Translate

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

São José de Cupertino, padroeiro dos estudantes com dificuldades

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Rezar, não se cansar nunca de rezar. Que Deus não é surdo nem o céu é de bronze. Todo aquele que pede, recebe”, afirmava São José de Cupertino, o franciscano que não era bom nos estudos, mas que se tornou padroeiro dos estudantes.

São José nasceu em 1603 no povoado chamado Cupertino (Itália) em uma família muito pobre. Quando tinha 17 anos, pediu para ser admitido na ordem franciscana, mas foi recusado. Então, solicitou ingressar nos capuchinhos, onde ingressou como irmão leigo.
Depois de alguns meses foi expulso por ser muito distraído. Deixava cair os pratos que levava ao refeitório, esquecia-se de suas atribuições e parecia que sempre estava pensando em outra coisa.
São José buscou refúgio na casa de um familiar rico que também chegou a coloca-lo na rua, dizendo que o jovem era bom para nada. Por isso, sua mãe rogou a um parente franciscano para que recebessem o rapaz como mensageiro em um convento.
Os frades o aceitaram como empregado, colocaram-no para trabalhar no estábulo e o jovem começou a desempenhar sua função com grande destreza em todos os ofícios que o encomendavam.
Com sua humildade, amabilidade, espírito de penitência e de oração, foi ganhando rapidamente o apreço dos religiosos, os quais em 1625, por votação unânime, admitiram-no como um de seus membros.
Colocaram-no para estudar para o sacerdócio, mas quando tinha provas São José travava e não era capaz de responder. Chegou uma das provas finais e a única frase do Evangelho que o frade sabia explicar era: “Bendito o fruto do teu ventre, Jesus”.
O examinador disse que abriria a Bíblia e leria uma frase por acaso para escutar a interpretação. José estava assustadíssimo e a providência quis que a passagem escolhida fosse a única que era capaz de explicar.
Além disso, na prova definitiva para as autoridades decidirem quem seria ordenado sacerdote, o Bispo examinou os dez primeiros. Eles responderam tão maravilhosamente que o Prelado não achou necessário seguir examinando os demais. Assim, São José, que era o seguinte da lista, livrou-se da prova.
Por isso, este santo é considerado padroeiro dos estudantes, especialmente dos que encontram dificuldades nos estudos como ele.
Foi ordenado sacerdote em 18 de março de 1628 e, sabendo que não tinha qualidades especiais para a pregação e o ensino, então dedicou-se à oferecer penitências e orações pelos pecadores.
Por sua intercessão, em vida, Deus realizou vários milagres e, com eles, alcançou a conversão de muitos.
Partiu para a Casa do Pai em 18 de setembro de 1663. Foi beatificado em 1753 por Bento XIV e canonizado em 1767 por Clemente XIII.
ACI Digital

terça-feira, 17 de setembro de 2019

O encontro fraterno entre Francisco e Bartolomeu I no Vaticano


O Patriarca de Constantinopla foi recebido ao meio-dia desta terça-feira pelo Papa Francisco. Após o encontro, acompanhados pelas respectivas delegações, almoçaram juntos na Casa Santa Marta.
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

A Sala de Imprensa da Santa Sé comunicou na tarde desta terça-feira, 17, que o Santo Padre recebeu no final da manhã de hoje o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I.
“O encontro ocorreu em um ambiente fraterno e foi seguido pelo almoço conjunto, com as respectivas delegações, na Casa Santa Marta”, informou o diretor Matteo Bruni.
Antes do encontro,  à convite do secretário do Conselho dos Cardeais, Dom Marcello Semeraro,  o Patriarca fez uma breve saudação aos membros do Conselho dos Cardeais,  enfatizando a eles o valor da sinodalidade na Igreja Ortodoxa e assegurou a sua oração.

A última vez que os dois líderes haviam se encontrado foi na cidade italiana de Bari em 7 de julho de 2018, no dia especial de oração e reflexão pela paz no Oriente Médio, que reuniu patriarcas e líderes cristãos do Oriente Médio.

Mas a troca de mensagens e presentes ocorreu algumas vezes desde então, como o significativo gesto do Papa Francisco de presentear Bartolomeu I com algumas relíquias do Apóstolo São Pedro, em 29 de junho de 2019, entregues à delegação do Patriarcado Ecumênico, presente em Roma para a Solenidade dos Santos Pedro e Paulo. 

Já na carta enviada à Bartolomeu I há poucos dias, o Pontífice havia afirmado que a paz nasce da oração, e que sentiu "que teria tido um significado importante que alguns fragmentos das relíquias do apóstolo Pedro fossem colocados ao lado das relíquias do apóstolo André, que é venerado como padroeiro celeste da Igreja de Constantinopla”.

O Patriarca Ecumênico, por sua vez, em entrevista concedida à Andrea Tornielli às vésperas de sua viagem a Roma, disse ter ficado surpreso ao ter sido presentado pelo “nosso irmão Papa Francisco, “com tal tesouro”. “Nem mesmo a delegação do Patriarcado Ecumênico que estava em Roma para a festa patronal de nossa Igreja irmã esperava isso", assegurou Bartolomeu. "Geralmente esse tipo de evento é objeto de discussões protocolares. Não foi assim desta vez. Apreciamos com toda sinceridade este presente, que é a manifestação de uma espontaneidade, um sinal do verdadeiro amor fraterno que hoje une católicos e ortodoxos".

Bartolomeu I também falou na entrevista sobre três significados ecumênicos de tal gesto, entre eles, “o vínculo de fraternidade que une São Pedro e Santo André, padroeiro do Patriarcado Ecumênico” e a “busca da unidade e da comunhão”.

Vatican News

São Roberto Belarmino, defensor da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Considera bem para ti o que te leva a teu fim e autêntico mal o que te impede alcançá-lo”, escreveu certa vez São Roberto Belarmino, defensor da Igreja ante a reforma protestante, cuja festa é celebrada neste dia 17 de setembro.

Roberto significa “o que brilha por sua boa fama” e se há algo a ressaltar deste Doutor da Igreja, nascido na Toscana em 1542, é que, desde que estava no colégio dos jesuítas, destacou-se por sua inteligência.
Do mesmo modo, o ensinamento de sua mãe na humildade e simplicidade repercutiram muito em sua personalidade. Ingressou na Ordem dos jesuítas e teve como formador São Francisco de Borja. Foi ordenado sacerdote e continuou conquistando conversões de muitos com suas pregações e ensinamentos.
A pedido do Papa, preparou em Roma os sacerdotes para que soubessem enfrentar os inimigos da religião. Em seguida, publicou seu livro chamado “Controvérsias”, que chegou a ser de importante leitura até para São Francisco de Sales.
O Sumo Pontífice o nomeou Bispo e mandou-lhe aceitar o cardinalato sob pena de pecado mortal. Isso porque São Belarmino tinha se tornado jesuíta justamente porque sabia que eles tinham um regulamento que os proibia de aceitar títulos elevados na Igreja.
Durante sua vida, exerceu cargos de diplomacia. Dirigiu uma edição revisada da Bíblia Vulgata e escreveu seu “Catecismo resumido” e “Catecismo explicado”, que chegaram a ser traduzidos a vários idiomas e com várias edições. Serviu como diretor espiritual de São Luiz Gonzaga, foi nomeado Arcebispo de Capua e quase chegou a ser eleito Papa.
Pouco antes de morrer, escreveu em seu testamento que seus pertences fossem repartidos entre os pobres, mas o que deixou só deu para custear os gastos de seu enterro. Retirou-se para o noviciado de Santo André em Roma e ali partiu para a Casa do Pai em 17 de dezembro de 1621.
Em seu livro “De ascencione mentis in Deum” (Elevação da mente a Deus) lê-se que “acontecimentos prósperos ou adversos, riquezas e pobreza, saúde e doença, honras e ultrajes, vida e morte, o sábio não deve buscá-los, nem fugir por si. Mas são bons e desejáveis somente se contribuem à glória de Deus e à tua felicidade eterna, são maus a se evitar se a obstaculizam”.
ACI Digital

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Missionários Scalabrinianos delineiam plano trienal Europa/África 2019-2022

2019.09.13 Scalabiriniani - Consiglio Regionale dei Missionari di S. Carlo per l'Europa e l'Africa
Conselho Regional dos Missionários de São Carlos (Scalabrinianos) para a Europa Ocidnetal e a África
O Conselho Regional dos Missionários de S. Carlos (Scalabrinianos), responsável pela Europa e África, reuniu-se em Portugal de 9 a 12 deste mês para preparar o Plano trienal de Ação Missionária 2019-2022 das pequenas comunidades scalabrinianas inseridas em nove países (sete na Europa ocidental e duas na África austral).

Dulce Araújo - Cidade do Vaticano

Ao todo, são 102 missionários.  Isto para que o Ano Missionário compreenda também as Comunidades portuguesas e lusófonas comprometidas na evangelização e participação eclesial na Diáspora.
Os emigrantes portugueses, com a fidelidade à fé e cultura, são autênticos missionários. São audazes evangelizadores em muitas dioceses da Europa e África – escrevem os missionários num comunicado de imprensa.  Esse migrantes encontram-se de facto a viver a sua fé, esperança e caridade “integrados” nas paróquias locais. Nalgumas dioceses ainda gozam do apoio de missionários  ( sacerdotes, religiosas e leigos) e das Missões Católicas Lusófonas. Um apoio que infelizmente – lê-se ainda na nota -  está a diminuir devido à escassez do envio de novos e novas missionárias.
A reunião do Conselho Regional Europa–África  para delinear o Plano trienal de Ação Missionária 2019-2022  teve lugar na Casa Scalabrini situada na paróquia de Amora, diocese de Setúbal, perto de Lisboa. 
Das várias diretrizes de ação missionária, inspirada no magistério do Papa Francisco para a Pastoral da Mobilidade Humana, destaca-se a “pastoral intercomunitária” de diálogo e encontro, o acompanhamento dos jovens e animação vocacional em sintonia com a preparação da JMJ Lisboa 2022, atenção às migrações forçadas : refugiados, deslocados e tráfico de pessoas, a colaboração com a Obra Católica Portuguesa de Migrações da CEP e a preparação da celebração dos 50 anos da presença da Congregação em Portugal em 2021.
Rádio Vaticana

São Cornélio e São Cipriano, amigos defensores da fé

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 16 de setembro, a Igreja celebra o Papa São Cornélio e o Bispo São Cipriano, dois amigos que se opuseram às heresias e blasfêmias de seu tempo. O que os levou a morrer como mártires.

Cornélio significa “duro como chifre” e durante sua vida honrou seu nome, pois enfrentou com firmeza a heresia de Novaciano, que proclamava que a Igreja Católica não tinha poder para perdoar os pecados. Entretanto, o Papa se opôs e sustentou o perdão para o pecador verdadeiramente arrependido.
Entre os que apoiavam o Papa estava São Cipriano, o qual o respaldou contra a heresia de Novaciano.
Porém, o sofrimento de São Cornélio não seria apenas por questões internas na Igreja, mas também pela perseguição aos cristãos por parte do imperador Décio. Foi envido ao desterro e morreu decapitado no ano 253.
Cipriano, Bispo de Cartago, por sua vez, sofreu do mesmo modo a perseguição de Décio e do imperador Valeriano. Mais tarde, decretaram pena de morte a ele por continuar celebrando cerimônias religiosas e se opor a oferecer sacrifícios aos deuses. Ele, ao ouvir sua sentença, exclamou: “Graça sejam dadas a Deus”. Em seguida, foi decapitado em setembro de 258.
Assim, os dois amigos, unidos na fé e no apoio em tempos difíceis, padeceram o mesmo suplício e deram testemunho aos demais cristãos para que permaneçam firmes na Verdade.
ACI Digital

domingo, 15 de setembro de 2019

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: ENCONTREI MISERICÓRDIA

+ Dom Sérgio da Rocha
CARDEAL ARCEBISPO DE BRASÍLIA
O belíssimo capítulo 15 do Evangelho segundo S. Lucas narra as parábolas da
misericórdia. É importante considerar o que São Lucas declara no início: “os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus” porque ele acolhia os pecadores e fazia refeição com eles. Em resposta, Jesus conta as parábolas da ovelha perdida, da mulher que encontra a moeda perdida e a célebre parábola conhecida como “filho pródigo”, mas que pode ser chamada parábola do “pai misericordioso”. A mensagem pode ser resumida em três pontos. 1º ) A misericórdia de Deus para com os pecadores, ressaltada por Jesus. Deus é o Pai misericordioso com o coração e os braços sempre abertos para acolher o filho que erra e quer retornar à casa. Deus é Pastor que não desiste de encontrar a ovelha perdida. 2º ) A alegria de encontrar o que estava perdido enfatizada nas três parábolas. 3º) A recusa em admitir o perdão e se alegrar com a volta do irmão que erra. A parábola do Pai misericordioso nos faz pensar no modo como tratamos os irmãos que erram. A recusa do filho mais velho retrata bem a atitude dos fariseus, muito diferente do modo misericordioso de agir de Jesus. Somos convidados a sermos misericordiosos para com os irmãos que erram.
As parábolas da misericórdia nos convidam também a reconhecer a nossa
condição de ovelhas perdidas ou de filhos pródigos, quando pecamos. Contudo, mais importante é o reconhecimento do pecado e a disposição para recomeçar a vida, caminhando com confiança rumo à casa do Pai misericordioso, que vem ao nosso encontro com os braços abertos, alegrando-se conosco. O Salmo 50 nos ajuda a fazer a experiência da misericórdia de Deus, conforme o refrão proposto na liturgia da missa: “Vou agora levantar-me; volto à casa do meu pai”. Procuremos valorizar o sacramento da reconciliação pelo qual recebemos a graça do perdão.
Conforme a segunda leitura, São Paulo louva a Deus testemunhando a
misericórdia divina em sua vida e missão. No trecho proclamado da carta a Timóteo, ele afirma duas vezes: “encontrei misericórdia” (1Tm 1,13.16). Proclamando que “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores”, Paulo humildemente se reconhece como “o primeiro deles”. O Livro do Êxodo, na primeira leitura, também testemunha a misericórdia de Deus para com seu povo.

Neste mês especialmente dedicado à Bíblia, procuremos redescobrir e acolher a misericórdia divina na própria vida, através da leitura e meditação da Palavra de Deus. Sejamos misericordiosos como o Pai celeste é misericordioso!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Papa Francisco: "Aqui Jesus acolhe pecadores e ceia com eles".

O Papa Francisco durante a oração do Ângelus. Foto: Vatican Media
Vaticano, 15 Set. 19 / 08:44 am (ACI).- “Aqui Jesus recebe pecadores e os convida à sua mesa”. Essa frase, inspirada no Evangelho de São Lucas, é a que o Papa Francisco propôs ser colada na entrada das igrejas para recordar o sentido da mensagem evangélica durante sua alocução prévia ao Ângelus deste domingo, 15, no Vaticano.
O Santo Padre explicou em seu discurso que Jesus converte as críticas que recebia por parte de alguns contemporâneos seus em anúncios evangélicos. Como exemplo, citou o episódio do Evangelho deste domingo no qual se narra como ele era criticado por estar na companhia de publicanos e pecadores.
A frase depreciativa que dedicaram a Jesus, “este acolhe a pecadores e come com eles”, converte-se em “um anúncio maravilhoso”. “Jesus acolhe os pecadores e come com eles”. Isso mesmo é o que faz conosco em cada Missa, em cada igreja: Jesus está contente de nos receber à sua mesa, onde se oferece a si mesmo por nós”.
“Até poderíamos escrever esta frase sobre as portas das nossas igrejas: ‘Aqui, Jesus recebe pecadores e os convida à sua mesa’”.
Francisco sublinhou que o coração do Evangelho é “o amor infinito de Deus por nós, pecadores”. “Deus salva com o amor, não com a força; propondo, não impondo”, assinalou o Santo Padre.
Assim explica o próprio Jesus nas parábolas que ele expôs como resposta às críticas que recebia: a parábola do pastor que tem cem ovelhas e, ao perder uma, deixa às outras noventa e nove para resgatar a perdida. Ou a parábola da mulher que tem dez moedas, perde uma e varre a casa inteira para encontrá-la. E, finalmente, a parábola do filho pródigo.
Dessas parábolas se pode aprender que “nos equivocamos quando achamos que somosjustos, quando pensamos que os maus são os outros e não nós”, advertiu o Pontífice, “porque sozinhos, sem a ajuda de Deus, que é bom, não sabemos derrotar o mal”.
“E de que modo se derrota o mal? Acolhendo o perdão de Deus. E isto ocorre cada vez que vamos à confissão: ali recebemos o amor do Pai que vence nosso pecado”.
O Papa Francisco concluiu: “Deus acaba com o mal, nos renova por dentro e, dessa maneira, faz renascer em nós a alegria”.
ACI Digital

Nossa Senhora das Dores

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja Católica celebra neste dia 15 de setembro a festa de Nossa Senhora das Dores, que ensina a ser forte diante dos sofrimentos da vida e ter Maria e seu Filho como companheiros de caminho.

Entre as sete dores de Nossa Senhora se encontram: a profecia de Simeão no templo, a fuga para o Egito, os três dias que Jesus esteve perdido, o encontro com Jesus levando a Cruz, sua Morte no Calvário, a lança que atravessa o coração de Jesus e quando é colocado no sepulcro.
Apesar de tudo, Ela se manteve firme na oração e na confiança na vontade de Deus. Agora a Virgem quer nos ajudar a levar as nossas cruzes diárias porque foi no calvário onde Jesus Cristo nos deixou Maria como nossa mãe.
Por duas vezes no ano, a Igreja comemora as dores da Santíssima Virgem: na Semana da Paixão e também hoje, 15 de setembro.
A primeira destas comemorações é a mais antiga, posto que se instituiu em Colônia, na Alemanha, e em outras partes da Europa no século XV. Quando a festividade se estendeu por toda a Igreja, em 1727, com o nome das Sete Dores, manteve-se a referência original da Missa e do ofício da Crucificação do Senhor.
Na Idade Média, havia uma devoção popular pelos cinco gozos da Virgem Mãe, e pela mesma época se complementou essa devoção com outra festa em honra a suas cinco dores durante a Paixão. Mais adiante, as penas da Virgem Maria aumentaram para sete e não só compreenderam sua marcha para o Calvário, mas também sua vida inteira.
Aos frades Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa –, que desde sua fundação tiveram particular devoção pelos sofrimentos de Maria, foi autorizado que celebrassem uma festividade em memória das Sete Dores, no terceiro domingo de setembro de todos os anos.
Santa Brígida da Suécia diz em suas revelações, aprovadas pela Igreja, que Nossa Senhora prometeu conceder sete graças a quem rezar, cada dia, sete Ave-Marias em honra de suas dores e lágrimas, meditando sobre elas.
As promessas são:
1- Porei a paz em suas famílias.
2- Serão iluminados sobre os divinos mistérios.
3- Consolá-los-ei em suas penas e acompanhá-los-ei em suas aflições.
4- Conceder-lhes-ei tudo o que me pedirem, contanto que não se oponha a adorável vontade de meu divino Filho e a santificação de suas almas.
5- Defendê-los-ei nos combates espirituais contra o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6- Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto de Sua Mãe Santíssima.
7- Obtive de meu Filho, para os que propagarem esta devoção às minhas lágrimas e dores, sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, diretamente, pois ser-lhes-ão apagados todos seus pecados e meu Filho e eu seremos sua eterna consolação e alegria.
ACI Digital

sábado, 14 de setembro de 2019

Exaltação da Santa Cruz



REDAÇÃO CENTRAL, 14 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Algumas pessoas não cristãs podem se perguntar: por que ‘exaltar’ a cruz? Podemos responder que nós não exaltamos uma cruz qualquer ou todas as cruzes: exaltamos a Cruz de Jesus Cristo, porque é nela que foi revelado o máximo amor de Deus pela humanidade”. Assim o Papa Francisco explicou a festa que é celebrada neste dia 14 de setembro: a Exaltação da Santa Cruz.
Em sua reflexão antes do Ângelus Dominical, em 14 de setembro de 2014, Francisco assegurou que “a Cruz de Jesus é a nossa única e verdadeira esperança”.
O Santo Padre assinalou que “quando olhamos para a Cruz onde Jesus foi pregado, contemplamos o sinal do amor infinito de Deus para cada um de nós e a raiz da nossa salvação. ‘Daquela Cruz vem a misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro’”.
Segundo manifesta a história, foi em 14 de setembro de 320 que Santa Helena, imperatriz de Constantinopla, encontrou o madeiro em que morreu o Cristo Redentor. No entanto, em 614, a Cruz foi levada pelos persas como um troféu de guerra.
Mais tarde, o Imperador Heráclio a recuperou e voltou com a Cruz para a Cidade Sagrada no dia 14 de setembro de 628. Desde então, celebra-se liturgicamente esta festividade.
Quando a Santa Cruz chegou novamente a Jerusalém, o imperador se dispôs a acompanhá-la em solene procissão, mas vestido com todos os luxuosos ornamentos reais e logo se deu conta de que não era capaz de avançar.
Então, o Arcebispo de Jerusalém, Zacarias, lhe disse: “É que todo esse luxo que carrega está em desacordo com o aspecto humilde e doloroso de Cristo quando carregava a cruz por essas ruas”.
O imperador se despojou de seu manto de luxo e de sua coroa de ouro e, descalço, começou a percorrer as ruas e pôde seguir a piedosa procissão.
Para evitar novos roubos, o Santo Madeiro foi dividido em quatro pedaços e separados entre Roma e Constantinopla, enquanto o que ficou em Jerusalém foi deixado em um belo cofre de prata. Dos quatro fragmentos, foram feitos pequenos pedaços para serem distribuídos em várias Igrejas do mundo, os quais foram chamados de Vera Cruz.
Na vida dos santos narra-se que Santo Antônio Abade, ao ser atacado por terríveis tentações do demônio, fazia o sinal da cruz e o inimigo fugia. Desde esse tempo, afirmam, tornou-se costume fazer o sinal da cruz para se libertar dos males.
Outro fato poderoso e sagrado deste sinal foi mostrado pela Santíssima Virgem Maria que, ao aparecer pela primeira vez à Santa Bernardette e ao ver a menina quis se benzer, Nossa Senhora fez o sinal da cruz bem devagar para lhe ensinar que é necessário fazê-lo com calma e mais devoção.
ACI Digital

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

São João Crisóstomo, o “boca de ouro”

REDAÇÃO CENTRAL, 13 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja Católica celebra neste dia 13 de setembro a memória litúrgica de São João Crisóstomo, que significa “boca de ouro”. Foi chamado assim pelas pessoas por ser um dos mais famosos oradores que a Igreja teve.

São João, que também é Doutor da Igreja, nasceu na Antioquia (Síria), no ano 347. Estando na escola já causava admiração com suas declamações e intervenções nas academias literárias.
Depois de ter vivido como monge em sua casa e no deserto, foi ordenado sacerdote e começou a deslumbrar com seus maravilhosos sermões. O santo considerava como sua primeira obrigação o cuidado e a instrução dos pobres e jamais deixou de falar deles em seus sermões e de incitar o povo à esmola.
São João foi consagrado Arcebispo de Constantinopla no ano 398 e empreendeu a reforma do clero. Mandou tirar todos os luxos do palácio e com as cortinas elegantes se fabricaram vestidos para os pobres. Exigiu que seus sacerdotes e monges fossem pobres no vestir, comer e em seu mobiliário, para dar bom exemplo.
A eloquência e o zelo do santo levaram à penitência muitos pecadores e converteram muitos idólatras e hereges.
Outra das atividades às quais o São João consagrou suas energias foi a fundação de comunidades de mulheres piedosas, sendo a mais ilustre a nobre Santa Olímpia. O santo Bispo se distinguiu também por seu extraordinário espírito de oração, virtude esta que pregou incansavelmente, e exortou os fiéis à comunhão frequente.
Foi banido duas vezes por conspiração da rainha Eudóxia e do Bispo da Alexandria, Téofilo. No último desterro perante as penosas condições da viagem e a crueldade dos soldados imperiais, São Crisóstomo faleceu em 14 de setembro de 407, dizendo: “Seja dada glória a Deus por tudo”. Em 1909, São Pio X declarou o santo “Patrono dos Pregadores”.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF