos rogamos que, rendendo-lhe o preito de nossa devoção e piedade, também cumpramos dignamente para com ele o dever de reparação. Pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Amém.
Sagrado Coração de Jesus, em Vós eu confio!
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28 jun 19: Sagrado Coração de Jesus


REDAÇÃO CENTRAL, 28 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja universal celebra hoje a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, por pedido explícito do próprio Cristo a Santa Margarida Maria Alacoque. São João Paulo II disse que “esta festa lembra o mistério do amor que Deus tem pelos homens de todos os tempos”.

“Peço que na primeira sexta-feira depois da oitava de Corpus Christi, se celebre uma Festa especial para honrar meu Coração, e que se comungue nesse dia para pedir perdão e reparar os ultrajes por ele recebidos durante o tempo que permaneceu exposto nos altares”, disse o Senhor a Santa Margarida, em junho 1675.
“Prometo-te que o Meu Coração se dilatará para derramar com abundância as influências de Seu divino Amor sobre os que tributem esta divina honra e que procurem que ela lhe seja prestada”, acrescentou.
Mais tarde, Santa Margarita com o jesuíta São Cláudio La Colombière, seu diretor espiritual, propagariam as mensagens do Sagrado Coração de Jesus.
Posteriormente, o Beato Pio IX, em 1856, estendeu oficialmente a Festa do Sagrado Coração de Jesus a toda a Igreja. Em 1899, o Papa Leão XIII publicou a encíclica ‘Annum Sacrum’ sobre a consagração da humanidade ao Sagrado Coração de Jesus, que se realizou no mesmo ano.
Do mesmo modo, Pio XI, em 1928, escreveu a ‘Miserentissimus Redemptor’, encíclica que trata da reparação que todos devemos ao Sagrado Coração. E o Papa Pio XII, em 1956, publicou a encíclica ‘Haurietis Aquas’, em referência ao culto ao Sagrado Coração.
São João Paulo II em seu pontificado estabeleceu que na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus se realize o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes.
Muitos grupos, movimentos, ordens e congregações religiosas, desde os tempos antigos, foram colocados sob a proteção do Sagrado Coração de Jesus. Em Roma, encontra-se a Basílica do ‘Sacro Cuore’ (Sagrado Coração) construída por São João Bosco, encomendada pelo Papa Leão XIII e com doações de fiéis e devotos de vários países.
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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 27 de junho é celebrada a Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, padroeira dos Padres Redentoristas e cujo ícone original está no altar principal da Igreja de Santo Afonso, em Roma.

Esta imagem recorda o cuidado da Virgem por Jesus, desde a concepção até a morte, e que hoje continua a proteger os seus filhos que recorrem a Ela.
Diz-se que no século XV, um comerciante rico do Mar Mediterrâneo tinha a pintura do Perpétuo Socorro, embora se desconheça como chegou a suas mãos. Para proteger o quadro de ser destruído, decidiu levá-lo para a Itália e na travessia aconteceu uma terrível tempestade.
O comerciante pegou o quadro, pediu socorro e o mar se acalmou. Estando já em Roma, ele tinha um amigo, a quem mostrou o quadro e lhe disse que um dia todo o mundo renderia homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
Depois de um tempo, o comerciante ficou doente e, antes de morrer, fez seu amigo prometer que colocaria a pintura em uma igreja ilustre. No entanto, a esposa do amigo se encantou com a imagem e ele não concretizou a promessa.
Nossa Senhora apareceu ao homem em várias ocasiões pedindo-lhe que cumprisse a promessa, mas por não querer desagradar sua esposa, ficou doente e morreu. Mais tarde, a Virgem falou com a filha de seis anos e lhe deu a mesma mensagem de que desejava que o quadro fosse colocado em uma igreja. A pequena foi e contou à sua mãe.
A mãe se assustou e a uma vizinha que zombou do ocorrido surgiram dores tão fortes que só aliviaram quando invocou arrependida a ajuda da Virgem e tocou o quadro.
Nossa Senhora apareceu novamente para a menina e lhe disse que a pintura devia ser colocada na igreja de São Mateus, que estava entre as basílicas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Finalmente, assim foi feito e se realizaram grandes milagres.
Séculos depois, Napoleão destruiu muitas igrejas, incluindo a de São Mateus, mas um padre agostiniano conseguiu secretamente tirar o quadro e, mais tarde, a pintura foi colocada em uma capela agostiniana em Posterula.
Os Redentoristas construíram a Igreja de Santo Afonso sobre as ruínas da Igreja de São Mateus e, em suas investigações, descobriram que antes havia ali o milagroso quadro do Perpétuo Socorro e que estava com os Agostinianos, graças a um sacerdote jesuíta que conhecia o desejo da Virgem de ser honrada nesse lugar.
Assim, o superior dos Redentoristas solicitou ao Beato Pio IX, que ordenou que a pintura fosse devolvida à Igreja entre Santa Maria Maior e São João de Latrão. Do mesmo modo, encarregou os Redentoristas de fazer com que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro fosse conhecida.
Os Agostinianos, uma vez que souberam da história e do desejo do Papa, de bom grado devolveram a imagem mariana para agradar a Virgem.
Hoje em dia, a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro tem se expandido por vários lugares, construindo-se igrejas e santuários em sua honra. Seu retrato é conhecido e reverenciado em todo o mundo.
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quarta-feira, 26 de junho de 2019

São Josemaria Escrivá, “o santo do ordinário”

REDAÇÃO CENTRAL, 26 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- “Deus não te arranca do teu ambiente, não te retira do mundo, nem do teu estado de vida, nem das tuas ambições humanas nobres, nem do teu trabalho profissional... mas, aí, te quer santo!”, dizia São Josemaria Escrivá , fundador do Opus Dei e conhecido como “o santo do ordinário”.

São Josemaria Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro (Espanha – 1902) em uma família profundamente cristã. Quando criança, teve uma infância muito difícil. Três irmãs mais novas que ele morreram ainda meninas, o negócio de seu pai faliu e a família teve que se mudar para Logroño.
Certo dia, viu pegadas na neve dos pés descalços de um religioso e sentiu que Deus desejava algo dele. Pouco a pouco, foi aumentando sua inquietude vocacional e ingressou no seminário. Mais tarde, estudou Direito na Universidade de Saragoça.
Caracterizava-se por um caráter generoso e alegre, enquanto sua simplicidade e serenidade o fizessem muito querido entre seus companheiros. Tinha muito esmero na piedade, disciplina e estudo, tornando-se um exemplo para seus colegas.
Foi ordenado sacerdote em 28 de março de 1925. Anos mais tarde, com a permissão de seu Bispo, mudou-se para Madri para obter seu doutorado em Direito. Em 2 de outubro de 1928, Deus lhe fez ver o que queria dele e fundou o Opus Dei.
Na ocasião, São Josemaria definiu o Opus Dei como “uma mobilização de cristãos que soubessem sacrificar-se gostosamente pelos outros, que tornassem divinos os caminhos humanos da terra (todos!), santificando qualquer trabalho nobre, qualquer trabalho limpo”.
Em 1933, o Santo promoveu uma academia universitária compreendendo que o mundo da cultura e da ciência é um ponto importante para a evangelização de toda a sociedade. Com a eclosão da guerra civil em 1936, teve início a perseguição religiosa e São Josemaria se viu obrigado a refugiar-se em vários lugares até chegar a Burgos.
Com o fim da guerra, em 1939, retornou para Madri e terminou seus estudos de doutorado em direito. Sua fama de santidade foi se estendendo e dirigiu muitos exercícios espirituais a pedido de vários bispos e superiores religiosos. Em 1946, mudou-se para Roma e obteve da Santa Sé a aprovação definitiva do Opus Dei.
Aos poucos, foi-lhe sendo confiados cargos importantes no Vaticano e seguiu com atenção o Concílio Vaticano II, relacionando-se com muitos padres conciliares. Viajou por vários países da Europa e América, impulsionando e consolidando o trabalho apostólico do Opus Dei. É autor do livro ‘Caminho’, que se converteu em um clássico moderno da espiritualidade católica.
“Ali onde estão vossas aspirações, vosso trabalho, vossos amores, ali está o lugar de seu encontro cotidiano com Cristo”, incentivava São Josemaria.
Partiu para a Casa do Pai em 26 de junho de 1975, por causa de uma parada cardíaca, e aos pés de um quadro da Santíssima Virgem de Guadalupe. Foi canonizado por João Paulo II em 2002.
ACI Digital

terça-feira, 25 de junho de 2019

Papa nomeia Dom Damasceno enviado pelos 100 anos de coroação de Virgem de Chiquinquirá

Vaticano, 25 Jun. 19 / 01:00 pm (ACI).- O Papa Francisco nomeou seu enviado especial para a celebração dos 100 anos da coroação da Virgem de Chiquinquirá, padroeira da Colômbia.

A Sala de Imprensa do Vaticano informou que o Santo Padre nomeou o brasileiro Cardeal Raymundo Damasceno Assis como seu enviado à Colômbia para a celebração que será realizada em 9 de julho.
Os dominicanos que custodiam a imagem sagrada de Nossa Senhora de Chiquinquirá lembram que em 1908 o provincial, Frei Vicente María Cornejo, e o Prior do Santuário, Frei José Ángel Lambona ,com a recomendação da Conferência Episcopal da Colômbia, pediram a coroação canônica à Santa Sé.
A petição foi enviada favoravelmente em 9 de janeiro de 1910 pelo Capítulo da Basílica Vaticana. O Papa São Pio X assinou o decreto que foi enviado a Dom Eduardo Maldonado Calvo, Bispo de Tunja, que organizou a coroação para o dia 9 de julho de 1919, o dia consagrado pelo clero colombiano para honrar a Mãe de Deus.
Como preparação para essa data, os dominicanos realizaram uma extensa peregrinação com uma cópia do quadro da imagem sagrada por Boyacá, Santander, Cundinamarca, Caldas, Huila, Tolima e Antioquia.
A coroação foi realizada na Praça de Bolívar, em Bogotá, em 9 de julho de 1919. Na presença do Núncio Apostólico e do presidente da Colômbia, Dom Maldonado levou as coroas e colocou-as sobre as cabeças do Menino e de Nossa Senhora, enquanto dizia: "Como hoje nós te coroamos na terra, assim mereçamos ser coroados no céu".
"Eu peço humilde e respeitosamente aos Arcebispos e Bispos aqui reunidos, que, assim como a República foi consagrada ao Sagrado Coração de Jesus, da mesma forma, seja consagrada solene e publicamente, por voto nacional, à Santíssima Virgem, Rainha da Colômbia", acrescentou o Prelado naquela oportunidade.
ACI Digital

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Natividade de São João Batista, o “profeta do Altíssimo”


REDAÇÃO CENTRAL, 24 Jun. 19 / 05:00 am (ACI).- “A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente”, explicou o Bispo Santo Agostinho (354-430) em seus sermões nos primeiros séculos do cristianismo, sobre a natividade de São João Batista, que é celebrada neste dia 24 de junho.
“João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo. O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A lei e os profetas até João Batista”, acrescentou o Santo Doutor da Igreja.
São João Batista nasceu seis meses antes de Jesus Cristo. No primeiro capítulo de Lucas narra-se que Zacarias era um sacerdote judeu casado com Santa Isabel e não tinha filhos, porque ela era estéril. Estando já com a idade muito avançada, o anjo Gabriel apareceu a ele e comunicou que sua esposa teria um filho que seria o precursor do Messias, a quem daria o nome João. Zacarias duvidou desta notícia e Gabriel lhe disse que ficaria mudo até que tudo fosse cumprido.
Meses depois, quando Maria recebeu o anúncio de que seria a Mãe do Salvador, a Virgem foi ver sua prima Isabel e permaneceu ajudando-a até o nascimento de São João.
Assim, como o nascimento do Senhor é celebrado todo 25 de dezembro, perto do solstício de inverno no hemisfério norte (o dia mais curto do ano), o nascimento de São João é em 24 de junho, próximo do solstício de verão no hemisfério norte (o dia mais longo). Dessa forma, depois de Jesus, os dias vão aumentando, e depois de João, os dias vão diminuindo, até que se volte “a nascer o sol”.
A Igreja assinalou essas datas no século IV, com a finalidade de que se sobrepusessem às duas festas importantes do calendário greco-romano: o “dia do sol” (25 de dezembro) e o “dia de Diana” no verão, cuja festa comemorava a fertilidade. O martírio de São João Batista é comemorado em 29 de agosto.
O Profeta do Altíssimo
Em 24 de junho de 2012, por ocasião desta festa, o Papa Bento XVI afirmou que o exemplo de São João Batista chama os cristãos “converter-nos, a testemunhar Cristo e anunciá-lo todo o tempo”.
Em suas palavras prévias à oração mariana do Ângelus, recordou a vida de São João Batista e indicou que “com exceção da Virgem Maria, João Batista é o único santo do qual a liturgia festeja o nascimento, e isto porque ele está estreitamente relacionado com o mistério da Encarnação do Filho de Deus”.
“Desde o seio materno João é o precursor de Jesus: a sua concepção prodigiosa é anunciada pelo Anjo a Maria como sinal de que ‘nada é impossível a Deus’”.
Bento XVI recordou que o “pai de João, Zacarias — marido de Isabel, parente de Maria — era sacerdote do culto judaico. Ele não acreditou imediatamente no anúncio de uma paternidade já inesperada, e por isso ficou mudo até ao dia da circuncisão do menino, ao qual ele e a esposa deram o nome indicado por Deus, ou seja, João, que significa ‘o Senhor concede graças’”.
“Animado pelo Espírito Santo, Zacarias falou assim da missão do filho: ‘E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás adiante do Senhor a preparar os seus caminhos. Para dar a conhecer ao Seu povo a Sua salvação pela remissão dos pecados’”.
Ele explicou que “tudo isso se manifestou 30 anos depois, quando João começou a batizar no rio Jordão, chamando as pessoas para se preparar, com aquele gesto de penitência, à eminente vinda do Messias, que Deus lhe havia revelado durante sua permanência no deserto da Judeia”.
“Quando um dia veio de Nazaré o próprio Jesus para se fazer batizar, João inicialmente recusou-se, mas depois consentiu, e viu o Espírito Santo pairar sobre Jesus e ouviu a voz do Pai celeste que o proclamava seu Filho”.
O Santo Padre explicou que a missão de São João Batista ainda não estava cumprida, porque “pouco tempo mais tarde, foi-lhe pedido que precedesse Jesus também na morte violenta: João foi decapitado na prisão do rei Herodes, e assim deu pleno testemunho do Cordeiro de Deus, que ele foi o primeiro a reconhecer e a indicar publicamente”.
Bento XVI também recordou que “a Virgem Maria ajudou a idosa prima Isabel a levar até ao fim a gravidez de João”. “Ela ajude todos a seguir Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, que o Batista anunciou com grande humildade e fervor profético”, disse o então Pontífice.
ACI Digital

domingo, 23 de junho de 2019

12º Domingo do Tempo Comum – Ano C

A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a figura de Jesus: quem é Ele e qual o impacto que a sua proposta de vida tem em nós? A Palavra de Deus que nos é proposta impele-nos a descobrir em Jesus o “messias” de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida; e convida cada “cristão” à identificação com Cristo – isto é, a “tomar a cruz”, a fazer da própria vida um dom generoso aos outros.
O Evangelho confronta-nos com a pergunta de Jesus: “e vós, quem dizeis que Eu sou?” Paralelamente, apresenta o caminho messiânico de Jesus, não como um caminho de glória e de triunfos humanos, mas como um caminho de amor e de cruz. “Conhecer Jesus” é aderir a Ele e segui-l’O nesse caminho de entrega, de doação, de amor total.
A primeira leitura apresenta-nos um misterioso profeta “trespassado”, cuja entrega trouxe conversão e purificação para os seus concidadãos. Revela, pois, que o caminho da entrega não é um caminho de fracasso, mas um caminho que gera vida nova para nós e para os outros. João, o autor do Quarto Evangelho, identificará essa misteriosa figura profética com o próprio Cristo.
A segunda leitura reforça a mensagem geral da liturgia deste domingo, insistindo que o cristão deve “revestir-se” de Jesus, renunciar ao egoísmo e ao orgulho e percorrer o caminho do amor e do dom da vida. Esse caminho faz dos crentes uma única família de irmãos, iguais em dignidade e herdeiros da vida em plenitude.

LEITURA I – Zc 12,10-11;13,1
ATUALIZAÇÃO
Considerar, na reflexão, os seguintes dados:
¨ Esta figura do “trespassado” faz-nos pensar em todos os “profetas” que lutam pela justiça e pela verdade e que são torturados, vilipendiados, massacrados por causa do seu testemunho incômodo. A identificação do “trespassado” com o próprio Deus diz-nos que o profeta nunca está só e perdido face ao ódio do mundo, mas que Deus está sempre do seu lado; diz-nos, também, que é de Deus que brota a missão profética, mesmo quando ela incomoda e questiona os homens.
¨ Fomos constituídos profetas no momento da nossa opção por Cristo (Batismo). Como se tem “cumprido” a nossa missão profética? Na fidelidade e no empenho, ou na preguiça e no comodismo? No medo que paralisa, ou na inquebrantável
confiança no Deus que está ao nosso lado?
¨ Como acolhemos a interpelação e o questionamento dos outros profetas que Deus envia ao nosso encontro? Com desprezo e arrogância, com frieza e indiferença? Ou com a convicção de que é o próprio Deus que, através deles, nos interpela?
¨ Este texto garante-nos que o sofrimento por causa do testemunho profético não é em vão. Do testemunho profético – mesmo quando “cumprido” na dor, na dificuldade, no fracasso aos olhos do mundo – resultará sempre a transformação dos corações, a conversão e, portanto, o nascimento de um mundo novo.
LEITURA II – Gl 3, 26-29
ATUALIZAÇÃO
Considerar, para a reflexão, as seguintes linhas:
¨ O cristão é, fundamentalmente, aquele que se “revestiu de Cristo”. Que significa isto, em concreto? Que assinamos um documento no qual nos comprometemos a viver como baptizados? Que respeitamos apenas as leis e orientações da hierarquia? Que nos comprometemos somente a ir à missa ao domingo, a ir a Fátima uma vez por ano e a rezar o terço de vez em quando? Ou significa que assumimos o compromisso de viver como Cristo, de assumir os seus valores, de fazer da nossa vida um dom de amor, de nos entregarmos até à morte para construir um mundo de justiça e de paz para todos?
¨ Para os judeus, contemporâneos de Jesus e de Paulo de Tarso, os pagãos e as mulheres eram gente discriminada. “Dou-te graças, Deus altíssimo – diz uma célebre oração rabínica – porque não me fizeste pagão, escravo ou mulher”. Paulo proclama, neste texto, que, a partir da nossa identificação com Cristo, toda a discriminação entre os homens e, sobretudo entre os cristãos, carece de sentido. A Igreja soube tirar as consequências deste fato? Como acolhemos os estrangeiros, os discriminados, os divorciados, os homossexuais, os drogados, as mulheres? Como filhos iguais do mesmo Deus, ou como irmãos “coitados”, que é preciso tolerar e tratar com caridade mas que não são iguais nem têm a mesma dignidade dos outros?
EVANGELHO – Lc 9,18-24
ATUALIZAÇÃO
Para a reflexão, considerar os seguintes elementos:
¨ O Evangelho de hoje define a existência cristã como um “tomar a cruz” do amor, da doação, da entrega aos irmãos. Supõe uma existência vivida na simplicidade, no serviço humilde, na generosidade, no esquecimento de si para se fazer dom aos outros. É esse o “caminho” que eu procuro percorrer?
¨ Na sociedade em geral e na Igreja em particular, encontramos muitos cristãos para quem o prestígio, as honras, os postos elevados, os tronos, os títulos são uma espécie de droga de que não prescindem e a que não podem fugir. Frequentemente, servem-se dos carismas e usam as tarefas que lhe são confiadas para se auto-promover, gerando conflitos, rivalidades, ciúmes e mal-estar. À luz do “tomar a cruz e seguir Jesus”, que sentido é que isto fará? Como podemos, pessoal e comunitariamente, lidar com estas situações? Podemos tolerá-las – em nós ou nos outros? Como é possível usar bem os talentos que nos são confiados, sem nos deixarmos tentar pelo prestígio, pelo poder, pelas honras? Tem alguma importância, à luz do que Jesus aqui ensina, que a Igreja apareça em lugar proeminente nos acontecimentos sociais e mundanos e que exija tratamentos de privilégio?
¨ Quem é Jesus, para nós? É alguém que conhecemos das fórmulas do catecismo ou dos livros de teologia, sobre quem sabemos dizer coisas que aprendemos nos livros? Ou é alguém que está no centro da nossa existência, cujo “caminho” tem um real impacto no nosso dia a dia, cuja vida circula em nós e nos transforma, com quem dialogamos, com quem nos identificamos e a quem amamos?
¨ É na oração que eu procuro perceber a vontade de Deus e encontrar o caminho do amor e do dom da vida? Nos momentos das decisões importantes da minha vida, sinto a necessidade de dialogar com Deus e de escutar o que Ele tem para me dizer?
www.dehonianos.org

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF