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sábado, 9 de novembro de 2019

O que é uma basílica e por que é importante?

Basílica de São Pedro / Foto: Ximena Rondón (ACI Prensa)
REDAÇÃO CENTRAL, 05 Ago. 19 / 03:00 pm (ACI).- Muitos católicos se perguntam por que na Igreja Católica há alguns templos com o título de basílicas e por que são tão importantes para a vida de fé.

Este artigo foi criado especialmente para responder a essas dúvidas.
A palavra “basílica” vem do latim basilica, que deriva do grego basiliké. Significa “casa real”.
No período do Império Romano, era o lugar onde estava localizado o tribunal de justiça.
Ao longo da história, os Papas outorgaram o  título de “basílica” a um templo devido à sua importância espiritual e histórica.
Uma basílica é o centro espiritual e evangelizador de uma comunidade e também serve para difundir uma devoção especial à Virgem Maria, a Jesus ou a algum santo.
As celebrações litúrgicas que acontecem nelas também devem ser celebradas em outras igrejas da diocese.
As basílicas também acolhem tesouros sagrados da Igreja Católica, como túmulos e relíquias de santos; e promovem a divulgação dos documentos da Santa Sé.
Tipos de basílica
Existem quatro templos que levam o título de basílica maior em Roma: a Basílica de São Pedro, a Basílica de Santa Maria Maior, a Basílica de São Paulo Extramuros e a Basílica de São João de Latrão.
Uma basílica maior tem um altar maior no qual apenas o Papa e seus delegados podem celebrar a Missa. Além disso, distingue-se porque tem uma Porta Santa que os fiéis podem cruzar durante um Ano Santo para ganhar uma indulgência plenária.
As basílicas menores são os templos que receberam esse título por uma concessão do Papa ou da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
Geralmente são santuários e catedrais que recebem um grande número de peregrinos pelos tesouros sagrados que guardam ou pela sua importância histórica. No total, existem mais de 1500 basílicas menores em todo o mundo.
Algumas das mais conhecidas na Itália são a de São Lourenço Extramuros, em Roma, a de São Francisco e Santa Maria dos Anjos, em Assis, a terra do santo dos estigmas.
Em outros países são conhecidas a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, a Basílica do Sagrado Coração (Sacré-Coeur), na França, a Igreja da Sagrada Família, em Barcelona, a Basílica de Nossa Senhora de Luján, na Argentina, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá, na Colômbia, e a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil.
As partes de uma basílica
A parte exterior de uma basílica se chama átrio. O vestíbulo interior se chama nártex e depois a nave central, onde se reúnem os fiéis, e as naves laterais, onde costumam estar os confessionários, as capelas e o batistério.
Na abside, a cabeceira do templo, está o altar maior, que geralmente está coberto por um baldaquino, um tipo de cúpula sustentada por quatro colunas. O baldaquino mais conhecido é o de Bernini, que está em cima do altar maior da Basílica de São Pedro.
Em algumas basílicas, como São Pedro e São Paulo Extramuros, embaixo do altar maior está o túmulo de um santo ou mártir.
Na parte de trás do baldaquino está o trono onde o Bispo ou o Papa se senta, caso visitem o templo.
Na parte lateral do baldaquino estão as sacristias.
A Basílica mais antiga do mundo é a de São João de Latrão. Construída no palácio da família nobre dos Lateranos que o Imperador Constantino entregou à Igreja Católica. O Papa São Silvestre consagrou o templo no ano 324.
ACI Digital

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Bíblias mais antigas?

Written by Veritatis Splendor


Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Qual é a versão mais antiga da Bíblia: a católica ou a não-católica?

A versão católica é mais de 1000 anos mais antiga que qualquer versão não-católica:
a) A fonte da versão católica (que contém os sete livros que faltam [na versão não-católica]) é chamada de “Versão da Septuaginta” e data de 280 a.C.. Ela foi usada por Cristo e pelos Apóstolos. A fonte da versão não-católica (o Texto Massorético) não surgiu senão cerca de 1000 anos depois.
b) O cânon (ou lista oficial de livros) foi estabelecido pelo Concílio de Cartago em 397 d.C.. Foi mais de mil anos depois (em 1534) que a primeira Bíblia não-católica – a luterana – surgiu como um Antigo e Novo Testamento completos.

Veritatis Splendor

Que diferença? Qual Igreja?

Written by Veritatis Splendor


Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
Fonte: Livro The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Não é verdade que todas as igrejas são boas e que não faz diferença no que acreditamos, bastando viver corretamente?
Não, isso não é verdade pois:
a) Isso significaria que verdade e falsidade seriam igualmente agradáveis ​​a Deus;
b) A unidade pela qual Cristo orou seria uma impossibilidade;
c) Faz diferença no que cremos e praticamos:
– “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (São Mateus 16,16);
– “Quem vos ouve, ouve a Mim; quem vos rejeita, rejeita a Mim; e quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou” (São Lucas 10,16);
– “Mas se ele se recusar a ouvir até a Igreja, seja como um pagão e publicano” (São Mateus 18,17).

Veritatis Splendor

Santo Adeodato I, Papa

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Santo Adeodato foi o Papa número 68 de Igreja, que, segundo a tradição, usou pela primeira vez o selo papal nos documentos pontifícios. Do mesmo modo, diz-se que curava diferentes tipos de doenças apoiando apenas seus lábios nas feridas dos enfermos.

O Martirológio Romano menciona o fato de que certa vez curou um leproso ao beijar-lhe as feridas.
Foi eleito Papa em 19 de outubro de 615, depois de ter sido sacerdote por 40 anos. Seu pontificado durou apenas 3 anos. Nasceu em Roma em um tempo em que a Itália estava a mercê dos lombardos e do Império Bizantino.
Santo Adeodato foi filho de um subdiácono chamado Estêvão. Quando jovem, ingressou no mosteiro beneditino de Roma dedicado a Santo Erasmo.
No século VII, Roma estava sendo assolada por desordem, guerras e uma mortal epidemia de peste. Se não bastasse isso, em agosto de 618, a Cidade Eterna foi vítima de um terremoto.
Diante das tragédias, Adeodato manteve a serenidade e preocupou-se em ajudar e consolar os danificados, os enfermos e os leprosos. É atribuída a ele a capacidade milagrosa de ter curado muitas pessoas da peste.
Morreu santamente em novembro de 618.
ACI Digital

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

São Bartolomeu dos Mártires

Braga, 07 Nov. 19 / 12:30 pm (ACI).- Neste fim de semana, a Igreja em Portugal irá celebrar a canonização de Frei Bartolomeu dos Mártires, que foi aprovada pelo Papa Francisco em 6 de julho deste ano.

O Santo Padre aprovou os votos favoráveis dos membros da Congregação para as Causas dos Santos e estendeu o culto litúrgico em honra a este arcebispo português a toda a Igreja, “inscrevendo-o no livro dos santos” por “canonização equipolente” (dispensando o milagre requerido após a beatificação).
No sábado, 9 de novembro, será realizada uma vigília de oração na Diocese de Viana do Castelo. A cerimônia terá início às 21h, na Igreja de São Domingos, junto ao túmulo de Bartolomeu dos Mártires.
No dia seguinte, 10 de novembro, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, presidirá a Santa Missa na Catedral da Arquidiocese de Braga, com a leitura do decreto de canonização.
Estarão presentes na celebração várias autoridades civis, militares e acadêmicas, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e os bispos de Portugal e da Galiza.
Neste mesmo dia, se as condições meteorológicas permitirem, haverá uma procissão, saindo às 15h da Igreja de São Paulo, no Seminário Conciliar de Braga – fundado por São Bartolomeu dos Mártires – em direção à Sé Catedral.
Bartolomeu dos Mártires nasceu em Lisboa, Portugal, em 3 de maio de 1514, e faleceu na também localidade portuguesa de Viana do Castelo, em 16 de julho de 1590. Pertencia à Ordem dos Pregadores Menores, dominicanos, e foi Arcebispo de Braga, sendo responsável pelo território que hoje corresponde às dioceses de Braga, Viana do Castelo, Bragança-Miranda e Vila Real. 
Recebeu o hábito dominicano em 11 de novembro de 1528 e realizou seus estudos filosóficos e teológicos no mosteiro de Lisboa. Depois de ensinar em diferentes conventos de Lisboa, foi confirmado pelo Papa Paulo IV como Arcebispo de Braga, em 27 de janeiro de 1559, e ordenado bispo em 3 de setembro do mesmo ano.
Entre 1561 e 1563, participou do Concílio de Trento. Em 23 de fevereiro de 1582, renunciou ao cargo de Arcebispo de Braga e retirou-se no convento dominicano de Santa Cruz de Viana do Castelo, onde morreu em 16 de julho de 1590, aclamado pelo povo como o "Santo Arcebispo".
ACI Digital

São Leonardo de Noblac, padroeiro das parturientes e dos prisioneiros

REDAÇÃO CENTRAL, 06 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 6 de novembro, a Igreja Católica celebra a festa de São Leonardo de Noblac, padroeiro dos prisioneiros e das parturientes. Em sua honra foram construídas centenas de igrejas e capelas.

São Leonardo nasceu em Galia, entre 491 e 518, em uma família nobre de Roma. São Remígio, Bispo de Reims, o conduziu ao apostolado e à caridade.
Rechaçou o episcopado oferecido pelo rei Clóvis, retirou-se a um convento de Micy e depois a um bosque de Aquitania (França). Mais tarde, recebeu de um rei uma terra em Noblac.
São Leonardo conseguiu a libertação de vários prisioneiros graças a um privilégio que obteve do rei, assim como fazia São Remígio.
Em certa ocasião, ajudou a rainha, que de repente sentiu as dores de parto. As orações e cuidados de São Leonardo permitiram que desse à luz a criança sem complicações particulares.
ACI Digital

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Como reagiria se neste Natal recebesse esta Carta do Menino Jesus?

Imagem do Menino Jesus. Foto: Domínio Público.
REDAÇÃO CENTRAL, 21 Dez. 16 / 04:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Natal está próximo e com ele os presentes, a ceia natalina, as atividades na paróquia, as viagens etc. Uma série de atividades que poderiam fazer esquecer o verdadeiro aniversariante. Por isso, compartilhamos esta história sobre o verdadeiro sentido do Natal intitulada “Carta de Jesus”.
Querido Amigo:
Olá, eu te amo muito. Como você sabe, já se aproxima novamente a data na qual celebram o meu nascimento.
No ano passado fizeram uma grande festa para mim e tenho a impressão de que este ano ocorrerá o mesmo. A final de contas, há alguns meses estão fazendo compras para esta ocasião e quase todos os dias anunciam e avisam que faltam poucos dias para esta celebração.
Na verdade, passam dos limites, mas é agradável saber que pelo menos em um dia do ano pensam em mim. Há muito tempo, compreendiam e agradeciam de coração tudo o que eu fiz por toda a humanidade.
Mas hoje em dia, tenho a impressão de que a maioria das pessoas quase não sabe por que celebra o meu aniversário.
Por outra parte, gosto que as pessoas se reúnam e fiquem felizes e me alegra sobretudo que as crianças se divirtam tanto; mas ainda assim, acredito que a maioria das pessoas não sabe bem do que se trata. Você não acha?
Como aconteceu, por exemplo, no ano passado. Ao chegar o dia do meu aniversário, fizeram uma grande festa, mas pode acreditar que nem sequer me convidaram? Imagina! Eu era o convidado de honra! Mas esqueceram-se completamente de mim!
Estavam preparando as festas durante dois meses e, quando chegou o grande dia, me deixaram fora da celebração. Já aconteceu isso comigo tantas vezes que na verdade, não me surpreendi.
Embora não tenham me convidado, tive a ideia de entrar na festa sem fazer barulho. Entrei e fiquei em um cantinho. Imagina que ninguém notou a minha presença? Nem perceberam que eu estava ali.
Todos estavam bebendo, rindo e aproveitando bastante, quando de repente chegou um homem gordo, vestido de vermelho, com uma barba postiça branca, gritando: “Ho, ho, ho!”.
Parecia que tinha bebido muito e, depois de muito esforço, chegou ao lugar onde estavam os presentes, enquanto todos o felicitavam.
Quando se sentou em uma grande poltrona, todas as crianças, emocionadíssimas, se aproximaram dele correndo e dizendo: “Papai Noel!” Como se ele fosse o homenageado e toda a festa fosse em sua honra.
Aguentei aquela “festa” até onde pude, mas ao final fui embora. Caminhando pela rua me senti solitário e triste. O que mais me assombra de como a maioria das pessoas comemora o dia do meu aniversário é que em vez de me dar presentes, presenteiam uns aos outros e isto é um absurdo, pois quase sempre são objetos que nem sequer precisam ganhar.
Vou te fazer uma pergunta: Você não acharia estranho que ao chegar seu aniversário todos os seus amigos decidissem comemorar dando presentes uns aos outros e não dessem nada para você? Pois isto é o que acontece comigo a cada ano!
Uma vez alguém me disse: “É que você não é como outros, nunca te vemos; como é que vamos presenteá-lo?”. Já imaginará o que eu lhe respondi.
Eu sempre digo: “Você pode dar de presente comida e roupa aos pobres, ajudar a quem necessita. Pode visitar os órfãos, doentes e aqueles que estão na prisão. Tudo o que você der aos seus semelhantes para aliviar os seus sofrimentos, considerarei como se tivesse me entregado pessoalmente” (Mateus 25,34-40).
Nesta época, muitas pessoas, em vez de pensar em dar presentes, fazem bazares ou vendas na sua garagem, onde vendem qualquer coisa a fim de arrecadar até o último centavo para suas novas compras de Natal.
E em pensar no bem e felicidade que poderiam levar aos bairros marginalizados, aos orfanatos, aos asilos, às prisões ou aos familiares dos detentos!
Infelizmente, a cada ano que passa é pior. Chega o dia do meu aniversário e só pensam nas compras, nas festas e nas férias e eu de jeito nenhum apareço em tudo isto. Além disso, a cada ano os presentes de Natal, pinheiros e enfeites são mais sofisticados e mais caros, as pessoas gastam verdadeiras fortunas tentando impressionar os seus amigos.
Isto acontece inclusive nos templos. E só de pensar que eu nasci em uma manjedoura, rodeado de animais porque não tinha outro lugar.
Ficaria muito mais feliz de nascer todos os dias no coração dos meus amigos e que me permitissem morar aí para ajudá-los a cada dia em todas assuas dificuldades, para que possam experimentar o grande amor que sinto por todos; porque não sei se você saiba, mas há mais de 2 mil anos entreguei a minha vida para te salvar da morte e mostrar o grande amor que sinto por você.
Por isso, peço que me deixe entrar no seu coração. Durante vários anos estou tentando entrar, mas até hoje não me deixaste. “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos”. Confia em mim, abandone-se em mim. Este será o melhor presente que poderá me dar. Obrigado.
Seu amigo,
Jesus.
ACI Digital

São Zacarias e Santa Isabel, pais de João Batista

REDAÇÃO CENTRAL, 05 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- “Ambos eram justos diante de Deus e observavam irrepreensivelmente todos os mandamentos e preceitos do Senhor”, afirma São Lucas em seu Evangelho (Lc 1,6) sobre São Zacarias e Santa Isabel – pais de São João Batista e tios de Jesus –, cuja festa litúrgica é celebrada neste dia 5 de novembro.

Conforme São Lucas descreve no primeiro capítulo de seu Evangelho, Zacarias pertencia à classe sacerdotal de Abias e Isabel era descendente de Aarão. Ambos eram de idade avançada e não tinham filhos, pois Isabel era estéril.
Certo dia, coube a Zacarias ingressar no “Santuário do Senhor” para oferecer o perfume. Então, um anjo do Senhor apareceu e lhe disse que sua esposa lhe daria um filho ao qual chamaria João.
“Irá adiante de Deus com o espírito e poder de Elias para reconduzir os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto”, disse o anjo a Zacarias.
Zacarias perguntou como poderia ter certeza disso, porque ele e sua esposa eram idosos. O anjo, então, respondeu que ele era Gabriel, o que está diante de Deus, e que tinha sido enviado para lhe falar e anunciar esta boa notícia. Em seguida, disse-lhe que ficaria mudo por não ter acreditado.
Quando Zacarias voltou para casa, sua esposa Isabel concebeu um filho e ela pensava: “Eis a graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim para tirar o meu opróbrio dentre os homens”.
Depois que o anjo Gabriel apareceu à Virgem Maria, a Mãe de Deus foi ajudar Isabel, que ao vê-la exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”.
Quando João nasceu, todos se alegraram da misericórdia de Deus. No dia da circuncisão, todos queriam chamá-lo como seu pai. Entretanto, Isabel comunicou que se chamaria João. Zacarias confirmou, escrevendo esse nome em uma tabuinha e imediatamente voltou a falar.
Finalmente, o pai de São João Batista, louvando a Deus, pronunciou o famoso “Cântico de Zacarias”, uma das orações que os sacerdotes e religiosos rezam todas as manhãs em suas orações chamadas ‘Laudes’.
ACI Digital

São Carlos Borromeu, patrono de São João Paulo II

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 4 de novembro, a Igreja celebra São Carlos Borromeu, o santo padroeiro de São João Paulo II e muito ligado à vida do Pontífice polonês. Conheça a história do valente São Carlos, que também é padroeiro dos catequistas e seminaristas.

São Carlos Borromeu nasceu na Itália em 1538, em uma família muito rica. Era sobrinho do Papa Pio IV e ocupou altos cargos eclesiásticos, chegando a ser Arcebispo de Milão e Cardeal.
Sua participação no Concílio de Trento foi a chave para este chegar a um término, no qual foram aprovados muitos decretos dogmáticos e disciplinares.
São Carlos se preocupou bastante com a formação dos sacerdotes. Destituiu alguns presbíteros indignos e os substituiu por pessoas que restauraram a fé e os costumes do povo.
A vida de São Carlos Borromeu correu grave perigo quando a ordem religiosa dos Humiliati, que possuía muitos mosteiros, terras e membros corrompidos, tentou desprestigiá-lo para que o Papa anulasse as disposições do santo. Não alcançando este objetivo, três priores da ordem armaram um complô para matá-lo.Jerónimo Donati, um mau sacerdote da ordem, aceitou assassiná-lo por 20 moedas de ouro e disparou contra ele quando estava rezando na capela de sua casa, mas a bala só tocou a roupa e o manto do Cardeal.
Quando se propagou em Milão uma terrível peste, São Carlos se dedicou aos cuidados dos enfermos. Como seu clero não era o suficiente para atender as vítimas, pediu ajuda aos superiores das comunidades religiosas e imediatamente muitos religiosos se ofereceram como voluntários.
Borromeu não se contentou em rezar e atender pessoalmente os moribundos, mas também esgotou seus recursos para ajudar os necessitados e contraiu grandes dívidas.
Foi amigo de São Francisco de Borja, São Felipe Neri, São Pio V, São Félix de Cantalício, Santo André Avelino e muitos outros. Chegou inclusive a dar a primeira comunhão ao adolescente São Luís Gonzaga.
Partiu para a Casa do Pai no dia 4 de novembro de 1584, sendo pobre e dizendo: “Já vou, Senhor, já vou”.
São Carlos Borromeu e São João Paulo II
Embora tenham vivido em épocas diferentes, os dois estão unidos por ter histórias parecidas que o próprio São João Paulo II ressaltou em sua audiência de 4 de novembro de 1981.
A primeira semelhança está no nome. “Karol” Wojtyla em português é “Carlos”, nome com o qual João Paulo II foi batizado, estando sob a proteção do santo para crescer na missão de ser filho adotivo de Deus.
“Eis o papel que São Carlos desempenha na minha vida e na vida de todos aqueles que usam o seu nome”, destacou.
A segunda semelhança é em uma arma. Assim como tentaram acabar com a vida do Arcebispo de Milão, no século XVI, o Papa peregrino enfatizou que o atentado que sofreu em maio de 1981 tinha lhe permitido “olhar para a vida de modo novo: esta vida cujo início anda unido à memória dos meus Pais e ao mesmo tempo ao mistério do Batismo e com o nome de São Carlos Borromeu”, assinalou.
O terceiro fato parecido está nos Concílios. São Borromeu participou no Concílio de Trento e São João Paulo II fez o mesmo no Vaticano II. Como seu padroeiro, o santo do século XX também introduziu os ensinamentos do Concílio em sua própria Arquidiocese.
Por último, está o amor pelos pobres e os doentes. João Paulo II é lembrado por visitar os mais necessitados e Borromeu não hesitou em ajudar pessoalmente os afetados pela praga.
Diz-se que São Carlos Borromeu era tão amado em Milão que quase ninguém dormiu na noite em que ele agonizava. E João Paulo II manteve o mundo em oração antes de morrer.
“Olhando para a minha vida na perspectiva do Batismo, olhando através do exemplo de São Carlos Borromeu, agradeço a todos os que, hoje, em todo o período passado e continuamente ainda agora, me sustentam com a oração e por vezes também com grande sacrifício pessoal”, disse naquela ocasião o santo polonês.
ACI Digital

domingo, 3 de novembro de 2019

Igrejas Militante, Padecente, Gloriosa: uma só e mesma Igreja

Redação (Sexta-feira, 01-11-2019, Gaudium Press) A caridade, mais forte do que a morte, uniu-as do céu à terra, e da terra ao purgatório, e é pelo mesmo sacrifício que nós agradecemos a Deus, a glória com a qual cumula os santos do céu, e imploramos a misericórdia para os santos do purgatório, santos ainda não perfeitos.
Uma só e mesma Igreja
A Igreja triunfante do céu, a Igreja militante da terra e a Igreja sofredora do purgatório, paciente, nada mais são que uma só mesma Igreja; que a caridade, mais forte que a morte as uniu do céu à terra, e da terra ao purgatório.
São como três partes duma só e mesma procissão de santos, procissão que avança da terra ao céu.
As almas do purgatório participarão daquela procissão um dia. Sim, porque ainda não tem, bem brancas, as vestimentas de festa, a roupa nupcial ainda guarda nódoas, aquelas nódoas que somente o sofrimento limpa.
Membros do mesmo Corpo
Como os fiéis da Igreja triunfante, os fiéis da Igreja militante e os fiéis da Igreja sofredora e paciente, são membros dum mesmo corpo - que é Jesus Cristo - e tanto uns como outros participam, interessam-se, condoem-se da glória, dos perigos, dos sofrimentos duns e doutros, tal qual os membros do corpo humano.
Vejamos um exemplo: o pé está em perigo de saúde ou sofre dores: todos os membros do corpo jazem em comoção. Os olhos olham-no, as mãos protegem-nos, a voz chama por socorro, para afastar o mal ou o perigo.
Uma vez afastado o mal, regozijam-se todos os membros. É o que acontece com o corpo vivo da Igreja universal.
Judas Macabeu
E vemos os heróis da Igreja militante, os ilustres Macabeus, assistidos pelos anjos e santos de Deus, especialmente pelo grande sacerdote Onias e pelo profeta Jeremias, rogar e oferecer sacrifícios por esses irmãos que estavam mortos pela causa de Deus, mas culpados desta ou daquela falta.
No dia seguinte, depois duma vitória, Judas Macabeu e os seus surgiram para retirar os mortos e depositá-los no sepulcro dos antepassados e encontraram sobre as túnicas dos que estavam mortos coisas que haviam sido consagradas aos ídolos de Jamnia, que a lei proibia aos judeus tocar.
Foi, pois, manifesto a todos que era por isso que haviam sido mortos.
E todos louvaram o justo julgamento do Eterno, que descobre o que está escondido, e suplicaram-lhe que fosse esquecido o pecado cometido.
Judas exortou o povo a que se preservasse do pecado, tendo diante dos olhos o que viera pelo pecado dos que haviam sucumbido.
E, depois de ter feito uma coleta, enviou a Jerusalém duas mil dracmas de prata, para que fosse oferecido um sacrifício pelo pecado dos mortos, agindo muito bem, pensando que estava na ressurreição. Porque se não tivesse esperança de que os que vinham de sucumbir ressuscitassem um dia, seria supérfluo e tolo rogar pelos mortos.
Judas, porém, considerava que uma grande misericórdia estava reservada aos que estão adormecidos na piedade.
Santo e piedoso pensamento!
Foi por isso que ofereceu um sacrifício de expiação pelos defuntos, para que fossem livres dos pecados. Tais são as palavras e reflexões da Escritura santa, segundo o texto grego, e as mesmas, mais ou menos, no latino.
Palavras do Senhor nos Santos Evangelhos
Nosso Senhor adverte, bastante claramente, que há um purgatório, quando nos recomenda em São Mateus e São Lucas:
"Conciliai-Vos com vossos inimigos (a lei de Deus e a consciência) enquanto estais em caminho para irdes ao príncipe, não seja que este inimigo vos entregue ao juiz, o juiz ao executor, e que sejais metido numa prisão. Em verdade vos digo, dela não saireis, enquanto não pagardes o último óbolo."
Segundo essas palavras, está bem claro que há uma prisão de Deus, onde se é arrojado por dívidas para a com sua justiça, e donde não se sai - senão quando tudo estiver pago.
Ouçamos Nosso Senhor em São Mateus
Nosso Senhor, em São Mateus, disse-nos ainda:
"Todo pecado e blasfêmia será perdoado aos homens, porém, a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, nem neste século nem no futuro".
Aqui se vê que os outros pecados podem ser perdoados neste século e no futuro, como o livro dos Macabeus diz expressamente dos pecados daqueles que estavam mortos pela causa de Deus.
No Sacrifício da Missa
Do mesmo modo, no sacrifício da missa, a santa Igreja de Deus lembra os santos que com Ele reinam no céu, a fim de lhes agradecer pela glória e nos recomendar à sua intercessão.
De outro lado, suplica a Deus que se lembre dos servidores e servidoras que nos precederam no outro mundo com a chancela da fé, dignando-se conceder-lhes a estadia no refrigério na luz e na paz.
Purgatório e Doutores da Igreja
A crença do purgatório e a oração pelos mortos acham-se em todos os doutores da Igreja, bem como nos atos dos mártires, notadamente nos atos de São Perpétuo, escritos por ele mesmo.
Todos os santos rogaram pelos mortos.
Santo Odilon, abade de Cluny, no século XI, tinha um zelo particular pelo que dizia respeito ao refrigério das almas do purgatório. 
Foi movido pela compaixão, pensando no sofrimento das almas do purgatório que, adiantando-se à Igreja, ordenou que se rogasse pelas almas, tendo, destinado para isso um dia especial.
Eis como Santo Odilon animou tal instituição, começando pelas terras que lhes estavam afetas ao sacerdócio. (...)
As orações, os sufrágios e as esmolas feitos caridosamente pelas almas que já estão na glória, e que já não necessitam, revertem às almas ainda necessitadas, aproveitando a nós também.
E os sufrágios que se fazem às almas que jazem no inferno? Não os aproveita nem uma nem outra - nem as do inferno, nem as do purgatório, mas unicamente a quem os faz.
Uma Oração
Nós, pois, vos saudamos, ó almas que vos purificais nas chamas do purgatório.
Compartilhamos as vossas dores, os sofrimentos, principalmente daquela dor imensa e torturante de não poderdes ver a Deus.
Ai de nós! Sem dúvida que há entre vós parentes nossos e amigos: sofrerão, talvez por nossa culpa.
Quem dirá que não lhes demos, nesta ou naquela ocasião, motivos de pecar?
Falta-lhes pouco tempo para que se tornem inteiramente puras. Que nos acontecerá, a nós que tão pouco velamos por nós mesmos?
Almas santas e sofredoras, que Deus nos livre de vos esquecer jamais!
Todos os dias, à missa e às orações, lembramo-nos de vós todas.
Lembrai-vos, pois, também de nós. Lembrai-vos, principalmente, quando estiverdes no céu.
Como lá vos desejamos ver! Como no céu desejamos ver-nos convosco! Assim seja.

(ARM)

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF