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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Vatican News com o Papa Francisco na Tailândia e Japão

Acolhida ao Papa Francisco em Bangkok
Acolhida ao Papa Francisco em Bangkok
O Papa Francisco chegou ao Aeroporto da capital da Tailândia Bangcoc às 12h02 min desta quarta-feira. Até 26 de novembro, quando parte do Japão de retorno a Roma, os passos de Francisco serão acompanhados pelo Vatican News.

Cidade do Vaticano

O Vatican News acompanhará o Papa Francisco nesta sua 32ª Viagem Apostólica, que o leva à Tailândia e Japão, também com transmissões dos eventos públicos com comentários em português.
A programação completa da viagem pode ser conferida abaixo. Os horários indicados correspondem ao horário local (Tailândia: +10 em relação ao horário de Brasília,  +7 em relação ao horário de Portugal;  Japão +12 em relação ao horário de Brasília, +9 em relação ao horário de Portugal).

Terça-feira, 19 de novembro

ROMA – BANGCOC
19 horas – Voo do Aeroporto de Roma/Fiumicino para Bangcoc

Quarta-feira, 20 de novembro

12h30 – Chegada no Military Air Terminal 2 de Bangkok e acolhida oficial

Quinta-feira, 21 de novembro

BANGCOC
09h00 – Cerimônia de boas-vindas no pátio da Govermnet House
09h15 – Encontro com o Primeiro Ministro na “Inner Ivory Room” da Government House
09h30 – Encontro com as Autoridades, as Sociedade Civil e o Corpo Diplomático na Sala “Inner Santi Maitri”, da Government House – Discurso do Santo Padre
10h00 – Visita ao Patriarca Supremo dos Budistas no Wat Ratchabophit Sathit Maha Simaram Temple – Saudação do Santo Padre
11h15 – Encontro com o pessoal médico do St Louis Hospital – Saudação do Santo Padre
12h00 – Visita privada aos doentes e portadores de deficiência no St Louis Hospital
Almoço na Nunciatura
17h00 – Visita privada a Sua Majestade Rei Maha Vajiralongkorn “Rama X”, no Amphorn Royal Palace
18h00 – Santa Missa no Estádio Nacional – Homilia do Santo Padre

Sexta-feira, 22 de novembro de 2019

BANGCOC
10h00 – Encontro com os Sacerdotes, Religiosos(as), Seminaristas e Catequistas na Paróquia São Pedro – Discurso do Santo Padre
11h00 – Encontro com os bispos da Tailândia e da FABC no Santuário Beato Nicholas Boonkerd Kitbamrung – Discurso do Santo Padre
11h50 – Encontro privado com Membros da Companhia de Jesus na sala adjacente ao Santuário
Almoço na Nunciatura Apostólica
15h20 – Encontro com líderes cristãos e de outras religiões na Chulalongkorn University – Discurso do Santo Padre
17h00 – Santa Missa com os jovens na Catedral da Assunção – Homilia do Santo Padre

Sábado, 23 de novembro

BANGCOC - TÓQUIO
09h15 – Cerimônia de despedida no Military Air Terminal 2 de Bangkok
09h30 – Voo para Tóquio
17h40 – Chegada ao Aeroporto de Tóquio-Haneda
17h40 - Cerimônia de boas-vindas no Aeroporto Tóquio-haneda
18h30 – Encontro com os bispos na Nunciatura Apostólica – Discurso do Santo Padre

Domingo, 24 de novembro

TÓQUIO – NAGASAKI – HIROSHIMA – TÓQUIO
07h20 – Voo para Nagasaki
09h20 – Chegada ao Aeroporto de Nagasaki
10h15 – Mensagem sobre as armas nucleares no Atomic Bomb Hypocenter Park – Mensagem do santo Padre
10h45 – Homenagem aos Santos Mártires no Monumento dos Mártires - Nishizaka Hill – Saudação do Santo Padre e Angelus
Almoço no Arcebispado
14h00 – Santa Missa no Estádio de Baseball - Homilia do Santo Padre
16h35 – Voo para Hirsohima
17h45 – Chegada ao Aeroporto de Hiroshima
18h40 – Encontro pela paz no memorial da Paz – Mensagem do Santo Padre
20h25 – Voo para Tóquio
 21h50 – Chegada ao Aeroporto de Tóquio-Haneda

Segunda-feira, 25 de novembro

TÓQUIO
10h00 – Encontro com as vítimas do tríplice desastre no “Bellesalle Hanzomon" – Discurso do Santo Padre
Visita privada ao Imperador Naruhito no Palácio Imperial
11h45 – Encontro com os jovens na Catedral de Santa Maria – Discurso do Santo Padre
Almoço com Séquito Papal na Nunciatura Apostólica
16h00 – Santa Missa no Tokyo Dome – Homilia do Santo Padre
Encontro com o Primeiro Ministro em Kantei
Encontro com as Autoridades e o Corpo Diplomático em Kantei – Discurso do Santo Padre

Terça-feira, 26 de novembro

TÓQUIO – ROMA
07h45 – Santa Missa privada com os membros da Companhia de Jesus na Capela do Kulturzentrum da Sophia University
Café da manhã e encontro privado com o Colégio Maximo na Sophia University
09h40 – Visita aos sacerdotes idosos e doentes na Sophia University
10h00 – Visita à Sophia University – Discurso do Santo Padre
11h20 – Cerimônia de despedida do Aeroporto de Tóquio-Haneda
11h35 – Voo para Roma/Fiumicino
17h15 – Chegada ao Aeroporto de Roma/Fiumicino

Vatican News

A Igreja Católica na Tailândia

As origens da Igreja Católica na Tailândia remontam aos séculos XVI e XVII. Mesmo sendo minoritária no país de maioria budista, sua presença é discreta mas ativa na sociedade.
Cidade do Vaticano
Por ocasião da visita do Papa Francisco à Tailândia, trazemos alguns dados sobre a presença católica no país.
A Tailândia tem uma superfície de 513.115 km², onde vivem mais de 65 milhões de habitantes, dos quais os católicos são apenas 0,59% . No país há 11 Circunscrições Eclesiásticas, 502 paróquias, 566 centros pastorais, 16 bispos (dado de 30 de dezembro de 2019), 523 sacerdotes diocesanos, 312 sacerdotes religiosos.
Os religiosos não sacerdotes são 123, as religiosas professas 1.461, os membros de Institutos seculares 57, os missionários leigos 221, as (os) catequistas 1.901, os seminaristas maiores 306, os centros de educação (de propriedade e/ou administrados por eclesiásticos ou religiosos) 426, que atendem 488.698 estudantes, e 190 centros caritativos e sociais.
As origens da Igreja Católica no país

século XVI-XIX 

o cristianismo foi introduzido no Reino de Sião entre os séculos XVI e XVII. Os dois primeiros missionários a se estabelecerem no território foram os dominicanos portugueses Jeronimo da Cruz e Sebastião da Canto, ambos mortos no 1569. Vieram então os franciscanos, que chegaram à antiga capital Ayutthaya em 1589, os jesuítas em 1607, que puderam abrir casas, escolas e igrejas e os Missionários das Missões Exteriores de Paris (MEP), graças aos quais a missão pode definitivamente se consolidar no território.
Em 1664 foi realizado o Sínodo de Ayutthaya, o primeiro da Igreja neste Região da Ásia, cujas diretrizes foram aplicadas até o século XX. Em 1669, a pedido dos bispos franceses François Pallu e Pierre Lambert de la Motte, enviados pelo Papa Alexandre VII como Vigários Apostólicos com a missão de evangelizar o sudeste Asiático, é instituída a Missão Sião sendo  confiada aos missionários das MEP. Elevada à Vicariato Apostólico em 1673, com jurisdição também sobre a Malásia, Sumatra e Birmânia do Sul, a Missão pode crescer especialmente sob o Rei Narai, o Grande (1657-1688), que concedeu ampla liberdade aos missionários. Uma benevolência que se transformou no entanto em hostilidade no final de seu reinado, dando início a um período de perseguições terminadas somente em 1782 com a ascensão ao trono de Rama I (1782-1809), ansioso por promover alianças com as potências ocidentais.
No decorrer do século XIX, a presença da Igreja pôde assim se consolidar: um decreto do Papa Leão XII conferiu ao Vigário Apostólico de Sião a jurisdição eclesiástica sobre a Diocese de Malaca, enquanto em 10 de setembro de 1841 o Vicariato foi dividido em duas partes: a Missão de Sião Ocidental (incluindo a Malásia, a Ilha de Sumatra e a Birmânia do Sul) e a Missão de Sião Oriental (incluindo o Reino de Sião e Laos), confiada ao Vigário Apostólico Jean-Baptiste Pellegoix do Mep (1841-1862). A ele se deve o primeiro dicionário tailandês-latino-francês-inglês. A Dom Pellegoix sucedeu outro grande missionário das MEP, Dom Ferdinand-Aimé-Augustin-Joseph Dupond (1864-1872). No final do sécul, o catolicismo já havia chegado a todas as partes do Sião.
Século XX

A ocupação japonesa durante a Segunda Guerra Mundial (1941-1945) marcou o início de um novo período de perseguições com a prisão de sacerdotes e a destruição de missões. O fim da ocupação, que abriu o país também à chegada de Missionários protestantes seguindo as tropas americanas, permitiu à Igreja na Tailândia de retomar sua atividade e consolidar sua organização. Foram criadas novas dioceses, em 1957 foi instituída uma Delegação Apostólica, premissa do estabelecimento de plenas relações diplomáticas em nível da Nunciatura em 1968, e em 1965 foi estabelecida a hierarquia católica.
Em 1984, o país recebeu a primeira visita de um Pontífice por ocasião da Viagem Apostólica de João Paulo II a Fairbanks, Coreia, Papua Nova Guiné, Ilhas Salomão e Tailândia (2-12 de maio de 1984) com etapa em Bangkok (10-11 maio).
Cinco anos mais tarde, em 22 de outubro de 1989, o próprio Pontífice presidiu a beatificação de sete mártires tailandeses mortos in odium fidei em 1940 no povoado de Songkhon, na fronteira com o Laos: o catequista Philip Siphong Onphitake, duas religiosas e quatro leigos.
A Igreja na Tailândia hoje

Uma pequena minoria
Ainda hoje, os cristãos são uma pequena minoria na Tailândia: pouco mais de 1% da população, mais de 90% da qual é budista Theravada, enquanto 4-5% é muçulmano. Destes, 0,59% (0,46 de acordo com a Ucan-2018) são católicos, pertencentes principalmente a minorias étnicas locais ou imigrantes vietnamitas e chineses, enquanto a outra metade (principalmente da etnia Karen e Shan) pertence a diversas Igrejas e seitas protestantes (evangélicos, batistas do sul, Igreja de Cristo e Adventistas do Sétimo Dia).
Relações com o Estado
As relações da Igreja com o Estado - que mantém plenas relações diplomáticas com a Santa Sé desde 1968 - hoje são geralmente boas ainda que nos anos 80 tenha havido momentos de tensão, mais tarde superados, com os monges Budistas preocupados com a atividade missionária.
O budismo, de fato, sempre foi um status protegido, mas não é a religião oficial do Estado e a liberdade religiosa é no entanto garantida. De acordo com a Constituição, o Estado promove a harmonia entre os seguidores de todas as fés e incentiva a aplicação dos princípios religiosos "para criar virtudes e desenvolver a qualidade de vida".
A reforma constitucional adotada em abril de 2017, introduziu todavia um controverso artigo que impõe ao Estado a promoção do budismo Theravada e a adoção de medidas “para impedir a profanação do Budismo em qualquer forma". Essa mudança levantou a preocupações entre as minorias cristãs e muçulmanas, porque todo ato interpretado como ameaça ou um desprezo pelo budismo é agora passível de sanções.
O trabalho da Igreja tailandesa nos campos educacional, de saúde e social
Pequena em números, a Igreja tem sido apreciada por seu trabalho no campo da saúde, da educação e na área social. Na Tailândia existem cerca de 426 escolas católicas com mais de 450 mil estudantes. Frequentadas por muitos não-cristãos, as instituições educacionais católicas são reconhecida pela alta qualidade do ensino oferecido. Notável também o compromisso da Igreja em favor dos pobres e das categorias mais vulneráveis, entre os quais os refugiados e migrantes presentes no país, que se tornou um dos principais destinos migratórios do sudeste Ásia.
Em particular, a Igreja está na vanguarda da ajuda humanitária há anos aos muçulmanos Rohingya que fogem de Mianmar, mas também dos solicitantes de asilo cristãos Paquistaneses, vítimas de perseguição de fundamentalistas islâmicos em seu país. A Caritas Tailândia, em colaboração com o Catholic Relief Services, a agência de caridade do Bispos dos EUA, implementou programas para fornecer assistência médica, alimentação e assistência em diferentes centros de acolhimento. Esses serviços são dirigidos também às numerosas mulheres e crianças vítimas de tráfico de pessoas, que encontram nas estruturas católicas locais protegidos onde recuperar sua dignidade.
Compromisso com a paz e o diálogo
A presença católica na Tailândia é discreta mas dinâmica. Diante dos repetidos conflitos e à polarização política que marcou a história recente do país, a Igreja reiterou repetidamente não desejar tomar partido, mas sempre defender o diálogo, invocando o respeito pela liberdade religiosa necessária para realizar suas atividades de culto, pastorais, educacionais e caritativas, para contribuir para o bem comum da nação.
Nesse sentido também durante a última crise que levou ao golpe militar de 2014, os bispos tailandeses exortaram repetidamente os fiéis a manterem uma posição neutra. Paz, diálogo, oração e, acima de tudo, não-violência, foram portanto a linha seguida pela Igreja em todos os momentos difíceis vividos pelo país. Ao mesmo tempo, a Conferência Episcopal sempre sustentou que na raiz destas tensões estão as fortes disparidades e injustiças sociais e o flagelo da corrupção.
A vida da Igreja na Tailândia também sentiu o ressurgimento do antigo conflito entre o governo de Bangkok e os separatistas islâmicos malaios das Províncias de Sul (Pattani, Yala e Narathiwat), onde os muçulmanos são maioria. Um conflito de origens antigas nas quais fatores étnicos e religiosos interagem. As violências obrigaram muitos cristãos presentes na área a fugir. Além disso, o clima de insegurança dificulta o trabalho pastoral e os projetos sociais e de caridade da Igreja local, que já conta com poucas forças. Nesse contexto, fez sua voz ser ouvida, junto às ONGs, para que a população civil vítima do conflito seja protegida e se organizou para promover o diálogo entre as diferentes comunidades religiosas.
Uma Igreja comprometida em buscar novas maneiras de evangelizar
A busca de novos caminhos para evangelização e a promoção dos valores da família e da vida: esses são os principais desafios e prioridades da Igreja hoje na Tailândia. A oferecer a ocasião para relançar a evangelização, foi a recorrência neste ano de 350º  aniversário da "Missão de Sião" (1669). Em vista do aniversário, a Conferência Episcopal Tailandesa convocou um período de preparação de três anos (2017-2019), para "redescobrir a fé, promovendo o anúncio da Boa Nova a partir do testemunho evangélico nas pequenas comunidades e aprofundar o diálogo inter-religioso, especialmente com o mundo budista”.
O aniversário foi precedido pelo Ano Santo especial, entre 2014 e 2015, para celebrar o 350º aniversário do Sínodo de Ayutthaya (1664), que consolidou a presença da fé católica na então Sião. O momento central do ano jubilar foi o Sínodo Plenário da Igreja Católica na Tailândia, centrado no tema "Os discípulos de Cristo vivem a nova evangelização".
O encontro foi uma ocasião para recordar o passado, mas também um importante momento de renovação para olhar para o futuro. Na conclusão do Sínodo, os Bispos divulgaram um documento que, partindo da situação do país, indicou os caminhos para a ação pastoral da Igreja nos próximos anos.
"Os católicos - lê no documento - estão buscando novas formas para encarnar o Evangelho no país e vivê-lo na sociedade, na economia, na política, para contribuir para o bem comum da nação”, um claro convite aos fiéis leigos para um maior envolvimento na vida da Igreja e um compromisso ativo de construir uma sociedade justo e pluralista.
A Igreja tailandesa também está ativamente comprometida na promoção dos valores da família e da dignidade da vida humana, temas sobre as quais encontrou sintonia com os budistas, com os quais compartilhou lutas como o flagelo do aborto (legal no país desde 1957 apenas em caso de estupro ou em caso de perigo para a vida da mãe, mas muitas vezes praticada ilegal e clandestinamente), ou contra o mercado da “barriga de aluguel”, alimentado pela pobreza.
Fonte: Vatican News

terça-feira, 19 de novembro de 2019

São Roque González e companheiros mártires

REDAÇÃO CENTRAL, 19 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 19 de novembro São Roque González e companheiros mártires. O sacerdote jesuíta foi martirizado e teve o corpo queimado por anunciar o Evangelho na América do Sul. Natural do Paraguai, evangelizou também em terras brasileiras, no território que atualmente pertence ao Rio Grande do Sul.

São Roque nasceu em Assunção, Paraguai, em 1576. Aos 22 anos foi ordenado sacerdote e, posteriormente, nomeado Pároco da Catedral de Assunção. Em 1609, ingressou na Companhia do Jesus e anos depois foi designado superior da primeira Missão do Paraguai.
Em 1615, fundou uma missão em Itapúa, a atual cidade da Argentina de Posadas, e logo se transladou para a outra margem do rio, que hoje se conhece como Encarnação, no Paraguai. Por isso, é reconhecido como fundador e patrono das duas cidades.
São Roque costumava chamar a Virgem de “conquistadora”, pois muitas vezes bastava que levantasse o quadro da imagem da Mãe de Deus para que os índios se convertessem.
Em 15 de novembro de 1628, celebrou a Santa Missa em Caaró, que hoje faz parte do Brasil, e foi assassinado por um cacique. Os atacantes queimaram seu corpo, mas ficou intacto o seu coração, que lhes falou a fim de que se dessem conta do que tinham feito e os convidou ao arrependimento.
O coração de São Roque se manteve incorrupto e foi levado a Roma junto ao machado de pedra com a qual foi martirizado. Atualmente, o coração e o machado se encontram na Capela dos Mártires, no Colégio de Cristo Rei, em Assunção, Paraguai.
Em 1988, São João Paulo II, durante sua visita ao Paraguai, canonizou São Roque González, os espanhóis Santo Alfonso Rodríguez e São João de Castilho. Todos eles, mártires jesuítas em terras americanas.
“Nem os obstáculos de uma natureza agreste, nem as incompreensões dos homens, nem os ataques de quem via em sua ação evangelizadora um perigo para seus próprios interesses, foram capazes de atemorizar estes campeões da fé. Sua entrega sem reservas os levou até o martírio”, destacou o Papa peregrino naquela celebração.
Em Caaró, município de Caibaté, encontra-se o principal santuário de veneração dos Santos Mártires (como ficaram conhecidos), visitado permanentemente por caravanas de romeiros.
ACI Digital

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo

REDAÇÃO CENTRAL, 18 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 18 de novembro, a Igreja celebra a dedicação das Basílicas dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, templos em Roma que contêm os restos mortais destes dois grandes nomes do cristianismo e símbolos da fraternidade e da unidade da Igreja.

A Basílica de São Pedro, no Vaticano, foi construída sobre o túmulo do Apóstolo, que morreu crucificado de cabeça para baixo. No ano 323, o imperador Constantino mandou construir no local a Basílica dedicada àquele que foi o primeiro Papa da Igreja.
A atual Basílica de São Pedro demorou 170 anos para ser edificada. Começou com o Papa Nicolau V, em 1454, e foi concluída pelo Papa Urbano VIII, que a consagrou em 18 de novembro de 1626. A data coincide com a consagração da antiga Basílica.
Bramante, Rafael, Michelangelo e Bernini, famosos artistas da história, trabalharam nela, plasmando o melhor de sua arte.
A Basílica de São Pedro mede 212 metros de comprimento, 140 de largura e 133 metros de altura em sua cúpula. Não há templo no mundo que se iguale em extensão.
A Basílica de São Paulo Extramuros é, depois de São Pedro, o maior templo de Roma. Também surgiu por vontade de Constantino. Em 1823, foi quase totalmente destruída por um terrível incêndio. Leão XIII iniciou sua reconstrução e foi consagrada em 10 de dezembro de 1854 pelo Papa Pio IX.
Um fato interessante é que, sob as janelas da nave central nas naves laterais, em mosaico, encontram-se os retratos de todos os Papas desde São Pedro até o atual, o Papa Francisco.
Em 2009, por ocasião desta celebração, o Papa Bento XVI disse que “esta festa nos proporciona a ocasião de ressaltar o significado e o valor da Igreja. Queridos jovens, amem a Igreja e cooperem com entusiasmo em sua edificação”.
ACI Digital

domingo, 17 de novembro de 2019

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano C: PERMANECER FIRMES

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A liturgia da Palavra deste penúltimo Domingo do Tempo Comum leva-nos a olhar para o futuro que Deus prepara para nós, com esperança, mas vivendo o presente com responsabilidade e firmeza na fé.
O profeta Malaquias anuncia o “Dia” do Senhor, o dia do julgamento, que será de condenação para “os soberbos e ímpios”, enquanto para os que temem o Senhor “nascerá o sol da justiça trazendo salvação em suas asas” (Ml 3,20). Trata-se de um forte apelo à esperança dirigido, especialmente, aos que duvidavam da justiça e do amor de Deus na história. O profeta mostra que Deus não abandonou o seu povo e irá estabelecer o seu reino de justiça. Em resposta, rezamos o Salmo 97, proclamando que “o Senhor virá julgar a terra inteira, com justiça julgará”. De fato, nós rezamos o Creio afirmando que Jesus Cristo “há de vir a julgar os vivos e os mortos”.
Conforme o Evangelho segundo S. Lucas, a preocupação dos discípulos era saber “quando” e “como” isso aconteceria. Ao invés de satisfazer a curiosidade deles a respeito do futuro, Jesus lhes mostra como proceder no presente, destacando três atitudes que deveriam cultivar. A primeira é: “cuidado para não serdes enganados” (Lc 21,8), alertando para que não se deixem levar por rumores a respeito do fim. A segunda é: ”não fiqueis apavorados” (21,9); ao contrário, é preciso confiar em Deus. A terceira atitude encontra-se resumida na frase conclusiva do texto proclamado: “é permanecendo firmes que ireis ganhar a vida” (21,19), mostrando a importância da perseverança e do testemunho. O tempo de grandes dificuldades, perseguição e morte, será ocasião para os discípulos testemunharem a fé, segundo as palavras de Jesus (21,13), prometendo-lhes “dar palavras acertadas” para se defenderem.
Na comunidade dos tessalonicenses, a preocupação com a vinda do Senhor levou alguns a viverem de maneira errada. São Paulo refere-se a “alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada” (2Ts 3,11). Para estarem bem preparados para o dia do julgamento, os tessalonicenses são exortados a trabalhar e a agir com responsabilidade. Ao invés do medo ou da acomodação, é necessário agir.  Diante da figura deste mundo que passa e do julgamento que virá, a fé move os discípulos de Cristo para agirem com esperança e responsabilidade, dando testemunho e permanecendo firmes.
O Papa Francisco instituiu o 33º Domingo do Tempo Comum como o dia mundial dos pobres, por meio da Carta Apostólica Misericordia et Misera (n. 21), como fruto e prolongamento do Ano Santo da Misericórdia (2016). Seja este dia uma ocasião especial para expressar o amor aos pobres, a solidariedade, através de ações pessoais e comunitárias.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Santa Isabel da Hungria, a que “morreu para a terra”

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 17 de novembro, a Igreja celebra Santa Isabel da Hungria, uma jovem mãe que aproveitou sua condição de nobreza para ajudar Cristo nos mais pobres. Ao morrer, apareceu a um homem e disse que ia para a glória e que morria para a terra.

Filha do rei da Hungria, nasceu em 1207 e foi dada em casamento a Luiz Landgrave da Turíngia. Por isso, desde pequena, foi enviada por seus pais ao castelo de Wartburg para ser educada na corte de Turíngia com aquele que seria seu marido. Teve que suportar incompreensões por sua bondade.
Seu prometido, cada vez que passava pela cidade, comprava algo para a santa e entregava-lhe muito respeitosamente. Mais tarde, o jovem herdou a ‘dignidade’ de Landgrave e se casou com Santa Isabel. Deus lhes concedeu três filhos.
Luiz não colocava impedimento às obras de caridade da santa, mas, à noite, quando ela se levantava para rezar, seu esposo lhe pegava pela mão com medo de que tantos sacrifícios lhe causassem danos e suplicava que voltasse a descansar.
Por um tempo, a fome se fez sentir naquelas terras e Santa Isabel gastou seu dinheiro e os grãos que estavam reservados para sua casa, ajudando os pobres. Isto lhe rendeu grandes críticas. Como o castelo ficava sobre uma colina, construiu um hospital ao pé do monte para dar de comer aos inválidos com suas próprias mãos e pagava a educação das crianças pobres, especialmente dos órfãos.
Luiz morreu em uma das cruzadas, vítima da peste, e Santa Isabel sofreu muito. Depois, seu cunhado se apoderou do governo e ela teve que se mudar. Posteriormente, quando seus filhos tinham todo o necessário, tomou o hábito da ordem terceira de São Francisco.
Seu sacerdote confessor a submetia a grandes sacrifícios como despedir seus criados que mais amava. Ajudava os enfermos, vivia austeramente e trabalhava sem descanso. Partiu para a Casa do Pai ao anoitecer de 17 de novembro de 1231.
Diz-se que no dia de sua morte, um irmão leigo tinha quebrado um braço em um acidente e sofria na cama com dores. Então, Santa Isabel lhe apareceu com vestidos radiantes e o irmão lhe perguntou por que estava vestida tão formosamente. Ela respondeu: “É porque vou para a glória. Acabo de morrer para a terra. Estique seu braço porque foi curado”.
Dois dias depois do enterro, um monge cisterciense foi ao túmulo de Santa Isabel e ajoelhou-se para pedir à santa que intercedesse para se curar de uma terrível dor no coração. De uma hora para outra, ficou completamente curado de sua doença.
ACI Digital

sábado, 16 de novembro de 2019

Santa Margarida da Escócia, rainha e mãe de família

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Nov. 19 / 06:00 am (ACI).- Santa Margarida da Escócia nasceu na Hungria por volta de 1046, quando sua família estava exilada pela invasão dinamarquesa da Inglaterra e, por isso, cresceu na corte do rei Santo Estêvão.

Aos 11 anos, Santo Eduardo “o confessor”, meio-irmão de seu pai, assumiu o trono inglês. A família pôde retornar ao país, mas, devido ao conflito entre ingleses e dinamarqueses e como seu pai faleceu por morte natural, então, tiveram que viver na Escócia.
Aos 24 anos, casou-se com o então rei da Escócia, Malcom III, com quem teve oito filhos. A rainha era sábia e com certa cultura, por isso, transformou a corte do esposo com o exemplo na caridade.
Todos os dias, a santa dava de comer aos pobres e a alguns deles lavava os pés. Preocupou-se com a educação de seu povo e, muitas vezes, esgotou o tesouro real para socorrer os necessitados.
Educou seus filhos com os valores cristãos e influenciou na Igreja na Escócia. Fez convocar um concílio nesse território que extirpou ritos pagãos que eram realizados em plena celebração Eucarística.
Santa Margarida teve uma intensa vida de oração, participava de várias Missas diárias e praticava a austeridade. Pedia que lhe dissessem seus defeitos para corrigi-los, dava esmolas, resgatava prisioneiros ingleses detidos na Escócia, cuidava dos viajantes e construía mosteiros, igrejas e albergues.
Em 1093, seu esposo Malcom III e seus filhos Eduardo e Edgardo foram à batalha para recuperar um castelo e o monarca e seu primogênito faleceram. Durante esse tempo, a santa ficou doente e, ao regresso de seu filho Edgardo, Margarida agradeceu a Deus pela paciência para suportar tantas desgraças juntas.
Ofereceu toda a sua dor a Deus e partiu para a Casa do Pai em 16 de novembro de 1093. Diz-se que, ao falecer, seu rosto recuperou a calma, a cor e a beleza que havia tido.
ACI Digital

Santa Gertrudes, padroeira das pessoas místicas

REDAÇÃO CENTRAL, 16 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 16 de novembro, é celebrada a festa de Santa Gertrudes, vidente do Sagrado Coração de Jesus e considerada padroeira das pessoas místicas.

Santa Gertrudes nasceu em 6 de janeiro de 1256, na Alemanha. Aos cinco anos, foi enviada para estudar no mosteiro beneditino de Helfta, onde sua irmã Santa Matilde foi abadessa e sua professora. Com o tempo, tomou o hábito e se tornou amiga de Santa Matilde de Hackeborn, que também tinha uma devoção especial ao Coração de Jesus.
Muitos séculos antes de Cristo aparecer a Santa Margarida Maria Alacoque, Santa Gertrudes teve experiências místicas do Sagrado Coração de Jesus.
Igreja chama de místicas as pessoas que se dedicam a lidar diretamente com Deus por meio de orações fervorosas e recebem do Senhor mensagens e revelações.
Em sua vida cotidiana, a santa praticava a comunhão frequente e tinha muita devoção a São José. Conta-se que, em duas visões diferentes, reclinou a cabeça sobre o peito de Jesus e ouviu as batidas de seu coração.
Em uma ocasião, a santa perguntou ao Apóstolo São João, que recostou sua cabeça junto ao coração do Senhor na Última Ceia, por que não tinha escrito nada sobre o Coração de Jesus.
O evangelista lhe explicou que a revelação do Sagrado Coração de Jesus estava reservada para tempos posteriores, quando o mundo na frieza necessitaria ser reavivado no amor.
São atribuídos à santa Gertrudes cinco livros que formam o “Arauto da amorosa bondade de Deus”, que são comumente chamados de “Revelações de Santa Gertrudes”. O primeiro foi escrito por amigos íntimos da santa, o segundo, ela mesma o fez, e os demais foram compostos com sua direção.
Neles, fala de suas experiências místicas e ensina que “a adversidade é a aliança espiritual que sela os esponsais com Deus”. Também são atribuídas a ela orações do século XVII, embora não sejam dela.
Santa Gertrudes padeceu por dez anos penosas enfermidades e partiu para a Casa do Pai em 17 de novembro de 1301 ou 1302. Clemente XII mandou que sua festa fosse celebrada em toda a Igreja Católica.
Oração pelas almas do purgatório
(O Senhor disse a Santa Gertrudes que, com esta oração, poderia libertar 1000 almas do purgatório cada vez que a rezasse).
Eterno Pai, ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém.
ACI Digital

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Leste ou Oeste?

Written by Veritatis Splendor


Autor: Pe. Arthur W. Terminiello
Fonte: Livro “The 40 Questions Most Frequently Asked about the Catholic Church by Non-Catholics” (1956) / Site “Una Fides, One Faith” (http://net2.netacc.net/~mafg)
Tradução: Carlos Martins Nabeto

– A Igreja Ortodoxa Grega é a mesma que a Igreja Católica Romana?
A Igreja Católica é dividida geograficamente em duas grandes divisões: o Oriente e o Ocidente. No Oriente, há uma divisão adicional de igrejas: aquelas que estão em comunhão com o Papa e as que não estão. Aquelas que estão ligadas a Roma são chamadas “UNIATAS” ou, mais corretamente, “Igrejas Católicas Orientais”. Aquelas que não estão ligadas a Roma são chamadas de “igrejas ortodoxas”.
A igreja grega é uma dessas igrejas orientais e, na Grécia, esta igreja é dividida entre aquelas que estão unidas a Roma e as que não estão, ou sejam, a Igreja Católica Grega e a Igreja Ortodoxa Grega.
As Igrejas Ortodoxas Orientais são divididas em muitos ramos e reconhecem a supremacia de cinco Patriarcas: Constantinopla, Alexandria, Antioquia, Jerusalém e Chipre[*].
Em questões essenciais, as Igrejas Ortodoxas creem como a Igreja Ocidental em sua maior parte. No entanto, elas não aceitam a autoridade do Papa. Seus padres são validamente ordenados e seus bispos validamente consagrados. Os padres podem ser homens casados, desde que se casem antes de se tornarem diáconos.
Sua liturgia é semelhante à liturgia católica oriental, mas diferente da liturgia ocidental, exceto nas partes essenciais, como a consagração.
—–
[*] NdoT.: Isso em 1956. Atualmente o número de Patriarcados é bem maior: além dos 5 elencados nesta resposta, há ainda: Rússia, Sérvia, Romênia, Bulgária e Geórgia, além de Kiev, secessionada da Rússia e não reconhecida por esta.

Veritatis Splendor

O que um católico deve fazer com as correntes de oração do WhatsApp?

Imagem referencial / Crédito: Pexels
REDAÇÃO CENTRAL, 15 Nov. 19 / 06:00 am (ACI).- Há alguns anos, tornou-se comum receber através do WhatsApp algumas “correntes de oração” para que sejam enviadas a todos os contatos em um período de tempo e, assim, receber uma bênção de Deus e evitar “um castigo”.
O que um católico deve fazer quando recebe uma dessas mensagens?
O sacerdote mexicano Sergio Román respondeu a esta inquietude em um artigo publicado no meio católico 'Desde la Fe'.
O que fazer?
“Em primeiro lugar, o que devemos fazer é recordar que Deus não colocou condições na hora de convidar seus discípulos para rezar, por isso, o recomendável é apagar o texto, embora quem nos enviou seja nosso melhor amigo. E não acontece nada? Absolutamente nada! Não se preocupem”, assegurou.
O presbítero disse que se pode “aproveitar esse tipo de correntes como uma recordação para rezar pelas muitas necessidades do mundo”, mas não se pode “deixar de assinalar que intrinsecamente são ruins e não devem ser feitas nem seguidas, porque apresentam uma imagem errada e supersticiosa de Deus”.
Em terceiro lugar, recomendou ter uma legítima devoção a Jesus, a Virgem e aos santos, porque, “dessa maneira, estariam fazendo uma propaganda boa que serviria para instruir outras pessoas e para incentivá-las a compartilhar sua devoção”.
Razões pelas quais as correntes não são recomendáveis
1. Causam desconforto
Embora essas correntes sejam feitar por “pessoas de boa fé que pensam que desse modo ajudarão a fomentar a devoção a algum santo”, Pe. Román assegura que “a única coisa que fazem é causar desconforto aos seus contatos sobretudo àqueles que, por falta de conhecimento, se deixam escravizar pelas correntes”.
2. Fomentam superstições
Fomentam a superstição ao fazer acreditar que as graças divinas dependem da repetição sem sentido de uma ação que não tem nenhuma importância, indica o presbítero.
3. Assemelha-se à magia ou bruxaria
“As correntes fazem fronteira com magia ou bruxaria, o que atribui às coisas o poder que só Deus tem e que considera que existem fórmulas infalíveis para forçar Deus a fazer os nossos caprichos”, concluiu Pe. Román.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF