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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Sínodo da Amazônia: Assim será a votação do documento final

Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia.
Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 24 Out. 19 / 02:30 pm (ACI).- Os trabalhos da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia com o título: "Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral" estão prestes a terminar. Falta somente a votação do documento final que agrupará as intervenções na assembleia e as relações dos círculos menores.
Na tarde de sexta-feira, 25 de outubro, será realizada a 15ª Congregação Geral, com a presença do Santo Padre, na qual serão eleitos os 15 membros do Conselho Especial para a Amazônia, que será o encarregado de colocar o Sínodo em prática, mas também será lido o documento final na Sala nova do Sínodo e o texto será entregue a cada um dos padres sinodais presentes para a leitura individual.
De fato, a manhã do dia seguinte será dedicada à leitura individual de todo o documento como preparação para a votação.
No sábado, 26 de outubro, será realizada a 16ª Congregação Geral, na qual os padres sinodais presentes votarão em segredo com o “placet” (aprovação) ou com o “non placet” (desaprovação) cada um dos números do documento final.
"O procedimento previsto para este Sínodo, assim como para os outros Sínodos, é que a votação seja número por número do documento, ainda não sabemos quantos, e que a aprovação prevista para a maioria de cada número é de dois terços", confirmou o prefeito do Dicastério de Comunicação, Paolo Ruffini.
Neste Sínodo, o número de padres sinodais com direito a voto é 185, mas poderão votar somente aqueles que estiverem presentes na sala, não é possível delegar a outra pessoa.
A lista de membros com direito a voto é composta pelos 113 bispos das dioceses da região Pan-Amazônica, os 13 chefes dos dicastérios da Cúria Romana, os membros do Conselho pré-sinodal e os membros nomeados pelo Papa Francisco.
Aqueles que não têm direito a voto são os especialistas, os auditores e auditoras, os delegados fraternos representando outras igrejas e denominações religiosas e membros da comissão para a informação.
O Papa Francisco também não vota, pois o documento final contém as propostas que serão entregues a ele.
Após a votação do documento, serão realizados os discursos finais e, em seguida, os padres sinodais cantarão o hino do Te Deum.
O documento final – com o resultado das votações – é entregue ao Pontífice e é ele quem decide se o torna público ou não. Nas recentes assembleias sinodais, o Papa Francisco sempre publicou este texto final.
No domingo, 27 de outubro, será realizado o encerramento solene com uma Santa Missa na Basílica de São Pedro.
ACI Digital

Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o primeiro santo brasileiro

REDAÇÃO CENTRAL, 25 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 25 de outubro a memória litúrgica do primeiro santo nascido no Brasil, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, conhecido como São Frei Galvão. O franciscano fundador do Mosteiro da Luz, que até hoje é referência na cidade de São Paulo, também é recordado por suas pílulas.

Antônio de Sant’Anna Galvão nasceu em Guaratinguetá (SP), no dia 10 de maio de 1739, em uma família que tinha muitas posses. Entretanto, abriu mão de tudo para atender ao chamado de Deus e seguir a vida religiosa.
Aos 16 anos, ingressou no Convento franciscano de São Boaventura de Macacu, no Rio de Janeiro. Em 1761, fez seus votos solenes e, um ano depois, foi admitido à ordenação sacerdotal. Frei Galvão, então, foi mandado para o Convento de São Francisco, em São Paulo, a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia e exercitar-se no apostolado.
Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. Atualmente o local é conhecido como Mosteiro da Luz, um patrimônio cultural da humanidade por decisão da UNESCO.
Mais tarde, em 1811, atendeu ao pedido do Bispo de São Paulo e fundou também o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba (SP).
Já com a saúde debilidade, Frei Galvão recebeu autorização especial para morar no Recolhimento da Luz, onde passou os últimos dias de sua vida, aos cuidados das religiosas. Até que, em 23 de dezembro de 1822, faleceu aos 84 anos, com fama de santidade devido a toda uma vida dedicada a Cristo e às obras de caridade.
Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998 e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo Papa Bento XVI, em São Paulo.
As pílulas de Frei Galvão
Segundo consta, Frei Galvão ia às casas orar com as famílias pelas senhoras grávidas que tinham dificuldades de parto natural. Certo dia, foi procurado por um senhor aflito, porque sua esposa estava em trabalho de parto e em risco de perder a vida.
O franciscano escreveu em três pequenos papéis um trecho do Ofício da Santíssima Virgem, enrolou-os como pílulas e entregou-os ao homem. Este, por sua vez, deu à esposa e a criança nasceu com saúde.
Em outra ocasião, um jovem o teria procurado com dores causadas por cálculos renais. O Frei fez outras pílulas e também este rapaz ficou curado.
Até hoje, as pílulas são produzidas pelas Irmãs Concepcionistas, conforme as orientações de Frei Galvão, e entregues a pessoas que têm fé na intercessão deste santo.
ACI Digital

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Santo Antônio Maria Claret, fundador dos Missionários Claretianos

REDAÇÃO CENTRAL, 24 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ó Virgem e Mãe de Deus, bem sabeis que somos filhos e ministros vossos, formados por Vós mesma na frágua da vossa misericórdia e amor”, costumava dizer Santo Antônio Maria Claret, cuja festa é celebrada neste dia 24 de outubro.

Santo Antônio Maria Claret nasceu em Sallent, Barcelona (Espanha), em 1807. Em sua juventude, foi trabalhador têxtil e é considerado o padroeiro dos tecelões. Desde a infância, destacou-se por seu amor à Eucaristia e à Virgem.
Um dia, estando na praia com alguns amigos, começou a refrescar os pés. Então, veio uma onda gigantesca e o arrastou para o mar. Por não saber nadar, quando começou a se afogar, gritou: “Virgem Santa, salva-me”. Imediatamente, estava na margem e com a roupa totalmente seca.
Mais tarde, ingressou no seminário e foi ordenado sacerdote. Seu desejo de ser missionário o levou às Ilhas Canárias e depois a Cuba, onde foi Arcebispo de Santiago. Ali, trabalhou buscando semear o amor e a justiça contra a discriminação racial e a injustiça social. Isto lhe rendeu alguns inimigos.
Foi ferido por um malfeitor contratado que queria cortar sua garganta com uma faca, mas só atingiu parte do rosto e o braço direito. Posteriormente, voltou para a Espanha, após ter ganhado o carinho dos cubanos.
Era muito devoto da Virgem e rezava constantemente o Santo Rosário: “Reza o Santo Rosário todos os dias com devoção e fervor e vereis como Maria Santíssimo será vossa Mãe, vossa advogada, vossa medianeira, vossa mestra, vosso tudo depois de Jesus”, dizia.
Em sua vida, fundou a Comunidade de Missionários do Coração de Maria, hoje chamados Missionários Claretianos, e as Missionárias Claretianas.
ACI Digital

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Bispos da Polônia pedem que São João Paulo II seja Doutor da Igreja

Retrato de São João Paulo II na Igreja Seminário de Lublin /
Crédito: Zbigniew Kotyłły - Wikimedia Commons (CC BY-SA 3.0)
VARSOVIA, 22 Out. 19 / 05:00 pm (ACI).- Em nome de todos os bispos da Polônia, o presidente da Conferência Episcopal, Dom Stanislaw Gądecki, pediu ao Papa Francisco que São João Paulo II seja proclamado Doutor da Igreja e padroeiro da Europa.
O pedido foi apresentado nesta terça-feira, 22 de outubro de 2019, dia da festa de São João Paulo II, durante o congresso do movimento “Europa Christi” realizado no país. Além disso, recebeu o apoio do Arcebispo Emérito de Cracóvia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi secretário pessoal de João Paulo II durante 40 anos.
“O Pontificado do Papa polonês era repleto de decisões revolucionárias e de acontecimentos importantes que mudaram o rosto do papado e influenciaram o curso da história europeia e mundial”, escreveu Dom Gądecki em uma carta enviada ao Papa Francisco.
Do mesmo modo, enfatizou que “a riqueza do Pontificado de São João Paulo II – chamado por muitos historiadores e teólogos João Paulo II, o Grande – nasceu da riqueza de sua personalidade: poeta, filósofo, teólogo e místico, que se realizava em muitas dimensões, do trabalho pastoral e do ensino, guiando a Igreja universal, até o testemunho pessoal da santidade da vida”.
Dom Gądecki destacou que o grande sucesso do pontificado de São João Paulo II, de 1978 a 2005, foi a sua contribuição à liberação de sua pátria do domínio comunista e a restauração da unidade na Europa, depois de mais de cinquenta anos de divisão simbolizada pela Cortina de Ferro.
“Após o anúncio unificador e cultural do Evangelho pelos Santos Cirilo e Metódio e por São Adalberto, mais de mil anos mais tarde, os frutos de suas atividades – não apenas em termos sociais, mas também religiosos – encontraram o seu protetor e continuador na pessoa do Papa polonês”, comentou o presidente dos bispos poloneses.
O Cardeal Dziwisz apoiou o pedido de Dom Gądecki e disse que “o legado do Papa Wojtyła é uma síntese rica, multifacetada e original de várias linhas de pensamento humano”.
“Não há dúvida de que ainda permanece – e permanecerá por muito tempo – um elemento essencial de um projeto de renovação cultural em escala global. Na minha opinião, estas são ao mesmo tempo as principais razões pelas quais João Paulo II deveria ser reconhecido como Doutor da Igreja e co-Padroeiro de nossa casa europeia”, acrescentou o Cardeal.
Durante o congresso, o Arcebispo Emérito de Cracóvia disse que o pedido não significa retornar ao passado, mas está certo de que os ensinamentos de João Paulo II poderiam ajudar a Europa a sair de sua atual “crise cultural”.
 “O pensamento de João Paulo II é de fato absolutamente moderno, original e criativo, mas, ao mesmo tempo, permanece nobremente clássico. O difícil equilíbrio de Wojtyła entre tradição e modernidade trouxe um sopro de grande frescor à vida da Igreja e, por meio dela, no espaço universal da cultura, da política e da ciência em geral”, expressou.
“Deste ponto de vista, o Papa Santo se tornou um verdadeiro mestre e Doutor da Igreja e, com isso, um guardião fundamental dos valores europeus, que constituem o fundamento irremovível da civilização contemporânea”, concluiu o Cardeal Dziwisz.
ACI Digital

São João Paulo II, o Papa da família e peregrino

REDAÇÃO CENTRAL, 22 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Não, não tenhais medo! Antes, procurai abrir, melhor, escancarar as portas a Cristo”, disse São João Paulo II ao iniciar o seu pontificado. Aquela data marcou a história do Papa polonês, tanto que a Igreja determinou este mesmo dia, 22 de outubro, como data da memória litúrgica do santo.

Karol Wojtyla nasceu em 18 de maio de 1920, na cidade de Wadowice, na Polônia, onde viveu até 1938, quando se mudou para Cracóvia. Teve uma juventude muito dura pelo ambiente de ódio e destruição da Segunda Guerra Mundial com a invasão nazista. No outono de 1940, trabalhou como operário nas minas de pedra e depois numa fábrica química.
Mantendo-se firme na fé, em outubro de 1942, entrou no seminário clandestino de Cracóvia e foi ordenado sacerdote em 1º de novembro de 1946.
Em 1958, foi ordenado Bispo, adotando como lema episcopal a expressão mariana Totus tuus (todo teu) de São Luís Maria Grignion de Montfort. Inicialmente, foi Bispo auxiliar e, a partir de 1964, Arcebispo de Cracóvia.
Participou em todas as sessões do Concílio Vaticano II, tendo deixado importantes contribuições nas constituições dogmáticas ‘Gaudium et Spes’ e ‘Lumen Gentium’. Em 26 de junho de 1967, foi criado Cardeal pelo Beato Papa Paulo VI.
Quando, de maneira repentina, João Paulo I faleceu, em 1978, Karol Wojtyla foi eleito Supremo Pontífice, na tarde de 16 de outubro, depois de oito escrutínios. Primeiro Pontífice eslavo da história e primeiro não italiano depois de quase meio milênio.
De personalidade carismática, afirmou-se imediatamente pela grande capacidade comunicativa e pelo estilo pastoral fora dos esquemas. Com grande vigor, realizou muitas viagens: foram 104 internacionais e 146 na Itália; 129 países visitados nos cinco continentes. Estes dados lhe renderam o apelido de Papa peregrino.
O Brasil recebeu a graça de sua visita em três ocasiões. A primeira, em 1980, foi também a primeira vez que um Pontífice pisava em solo brasileiro. Na ocasião, presidiu beatificação do jesuíta espanhol José de Anchieta, fundador da cidade de São Paulo, que foi canonizado em 2014 pelo Papa Francisco. A segunda foi em 1991, quando visitou a Bem-Aventurada Irmã Dulce, em Salvador. A terceira e última aconteceu em 1997, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, no Rio de Janeiro.
Este encontro com as famílias, aliás, foi idealizado por São João Paulo II. Tal iniciativa, junto a outras ações em favor da vida e da família (entre elas a exortação apostólica ‘Familiaris Consortio’ e a carta encíclica ‘Evangelium Vitae’), fizeram com que ficasse conhecido como o Papa da Família.
Também foi uma iniciativa sua as Jornadas Mundiais da Juventude, nas quais se reuniu com milhões de jovens de todo o mundo.
Entre os números de seu pontificado, podem ser mencionadas as frequentes cerimônias de beatificação e canonização, durante as quais foram proclamados 1.338 beatos e 482 santos.
São João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005 às 21h37, na noite prévia ao Domingo da Divina Misericórdia, data que ele mesmo instituiu.
Após 26 dias do seu falecimento, Bento XVI concedeu a dispensa dos cinco anos de expectativa prescritos permitindo o início da causa de canonização. Em 1º de maio de 2011, Bento XVI o proclamou beato e, em 27 de abril de 2014, Papa Francisco o canonizou.
ACI Digital

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Santa Úrsula, padroeira das jovens e estudantes

REDAÇÃO CENTRAL, 21 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 21 de outubro, a Igreja celebra Santa Úrsula, padroeira das jovens e estudantes, que foi martirizada junto com um grupo de virgens.

Conta a tradição que Santa Úrsula era filha de um rei inglês. Para adiar o casamento com um príncipe pagão, viajou com algumas donzelas em peregrinação a Roma.
Após seu retorno, em Colônia (Alemanha), foram capturadas pelos hunos. Santa Úrsula rejeitou a proposta de casamento com o chefe dos bárbaros e ela e suas amigas foram martirizadas por sua fé.
Santa Úrsula apareceu à Santa Ângela de Mérici, que fundou a primeira ordem de mulheres dedicadas à formação cristã de meninas, chamadas Ursulinas.
ACI Digital

domingo, 20 de outubro de 2019

29º Domingo do Tempo Comum- Ano C: REZAR SEMPRE!

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A Palavra de Deus nos leva, hoje,  a refletir sobre a oração em nossa vida. O Evangelho proclamado ressalta a necessidade da perseverança na oração. No início, São Lucas explica que “Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre e nunca desistir” (Lc 18,1). A viúva que recorre ao juiz, com insistência, clamando por justiça, torna-se modelo da perseverança na oração para os discípulos de Cristo. Além disso, destaca-se a resposta de Deus, que ouve a prece perseverante dos “que dia e noite gritam por ele” (Lc 18,7). A parábola se conclui com uma interrogação de Jesus que nos faz pensar na importância da fé para a oração: “O Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lc 18,8). A oração brota do coração e dos lábios de quem crê em Deus e, por isso, nele confia e espera.
O livro do Êxodo apresenta o exemplo de constância na oração deixado por Moisés. Ele intercede pelo povo que passava por grande dificuldade a caminho da nova terra. As suas mãos levantadas em oração eram condição para alcançarem a vitória. “Enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia” (Ex 17,11). Quando ele não conseguia mais conservar as mãos erguidas, foram ajudá-lo. Quando necessário, nós também devemos ajudar os irmãos a perseverarem na oração e na vida cristã.
A verdadeira oração é acompanhada da vivência da Palavra de Deus. A segunda Carta de São Paulo a Timóteo destaca a importância da Sagrada Escritura. Ela tem “o poder de comunicar a sabedoria”, sendo “útil para ensinar, para argumentar, para corrigir e para educar na justiça” (2Tm 3,15-16). Por isso, a Palavra deve ser proclamada com insistência.
Neste espírito de oração confiante e perseverante, nós rezamos o Salmo 120, afirmando: “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra”.
Continuamos a viver o Mês Missionário Extraordinário, celebrando o Dia Mundial das Missões. Rezemos pelos missionários presentes no mundo inteiro, especialmente na Amazônia. Como sinal de comunhão e de apoio aos missionários, realiza-se hoje, em todo o mundo, a coleta para as Missões. Reze e participe da coleta missionária. Seja também missionário, na vida cotidiana. O tema deste Mês Missionário nos recorda que somos “batizados e enviados”. Unidos ao Papa Francisco, nós continuamos a acompanhar, com a nossa oração e o nosso testemunho de comunhão eclesial. o Sínodo Especial para a Amazônia, que entra na sua semana conclusiva.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus


sábado, 19 de outubro de 2019

São Pedro de Alcântara, padroeiro do Brasil

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- No mês de outubro a Igreja celebra não só a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, como também o padroeiro do país, São Pedro de Alcântara, cuja memória litúrgica é recordada neste dia 19 de outubro. Franciscano, o santo teve sua vida marcada pela penitência e mortificações.

Nasceu em 1499, em Alcântara, na Espanha, e desde pequeno cultivou a oração. Estudou na Universidade de Salamanca, onde descobriu sua vocação e decidiu entrar para a Ordem dos Franciscanos, embora seu pai desejasse que ele seguisse carreira na área de Direito.
Pedro foi ordenado sacerdote e se tornou exemplo de uma vida dedica à oração, ao jejum, ao desapego dos bens materiais e severo exercício de penitências e mortificações. Usava um hábito surrado e tinha poucas horas de sono por dia.
Tornou-se superior de vários conventos, sendo um modelo em estrita conformidade com as regras da comunidade. Suas orações levaram muitos à conversão.
A fim de que os religiosos vivessem mais a mortificação, oração e meditação, São Pedro de Alcântara fundou o ramo franciscano de “estrita observância” ou “Alcantarinos”.
Entre seus amigos, encontram-se São Francisco de Borja e Santa Teresa D’Ávila, de quem foi diretor espiritual e apoiou nas reformas da Ordem das Carmelitas.
Aos 63 anos, em 1562, morreu de joelhos, dizendo as palavras do Salmo 121: “Que alegria quando me vieram dizer: Vamos subir à casa do Senhor”.
Santa Teresa D’Ávilla disse que São Pedro de Alcântara apareceu para ela após sua morte e disse: “Felizes sofrimentos e penitência na terra, que me conseguiram tão grandes recompensas no céu”.
Durante sua vida, sendo um notável pregador, foi o confessor do Rei Dom João III, de Portugal. Tornou-se, mais tarde, o santo de devoção da Família Real. Seu nome, Pedro de Alcântara, foi escolhido como nome de batismo dos dois imperadores do Brasil – Dom Pedro I e Dom Pedro II.
Foi Dom Pedro I quem solicitou ao Papa que proclamasse São Pedro de Alcântara padroeiro do Brasil. E, assim foi feito, em 1826, pelo Papa Leão XII.
Confira a seguir a oração a São Pedro de Alcântara:
Ó grande amante da Cruz e servo fiel do divino Crucificado, São Pedro de Alcântara; à vossa poderosa proteção foi confiada a nossa querida Pátria brasileira com todos os seus habitantes. Como Varão de admirável penitência e altíssima contemplação, alcançai aos vossos devotos estes dons tão necessários à salvação. Livrai o Brasil dos flagelos da peste, fome e guerra e de todo mal. Restituí à Terra de Santa Cruz a união da fé e o verdadeiro fervor nas práticas da religião.
De modo particular, vos recomendamos, excelso Padroeiro do Brasil, aqueles que nos foram dados por guias e mestres: os padres e religiosos. Implorai numerosas e boas vocações para o nosso país. Inspirai aos pais de família uma santa reverência a fim de educarem os filhos no temor de Deus não se negando a dar ao altar o filho que Nosso Senhor escolher para seu sagrado ministério.
Assisti, ó grande reformador da vida religiosa, aos sacerdotes e missionários nos múltiplos perigos de que esta vida está repleta. Concede-lhes a graça da perseverança na sublime vocação e na árdua tarefa que por vontade divina assumiram.
Lá dos céus onde triunfais, abençoai aos milhares de vossos protegidos e fazei-nos um dia cantar convosco a glória de Deus na bem-aventurança eterna. Assim seja!
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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

São Lucas Evangelista, o padroeiro dos médicos

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 18 de outubro, a Igreja celebra a memória litúrgica de São Lucas Evangelista, o autor do terceiro Evangelho e dos Atos dos Apóstolos e o que mais fala sobre a Virgem Maria. Médico, tornou-se também padroeiro desses profissionais.

São Lucas, cujo nome significa “portador de luz”, foi introduzido na fé por volta do ano 40. Ele nunca conheceu Jesus, mas conheceu São Paulo, de quem foi discípulo. Foi educado na literatura e na medicina. É o único escritor do Novo Testamento que não é israelense e dirigiu sua mensagem aos cristãos gentios.
No prólogo de seu Evangelho, diz que o escreveu para que os cristãos conhecessem melhor as verdades nas quais tinham sido instruídos. Era, acima de tudo, um historiador e escrevia principalmente para os gregos.
São Lucas traça a biografia da Virgem e fala da infância de Jesus. Ele traz os segredos da Anunciação, da Visitação e do Natal, fazendo entender que tenha conhecido pessoalmente Maria.
Em seu Evangelho, destaca o cuidado especial para com os pobres, os pecadores arrependidos e a oração.
A tradição diz que ele morreu como um mártir pendurado em uma árvore na Acaia. É representado com um livro ou como um touro alado, pois inicia o Evangelho falando do templo, onde eram imolados os bois, e começa com o sacrifício do sacerdote Zacarias.
Além dos médicos, São Lucas é padroeiro dos cirurgiões, solteiros, açougueiros, encadernadores, escultores, artistas notários e diz-se que ele também era um pintor da Virgem.
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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Santo Inácio de Antioquia, o primeiro a chamar a Igreja de “Católica”

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Out. 19 / 05:00 am (ACI).- “Onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica”, escreveu Santo Inácio de Antioquia, atribuindo pela primeira vez o adjetivo Católica (Universal) à Igreja. Sua festa é celebrada neste dia 17 de outubro.

Santo Inácio se tornou o terceiro bispo de Antioquia (70-107 d.C.), onde São Pedro foi o primeiro.
No caminho para o seu martírio em Roma, Santo Inácio ia encorajando as igrejas das diversas cidades. Orientou sempre para a união com Cristo e se definiu como “um homem a quem foi encomendada a tarefa da unidade”.
Em uma carta aos cristãos de Trali disse: “Amai-vos uns aos outros com um coração indiviso. O meu espírito oferece-se em sacrifício por vós, não só agora, mas também quando tiver alcançado Deus… Que possais ser encontrados em Cristo sem mancha”.
Morreu devorado por feras. Ele é chamado “Padre Apostólico” por ter sido discípulo de São Paulo e São João.
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Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF