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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Em outubro vive-se o mês do Santo Rosário

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Out. 19 / 06:00 am (ACI).- No mês de outubro, a Igreja celebra o mês do Santo Rosário, uma oração querida por muitos santos ao longo da história e divulgada por São Domingos de Gusmão a pedido da Santíssima Virgem Maria.

Segundo a história, antigamente romanos e gregos costumavam coroar com rosas as imagens que representavam os seus deuses, como símbolo da oferta dos seus corações. A palavra “rosário” significa “coroa de rosas”.
Seguindo essa tradição, as mulheres cristãs que marcharam ao coliseu romano para serem martirizadas, usavam coroas de rosas nas suas cabeças, como símbolo da alegria e da entrega dos seus corações para ir ao encontro de Deus. Estas rosas eram recolhidas à noite pelos cristãos, que rezavam uma oração ou um salmo pelo eterno descanso dos mártires.
A Igreja recomendou rezar este rosário recitando os 150 salmos de Davi, entretanto, só faziam isso as pessoas cultas, mas não a maioria dos fiéis. Diante dessa situação, sugeriu que aqueles que não sabiam ler, substituíssem os salmos por 150 Ave Marias, divididas em quinze dezenas. Este “rosário curto” era conhecido como “o saltério da Virgem”.
Alguns séculos depois, exatamente no ano 1208, dizem que a Virgem Maria ensinou a São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores (dominicanos), a oração do Rosário.
O santo espanhol estava no sul da França, lutando contra a heresia albigense. Um dia, na capela que estava em Prouille, implorou a Nossa Senhora que o ajudasse, pois sentia que não estava conseguindo quase nada.
A Virgem apareceu-lhe segurando um rosário e ensinou-lhe a recitá-lo. Em seguida, pediu que o pregasse por todo o mundo, prometendo-lhe que muitos pecadores se converteriam e conseguiriam abundantes graças.
São Domingos de Gusmão deixou a capela cheio de entusiasmo com o rosário na mão. E, efetivamente, levou-o por todas as partes e muitos albigenses voltaram à fé católica.
Alguns anos depois, em 7 de outubro de 1571, aconteceu a batalha naval de Lepanto, quando o cristianismo foi ameaçado pelos turcos. Frente ao perigo iminente, alguns dias antes, o Papa São Pio V pediu aos fiéis que rezassem o rosário pedindo pelas forças cristãs.
A história conta que o Pontífice estava em Roma, resolvendo alguns assuntos, quando de repente levantou-se e anunciou que sabia que a frota cristã havia triunfado. Ordenou que tocassem os sinos e organizassem uma procissão. Logo depois, os mensageiros chegaram anunciando a vitória. Em seguida, instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, em 7 de outubro.
Um ano depois, Gregório XIII mudou o nome da festa para Nossa Senhora do Rosário e determinou que fosse celebrada no primeiro domingo de outubro (dia em que a batalha foi vencida). Atualmente, celebra-se a festa do Rosário em 7 de outubro e alguns dominicanos continuam comemorando esta festa no primeiro domingo do mês.
Durante vários séculos os fiéis rezaram os rosários divididos em três mistérios: gozosos, dolorosos e gloriosos. Entretanto, em outubro de 2002, foi apresentada a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, na qual São João Paulo II acrescentou a oração os “mistérios luminosos”, centrados na vida pública de Jesus.
O Santo Rosário foi a oração preferida de muitos santos e pontífices. Assim, em outubro de 2016, o Papa Francisco afirmou: “A oração do Rosário sempre me acompanha na minha vida; também é a oração dos simples e dos santos... é a oração do meu coração”.
Saiba mais em nosso especial sobre o Santo Rosário.
ACI Digital

Santa Teresinha do Menino Jesus, doutora da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Quero passar meu céu fazendo o bem na terra”, dizia Santa Teresa de Lisieux, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus, cuja festa é celebrada neste dia 1º de outubro. A santa carmelita, mesmo com sua vida contemplativa, tornou-se a padroeira das missões e doutora da Igreja.

Santa Teresa viveu somente 24 anos. Mas, deixou um grande legado de amor para a Igreja, o qual se tornou muito conhecido com o passar do tempo.
Marie Françoise Thérèse Martin nasceu em Alençon (França), em 2 de janeiro de 1873, filha do casal Louis Martin e Zélia Guérin, que foram canonizados em 2015 pelo Papa Francisco.
Uma família modesta e temente a Deus, que teve como frutos oito filhos antes da caçula Teresa. Quatro deles, porém, morreram ainda novos, restando em vida Maria, Paulina, Leônia e Celina.
Teresinha entrou para o Mosteiro das Carmelitas em Lisieux aos 15 anos de idade, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.
Entregou-se com inteira decisão e consciência à tarefa de ser santa. Sem perder o ânimo, diante da aparente impossibilidade de alcançar os pontos mais elevados da renúncia de si mesma, costumava repetir: “Deus não inspira desejos impossíveis. Não tenho que me fazer mais do que sou, mas sim me aceitar tal como sou, com todas minhas imperfeições”.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre como um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou a pequena via da infância espiritual.
Teresinha tinha um profundo desejo em seu coração de ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Queria ser tudo, até que descobriu sua vocação: “No coração da Igreja, minha mãe, eu serei o amor”.
Santa Teresa morreu de tuberculose, em 30 de setembro de 1897, dizendo suas últimas palavras: “Oh!… amo-O. Deus meu,… amo-Vos!”.
Um ano depois de sua morte, a partir de seus escritos, foi publicado o livro “História de uma alma”, que conquistou o mundo porque deu a conhecer o muito que esta religiosa tinha amado Jesus.
Foi beatificada em 1923 e canonizada em 1925, pelo Papa Pio XI, que a declarou “Patrona Universal das Missões Católicas”, em 1927.
Em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II a proclamou doutora da Igreja. Na ocasião, disse: “Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é a mais jovem dos ‘Doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”.
“O desejo que Teresa expressou de ‘passar seu céu fazendo o bem na terra’ segue cumprindo-se de modo admirável. Obrigado, Pai, porque hoje nos faz próxima de uma maneira nova, para louvor e glória de seu nome pelos séculos!”, concluiu São João Paulo II.
ACI Digital

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

São Jerônimo, tradutor da Bíblia e doutor da Igreja

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ama a Sagrada Escritura e a sabedoria amar-te-á; ama-a ternamente e ela guardar-te-á; honra-a e receberás as suas carícias”. Assim costumava a dizer São Jerônimo, tradutor da Bíblia ao latim, cuja festa se celebra neste dia 30 de setembro. Ao recordar este santo, a Igreja celebra também o dia da Bíblia.

O nome Jerônimo significa “que tem um nome sagrado”. Este santo consagrou toda sua vida ao estudo das Sagradas Escrituras e é considerado um dos melhores, se não o melhor, neste ofício.
Nasceu na Dalmácia (Iugoslávia) por volta do ano 340. Em Roma, estudou latim sob a direção do mais famoso professor de seu tempo, Donato, que era pagão. Chegou a ser um grande latinista e muito bom conhecedor do grego e de outros idiomas, mas muito pouco conhecedor dos livros espirituais e religiosos. Passava horas e dias lendo e aprendendo de cor os grandes autores latinos, Cicero, Virgilio, Horácio e Tácito, e aos autores gregos, Homero e Platão, mas quase nunca dedicava tempo à leitura espiritual.
Jerônimo se dispôs ir ao deserto a fazer penitência por seus pecados (especialmente por sua sensualidade que era muito forte, por seu mau gênio e seu grande orgulho). Mas lá embora rezasse muito, jejuasse e passasse noites sem dormir, não conseguiu a paz, descobrindo que sua missão não era viver na solidão.
De volta à cidade, foi nomeado secretário do Papa Dâmaso, encarregado de redigir as cartas que o Pontífice enviava. Em seguida, foi designado para fazer a tradução da Bíblia.
As traduções que existiam naquela época tinham muitas imperfeições de linguagem e várias imprecisões ou traduções não muito exatas. Jerônimo, que escrevia com grande elegância o latim, traduziu a este idioma toda a Bíblia, e essa tradução chamada "Vulgata" (tradução feita para o povo ou vulgo) foi a Bíblia oficial para a Igreja Católica durante 15 séculos.
Por volta dos 40 anos, Jerônimo foi ordenado sacerdote. Mas seus altos cargos em Roma e a dureza com a qual corrigia certos defeitos da alta classe social lhe trouxeram invejas. Sentindo-se incompreendido e até caluniado em Roma, onde não aceitavam seu modo enérgico de correção, dispôs afastar-se daí para sempre e foi para a Terra Santa.
Passou seus últimos 35 anos em uma gruta, junto à Gruta de Belém. Várias das ricas matronas romanas que ele tinha convertido com suas pregações e conselhos venderam seus bens e  foram também a Belém a seguir sob sua direção espiritual. Com o dinheiro dessas senhoras, construiu naquela cidade um convento para homens, três para mulheres, e uma casa para atender os que chegavam de todas as partes do mundo para visitar o lugar onde nasceu Jesus.
Com tremenda energia, escrevia contra os hereges que se atreviam a negar as verdades da Santa religião.
A Santa Igreja Católica reconheceu sempre São Jerônimo como um homem eleito por Deus para explicar e fazer entender melhor a Bíblia. Por isso, foi nomeado patrono de todos os que no mundo se dedicam a fazer entender e amar mais as Sagradas Escrituras.
Morreu em 30 de setembro do ano 420, aos 80 anos.
Papa Bento XVI, em sua audiência geral de 7 de novembro do 2007 disse: “Concluo com uma palavra de São Jerônimo a São Paulino de Nola. Nela o grande exegeta expressa precisamente esta realidade, isto é, que na Palavra de Deus recebemos a eternidade, a vida eterna. Diz São Jerônimo: ‘Procuremos aprender na terra aquelas verdades cuja consistência persistirá também no céu’”.
ACI Digital

domingo, 29 de setembro de 2019

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Liturgia da Palavra continua a nos interpelar a respeito da nossa relação com os bens materiais, levando-nos a pensar como administramos, utilizamos e partilhamos os bens deste mundo, perante Lázaro.  A parábola narrada por S. Lucas (Lc 16,19-31) nos apresenta dois personagens: um homem rico que vivia luxuosamente, em meio a festas, e um pobre chamado Lázaro, que estava doente e com fome, sem conseguir nada da mesa do rico. Após a morte, enquanto o rico foi condenado, Lázaro foi “levado pelos anjos junto de Abraão” (Lc 16,22), isto é, mereceu um lugar de honra no banquete do Reino, juntando-se aos patriarcas e profetas. O rico não ouviu a Palavra de Deus anunciada por Moisés e os Profetas (Lc 16,31); não teve compaixão de Lázaro que estava a sua porta, morrendo aos poucos.
Dentre esses Profetas que não foram ouvidos pelo homem rico, está Amós, que denunciou os que viviam no luxo e não se preocupavam com os sofrimentos dos pobres, conforme o texto proclamado na primeira leitura (Am 6,1-7). A parábola se conclui com a referência aos cinco irmãos que permaneciam neste mundo e necessitavam ser advertidos para mudarem de atitude, a fim de não terem o triste fim daquele homem rico. Como fazer isso? “Ele têm Moisés e os Profetas, que os escutem!” (Lc 16,9), é a resposta dada.
Por isso, é preciso refletir sobre a nossa conduta diante dos bens materiais e, de modo especial, perante Lázaro, que representa os que sofrem com a miséria. Necessitamos de simplicidade de vida, ao invés do luxo e do consumismo; necessitamos da partilha e da justiça social, ao invés da acumulação egoísta de bens; necessitamos de compaixão e solidariedade, ao invés da indiferença perante os que mais sofrem. Os discípulos de Cristo devem testemunhar o amor ao próximo em ações concretas de compaixão e partilha. Lázaro interpela a todos nós!
Entretanto, devemos ser cristãos por inteiro. A atitude justa diante dos bens materiais não acontece isoladamente; depende do modo como vivemos o Evangelho. Trata-se de um fruto de uma vida de “homem de Deus”. S. Paulo, escrevendo a Timóteo (1Tm 6,11-16), traça um retrato do “homem de Deus” que cada discípulo de Cristo é chamado a ser. Dentre os seus traços, estão “a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza e mansidão”. O texto se conclui com um belo hino litúrgico apresentando Deus como o verdadeiro soberano, em contraste com os falsos deuses e com os títulos atribuídos aos reis e senhores deste mundo.
Neste Dia Nacional da Bíblia, escutemos mais atentamente a Palavra de Deus, recebendo-a como “Palavra da Salvação” e procurando discernir o que Deus quer de nós.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Santos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

REDAÇÃO CENTRAL, 29 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 29 de setembro a festa dos santos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, que aparecem na Bíblia com missões importantes dadas por Deus.

São Miguel em hebreu significa “Quem como Deus” e é um dos principais anjos. Seu nome era o grito de guerra dos anjos bons na batalha combatida no céu contra o inimigo e seus seguidores.
Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus.  É chamado pelo profeta Daniel, no Antigo Testamento, de príncipe protetor dos judeus. No Novo Testamento, é citado na carta de São Judas e no Livro do Apocalipse. Aparece como protetor dos filhos de Deus e de Sua Igreja.
São Gabriel significa “Fortaleza de Deus”. Teve a missão muito importante de anunciar a Nossa Senhora que ela seria a Mãe do Salvador.
Segundo o profeta Daniel (IX, 21), foi Gabriel quem anunciou o tempo da vinda do Messias; quem apareceu a Zacarias “estando de pé à direita do altar do incenso” (Lc 1, 10-19), para lhe dar a conhecer o futuro nascimento do Precursor; e, finalmente, o arcanjo como embaixador de Deus, foi enviado a Maria, em Nazaré para proclamar o mistério da Encarnação. É ele o portador de uma das orações mais populares e queridas do cristianismo, a Ave Maria.
São Rafael quer dizer “Medicina de Deus” ou “Deus obrou a saúde”. É o arcanjo amigo dos caminhantes, médico dos doentes, auxílio dos perseguidos.
No Livro de Tobias é narrado o momento que quando Tobit, pai de Tobias e homem de grande caridade, passou pela provação da cegueira e todos lhe questionavam a fé, juntamente quando Sara era atormentada por um demônio que matava seus maridos nas núpcias. Então, ambos rezaram a Deus e foram ouvidos; e foi Rafael que foi enviado para lhes prestar socorro.
São Rafael tomou a forma humana, fez-se chamar Azarías e acompanhou Tobias em sua viagem, ajudando-o em suas dificuldades, guiando-o por todo o caminho e auxiliando-o a encontrar uma esposa da mesma linhagem. Então, o Arcanjo explicou ao jovem Tobias que poderia se casar com Sara sem perigo algum. E, por fim, ao retornarem esclareceu como ele poderia curar o pai da cegueira. No livro de Tobias o próprio arcanjo se descreve como “um dos sete que estão na presença do Senhor”.
Para celebrar esta data, recordamos a oração aos Santos Arcanjos:
Ajudai-nos, ó grandes santos, irmãos nossos, que sois servos como nós diante de Deus. Defendei-nos de nós mesmos, de nossa covardia e tibieza, de nosso egoísmo e de nossa ambição, de nossa inveja e desconfiança, de nossa avidez em procurar a saciedade, a boa vida e a estima.
Desatai as algemas do pecado e do apego a tudo o que passa. Desvendai os nossos olhos que nós mesmos fechamos para não precisar ver as necessidades de nosso próximos e poder, assim, ocupar-nos de nós mesmos numa tranquila autocomplacência. Colocai em nosso coração o espinho da santa ansiedade de Deus para que não deixemos de procurá-lo com ardor, contrição e amor.
Contemplai em nós o Sangue do Senhor, que Ele derramou por nossa causa.  Contemplai em nós as lágrimas de vossa Rainha, que ela derramou sobre nós.
Contemplai em nós a pobre, desbotada, arruinada imagem de Deus, comparando-a com a imagem íntegra que deveríamos ser Sua vontade e Seu amor.
Ajudai-nos a conhecer Deus, a adorá-Lo, a amá-Lo e a servir-Lhe. Ajudai-nos no combate contra os poderes das trevas que, traiçoeiramente, nos envolvem e nos afligem.
Ajudai-nos para que nenhum de nós se perca e para que, um dia, estejamos todos jubilosamente reunidos na eterna bem-aventurança. Amém.
São Miguel, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.
São Rafael, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.
São Gabriel, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.
ACI Digital

7 coisas sobre os arcanjos Gabriel, Rafael e Miguel que talvez você não saiba


REDAÇÃO CENTRAL, 29 Set. 19 / 06:00 am (ACI).- A cada 29 de setembro, a Igreja Católica celebra a festa de três Santos Arcanjos: São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

Confira a seguir sete coisas que talvez não conhecia sobre eles:
1. São os mais próximos aos humanos
Desde Pseudo-Dionísio, Padre da Igreja do século VI, está acostumado a se enumerar três hierarquias de anjos. Na primeira estão os Serafins, Querubins e Tronos. Depois vêm as Dominações, Virtudes e Potestades. Enquanto que na terceira hierarquia estão os Principados, Arcanjos e Anjos. Estes últimos são os que estão mais próximos às necessidades dos seres humanos.
2. São mensageiros de anúncios importantes
A palavra Arcanjo provém das palavras gregas “Arc” que significa “principal” e “anjo” que é “mensageiro de Deus”. Vejamos o que diz São Gregório Magno:
“Deveis saber que a palavra ‘Anjo’ designa uma função, não uma natureza. Na verdade, aqueles santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre se podem chamar Anjos. Só são Anjos quando exercem a função de mensageiros. Os que transmitem mensagens de menor importância chamam-se Anjos; os que transmitem mensagens de maior transcendência chamam-se Arcanjos.
3. Existem sete Arcanjos segundo a Bíblia
No livro do Tobias (12,15), São Rafael se apresenta como “um dos sete anjos que estão diante da glória do Senhor e têm acesso a sua presença”. Enquanto que no livro do Apocalipse (8,2), São João descreve: “vi os sete Anjos que estavam diante de Deus, e eles receberam sete trombetas”. Por estas duas citações bíblicas, afirma-se que são sete Arcanjos.
4. Conhecemos somente três nomes
A Bíblia menciona somente o nome de três Arcanjos: Miguel, Rafael e Gabriel. Os outros nomes (Uriel, Barachiel ou Baraquiel, Jehudiel, Saeltiel) aparecem em livros apócrifos de Enoc, o quarto livro de Esdras e em literatura rabínica. Entretanto, a Igreja reconhece apenas os três nomes que estão nas Sagradas Escrituras. Os outros podem servir como referência, mas não são doutrina.
5.  Gabriel significa “a força de Deus”
No Antigo Testamento, São Gabriel Arcanjo aparece no livro sagrado de Daniel explicando ao profeta uma visão do carneiro e do cabrito (Det 8), assim como instruindo-o nas coisas futuras (Det 9,21-27).  Nos Evangelhos, São Lucas (1,11-20) o menciona anunciando a Zacarias o nascimento de São João Batista e a Maria (1,26-38) que conceberia e daria a luz Jesus.
São Gabriel Arcanjo é conhecido como o “anjo mensageiro”, representado com uma vara perfumada de açucena e é padroeiro das comunicações e dos comunicadores, pois através da Anunciação trouxe ao mundo a mais bela notícia.
6. Rafael em hebreu é “Deus cura”
O único livro sagrado que menciona a São Rafael Arcanjo é o de Tobias e figura em vários capítulos. Ali se lê que Deus envia este Arcanjo para que acompanhe Tobias em uma viagem, na qual se casou com Sara.
Da mesma maneira, São Rafael indicou a Tobias como devolver a visão ao seu pai. Por esta razão é invocado para afastar doenças e conseguir terminar bem as viagens.
7. Miguel significa “Quem como Deus”
O nome do Arcanjo Miguel vem do hebreu “Mija-El” que significa “Quem como Deus ” e que, segundo a tradição, foi o grito de guerra em defesa dos direitos de Deus quando Lúcifer se opôs aos planos salvíficos e de amor do Criador.
A Igreja Católica teve sempre uma grande devoção ao Arcanjo São Miguel, especialmente a fim de pedir-lhe que nos liberte dos ataques do demônio e dos espíritos infernais. Costuma ser representado com a roupa de guerreiro ou soldado centurião pondo seu calcanhar sobre a cabeça do inimigo.
ACI Digital

sábado, 28 de setembro de 2019

São Venceslau, mártir e padroeiro da República Tcheca

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- São Venceslau foi um soberano tcheco que evangelizou seu povo, modificou o sistema judicial e reduziu as condenações relativas à pena de morte ou à tortura.

O santo foi filho de Vratislau e de sua esposa Draomira. Era neto de Santa Ludimila, esposa do primeiro cristão da Boêmia, que se encarregou de sua educação e o ensinou a amar e servir a Deus.
Quando jovem, o santo perdeu seu pai após uma guerra e, por isso, sua mãe assumiu o poder. Entretanto, ela instaurou uma política anticristã e secularista que converteu o povo em um caos total.
Diante dessa situação, sua avó tentou persuadir o príncipe a assumir o trono e proteger o cristianismo, o que fez com que os nobres a assassinassem por considerá-la uma ameaça latente aos seus interesses.
Entretanto, por circunstâncias desconhecidas, a rainha foi expulsa do trono e Venceslau foi proclamado rei pela vontade do povo.
Como primeira medida, anunciou que apoiaria decididamente à Igreja. Sempre governou com justiça e misericórdia.
Por interesses políticos obscuros, Boleslau – que desejava o trono de seu irmão – assassinou o santo rei a punhaladas durante uma festividade.
O povo proclamou o rei Venceslau como mártir da fé e logo a Igreja de São Vito – onde se encontram seus restos mortais – se tornou um centro de peregrinações.
Tempos depois, foi proclamado padroeiro do povo da Boêmia e hoje sua devoção é tão grande que também da República Tcheca.
ACI Digital

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

São Vicente de Paulo, padroeiro das obras de caridade

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- “Sendo a Mãe de Deus invocada e tomada por padroeira das coisas de importância, não pode acontecer que tudo não vá bem e não redunde para a maior glória do bom Jesus, seu Filho”, dizia o grande São Vicente de Paulo, padroeiro das obras de caridade e fundador da Congregação da Missão (Vicentinos) e das Filhas da Caridade.

São Vicente nasceu na França em 1581, em uma família de camponeses. Quando era adolescente, foi enviado para o colégio dos franciscanos na próspera cidade de Dax. Lá, entregou-se por completo aos estudos, mas começou a sentir vergonha de suas origens.
Recebeu a tonsura e as ordens menores para, em seguida, entrar na Universidade de Toulouse, onde estudou teologia. Seu pai morreu e lhe deixou parte da herança para que pudesse pagar seus estudos, mas o jovem Vicente recusou a ajuda e decidiu cuidar de si mesmo. Por isso, trabalhou como educador em um colégio.
Foi ordenado em 1600 com apenas dezenove anos e preferiu continuar seus estudos, desejando ser bispo. Uma anciã, dama de Toulouse, deixou para ele uma herança econômica que ele teve que ir receber em Marselha. Quando retornava, o navio foi atacado pelos turcos e Vicente foi feito prisioneiro.
Diz-se que foi vendido como escravo e esteve a serviço de um pescador, de um médico e de um cristão renegado. A este último conseguiu converter e, assim, pôde empreender sua viagem de retorno até que chegou a Paris.
Mais tarde, serviu como pároco, mas teve que deixar a função para ser preceptor de uma ilustre família. No entanto, nessa vida de riqueza, começou a se dar conta de que o Evangelho exige uma caridade radical.
Assim, ao atender um moribundo, aprofundou no amor de Deus e começou a querer ir a todas as regiões remotas para expressar que existe um Deus de ternura que não os tinha esquecido.
Com o tempo, fundou a Congregação da Missão para dar missões populares e trabalhar na formação do clero. Do mesmo modo, foi cofundador com Santa Luíza de Marilac da Companhia das Filhas da Caridade.
Durante sua vida, São Vicente conheceu o Bispo São Francisco de Sales, que logo pediu que assumisse a capelania de suas Visitandinas de Paris e a direção espiritual de Santa Joana de Chantal.
Para São Vicente, a oração era o principal e apresentou a humildade como a primeira qualidade dos sacerdotes missionários. Sempre buscou a paz e a atenção aos necessitados, mesmo em meio às guerras de seu tempo, tornando-se conselheiro de governantes e verdadeiro amigo dos necessitados.
Partiu para a Casa do Pai em 27 de setembro de 1660, pouco antes das quatro da manhã, a hora que costumava se levantar para servir a Deus e aos pobres.
ACI Digital

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Mártires não são "santinhos", são verdadeiros vencedores, afirma Papa Francisco

Papa Francisco durante a Audiência Geral. Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 25 Set. 19 / 12:00 pm (ACI).- O Papa Francisco afirmou que os mártires não são "santinhos", mas homens e mulheres de carne e osso que, como diz o Apocalipse, “lavaram suas vestes, tornando-as brancas no sangue do Cordeiro".
O Pontífice se expressou assim durante a Audiência Geral realizada nesta quarta-feira, 25 de setembro, na Praça de São Pedro, no Vaticano, onde ressaltou que os mártires "são os verdadeiros vencedores". Recordou que "hoje existem mais mártires do que no tempo do início da Igreja, e os mártires estão por toda parte".
“A Igreja de hoje é rica de mártires e é irrigada pelo seu sangue que é a semente de novos cristãos e garante crescimento e fecundidade ao povo de Deus".
Em sua catequese, o Pontífice refletiu sobre o livro dos Atos dos Apóstolos, onde é narrado como os apóstolos nomearam os primeiros diáconos. Dois deles eram Estêvão e Felipe. Francisco destacou o caso de Estêvão como modelo de mártir, destacou sua força evangelizadora, que lhe trouxe inúmeras inimizades. 
“Não encontrando outra maneira de fazê-lo desistir, os seus adversários escolhem a solução mais mesquinha para aniquilar um ser humano: ou seja, a calúnia ou falso testemunho. Nós sabemos que a calúnia mata. Sempre”, explicou o Santo Padre.
Francisco definiu a calúnia como um "câncer diabólico" que "nasce do desejo de destruir a reputação de uma pessoa, também agride o resto do corpo eclesial e o danifica seriamente".
Assim como Jesus, Estêvão é levado ao Sinédrio, onde, "como aconteceu com todos os mártires, acusaram-no com falsos testemunhos e com calúnias".
Diante dessas mentiras, "Estêvão denuncia corajosamente a hipocrisia com a qual os profetas e o próprio Cristo foram tratados". “Não usa meio termo, Estêvão fala claro, diz a verdade".
Essa clareza das palavras de Estêvão "causa a reação violenta dos ouvintes, e Estêvão é condenado à morte, à lapidação". Ele “mostra o verdadeiro rosto do discípulo de Cristo. Não busca escapatórias, não recorre a personalidades que poderiam salvá-lo, mas coloca sua vida nas mãos do Senhor”.
"Peçamos também ao Senhor que, olhando para os mártires de ontem e de hoje, possamos aprender a viver uma vida plena, acolhendo o martírio da fidelidade diária ao Evangelho e da confirmação a Cristo", concluiu o Santo Padre a sua catequese.
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São Cosme e São Damião, gêmeos mártires e padroeiros dos médicos

REDAÇÃO CENTRAL, 26 Set. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 26 de setembro, a Igreja celebra os mártires Cosme e Damião, irmãos gêmeos que, junto com São Lucas, são os padroeiros dos médicos católicos.

No Oriente, são chamados “os não cobradores”, porque exerciam a medicina sem cobrar nada aos pacientes pobres. A única coisa que pediam aos pacientes era que lhes permitissem falar por alguns minutos a respeito de Jesus Cristo e de seu Evangelho.
Lisias, o governador de Cilícia, desgostou-se muito porque estes dois irmãos propagavam efetivamente o cristianismo. Tentou inutilmente que deixassem de pregar e, como não conseguiu, mandou atirá-los ao mar. Mas, uma onda gigantesca os levou sãs e salvos à margem.
Então, o governador mandou que fossem queimados vivos, mas as chamas não os tocaram e, em troca, queimaram aos verdugos pagãos que queriam atormentá-los. O mandatário pagão mandou que lhes cortassem a cabeça. Finalmente, derramaram seu sangue por proclamar o amor ao Divino Salvador.
Junto ao túmulo dos dois irmãos gêmeos começou a realizar-se milagrosas curas. O imperador Justiniano de Constantinopla, padecendo de uma grave enfermidade, encomendou-se a estes dois santos mártires e foi curado inexplicavelmente.
São Cosme e Damião também são padroeiros dos cirurgiões, farmacêuticos, dentistas e faculdades de medicina.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF