Translate

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

São Vicente de Paulo, padroeiro das obras de caridade

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Sendo a Mãe de Deus invocada e tomada por padroeira das coisas de importância, não pode acontecer que tudo não vá bem e não redunde para a maior glória do bom Jesus, seu Filho”, dizia o grande São Vicente de Paulo, padroeiro das obras de caridade e fundador da Congregação da Missão (Vicentinos) e das Filhas da Caridade.

São Vicente nasceu na França em 1581, em uma família de camponeses. Quando era adolescente, foi enviado para o colégio dos franciscanos na próspera cidade de Dax. Lá, entregou-se por completo aos estudos, mas começou a sentir vergonha de suas origens.
Recebeu a tonsura e as ordens menores para, em seguida, entrar na Universidade de Toulouse, onde estudou teologia. Seu pai morreu e lhe deixou parte da herança para que pudesse pagar seus estudos, mas o jovem Vicente recusou a ajuda e decidiu cuidar de si mesmo. Por isso, trabalhou como educador em um colégio.
Foi ordenado em 1600 com apenas dezenove anos e preferiu continuar seus estudos, desejando ser bispo. Uma anciã, dama de Toulouse, deixou para ele uma herança econômica que ele teve que ir receber em Marselha. Quando retornava, o navio foi atacado pelos turcos e Vicente foi feito prisioneiro.
Diz-se que foi vendido como escravo e esteve a serviço de um pescador, de um médico e de um cristão renegado. A este último conseguiu converter e, assim, pôde empreender sua viagem de retorno até que chegou a Paris.
Mais tarde, serviu como pároco, mas teve que deixar a função para ser preceptor de uma ilustre família. No entanto, nessa vida de riqueza, começou a se dar conta de que o Evangelho exige uma caridade radical.
Assim, ao atender um moribundo, aprofundou no amor de Deus e começou a querer ir a todas as regiões remotas para expressar que existe um Deus de ternura que não os tinha esquecido.
Com o tempo, fundou a Congregação da Missão para dar missões populares e trabalhar na formação do clero. Do mesmo modo, foi cofundador com Santa Luíza de Marilac da Companhia das Filhas da Caridade.
Durante sua vida, São Vicente conheceu o Bispo São Francisco de Sales, que logo pediu que assumisse a capelania de suas Visitandinas de Paris e a direção espiritual de Santa Joana de Chantal.
Para São Vicente, a oração era o principal e apresentou a humildade como a primeira qualidade dos sacerdotes missionários. Sempre buscou a paz e a atenção aos necessitados, mesmo em meio às guerras de seu tempo, tornando-se conselheiro de governantes e verdadeiro amigo dos necessitados.
Partiu para a Casa do Pai em 27 de setembro de 1660, pouco antes das quatro da manhã, a hora que costumava se levantar para servir a Deus e aos pobres.
ACI Digital

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Mártires não são "santinhos", são verdadeiros vencedores, afirma Papa Francisco

Papa Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 25 Set. 19 / 12:00 pm (ACI).- O Papa Francisco afirmou que os mártires não são "santinhos", mas homens e mulheres de carne e osso que, como diz o Apocalipse, “lavaram suas vestes, tornando-as brancas no sangue do Cordeiro".
O Pontífice se expressou assim durante a Audiência Geral realizada nesta quarta-feira, 25 de setembro, na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde ressaltou que os mártires "são os verdadeiros vencedores". Recordou que "hoje existem mais mártires do que no tempo do início da Igreja, e os mártires estão por toda parte".
“A Igreja de hoje é rica de mártires e é irrigada pelo seu sangue que é a semente de novos cristãos e garante crescimento e fecundidade ao povo de Deus".
Em sua catequese, o Pontífice refletiu sobre o livro dos Atos dos Apóstolos, onde é narrado como os apóstolos nomearam os primeiros diáconos. Dois deles eram Estêvão e Felipe. Francisco destacou o caso de Estêvão como modelo de mártir, destacou sua força evangelizadora, que lhe trouxe inúmeras inimizades. 
“Não encontrando outra maneira de fazê-lo desistir, os seus adversários escolhem a solução mais mesquinha para aniquilar um ser humano: ou seja, a calúnia ou falso testemunho. Nós sabemos que a calúnia mata. Sempre”, explicou o Santo Padre.
Francisco definiu a calúnia como um "câncer diabólico" que "nasce do desejo de destruir a reputação de uma pessoa, também agride o resto do corpo eclesial e o danifica seriamente".
Assim como Jesus, Estêvão é levado ao Sinédrio, onde, "como aconteceu com todos os mártires, acusaram-no com falsos testemunhos e com calúnias".
Diante dessas mentiras, "Estêvão denuncia corajosamente a hipocrisia com a qual os profetas e o próprio Cristo foram tratados". “Não usa meio termo, Estêvão fala claro, diz a verdade".
Essa clareza das palavras de Estêvão "causa a reação violenta dos ouvintes, e Estêvão é condenado à morte, à lapidação". Ele “mostra o verdadeiro rosto do discípulo de Cristo. Não busca escapatórias, não recorre a personalidades que poderiam salvá-lo, mas coloca sua vida nas mãos do Senhor”.
"Peçamos também ao Senhor que, olhando para os mártires de ontem e de hoje, possamos aprender a viver uma vida plena, acolhendo o martírio da fidelidade diária ao Evangelho e da confirmação a Cristo", concluiu o Santo Padre a sua catequese.
ACI Digital

São Cosme e São Damião, gêmeos mártires e padroeiros dos médicos

REDAÇÃO CENTRAL, 26 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 26 de setembro, a Igreja celebra os mártires Cosme e Damião, irmãos gêmeos que, junto com São Lucas, são os padroeiros dos médicos católicos.

No Oriente, são chamados “os não cobradores”, porque exerciam a medicina sem cobrar nada aos pacientes pobres. A única coisa que pediam aos pacientes era que lhes permitissem falar por alguns minutos a respeito de Jesus Cristo e de seu Evangelho.
Lisias, o governador de Cilícia, desgostou-se muito porque estes dois irmãos propagavam efetivamente o cristianismo. Tentou inutilmente que deixassem de pregar e, como não conseguiu, mandou atirá-los ao mar. Mas, uma onda gigantesca os levou sãs e salvos à margem.
Então, o governador mandou que fossem queimados vivos, mas as chamas não os tocaram e, em troca, queimaram aos verdugos pagãos que queriam atormentá-los. O mandatário pagão mandou que lhes cortassem a cabeça. Finalmente, derramaram seu sangue por proclamar o amor ao Divino Salvador.
Junto ao túmulo dos dois irmãos gêmeos começou a realizar-se milagrosas curas. O imperador Justiniano de Constantinopla, padecendo de uma grave enfermidade, encomendou-se a estes dois santos mártires e foi curado inexplicavelmente.
São Cosme e Damião também são padroeiros dos cirurgiões, farmacêuticos, dentistas e faculdades de medicina.
ACI Digital

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O sangue dos mártires é a semente dos cristãos

Martírio de São Paulo, Capela Redemptoris Mater, Palácio Apostólico, Vaticano.
Martírio de São Paulo, Capela Redemptoris Mater, Palácio Apostólico, Vaticano. 
Junto ao tema do diaconato, sobre serviço, o Papa Francisco recordou na Audiência Geral desta quarta-feira, o tema do martírio.

Padre Arnaldo Rodrigues - Cidade do Vaticano

“O sangue dos mártires é a semente dos cristãos” (Tertuliano, Apologético, 50,13). Com esta frase de Tertuliano recordamos um dos grandes dons da Igreja: o martírio.

Algumas pessoas poderiam pensar que seria uma loucura ou ousadia chamar o martírio de dom, mas como disse São Oscar Romero, “o martírio é uma graça de Deus que eu acho que não mereço, mas se Deus aceita o sacrifício da minha vida, que o meu sangue seja uma semente de liberdade e o sinal de que a esperança será em breve realidade”.

Em sua catequese na Audiência Geral desta quarta-feira, 25,  na Praça de São Pedro, o Papa Francisco - ao recordar Santo Estevão - reiterou que “hoje existem mais mártires que no início da vida da Igreja, e eles estão por todos os lugares”.

Somente nos meses de agosto e setembro de 2019, o Vatican News noticiou alguns cristãos que deram suas vidas em martírio: Padre David Tanko, na Nigéria, onde morreu lutando pela paz; Diana Isabel Hernández Juárez, na Guatemala, professora e lutou pela defesa do meio ambiente; Genifer Buckley, nas Filipinas, voluntária em uma escola secundária; Faustine Brou, Costa do Marfim, secretaria paroquial; Pe. Paul Offu, Nigéria. E assim tantos outros, que poderíamos recordar que por serem cristãos, foram convidados a testemunharem com a própria vida o Evangelho, dando testemunho da fé com o derramamento de seu sangue.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (n.2473):

“ O martírio é o supremo testemunho dado em favor da verdade da fé; designa um testemunho que vai até à morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Suporta a morte com um ato de fortaleza. ‘Deixai-me ser pasto das feras, pelas quais poderei chegar à posse de Deus - Santo Inácio de Antioquia, Epistula ad Romanos, 4, 1: SC 10bis, p. 110 (Funk, 1, 256). ”

Porém nem todos são chamados ao martírio de sangue, mas todos somos chamados a vivermos cotidianamente o “martírio branco”, que é o “martírio sem derramamento de sangue, em meio às perseguições”, como disse São João Paulo II no livro “Estou nas mãos de Deus”.

Todos os dias somos convidados a dar testemunho de nossa fé nas realidades mais cotidianas de nossas vidas. Em nossas casas com nossas famílias, no trabalho com as pessoas que passam parte do dia conosco, no trânsito com carro ou transportes públicos, nas paróquias que frequentamos etc.

Pensemos nas vezes em que temos que ser compreensíveis e pacientes com as pessoas que estão ao nosso redor. Nas vezes em que somos obrigados a suportar uma enfermidade, onde podemos nos lamentar, permanecendo em um espiral sem sentido, ou unir a dor do nosso sofrimento com os sofrimentos de Cristo, oferecendo por alguma intenção especifica.

Enfim, ao longo da nossa vida passamos por diversas provações que são os nossos martírios brancos diários. Todos eles nos ajudam a sermos verdadeiras testemunhas do amor de Deus, um amor concreto que passa também pelo martírio escondido da Cruz. Esse é o fermento da Igreja, como nos recordou Papa Francisco:

“ A Igreja cresce também com o sangue dos mártires, homens e mulheres que dão a vida. Hoje existem muitos. Curioso: não são notícia. O mundo esconde isso. O espírito do mundo não tolera o martírio, o esconde. (...). Peçamos também ao Senhor que, olhando os mártires de ontem e de hoje, possamos aprender a viver uma vida plena, acolhendo o martírio da fidelidade diária ao Evangelho e à conformação a Cristo. ”

Vatican News

Dom Sergio celebra missa em despedida do Padre Casemiro



O velório começou às 8h00 da manhã ao som de várias orações entoadas por paroquianos e amigos. Uma música em especial foi tocada. A melodia fúnebre é tradicionalmente cantada nos velórios em seu país de origem e foi conduzida pelo Pe.Jorge, da Arquidiocese de Niterói, também polonês. Ele veio  para prestar suas últimas homenagens ao amigo.

Por volta das 10h00 da manhã, foi celebrada a primeira missa do dia. A celebração foi presidida pelo representante do clero padre Júlio Cesar, pároco da paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima em Sobradinho. Na ocasião estiveram presentes o governador de Brasília, Ibanes Rocha e o ex governador Rodrigo Rollemberg.

Com a Igreja Nossa Senhora da Saúde completamente lotada, Dom Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília, celebrou a segunda missa desta segunda-feira, as 14hoo, pela alma do Padre Kazimerez Wojn.

O sentimento é de pesar e dor, como afirmou Dom Sergio em sua homilia. “A Igreja é ferida quando seus filhos, templos vivos do Senhor, são mortos de modo tão cruel. […] Contudo, a tristeza e a dor, a indignação pela morte violenta não podem jamais nós levar ao ódio e à vingança. Como Jesus no calvário, unidos a Cristo crucificado, nós suplicamos o perdão de Deus e a conversão para quem pratica a violência e destrói a vida”, disse o Cardeal em sua homilia.

Ao final, Dom Sergio lembrou que Padre Casemiro venerou Nossa Senhora com especial devoção e pediu sua intercessão “por este nosso querido irmão”.
O coral da paróquia conduziu os cantos com vozes embargadas de emoção, enquanto fiéis se despediam do padre polonês.  Cerca de 1.300 pessoas participaram da celebração, as 14h00, e se uniram em oração.

Os bispos auxiliares de Brasília, Dom Marcony e Dom Leonardo Steiner concelebraram, juntamente com o clero da capital. Dom Valdir Mamede, Bispo da Diocese de Catanduva e o Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, também participou da missa exequial.

Antes de encerrar, Dom Sergio realizou o rito de encomendação do corpo com a oração e a aspersão da água benta, ao som de Ave Maria.

Seis representantes da Embaixada da Polônia também estavam presentes, incluindo a encarregada de negócios a.i. Marta Olkowska, que representou o Embaixador.
Em solidariedade ao Padre Casemiro, Dom João Wilk, bispo de Anápolis, e Dom Augusto, bispo emérito de Floriano no Piauí, vieram para a missa de despedida.
Da igreja, o corpo seguiu para o cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, para o sepultamento.

Breve Bio

Kazimerez Wojn, nasceu em 03 de fevereiro de 1948 na cidade de Sklody Biazystok – Pôlonia. Filho de Aniela Dmochowska e Josef Wojno.

Estudou filosofia no seminário maior em Zomza –  e foi ordenado padre no dia 27 de maio de 1973 na cidade de Kulesze Koscielne,  ambos na Polônia. O prelado Ordenante foi Dom Micozaj Sassinowski.
Veio para o Brasil, no dia 16 de fevereiro de 1984.  Foi nomeado pároco da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, em 06 de janeiro de 1985.
Tinha paixão pelas pinturas, a fotografia e obras de arte. As molduras espalhadas por toda a paróquia foram feitas por ele mesmo.
Outra característica marcante, era o seu carinho especial pelas crianças nas celebrações das missas domínicas às 11h00. O padre tinha o hábito de reunir as crianças, ali presentes na missa, em torno do altar na hora da consagração. Ele entregava os sinos para que os pequenos participassem do rito.
Que Nossa Senhora interceda por este nosso querido irmão.

Arquidiocese de Brasília


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Nossa Senhora das Mercês, a Virgem da Misericórdia

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 24 de setembro é celebrada Nossa Senhora das Mercês, que significa “misericórdia”, devoção que remonta ao século XIII, quando a Virgem apareceu a São Pedro Nolasco e o encorajou a seguir libertando os cristãos escravos.

Naquela época, os mouros saqueavam regiões costeiras e levavam os cristãos como escravos para a África. Nessa horrível condição, muitos perdiam a fé por pensar que Deus os tinha abandonado.
Pedro Nolasco, vendo essa situação, vendeu até seu próprio patrimônio para libertar os cativos. Do mesmo modo, formou um grupo para organizar expedições e negociar resgates. Quando o dinheiro acabou, então, pediram esmolas. Entretanto, as ajudas também terminaram.
Foi quando Nolasco pediu a Deus para ajudá-lo. Em resposta, a Virgem apareceu a ele e pediu que fundasse uma congregação para resgatar os cativos.
Nolasco lhe perguntou: “Ó Virgem Maria, Mãe da graça, Mãe de misericórdia, quem poderia acreditar que tu me envias?”.
Maria respondeu dizendo: “Não duvides de nada, porque é vontade de Deus que se funde uma ordem desse tipo em minha honra; será uma ordem cujos irmãos e professos, a imitação de meu filho Jesus Cristo, estarão postos para ruína e redenção de muitos em Israel, isto é, entre os cristãos, e serão sinal de contradição para muitos”.
Diante desse desejo, foi fundada a ordem dos Mercedários no dia 10 de agosto de 1218 em Barcelona, Espanha. São Pedro Nolasco foi nomeado pelo Papa Gregório IX como Superior Geral.
Os integrantes, além dos votos de pobreza, castidade e obediência, faziam um quarto voto em que se comprometiam a dedicar sua vida a libertar os escravos e que ficariam no lugar de um cativo que estivesse em perigo de perder a fé, quando o dinheiro fosse era suficiente para conseguir a libertação.
Mais tarde, no ano 1696, o Papa Inocêncio XII fixou o dia 24 de setembro como a Festa de Nossa Senhora das Mercês em toda a Igreja.
ACI Digital

Amarram e assassinam sacerdote para roubar Paróquia em Brasília

Pe. Kazimierz Wojno +. Crédito: Facebook Arquidiocese de Brasília
BRASILIA, 23 Set. 19 / 08:40 am (ACI).- Um grupo de seis homens invadiu uma paróquia em Brasília no sábado, 21 de setembro, onde amarraram e assassinaram o sacerdote polonês Kazimierz Wojno, de 71 anos, para depois roubar vários objetos de valor.
A Polícia Militar de Brasília informou que o sacerdote, conhecido como padre Casimiro, foi assassinado após celebrar a Missa na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, enquanto o caseiro, que também foi feito refém, ficou ferido, mas conseguiu escapar.
O caseiro, assinala Efe, pediu ajuda à polícia, enquanto o pároco foi encontrado sem vida em um terreno em obras, com os pés e as mãos amarrados e com um arame enrolado no pescoço.
Essa paróquia já havia sido atacada em abril. Naquela ocasião, os ladrões levaram um sacrário que mais tarde foi encontrado em Samambaia, perto de Brasília.
“É com pesar que a Arquidiocese de Brasília comunica o falecimento, nesta noite de sábado (21/9), do Padre Kazimerez Wojn ( conhecido como Casemiro), pároco do Santuário Nossa Senhora da saúde, na 702 norte”, indicou a Arquidiocese de Brasília.
O presbítero tinha 46 anos de sacerdote. A nota também indica que "a Arquidiocese está acompanhando o caso".
Depois de convidar os fiéis a participarem das exéquias do sacerdote, a Arquidiocese pediu que "rezemos por sua alma, sua família e sua comunidade paroquial".
ACI Digital

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

São Pio de Pietrelcina, o santo dos estigmas

REDAÇÃO CENTRAL, 23 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Oh Jesus, meu suspiro e minha vida, peço-te que faça de mim um sacerdote santo e uma vítima perfeita”, escreveu uma vez São Pio da Pietrelcina, cuja festa se celebra hoje. Sua oração foi escutada e lhe foi concedido o dom dos estigmas.

Durante sua vida, Deus o dotou de muitos dons, como o discernimento extraordinário que lhe permitiu ler os corações e as consciências. Por isso, muitos fiéis iam se confessar com ele.
Outros dons foram o da profecia para poder anunciar eventos do futuro, as curas milagrosas com a oração, a bilocação, que lhe permitiu estar em dois lugares ao mesmo tempo, e o perfume que exala das chagas dos estigmas.
Padre Pio nasceu em Pietrelcina, Itália, em 25 de maio de 1887. Seu nome era Francisco Forgione e tomou o nome de Frei Pio da Pietrelcina em honra a São Pio V, quando recebeu o hábito de Franciscano.
Aos cinco anos, apareceu-lhe o Sagrado Coração do Jesus, que posou sua mão sobre a cabeça do menino. O pequeno, por sua vez, prometeu a São Francisco que seria um fiel seguidor dele. Desde então, sua vida ficou marcada e começou a ter aparições da Santíssima Virgem.
Preferia passar o tempo em oração e estudo porque entendia o sacrifício que seus pais faziam para que recebesse uma boa formação.
Aos 15 anos, decidiu ingressar na Ordem Franciscana de Morcone e teve visões do Senhor em que lhe mostrou as lutas que teria que passar contra o demônio. “Eu estarei te protegendo, te ajudando, sempre a seu lado até o fim do mundo”, disse-lhe Jesus Cristo.
Em 10 de agosto de 1910, foi ordenado sacerdote. Pouco tempo depois voltaram as febres e as dores que o afligiam. Então, foi enviado a Pietrelcina para que restabelecesse sua saúde.
Em 1916, visitou o Mosteiro de São Giovanni Rotondo. O Padre Provincial, ao ver que sua saúde tinha melhorado, mandou-lhe retornar a esse convento onde recebeu a graça dos estigmas.
“Era a manhã de 20 de setembro de 1918. Eu estava no coro fazendo a oração de ação de graças da Missa… me apareceu Cristo que sangrava por toda parte. De seu corpo chagado saíam raios de luz que mais pareciam flechas que me feriam os pés, as mãos e o lado”, descreveu Padre Pio a seu diretor espiritual.
“Quando voltei a mim, encontrei-me no chão e com chagas. As mãos, os pés e o lado sangravam e me doíam até me fazer perder todas as forças para me levantar. Sentia-me morrer, e teria morrido se o Senhor não tivesse vindo me sustentar o coração que sentia palpitar fortemente em meu peito. Arrastei-me até a cela. Recostei-me e rezei, olhei outra vez minhas chagas e chorei, elevando hinos de agradecimento a Deus”, acrescentou.
Certo dia, uma avó lhe levou a sua neta chamada Gema, que tinha nascido sem pupilas. Padre Pio a abençoou e fez o sinal da cruz sobre seus olhos. A menina recuperou a vista, sem necessidade de ter pupilas. Mais adiante, Gema ingressou na vida religiosa.
Em 9 de janeiro de 1940, animou seus grandes amigos espirituais a fundar um hospital que se chamaria “Casa Alívio do Sofrimento”, a qual foi inaugurada em 5 de maio de 1956, com a finalidade de curar as doenças físicas e espirituais.
Segundo fontes que não se puderam confirmar, São João Paulo II sendo um jovem sacerdote visitava Padre Pio para confessar-se e, em uma dessas ocasiões, estando em transe, disse ao futuro Supremo Pontífice: “Vais ser Papa”.
Padre Pio retornou à Casa do Pai em 23 de setembro de 1968, enquanto murmurava: “Jesus, Maria!”.
São João Paulo II, durante sua canonização em 16 de junho de 2002, disse: “Oração e caridade, esta é uma síntese extremamente concreta do ensinamento de Padre Pio, que hoje volta a propor todos”.
ACI Digital

domingo, 22 de setembro de 2019

Educação católica, educação de valores

Redação (Segunda-feira, 09-09-2019, Gaudium Press) A educação, desde os filósofos gregos até o século XVIII, visava a formação do homem como um todo, procurando desenvolver suas habilidades e capacidades, explorando suas apetências, seguindo um currículo muito flexível, quase que adaptado a cada aluno.
As aulas das universidades ocorriam com frequência em espaços públicos, com acesso a qualquer um.
Senso católico no aprendiz de padeiro
A respeito dessa informalidade, conta-se, até, na vida de São Clemente Maria Hofbauer um fato significativo.
Na sua juventude, sendo aprendiz de padeiro, sentou-se na praça em Viena, Áustria, para assistir a uma aula de famoso teólogo. Em determinado momento ele interrompeu a exposição observando:
"Mestre, não sei explicar por quê, mas o que o Sr. acaba de falar está errado!"
Indignado, o professor expulsa o jovem da aula.
Anos depois, encontrando-se com São Clemente, agora sacerdote, o mestre lhe agradece aquela intervenção, explicando que fora tirar a limpo e, realmente, estava ensinando algo equivocado.
Era o senso católico prevalecendo sobre a mera erudição.
Mestre, preceptor, curiosidade
Competia nessa época ao mestre ou preceptor atender às legítimas curiosidades e pontos vivos de interesse do discípulo, pois se compreendia que cada indivíduo é único e tem uma visão do universo personalíssima, originalíssima e riquíssima.
São Tomás de Aquino (século XIII) "introduz um princípio pedagógico moderno e revolucionário para seu tempo: o de que o conhecimento é construído pelo estudante e não simplesmente transmitido pelo professor" (Revista Nova Escola, julho de 2008, p. 22, sem autor). Vê-se por aí que Piaget e o construtivismo não representaram nenhuma novidade pedagógica na História, como tantas vezes são apresentados.
Hoje fala-se de inter e transdisciplinaridade. Até na Revolução Francesa se ensinava assim...
O conhecimento era uno, coeso, formava um todo coerente, harmônico entre as partes, baseado na mesma concepção religiosa do universo.
Todos os conhecimentos se relacionavam entre si. Hoje fala-se que a criança deve aprender brincando ou que o aprendizado deve ser prazeroso.
Trtatado sobre o brincar...
Na pesquisa bibliográfica, pudemos constatar que São Tomás de Aquino já ensinava isso na Suma Teológica (II-II, q. 168, art. 2, 3 e 4), no século XIII, tendo inclusive escrito um Tratado sobre o brincar. E São João Bosco (século XIX) tinha como pedra fundamental de seu sistema preventivo na educação a "amorevolezza": a benquerença; a criança deveria ser benquista e sentir-se benquista pelo professor que, assim, conquistava a confiança do discípulo. Nos recreios salesianos havia uma só regra: é proibido estar triste.
Hoje dá-se muita importância aos laboratórios, às experiências (John Dewey, 1978); os antigos da Escola peripatética, de Aristóteles, a qual possuía uma orientação empírica, já procediam assim pelo ano 320 a.C. ...
Ou seja, as melhores tendências da pedagogia atual vão no sentido de restaurar o que a educação cristã vem fazendo há séculos. A chamada pedagogia "tradicional" - distinta da católica de que tratamos acima - é da idade moderna, fruto da Revolução Francesa. Um dos filósofos dessa escola foi Johann Friedrich Herbart (1776-1841), considerado o organizador da Pedagogia como ciência.
Restaurar o que a educação cristã faz a séculos
O conhecimento humano ficou compartimentado, fragmentado com o iluminismo e o racionalismo, gerando as incontáveis especializações estanques modernas.
Por se basear no princípio de que a mente humana apenas apreende novos conhecimentos e só participa do aprendizado passivamente, o herbartianismo resultou num ensino que hoje qualificamos de tradicional. "[...] um ensino totalmente receptivo, sem diálogo entre professor e aluno e com aulas que obedeciam a esquemas rígidos e preestabelecidos" (Revista Nova Escola, dezembro de 2004, p. 24, sem autor).
O sistema de ensino prevalente nas universidades medievais era baseado na intensa participação dos alunos através da "disputatio", o debate, que se seguia à apresentação de um tema, a "lectio", no qual cada um defendia sua opinião.
Nem o mais ousado sistema educacional hodierno chega a ser tão participativo como o medieval.

Por Padre Ricardo Basso, EP

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: DEUS OU O DINHEIRO?

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A parábola do administrador infiel (Lc 16,1-13) necessita ser bem compreendida para não se cair no erro de interpretá-la como favorável à desonestidade. O administrador é chamado a prestar contas da sua administração, pois estava sendo acusado de esbanjar os bens do proprietário. Ao final, ele foi elogiado, não por ser desonesto, mas “porque agiu com esperteza”. A sua atitude faz pensar que “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16,8). Diante dos problemas, não se pode ficar acomodado como mero expectador, mas agir com prontidão para superá-los. Diante dos bens materiais, a atitude deve ser a de administração prudente e responsável, ao invés de querer possuir sempre mais ou de obter bens de modo desonesto.
A parábola se completa com uma exortação a ser “fiel nas pequenas coisas” para ser “fiel também nas grandes”, pois quem é injusto nas pequenas coisas, será injusto também nas grandes. É comum as pessoas acharem que pequenas faltas não têm importância no dia a dia. Quando alguém se deixa levar pela infidelidade nas pequenas coisas, acabará caindo em infidelidades maiores, provocando sofrimento para si e para os outros.
A conclusão da parábola não deixa dúvidas sobre a condenação da desonestidade e da ganância na administração dos bens: “vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Lc 16,13), afirma Jesus. Nesta perspectiva, encontra-se a profecia de Amós (Am 8,4-7). Ele condena severamente a desonestidade e as injustiças, ressaltando que Deus não se esquecerá do que estão fazendo contra os pobres: “maltratam os humildes”, “causam a prostração dos pobres da terra”, “dominam os pobres”.
Na Primeira Carta a Timóteo (1Tm 2,1-8), proclamada na segunda leitura, S. Paulo nos recorda a necessidade da oração para a vida pessoal e social, recomendando “que em todo lugar os homens façam orações, erguendo mãos santas, sem ira e sem discussões” (2,8). A oração deve ser acompanhada do esforço para viver na santidade, especialmente, o amor ao próximo, o que inclui a honestidade. As mãos erguidas em oração devem ser também mãos estendidas aos irmãos. Na liturgia eucarística, erguemos as mãos para o Pai, em oração, para logo depois estendê-las aos irmãos, desejando-lhes a paz.
A Palavra de Deus deve ser acolhida e vivida para que possamos servir a Deus e não ao dinheiro. É preciso deixar-se interpelar por ela, procurando discernir o que Deus quer de nós, a cada dia.  Não se esqueça de continuar a ler e a meditar a Palavra durante a semana, especialmente, neste mês dedicado à Bíblia.

Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF