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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Santo Alberto Magno, o “grande doutor” por um acordo com a Virgem

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 15 de novembro, celebra-se Santo Alberto Magno, Doutor da Igreja e padroeiro dos estudantes de ciências naturais. Era considerado um grande especialista, mas a sua memória prodigiosa e seu notável espírito científico se devem a um acordo com a Virgem Maria.

Santo Alberto nasceu em Lauingen (Alemanha), por volta de 1206. Aos 16 anos, começou a estudar na Universidade de Pádua (Itália), onde conheceu o Beato Jordão da Saxônia, da Ordem de São Domingos, que o acompanhou em seu processo para ingressar nos dominicanos. Mais tarde, ocupou altos cargos como professor na Alemanha.
Em Paris, centro intelectual da Europa Ocidental naquela época, obteve o grau de professor e, diz-se que eram tantos os estudantes que frequentam suas aulas, que teve que ensinar em praça pública. Este lugar leva o seu nome, é a Praça “Maubert”, que vem de “Magnus Albert”.
Foi eleito superior provincial da Alemanha e, posteriormente, nomeado reitor de uma nova universidade em Colônia, onde teve como discípulo outro grande nome da Igreja, Santo Tomás de Aquino.
Foi uma grande autoridade em filosofia, física, geografia, astronomia, mineralogia, alquimia (química), biologia etc., assim como no que diz respeito à Bíblia e à Teologia. É o iniciador do sistema escolástico. No entanto, mantinha-se humilde e nunca deixou a oração e os sacramentos.
Em Roma, chegou a ser teólogo e canonista pessoal do Papa. Depois, foi ordenado Bispo de Regensburg, serviço ao qual renunciou tempos depois para se dedicar a formar e ensinar. Em 1274, participou ativamente no II Concílio de Lyon.
Até então, não cabia dúvida de que se tratava de um intelectual fora do comum. Porém, em 1278, enquanto dava aulas, subitamente sua memória falhou e perdeu a agudeza do entendimento. Então, compreendeu que seu fim estava chegando.
Santo Alberto contou que, quando era jovem, os estudos eram difíceis para ele e, certa noite, tentou fugir do colégio onde estudava. Quando chegou ao topo de uma escada encostada na parede, encontrou a Virgem Maria.
“Alberto, por que em vez de fugir do colégio não reza para mim, que sou ‘Casa da Sabedoria’? Se tem fé em mim e confiança, eu te darei uma memória prodigiosa”, disse-lhe a Mãe de Deus.
“E para que saiba que fui eu que te concedi, quando for morrer, esquecerá tudo o que sabia”, acrescentou a Virgem. Isto se cumpriu. Dois anos mais tarde, o santo partiu para o Céu muito pacificamente, sem doenças e enquanto conversava com seus irmãos em Colônia.
“Santo Alberto Magno – disse o Papa Bento XVI em 2010 – recorda-nos que entre ciência e fé existe amizade, e que os homens de ciência podem percorrer, através da sua vocação para o estudo da natureza, um autêntico e fascinante percurso de santidade”.
ACI Digital

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Nossa Senhora de Akita, aparição mariana do Japão

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Nov. 19 / 01:00 pm (ACI).- O Papa Francisco visitará a Tailândia e o Japão de 19 a 26 de novembro; neste segundo país, ocorreu a aparição de Nossa Senhora de Akita, cuja vidente experimentou os estigmas de Cristo.
A primeira aparição de Nossa Senhora nesta cidade japonesa ocorreu em 12 de junho de 1973. Nesse dia, a religiosa Agnes Sasagawa rezava em seu convento quando, de repente, viu alguns raios brilhantes saindo do tabernáculo. Esse fato aconteceu novamente por mais dois dias.

Então, em 28 de junho, apareceu na palma de sua mão esquerda uma chaga com forma de cruz que sangrava muito e lhe causava grande dor.
Dias depois, em julho, a religiosa ouviu uma voz que vinha da imagem de Nossa Senhora que estava na capela do convento. Nesse mesmo dia, outras irmãs viram gotas de sangue fluindo da mão direita da imagem. Este fato ocorreu mais quatro vezes.
A chaga permaneceu na mão direita da imagem até o dia 29 de setembro. Nesse mesmo dia, a escultura começou a "suar", principalmente na testa e no pescoço.
Em 3 de agosto de 1973, a religiosa recebeu uma segunda mensagem e, em 13 de outubro, a terceira e última.
Em 4 de janeiro de 1975, a imagem mariana começou a chorar e continuou a fazê-lo em várias ocasiões por quase sete anos. A última vez ocorreu em 15 de setembro de 1981, no dia da festa de Nossa Senhora das Dores.
A imagem registrou 101 lacrimações no total.
A religiosa Agnes Sasagawa, cujo nome significa cordeiro, foi curada, sem explicação médica, da surdez que sofria, o que foi considerado como um sinal da autenticidade das aparições de Nossa Senhora e dos fatos milagrosos ao redor da imagem.
Em 22 de abril de 1984, após oito anos de investigação e depois de ter consultado o Vaticano, as mensagens de Nossa Senhora de Akita foram aprovadas pelo Bispo de Niigata, Dom John Shojiro Ito.
O Prelado declarou que os eventos de Akita tinham origem sobrenatural e autorizou em toda a diocese a veneração dessa devoção mariana. Para chegar a essa conclusão, o bispo recebeu o testemunho de 500 pessoas entre cristãos e não cristãos, incluindo o prefeito budista da cidade.
As mensagens de Nossa Senhora de Akita nos incentivam a lembrar a importância da Eucaristia na vida dos fiéis, da oração pela reparação dos pecados e da conversão de todos os homens para se aproximarem cada vez mais do Senhor.
A Virgem também recitou a seguinte oração para a religiosa Agnes Sasagawa:
Sacratíssimo Coração de Jesus,
verdadeiramente presente na Santa Eucaristia,
eu consagro meu corpo e alma
para ser inteiramente um com Vosso Coração,
sendo sacrificado a cada instante em todos os altares do mundo
e dando louvor ao Pai,
implorando pela vinda de Seu Reino.
Por favor, recebei este humilde oferecimento de mim mesma.
 Usai-me como Vós desejais para a glória do Pai
e a salvação das almas.
Santíssima Mãe de Deus,
nunca me deixeis ficar separada de Vosso Divino Filho.
Por favor, defendei-me e protegei-me como Vossa Especial Filha.
Amém.
ACI Digital

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Sobre a imagem do Divino Pai Eterno

Sobre a imagem do Divino Pai Eterno

Por Marcos Monteiro Grillo
Na fé católica, as imagens religiosas têm uma grande importância. Embora os protestantes e iconoclastas em geral (como judeus e muçulmanos) digam que os católicos somos “idólatras”, sabemos que isso não é verdade, conforme explica o Catecismo da Igreja Católica:
“2132. O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. Com efeito, «a honra prestada a uma imagem remonta ao modelo original» (São Basílio Magno, Liber de Spiritu Sancto, 18, 45: SC 17bis. 406 [PG 32, 149].) e «quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada» (II Concílio de Niceia, Definitio de sacris imaginibus: DS 601; cf. Concílio de Trento, Sess. 25ª, Decretum de invocatione, veneratione et reliquiis sanctorum, et sacris imaginibus: DS 1821-1825: II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 125: AAS 56 [1964] 132: Id., Const. dogm. Lumen Gentium, 67: AAS 57 [1965] 65-66.). A honra prestada às santas imagens é uma «veneração respeitosa», e não uma adoração, que só a Deus se deve:
«O culto da religião não se dirige às imagens em si mesmas como realidades, mas olha-as sob o seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não se detém nela, mas orienta-se para a realidade de que ela é imagem» (São Tomás de Aquino, Summa theologiae, 2-2. q. 81, a. 3, ad 3: Ed. Leon. 9, 180).”
As imagens sacras, como já foi dito muitas vezes, têm um papel pedagógico (“A imagem é o livro daqueles que não sabem ler.” São Gregório Magno)[1], ajudando os fiéis a vislumbrar os mistérios da fé, além de estimular a vida de oração e de piedade. Servem também para nos inspirar e fomentar as virtudes, como lemos nessas belas palavras do Pe. Júlio Maria de Lombaerde[2]:
“De outro lado, as imagens são verdadeiros livros que ensinam a prática das virtudes. Assim, contemplando a imagem de São Sebastião, nós aprendemos o dever de confessar a nossa fé, mesmo diante dos inimigos da nossa religião.
Contemplando a imagem de São Vicente, aprendemos a prática da caridade e da dedicação ao próximo.
Um São Francisco Xavier nos ensina o zelo das almas.
Um São Francisco de Assis nos mostra o desapego das riquezas.
Um São Francisco de Sales nos prega a mansidão.
Um São José nos indica o valor de uma vida trabalhosa.
Um São Miguel nos recorda a justiça de Deus.
Uma Santa Teresinha nos prega a confiança filial e no amor de Deus.
Contemplando a imagem da Santíssima Virgem, aprendemos a prática da sublime virtude da pureza.
Considerando a imagem do Coração de Jesus, lembramo-nos do amor que Deus tem aos homens.
Fitando a imagem de Jesus Crucificado, aprendemos a sofrer com paciência e resignação.”
Mas, o objetivo deste breve artigo não é demonstrar a veracidade da doutrina católica acerca da veneração dos santos, da Virgem Maria e do uso das imagens sacras no culto cristão, sobre o que há farta bibliografia, além de inúmeros textos na Internet. Nosso objetivo é falar um pouco sobre a imagem do Divino Pai Eterno, uma devoção que teve início há mais de 170 anos, na cidade hoje chamada de Trindade, no estado brasileiro de Goiás. No site oficial do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno podemos ler um breve relato sobre a origem dessa devoção que atualmente reúne milhões de fiéis todos os anos na referida cidade:
“Certo dia, durante o trabalho no campo, próximo ao córrego do Barro Preto, a enxada do lavrador Constantino Xavier acertou algo rígido, que não se parecia com uma simples pedra. Ao lado de sua esposa, Ana Rosa Xavier, ele se deu conta que havia encontrado um belíssimo Medalhão de barro, de aproximadamente oito centímetros, onde estava representada a Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria. (…) Demonstrando sua fé, amor e devoção, Constantino e Ana Rosa levaram a Imagem para casa, onde, baseado em relatos da história, um altar foi preparado para abrigar o Medalhão. Ali, a família se reunia com familiares e vizinhos, aos fins de semana, para rezar o terço. Com isso, numerosos prodígios, graças e milagres começaram a acontecer. (…) Cerca de dois anos após o início das orações em torno do Medalhão, Constantino se dirigiu a Pirenópolis, mais de 120 km de distância da região do Barro Preto (atual Trindade), com o intuito de restaurar o objeto sagrado. Para isso, procurou o artista plástico goiano Veiga Valle. Aconselhado pelo artista, Constantino resolveu fazer uma réplica da figura da Trindade Santa coroando Maria em um tamanho maior, esculpida em madeira. Daí surgiu a  Imagem, que se tornou uma forte representação da devoção ao Pai Eterno.” [3]
Na belíssima imagem, podemos contemplar Deus Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu corpo glorioso (ressuscitado), sentado à direita de Deus Pai, conforme rezamos no Credo Apostólico (“ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está assentado à direita de Deus Pai…”). O manto vermelho de Nosso Senhor evoca Seu precioso sangue derramado na cruz por nós. Deus Pai é representado como um ancião, semelhante a Jesus Cristo (indicando a filiação divina do Salvador), de barba e cabelos grisalhos, fazendo menção à autoridade e à sabedoria eterna do Pai. Entre o Pai e o Filho, vemos o Espírito Santo representado sob a forma de uma pomba, conforme lemos no Evangelho (“e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: ‘Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição’”. Lucas 3, 22). A representação do Espírito Santo aparece entre o Pai e o Filho como uma referência ao amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a Santíssima Trindade. Nossa Senhora aparece ajoelhada, como sinal de sua humildade e submissão incondicional à vontade de Deus, sendo coroada pela Santíssima Trindade como Rainha do céu e da terra (cf. Apocalipse 12), conforme rezamos no Santo Rosário (quinto mistério glorioso). Sob a imagem da Santíssima Trindade e de Nossa Senhora, vemos nuvens douradas (em algumas imagens as nuvens são azuis), evocando o céu, nossa pátria celeste, bem como a ideia de eternidade.
A imagem do Divino Pai Eterno inspira fé e profundo amor pelo mistério da Santíssima Trindade. Nela vemos Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que assumiu a forma humana para nos redimir. Vemos Deus Pai, que deu Seu Filho único para nos salvar e assim nos adotar como filhos e herdeiros Seus. Vemos o Espírito Santo, representado sob a imagem bíblica de uma pomba, evocando o inefável amor intrínseco à Trindade Santa, e que também guia a Igreja fundada pelo Senhor para que não ficássemos a sós por ocasião da Sua gloriosa ascensão aos céus. E finalmente, vemos Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rainha dos cristãos e nossa advogada junto ao Deus Trino.
Evidentemente, a imagem do Divino Pai Eterno não pode ser contemplada de modo racionalista, tampouco de forma iconoclasta. A imagem é uma representação artística de conteúdos da nossa fé, representação essa que tem suas óbvias limitações, assim como as próprias palavras são limitadas para descrever os mistérios da fé. Devemos ter essa imagem como fonte de fé, piedade e amor a Deus e a Nossa Senhora. Ressalte-se também o grande valor da imagem do Divino Pai Eterno para a oração e meditação do Santo Rosário.
Terminamos esse breve texto com essas belas palavras do nosso grande e saudoso Papa São João Paulo II:
“Com particular satisfação, dirijo-me a esta representação do Divino Pai Eterno, na sua atitude de coroar a Beatíssima Virgem Maria. Sei que o povo dessa Arquidiocese, e de todo o Goiás, tem muita devoção ao Divino Pai Eterno, e esta representação exprime muito bem o sentido misterioso da Redenção realizada pelo Deus Homem que, para nos salvar, veio ao mundo, por vontade do Pai, encarnando-se no seio puríssimo da Virgem Maria.
Nisto, caríssimos filhos do Brasil, se resume toda a beleza das insondáveis riquezas do amor de Deus pelos homens, que quis reunir na Igreja Católica todas as ovelhas para que, ao fim dos tempos, constituam um só rebanho com um único pastor!”[4]
NOTAS
[1] NABETO, Carlos Martins. A fé cristã primitiva: coletânia de sentenças patrísticas. Clube de Autores, 2012, p. 277.
[2] LOMBAERDE, Pe. Júlio Maria de. Luz nas trevas: erros e objeções protestantes. Calvariae Editorial, 2019, p. 183.
[3] https://www.paieterno.com.br/santuario/origem-devocao/
[4] http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/homilies/1991/documents/hf_jp-ii_hom_19911015_goiania.html

Veritatis Splendor

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

São Martinho de Tours, padroeiro da Guarda Suíça Pontifícia

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 11 de novembro, a Igreja recorda a festa litúrgica de São Martinho de Tours, um militar que partilhou sua capa com Cristo, fato que popularizou a palavra “capela” no mundo cristão. É o padroeiro da Guarda Suíça Pontifícia, da França e de Buenos Aires (Argentina).

São Martinho de Tours nasceu na Hungria por volta do ano 316, filho de pais pagãos. Depois de receber o batismo e renunciar a milícia, fundou um mosteiro em Ligugé (França), onde viveu a vida monástica com a direção de Santo Hilário. Mais tarde, recebeu a ordem sacerdotal e foi eleito Bispo de Tours. Morreu em 397.
A tradição indica que em um dia de inverno severo, sendo ele um jovem militar, encontrou-se no caminho com um homem pobre que sofria por estar com pouca roupa. Martinho, por não ter nada que pudesse dar-lhe, dividiu sua capa em duas partes iguais com a espada e lhe deu a metade.
À noite, viu em um sonho que tinha presenteado Jesus Cristo com a metade da capa e o Senhor lhe disse: “Martinho, hoje você me cobriu com tua capa”.
A meia capa de São Martinho de Tours foi colocada em uma urna e construíram-lhe um pequeno santuário. Como em latim “meia capa” se diz “capela”, as pessoas costumavam dizer: “Vamos rezar onde está a capela”. Desse modo, o nome “capela” se popularizou e passou a ser usado para designar os pequenos lugares de oração.
São Martinho é padroeiro da França e da Hungria, assim como da cidade de Buenos Aires, onde o Papa Francisco nasceu.
Em relação à capital argentina, conta-se que, ao fundar o lugar, os espanhóis tinham que consagrar a “Cidade da Santíssima Trindade e Porto de Santa Maria de Buenos Aires” a um santo. Por isso, colocaram em um chapéu papéis com propostas de santos. Quando tiraram um papel, saiu São Martinho de Tours. Não satisfeitos, por se tratar de um “santo francês”, repetiram o sorteio duas vezes e voltou a sair o mesmo nome. Finalmente, aceitaram e, dessa maneira, São Martinho de Tours se tornou padroeiro de Buenos Aires.
ACI Digital

domingo, 10 de novembro de 2019

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: DEUS DOS VIVOS

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Ao rezar o Credo nós afirmamos que cremos na “ressurreição da carne e na vida eterna”. A fé na ressurreição de Jesus e na ressurreição dos mortos ocupa lugar central na vida cristã.
Os saduceus eram um grupo religioso que negava a ressurreição dos mortos. A pergunta que fazem a Jesus mostra que eles estavam entendendo a ressurreição apenas como um prolongamento da vida terrestre. Como os saduceus tinham se referido a Moisés, Jesus lhes responde recorrendo a passagem do Êxodo que trata da sarça ardente, dando a entender que a fé na ressurreição já se encontrava implícita no Antigo Testamento e concluindo que “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele” (Lc 20,38).
A Bíblia não pretende explicar como será a vida eterna, como muita gente gostaria, em nossa época, marcada pela tendência de explicar e provar tudo racionalmente. A ressurreição é mistério a ser acolhido e vivido na fé. A Sagrada Escritura proclama a fé no Deus da vida, a fé em Cristo ressuscitado e, consequentemente, a fé na ressurreição da carne. Embora a plenitude da Revelação divina seja Jesus Cristo, a bela passagem do livro dos Macabeus, proclamada na primeira leitura, já testemunhava a fé na ressurreição. Num tempo de dura perseguição religiosa, os irmãos Macabeus dão testemunho de fidelidade e, ao mesmo tempo, de fé na vida eterna. “O Rei do universo nos ressuscitará para uma vida eterna,” afirma um dos sete irmãos condenados à morte por causa da sua fé (2Mc 7,9). Deus tem misericórdia dos que permanecem fiéis, dando-lhes a vida eterna, conforme afirma um deles ao rei que os condenava: “Prefiro ser morto pelos homens tendo em vista a esperança dada por Deus que um dia nos ressuscitará. Para ti, porém, ó rei, não haverá ressurreição para a vida” (2Mc 7,14).
Na 2ª Carta aos Tessalonicenses, S. Paulo também se refere a “consolação eterna e a feliz esperança” (2Ts 2,16), que Deus nos oferece, exortando a comunidade a permanecer fiel e a rezar sempre. Nós também vivemos da esperança em Deus. Diante dos desafios da vida e perante a própria morte, devemos permanecer firmes na fé, que nos anima a caminhar sempre, sem desanimar, e nos traz a esperança de alcançar a vitória com Cristo Ressuscitado. Que a celebração do mistério pascal, na Eucaristia, nos anime a viver sempre da fé em Jesus Cristo ressuscitado e da esperança na ressurreição!
Neste domingo, ocorre em toda a Arquidiocese de Brasília, a coleta anual para o Fundo Arquidiocesano de Comunhão e Partilha. Participe!
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

São Leão Magno, doutor da Igreja e protetor dos indefesos

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- “Aquele que ama Deus se contenta em lhe agradar, porque o maior prêmio que podemos desejar é o próprio amor. O amor, de fato, vem de Deus, de tal maneira que Deus mesmo é o amor”, dizia São Leão Magno, doutor da Igreja, cuja festa é celebrada neste dia 10 de novembro.

São Leão Magno nasceu na Itália e chegou a ser secretário dos Papas São Celestino e Sisto III, que o enviou como embaixador à França para evitar uma guerra civil que começaria por uma disputa entre dois generais. Estando Leão nesta região, por volta dos anos 440, recebeu a notícia de que tinha sido nomeado Sumo Pontífice.
Como sucessor de Pedro, pregou ao povo em todas as festas e, aos que estavam distantes, instruía-os através de cartas. Por isso, diversos sermões e cartas dele são conservados e considerados verdadeiras joias de doutrina.
Diz-se que a sua fama de sábio era tão grande que, quando foi lida a carta que enviou ao Concílio de Calcedônia, os 600 bispos se levantaram e exclamaram que São Pedro tinha falado pela boca de Leão.
Em uma ocasião, os romanos foram ameaçados por Átila, o líder dos temidos hunos. O Papa foi ao seu encontro, conseguiu fazer com que não entrassem em Roma e que o guerreiro retornasse para sua terra na Hungria.
Mais tarde, São Leão também negociou com outro feroz inimigo chamado Genserico, chefe dos vândalos, e, embora não tenha podido evitar que Roma fosse saqueada, o Pontífice conseguiu que a cidade não fosse incendiada e seus habitantes não fossem assassinados.
Durante seus 21 anos de pontificado, o santo trabalhou incessantemente pela unidade e integridade da Igreja e lutou contra as heresias do nestorianismo (que diz que em Jesus havia duas pessoas separadas, uma divina e outra humana), o monofisismo (que crê que Cristo é somente divino), o maniqueísmo (que diz que o espírito do homem é de Deus e o corpo do demônio) e o pelagianismo (que sustenta que o pecado de Adão não afetou sua descendência e não ressuscitará pela redenção de Cristo).
“As próprias palavras divinas de Cristo nos atestam como é a doutrina de Cristo, de modo que aqueles que anseiam chegar à bem-aventurança eterna podem identificar os passos dessa ditosa subida”, disse uma vez São Leão Magno, que partiu para a Casa do Pai em 461.
ACI Digital

sábado, 9 de novembro de 2019

Dedicação da Basílica mais antiga da Igreja Católica

REDAÇÃO CENTRAL, 09 Nov. 19 / 09:00 am (ACI).- Neste dia 9 de novembro, a Igreja celebra a dedicação da Basílica de São João de Latrão, a primeira Basílica da Igreja a ser construída e onde uma imagem de Cristo derramou sangue.

“Esta Basílica foi a primeira a ser construída depois do edito do imperador Constantino que, em 313, concedeu aos cristãos a liberdade de praticar a sua religião”, disse o Papa Emérito Bento XVI aos fiéis, em novembro de 2008.
“O mesmo imperador doou ao Papa Melquíades a antiga propriedade da família dos Lateranenses e nela fez construir a Basílica, o Batistério e a ‘Patriarquia’, ou seja, a residência do Bispo de Roma, onde os Papas habitaram até ao período de Avignon”, acrescentou.
Foi consagrada pelo Papa São Silvestre, em 9 de novembro de 324. É chamado Basílica de São João (de Latrão) porque tem duas capelas, uma em honra de São João Batista e outra de São João Evangelista.
“Basílica do Divino Salvador” é outro nome pelo qual é conhecida, pois no ano 787, quando foi consagrada novamente, uma imagem do Divino Salvador derramou sangue depois de ser golpeada por um judeu.
“Honrando o edifício sagrado, pretende-se expressar amor e veneração à Igreja romana que, como afirma Santo Inácio de Antioquia, ‘preside na caridade’ toda a comunhão católica”, disse o Papa Bento XVI.
ACI Digital

O que é uma basílica e por que é importante?

Basílica de São Pedro / Foto: Ximena Rondón (ACI Prensa)
REDAÇÃO CENTRAL, 05 Ago. 19 / 03:00 pm (ACI).- Muitos católicos se perguntam por que na Igreja Católica há alguns templos com o título de basílicas e por que são tão importantes para a vida de fé.

Este artigo foi criado especialmente para responder a essas dúvidas.
A palavra “basílica” vem do latim basilica, que deriva do grego basiliké. Significa “casa real”.
No período do Império Romano, era o lugar onde estava localizado o tribunal de justiça.
Ao longo da história, os Papas outorgaram o  título de “basílica” a um templo devido à sua importância espiritual e histórica.
Uma basílica é o centro espiritual e evangelizador de uma comunidade e também serve para difundir uma devoção especial à Virgem Maria, a Jesus ou a algum santo.
As celebrações litúrgicas que acontecem nelas também devem ser celebradas em outras igrejas da diocese.
As basílicas também acolhem tesouros sagrados da Igreja Católica, como túmulos e relíquias de santos; e promovem a divulgação dos documentos da Santa Sé.
Tipos de basílica
Existem quatro templos que levam o título de basílica maior em Roma: a Basílica de São Pedro, a Basílica de Santa Maria Maior, a Basílica de São Paulo Extramuros e a Basílica de São João de Latrão.
Uma basílica maior tem um altar maior no qual apenas o Papa e seus delegados podem celebrar a Missa. Além disso, distingue-se porque tem uma Porta Santa que os fiéis podem cruzar durante um Ano Santo para ganhar uma indulgência plenária.
As basílicas menores são os templos que receberam esse título por uma concessão do Papa ou da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
Geralmente são santuários e catedrais que recebem um grande número de peregrinos pelos tesouros sagrados que guardam ou pela sua importância histórica. No total, existem mais de 1500 basílicas menores em todo o mundo.
Algumas das mais conhecidas na Itália são a de São Lourenço Extramuros, em Roma, a de São Francisco e Santa Maria dos Anjos, em Assis, a terra do santo dos estigmas.
Em outros países são conhecidas a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, a Basílica do Sagrado Coração (Sacré-Coeur), na França, a Igreja da Sagrada Família, em Barcelona, a Basílica de Nossa Senhora de Luján, na Argentina, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Chiquinquirá, na Colômbia, e a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil.
As partes de uma basílica
A parte exterior de uma basílica se chama átrio. O vestíbulo interior se chama nártex e depois a nave central, onde se reúnem os fiéis, e as naves laterais, onde costumam estar os confessionários, as capelas e o batistério.
Na abside, a cabeceira do templo, está o altar maior, que geralmente está coberto por um baldaquino, um tipo de cúpula sustentada por quatro colunas. O baldaquino mais conhecido é o de Bernini, que está em cima do altar maior da Basílica de São Pedro.
Em algumas basílicas, como São Pedro e São Paulo Extramuros, embaixo do altar maior está o túmulo de um santo ou mártir.
Na parte de trás do baldaquino está o trono onde o Bispo ou o Papa se senta, caso visitem o templo.
Na parte lateral do baldaquino estão as sacristias.
A Basílica mais antiga do mundo é a de São João de Latrão. Construída no palácio da família nobre dos Lateranos que o Imperador Constantino entregou à Igreja Católica. O Papa São Silvestre consagrou o templo no ano 324.
ACI Digital

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Bíblias mais antigas?

Written by Veritatis Splendor


Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Qual é a versão mais antiga da Bíblia: a católica ou a não-católica?

A versão católica é mais de 1000 anos mais antiga que qualquer versão não-católica:
a) A fonte da versão católica (que contém os sete livros que faltam [na versão não-católica]) é chamada de “Versão da Septuaginta” e data de 280 a.C.. Ela foi usada por Cristo e pelos Apóstolos. A fonte da versão não-católica (o Texto Massorético) não surgiu senão cerca de 1000 anos depois.
b) O cânon (ou lista oficial de livros) foi estabelecido pelo Concílio de Cartago em 397 d.C.. Foi mais de mil anos depois (em 1534) que a primeira Bíblia não-católica – a luterana – surgiu como um Antigo e Novo Testamento completos.

Veritatis Splendor

Que diferença? Qual Igreja?

Written by Veritatis Splendor


Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
Fonte: Livro The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Não é verdade que todas as igrejas são boas e que não faz diferença no que acreditamos, bastando viver corretamente?
Não, isso não é verdade pois:
a) Isso significaria que verdade e falsidade seriam igualmente agradáveis ​​a Deus;
b) A unidade pela qual Cristo orou seria uma impossibilidade;
c) Faz diferença no que cremos e praticamos:
– “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (São Mateus 16,16);
– “Quem vos ouve, ouve a Mim; quem vos rejeita, rejeita a Mim; e quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou” (São Lucas 10,16);
– “Mas se ele se recusar a ouvir até a Igreja, seja como um pagão e publicano” (São Mateus 18,17).

Veritatis Splendor

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF