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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 18 de novembro, a Igreja celebra a dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, templos em Roma que contêm os restos mortais destes dois grandes nomes do cristianismo e símbolos da fraternidade e da unidade da Igreja.

A Basílica de São Pedro, no Vaticano, foi construída sobre o túmulo do Apóstolo, que morreu crucificado de cabeça para baixo. No ano 323, o imperador Constantino mandou construir no local a Basílica dedicada àquele que foi o primeiro Papa da Igreja.
A atual Basílica de São Pedro demorou 170 anos para ser edificada. Começou com o Papa Nicolau V, em 1454, e foi concluída pelo Papa Urbano VIII, que a consagrou em 18 de novembro de 1626. A data coincide com a consagração da antiga Basílica.
Bramante, Rafael, Michelangelo e Bernini, famosos artistas da história, trabalharam nela, plasmando o melhor de sua arte.
A Basílica de São Pedro mede 212 metros de comprimento, 140 de largura e 133 metros de altura em sua cúpula. Não há templo no mundo que se iguale em extensão.
A Basílica de São Paulo Extramuros é, depois de São Pedro, o maior templo de Roma. Também surgiu por vontade de Constantino. Em 1823, foi quase totalmente destruída por um terrível incêndio. Leão XIII iniciou sua reconstrução e foi consagrada em 10 de dezembro de 1854 pelo Papa Pio IX.
Um fato interessante é que, sob as janelas da nave central nas naves laterais, em mosaico, encontram-se os retratos de todos os Papas desde São Pedro até o atual, o Papa Francisco.
Em 2009, por ocasião desta celebração, o Papa Bento XVI disse que “esta festa nos proporciona a ocasião de ressaltar o significado e o valor da Igreja. Queridos jovens, amem a Igreja e cooperem com entusiasmo em sua edificação”.
ACI Digital

domingo, 17 de novembro de 2019

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: PERMANECER FIRMES

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A liturgia da Palavra deste penúltimo Domingo do Tempo Comum leva-nos a olhar para o futuro que Deus prepara para nós, com esperança, mas vivendo o presente com responsabilidade e firmeza na fé.
O profeta Malaquias anuncia o “Dia” do Senhor, o dia do julgamento, que será de condenação para “os soberbos e ímpios”, enquanto para os que temem o Senhor “nascerá o sol da justiça trazendo salvação em suas asas” (Ml 3,20). Trata-se de um forte apelo à esperança dirigido, especialmente, aos que duvidavam da justiça e do amor de Deus na história. O profeta mostra que Deus não abandonou o seu povo e irá estabelecer o seu reino de justiça. Em resposta, rezamos o Salmo 97, proclamando que “o Senhor virá julgar a terra inteira, com justiça julgará”. De fato, nós rezamos o Creio afirmando que Jesus Cristo “há de vir a julgar os vivos e os mortos”.
Conforme o Evangelho segundo S. Lucas, a preocupação dos discípulos era saber “quando” e “como” isso aconteceria. Ao invés de satisfazer a curiosidade deles a respeito do futuro, Jesus lhes mostra como proceder no presente, destacando três atitudes que deveriam cultivar. A primeira é: “cuidado para não serdes enganados” (Lc 21,8), alertando para que não se deixem levar por rumores a respeito do fim. A segunda é: ”não fiqueis apavorados” (21,9); ao contrário, é preciso confiar em Deus. A terceira atitude encontra-se resumida na frase conclusiva do texto proclamado: “é permanecendo firmes que ireis ganhar a vida” (21,19), mostrando a importância da perseverança e do testemunho. O tempo de grandes dificuldades, perseguição e morte, será ocasião para os discípulos testemunharem a fé, segundo as palavras de Jesus (21,13), prometendo-lhes “dar palavras acertadas” para se defenderem.
Na comunidade dos tessalonicenses, a preocupação com a vinda do Senhor levou alguns a viverem de maneira errada. São Paulo refere-se a “alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada” (2Ts 3,11). Para estarem bem preparados para o dia do julgamento, os tessalonicenses são exortados a trabalhar e a agir com responsabilidade. Ao invés do medo ou da acomodação, é necessário agir.  Diante da figura deste mundo que passa e do julgamento que virá, a fé move os discípulos de Cristo para agirem com esperança e responsabilidade, dando testemunho e permanecendo firmes.
O Papa Francisco instituiu o 33º Domingo do Tempo Comum como o dia mundial dos pobres, por meio da Carta Apostólica Misericordia et Misera (n. 21), como fruto e prolongamento do Ano Santo da Misericórdia (2016). Seja este dia uma ocasião especial para expressar o amor aos pobres, a solidariedade, através de ações pessoais e comunitárias.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Santa Isabel da Hungria, a que “morreu para a terra”

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 17 de novembro, a Igreja celebra Santa Isabel da Hungria, uma jovem mãe que aproveitou sua condição de nobreza para ajudar Cristo nos mais pobres. Ao morrer, apareceu a um homem e disse que ia para a glória e que morria para a terra.

Filha do rei da Hungria, nasceu em 1207 e foi dada em casamento a Luiz Landgrave da Turíngia. Por isso, desde pequena, foi enviada por seus pais ao castelo de Wartburg para ser educada na corte de Turíngia com aquele que seria seu marido. Teve que suportar incompreensões por sua bondade.
Seu prometido, cada vez que passava pela cidade, comprava algo para a santa e entregava-lhe muito respeitosamente. Mais tarde, o jovem herdou a ‘dignidade’ de Landgrave e se casou com Santa Isabel. Deus lhes concedeu três filhos.
Luiz não colocava impedimento às obras de caridade da santa, mas, à noite, quando ela se levantava para rezar, seu esposo lhe pegava pela mão com medo de que tantos sacrifícios lhe causassem danos e suplicava que voltasse a descansar.
Por um tempo, a fome se fez sentir naquelas terras e Santa Isabel gastou seu dinheiro e os grãos que estavam reservados para sua casa, ajudando os pobres. Isto lhe rendeu grandes críticas. Como o castelo ficava sobre uma colina, construiu um hospital ao pé do monte para dar de comer aos inválidos com suas próprias mãos e pagava a educação das crianças pobres, especialmente dos órfãos.
Luiz morreu em uma das cruzadas, vítima da peste, e Santa Isabel sofreu muito. Depois, seu cunhado se apoderou do governo e ela teve que se mudar. Posteriormente, quando seus filhos tinham todo o necessário, tomou o hábito da ordem terceira de São Francisco.
Seu sacerdote confessor a submetia a grandes sacrifícios como despedir seus criados que mais amava. Ajudava os enfermos, vivia austeramente e trabalhava sem descanso. Partiu para a Casa do Pai ao anoitecer de 17 de novembro de 1231.
Diz-se que no dia de sua morte, um irmão leigo tinha quebrado um braço em um acidente e sofria na cama com dores. Então, Santa Isabel lhe apareceu com vestidos radiantes e o irmão lhe perguntou por que estava vestida tão formosamente. Ela respondeu: “É porque vou para a glória. Acabo de morrer para a terra. Estique seu braço porque foi curado”.
Dois dias depois do enterro, um monge cisterciense foi ao túmulo de Santa Isabel e ajoelhou-se para pedir à santa que intercedesse para se curar de uma terrível dor no coração. De uma hora para outra, ficou completamente curado de sua doença.
ACI Digital

sábado, 16 de novembro de 2019

Santa Margarida da Escócia, rainha e mãe de família

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Nov. 19 / 06:00 am (ACI).- Santa Margarida da Escócia nasceu na Hungria por volta de 1046, quando sua família estava exilada pela invasão dinamarquesa da Inglaterra e, por isso, cresceu na corte do rei Santo Estêvão.

Aos 11 anos, Santo Eduardo “o confessor”, meio-irmão de seu pai, assumiu o trono inglês. A família pôde retornar ao país, mas, devido ao conflito entre ingleses e dinamarqueses e como seu pai faleceu por morte natural, então, tiveram que viver na Escócia.
Aos 24 anos, casou-se com o então rei da Escócia, Malcom III, com quem teve oito filhos. A rainha era sábia e com certa cultura, por isso, transformou a corte do esposo com o exemplo na caridade.
Todos os dias, a santa dava de comer aos pobres e a alguns deles lavava os pés. Preocupou-se com a educação de seu povo e, muitas vezes, esgotou o tesouro real para socorrer os necessitados.
Educou seus filhos com os valores cristãos e influenciou na Igreja na Escócia. Fez convocar um concílio nesse território que extirpou ritos pagãos que eram realizados em plena celebração Eucarística.
Santa Margarida teve uma intensa vida de oração, participava de várias Missas diárias e praticava a austeridade. Pedia que lhe dissessem seus defeitos para corrigi-los, dava esmolas, resgatava prisioneiros ingleses detidos na Escócia, cuidava dos viajantes e construía mosteiros, igrejas e albergues.
Em 1093, seu esposo Malcom III e seus filhos Eduardo e Edgardo foram à batalha para recuperar um castelo e o monarca e seu primogênito faleceram. Durante esse tempo, a santa ficou doente e, ao regresso de seu filho Edgardo, Margarida agradeceu a Deus pela paciência para suportar tantas desgraças juntas.
Ofereceu toda a sua dor a Deus e partiu para a Casa do Pai em 16 de novembro de 1093. Diz-se que, ao falecer, seu rosto recuperou a calma, a cor e a beleza que havia tido.
ACI Digital

Santa Gertrudes, padroeira das pessoas místicas

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 16 de novembro, é celebrada a festa de Santa Gertrudes, vidente do Sagrado Coração de Jesus e considerada padroeira das pessoas místicas.

Santa Gertrudes nasceu em 6 de janeiro de 1256, na Alemanha. Aos cinco anos, foi enviada para estudar no mosteiro beneditino de Helfta, onde sua irmã Santa Matilde foi abadessa e sua professora. Com o tempo, tomou o hábito e se tornou amiga de Santa Matilde de Hackeborn, que também tinha uma devoção especial ao Coração de Jesus.
Muitos séculos antes de Cristo aparecer a Santa Margarida Maria Alacoque, Santa Gertrudes teve experiências místicas do Sagrado Coração de Jesus.
Igreja chama de místicas as pessoas que se dedicam a lidar diretamente com Deus por meio de orações fervorosas e recebem do Senhor mensagens e revelações.
Em sua vida cotidiana, a santa praticava a comunhão frequente e tinha muita devoção a São José. Conta-se que, em duas visões diferentes, reclinou a cabeça sobre o peito de Jesus e ouviu as batidas de seu coração.
Em uma ocasião, a santa perguntou ao Apóstolo São João, que recostou sua cabeça junto ao coração do Senhor na Última Ceia, por que não tinha escrito nada sobre o Coração de Jesus.
O evangelista lhe explicou que a revelação do Sagrado Coração de Jesus estava reservada para tempos posteriores, quando o mundo na frieza necessitaria ser reavivado no amor.
São atribuídos à santa Gertrudes cinco livros que formam o “Arauto da amorosa bondade de Deus”, que são comumente chamados de “Revelações de Santa Gertrudes”. O primeiro foi escrito por amigos íntimos da santa, o segundo, ela mesma o fez, e os demais foram compostos com sua direção.
Neles, fala de suas experiências místicas e ensina que “a adversidade é a aliança espiritual que sela os esponsais com Deus”. Também são atribuídas a ela orações do século XVII, embora não sejam dela.
Santa Gertrudes padeceu por dez anos penosas enfermidades e partiu para a Casa do Pai em 17 de novembro de 1301 ou 1302. Clemente XII mandou que sua festa fosse celebrada em toda a Igreja Católica.
Oração pelas almas do purgatório
(O Senhor disse a Santa Gertrudes que, com esta oração, poderia libertar 1000 almas do purgatório cada vez que a rezasse).
Eterno Pai, ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém.
ACI Digital

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Leste ou Oeste?

Written by Veritatis Splendor


Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
Tradução: Carlos Martins Nabeto

– A Igreja Ortodoxa Grega é a mesma que a Igreja Católica Romana?
A Igreja Católica é dividida geograficamente em duas grandes divisões: o Oriente e o Ocidente. No Oriente, há uma divisão adicional de igrejas: aquelas que estão em comunhão com o Papa e as que não estão. Aquelas que estão ligadas a Roma são chamadas “UNIATAS” ou, mais corretamente, “Igrejas Católicas Orientais”. Aquelas que não estão ligadas a Roma são chamadas de “igrejas ortodoxas”.
A igreja grega é uma dessas igrejas orientais e, na Grécia, esta igreja é dividida entre aquelas que estão unidas a Roma e as que não estão, ou sejam, a Igreja Católica Grega e a Igreja Ortodoxa Grega.
As Igrejas Ortodoxas Orientais são divididas em muitos ramos e reconhecem a supremacia de cinco Patriarcas: Constantinopla, Alexandria, Antioquia, Jerusalém e Chipre[*].
Em questões essenciais, as Igrejas Ortodoxas creem como a Igreja Ocidental em sua maior parte. No entanto, elas não aceitam a autoridade do Papa. Seus padres são validamente ordenados e seus bispos validamente consagrados. Os padres podem ser homens casados, desde que se casem antes de se tornarem diáconos.
Sua liturgia é semelhante à liturgia católica oriental, mas diferente da liturgia ocidental, exceto nas partes essenciais, como a consagração.
—–
[*] NdoT.: Isso em 1956. Atualmente o número de Patriarcados é bem maior: além dos 5 elencados nesta resposta, há ainda: Rússia, Sérvia, Romênia, Bulgária e Geórgia, além de Kiev, secessionada da Rússia e não reconhecida por esta.

Veritatis Splendor

O que um católico deve fazer com as correntes de oração do WhatsApp?

Imagem referencial / Crédito: Pexels
REDAÇÃO CENTRAL, 15 Nov. 19 / 06:00 am (ACI).- Há alguns anos, tornou-se comum receber através do WhatsApp algumas “correntes de oração” para que sejam enviadas a todos os contatos em um período de tempo e, assim, receber uma bênção de Deus e evitar “um castigo”.
O que um católico deve fazer quando recebe uma dessas mensagens?
O sacerdote mexicano Sergio Román respondeu a esta inquietude em um artigo publicado no meio católico 'Desde la Fe'.
O que fazer?
“Em primeiro lugar, o que devemos fazer é recordar que Deus não colocou condições na hora de convidar seus discípulos para rezar, por isso, o recomendável é apagar o texto, embora quem nos enviou seja nosso melhor amigo. E não acontece nada? Absolutamente nada! Não se preocupem”, assegurou.
O presbítero disse que se pode “aproveitar esse tipo de correntes como uma recordação para rezar pelas muitas necessidades do mundo”, mas não se pode “deixar de assinalar que intrinsecamente são ruins e não devem ser feitas nem seguidas, porque apresentam uma imagem errada e supersticiosa de Deus”.
Em terceiro lugar, recomendou ter uma legítima devoção a Jesus, a Virgem e aos santos, porque, “dessa maneira, estariam fazendo uma propaganda boa que serviria para instruir outras pessoas e para incentivá-las a compartilhar sua devoção”.
Razões pelas quais as correntes não são recomendáveis
1. Causam desconforto
Embora essas correntes sejam feitar por “pessoas de boa fé que pensam que desse modo ajudarão a fomentar a devoção a algum santo”, Pe. Román assegura que “a única coisa que fazem é causar desconforto aos seus contatos sobretudo àqueles que, por falta de conhecimento, se deixam escravizar pelas correntes”.
2. Fomentam superstições
Fomentam a superstição ao fazer acreditar que as graças divinas dependem da repetição sem sentido de uma ação que não tem nenhuma importância, indica o presbítero.
3. Assemelha-se à magia ou bruxaria
“As correntes fazem fronteira com magia ou bruxaria, o que atribui às coisas o poder que só Deus tem e que considera que existem fórmulas infalíveis para forçar Deus a fazer os nossos caprichos”, concluiu Pe. Román.
ACI Digital

Santo Alberto Magno, o “grande doutor” por um acordo com a Virgem

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 15 de novembro, celebra-se Santo Alberto Magno, Doutor da Igreja e padroeiro dos estudantes de ciências naturais. Era considerado um grande especialista, mas a sua memória prodigiosa e seu notável espírito científico se devem a um acordo com a Virgem Maria.

Santo Alberto nasceu em Lauingen (Alemanha), por volta de 1206. Aos 16 anos, começou a estudar na Universidade de Pádua (Itália), onde conheceu o Beato Jordão da Saxônia, da Ordem de São Domingos, que o acompanhou em seu processo para ingressar nos dominicanos. Mais tarde, ocupou altos cargos como professor na Alemanha.
Em Paris, centro intelectual da Europa Ocidental naquela época, obteve o grau de professor e, diz-se que eram tantos os estudantes que frequentam suas aulas, que teve que ensinar em praça pública. Este lugar leva o seu nome, é a Praça “Maubert”, que vem de “Magnus Albert”.
Foi eleito superior provincial da Alemanha e, posteriormente, nomeado reitor de uma nova universidade em Colônia, onde teve como discípulo outro grande nome da Igreja, Santo Tomás de Aquino.
Foi uma grande autoridade em filosofia, física, geografia, astronomia, mineralogia, alquimia (química), biologia etc., assim como no que diz respeito à Bíblia e à Teologia. É o iniciador do sistema escolástico. No entanto, mantinha-se humilde e nunca deixou a oração e os sacramentos.
Em Roma, chegou a ser teólogo e canonista pessoal do Papa. Depois, foi ordenado Bispo de Regensburg, serviço ao qual renunciou tempos depois para se dedicar a formar e ensinar. Em 1274, participou ativamente no II Concílio de Lyon.
Até então, não cabia dúvida de que se tratava de um intelectual fora do comum. Porém, em 1278, enquanto dava aulas, subitamente sua memória falhou e perdeu a agudeza do entendimento. Então, compreendeu que seu fim estava chegando.
Santo Alberto contou que, quando era jovem, os estudos eram difíceis para ele e, certa noite, tentou fugir do colégio onde estudava. Quando chegou ao topo de uma escada encostada na parede, encontrou a Virgem Maria.
“Alberto, por que em vez de fugir do colégio não reza para mim, que sou ‘Casa da Sabedoria’? Se tem fé em mim e confiança, eu te darei uma memória prodigiosa”, disse-lhe a Mãe de Deus.
“E para que saiba que fui eu que te concedi, quando for morrer, esquecerá tudo o que sabia”, acrescentou a Virgem. Isto se cumpriu. Dois anos mais tarde, o santo partiu para o Céu muito pacificamente, sem doenças e enquanto conversava com seus irmãos em Colônia.
“Santo Alberto Magno – disse o Papa Bento XVI em 2010 – recorda-nos que entre ciência e fé existe amizade, e que os homens de ciência podem percorrer, através da sua vocação para o estudo da natureza, um autêntico e fascinante percurso de santidade”.
ACI Digital

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Nossa Senhora de Akita, aparição mariana do Japão

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Nov. 19 / 01:00 pm (ACI).- O Papa Francisco visitará a Tailândia e o Japão de 19 a 26 de novembro; neste segundo país, ocorreu a aparição de Nossa Senhora de Akita, cuja vidente experimentou os estigmas de Cristo.
A primeira aparição de Nossa Senhora nesta cidade japonesa ocorreu em 12 de junho de 1973. Nesse dia, a religiosa Agnes Sasagawa rezava em seu convento quando, de repente, viu alguns raios brilhantes saindo do tabernáculo. Esse fato aconteceu novamente por mais dois dias.

Então, em 28 de junho, apareceu na palma de sua mão esquerda uma chaga com forma de cruz que sangrava muito e lhe causava grande dor.
Dias depois, em julho, a religiosa ouviu uma voz que vinha da imagem de Nossa Senhora que estava na capela do convento. Nesse mesmo dia, outras irmãs viram gotas de sangue fluindo da mão direita da imagem. Este fato ocorreu mais quatro vezes.
A chaga permaneceu na mão direita da imagem até o dia 29 de setembro. Nesse mesmo dia, a escultura começou a "suar", principalmente na testa e no pescoço.
Em 3 de agosto de 1973, a religiosa recebeu uma segunda mensagem e, em 13 de outubro, a terceira e última.
Em 4 de janeiro de 1975, a imagem mariana começou a chorar e continuou a fazê-lo em várias ocasiões por quase sete anos. A última vez ocorreu em 15 de setembro de 1981, no dia da festa de Nossa Senhora das Dores.
A imagem registrou 101 lacrimações no total.
A religiosa Agnes Sasagawa, cujo nome significa cordeiro, foi curada, sem explicação médica, da surdez que sofria, o que foi considerado como um sinal da autenticidade das aparições de Nossa Senhora e dos fatos milagrosos ao redor da imagem.
Em 22 de abril de 1984, após oito anos de investigação e depois de ter consultado o Vaticano, as mensagens de Nossa Senhora de Akita foram aprovadas pelo Bispo de Niigata, Dom John Shojiro Ito.
O Prelado declarou que os eventos de Akita tinham origem sobrenatural e autorizou em toda a diocese a veneração dessa devoção mariana. Para chegar a essa conclusão, o bispo recebeu o testemunho de 500 pessoas entre cristãos e não cristãos, incluindo o prefeito budista da cidade.
As mensagens de Nossa Senhora de Akita nos incentivam a lembrar a importância da Eucaristia na vida dos fiéis, da oração pela reparação dos pecados e da conversão de todos os homens para se aproximarem cada vez mais do Senhor.
A Virgem também recitou a seguinte oração para a religiosa Agnes Sasagawa:
Sacratíssimo Coração de Jesus,
verdadeiramente presente na Santa Eucaristia,
eu consagro meu corpo e alma
para ser inteiramente um com Vosso Coração,
sendo sacrificado a cada instante em todos os altares do mundo
e dando louvor ao Pai,
implorando pela vinda de Seu Reino.
Por favor, recebei este humilde oferecimento de mim mesma.
 Usai-me como Vós desejais para a glória do Pai
e a salvação das almas.
Santíssima Mãe de Deus,
nunca me deixeis ficar separada de Vosso Divino Filho.
Por favor, defendei-me e protegei-me como Vossa Especial Filha.
Amém.
ACI Digital

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Sobre a imagem do Divino Pai Eterno

Sobre a imagem do Divino Pai Eterno

Por Marcos Monteiro Grillo
Na fé católica, as imagens religiosas têm uma grande importância. Embora os protestantes e iconoclastas em geral (como judeus e muçulmanos) digam que os católicos somos “idólatras”, sabemos que isso não é verdade, conforme explica o Catecismo da Igreja Católica:
“2132. O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. Com efeito, «a honra prestada a uma imagem remonta ao modelo original» (São Basílio Magno, Liber de Spiritu Sancto, 18, 45: SC 17bis. 406 [PG 32, 149].) e «quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada» (II Concílio de Niceia, Definitio de sacris imaginibus: DS 601; cf. Concílio de Trento, Sess. 25ª, Decretum de invocatione, veneratione et reliquiis sanctorum, et sacris imaginibus: DS 1821-1825: II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 125: AAS 56 [1964] 132: Id., Const. dogm. Lumen Gentium, 67: AAS 57 [1965] 65-66.). A honra prestada às santas imagens é uma «veneração respeitosa», e não uma adoração, que só a Deus se deve:
«O culto da religião não se dirige às imagens em si mesmas como realidades, mas olha-as sob o seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não se detém nela, mas orienta-se para a realidade de que ela é imagem» (São Tomás de Aquino, Summa theologiae, 2-2. q. 81, a. 3, ad 3: Ed. Leon. 9, 180).”
As imagens sacras, como já foi dito muitas vezes, têm um papel pedagógico (“A imagem é o livro daqueles que não sabem ler.” São Gregório Magno)[1], ajudando os fiéis a vislumbrar os mistérios da fé, além de estimular a vida de oração e de piedade. Servem também para nos inspirar e fomentar as virtudes, como lemos nessas belas palavras do Pe. Júlio Maria de Lombaerde[2]:
“De outro lado, as imagens são verdadeiros livros que ensinam a prática das virtudes. Assim, contemplando a imagem de São Sebastião, nós aprendemos o dever de confessar a nossa fé, mesmo diante dos inimigos da nossa religião.
Contemplando a imagem de São Vicente, aprendemos a prática da caridade e da dedicação ao próximo.
Um São Francisco Xavier nos ensina o zelo das almas.
Um São Francisco de Assis nos mostra o desapego das riquezas.
Um São Francisco de Sales nos prega a mansidão.
Um São José nos indica o valor de uma vida trabalhosa.
Um São Miguel nos recorda a justiça de Deus.
Uma Santa Teresinha nos prega a confiança filial e no amor de Deus.
Contemplando a imagem da Santíssima Virgem, aprendemos a prática da sublime virtude da pureza.
Considerando a imagem do Coração de Jesus, lembramo-nos do amor que Deus tem aos homens.
Fitando a imagem de Jesus Crucificado, aprendemos a sofrer com paciência e resignação.”
Mas, o objetivo deste breve artigo não é demonstrar a veracidade da doutrina católica acerca da veneração dos santos, da Virgem Maria e do uso das imagens sacras no culto cristão, sobre o que há farta bibliografia, além de inúmeros textos na Internet. Nosso objetivo é falar um pouco sobre a imagem do Divino Pai Eterno, uma devoção que teve início há mais de 170 anos, na cidade hoje chamada de Trindade, no estado brasileiro de Goiás. No site oficial do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno podemos ler um breve relato sobre a origem dessa devoção que atualmente reúne milhões de fiéis todos os anos na referida cidade:
“Certo dia, durante o trabalho no campo, próximo ao córrego do Barro Preto, a enxada do lavrador Constantino Xavier acertou algo rígido, que não se parecia com uma simples pedra. Ao lado de sua esposa, Ana Rosa Xavier, ele se deu conta que havia encontrado um belíssimo Medalhão de barro, de aproximadamente oito centímetros, onde estava representada a Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria. (…) Demonstrando sua fé, amor e devoção, Constantino e Ana Rosa levaram a Imagem para casa, onde, baseado em relatos da história, um altar foi preparado para abrigar o Medalhão. Ali, a família se reunia com familiares e vizinhos, aos fins de semana, para rezar o terço. Com isso, numerosos prodígios, graças e milagres começaram a acontecer. (…) Cerca de dois anos após o início das orações em torno do Medalhão, Constantino se dirigiu a Pirenópolis, mais de 120 km de distância da região do Barro Preto (atual Trindade), com o intuito de restaurar o objeto sagrado. Para isso, procurou o artista plástico goiano Veiga Valle. Aconselhado pelo artista, Constantino resolveu fazer uma réplica da figura da Trindade Santa coroando Maria em um tamanho maior, esculpida em madeira. Daí surgiu a  Imagem, que se tornou uma forte representação da devoção ao Pai Eterno.” [3]
Na belíssima imagem, podemos contemplar Deus Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu corpo glorioso (ressuscitado), sentado à direita de Deus Pai, conforme rezamos no Credo Apostólico (“ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está assentado à direita de Deus Pai…”). O manto vermelho de Nosso Senhor evoca Seu precioso sangue derramado na cruz por nós. Deus Pai é representado como um ancião, semelhante a Jesus Cristo (indicando a filiação divina do Salvador), de barba e cabelos grisalhos, fazendo menção à autoridade e à sabedoria eterna do Pai. Entre o Pai e o Filho, vemos o Espírito Santo representado sob a forma de uma pomba, conforme lemos no Evangelho (“e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e veio do céu uma voz: ‘Tu és o meu Filho bem-amado; em ti ponho minha afeição’”. Lucas 3, 22). A representação do Espírito Santo aparece entre o Pai e o Filho como uma referência ao amor que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo, a Santíssima Trindade. Nossa Senhora aparece ajoelhada, como sinal de sua humildade e submissão incondicional à vontade de Deus, sendo coroada pela Santíssima Trindade como Rainha do céu e da terra (cf. Apocalipse 12), conforme rezamos no Santo Rosário (quinto mistério glorioso). Sob a imagem da Santíssima Trindade e de Nossa Senhora, vemos nuvens douradas (em algumas imagens as nuvens são azuis), evocando o céu, nossa pátria celeste, bem como a ideia de eternidade.
A imagem do Divino Pai Eterno inspira fé e profundo amor pelo mistério da Santíssima Trindade. Nela vemos Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que assumiu a forma humana para nos redimir. Vemos Deus Pai, que deu Seu Filho único para nos salvar e assim nos adotar como filhos e herdeiros Seus. Vemos o Espírito Santo, representado sob a imagem bíblica de uma pomba, evocando o inefável amor intrínseco à Trindade Santa, e que também guia a Igreja fundada pelo Senhor para que não ficássemos a sós por ocasião da Sua gloriosa ascensão aos céus. E finalmente, vemos Nossa Senhora, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rainha dos cristãos e nossa advogada junto ao Deus Trino.
Evidentemente, a imagem do Divino Pai Eterno não pode ser contemplada de modo racionalista, tampouco de forma iconoclasta. A imagem é uma representação artística de conteúdos da nossa fé, representação essa que tem suas óbvias limitações, assim como as próprias palavras são limitadas para descrever os mistérios da fé. Devemos ter essa imagem como fonte de fé, piedade e amor a Deus e a Nossa Senhora. Ressalte-se também o grande valor da imagem do Divino Pai Eterno para a oração e meditação do Santo Rosário.
Terminamos esse breve texto com essas belas palavras do nosso grande e saudoso Papa São João Paulo II:
“Com particular satisfação, dirijo-me a esta representação do Divino Pai Eterno, na sua atitude de coroar a Beatíssima Virgem Maria. Sei que o povo dessa Arquidiocese, e de todo o Goiás, tem muita devoção ao Divino Pai Eterno, e esta representação exprime muito bem o sentido misterioso da Redenção realizada pelo Deus Homem que, para nos salvar, veio ao mundo, por vontade do Pai, encarnando-se no seio puríssimo da Virgem Maria.
Nisto, caríssimos filhos do Brasil, se resume toda a beleza das insondáveis riquezas do amor de Deus pelos homens, que quis reunir na Igreja Católica todas as ovelhas para que, ao fim dos tempos, constituam um só rebanho com um único pastor!”[4]
NOTAS
[1] NABETO, Carlos Martins. A fé cristã primitiva: coletânia de sentenças patrísticas. Clube de Autores, 2012, p. 277.
[2] LOMBAERDE, Pe. Júlio Maria de. Luz nas trevas: erros e objeções protestantes. Calvariae Editorial, 2019, p. 183.
[3] https://www.paieterno.com.br/santuario/origem-devocao/
[4] http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/homilies/1991/documents/hf_jp-ii_hom_19911015_goiania.html

Veritatis Splendor

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF