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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Santa Bárbara, virgem e mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Dez. 19 / 06:00 am (ACI).- Segundo uma antiga tradição, Santa Bárbara foi uma jovem que se converteu nos primeiros séculos, foi encarcerada por seu pai pagão em seu castelo para forçá-la à apostasia. Vendo que suas tentativas não surtiam efeito, permitiu que a martirizassem cortando-lhe a cabeça com uma espada e ele mesmo morreu fulminado por um raio.

Nasceu na Nicomédia, perto do mar de Mármara, no começo do século III.
Não existem referências a Santa Bárbara contidas nas primeiras autoridades da Igreja, nem no martirológio de São Jerônimo. Entretanto, a veneração a esta santa era comum desde o século VII.
Por volta desta data, existiram as lendárias atas de seu martírio, que foram incluídas na coleção de Simon Metaphraste, um dos mais renomados hagiógrafos bizantinos.
É representada com manto vermelho, cálice do sangue de Cristo, ramo de oliveira, coroa e espada, todos símbolos do martírio.
A lenda de que seu pai foi fulminado por um raio fez com que, provavelmente, fosse considerada pelas pessoas comuns como a santa padroeira em tempos de perigo pelas tempestades e o fogo e, em seguida, por analogia, como protetora dos artilheiros e dos mineiros.
Também é invocada como intercessora para assegurar o recebimento da confissão e da Eucaristia na hora da morte.
ACI Digital

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

São Francisco Xavier, o “São Paulo do Oriente”

REDAÇÃO CENTRAL, 03 Dez. 19 / 05:00 am (ACI).- Sacerdote jesuíta, padroeiro das missões, “São Paulo do Oriente”, assim é conhecido São Francisco Xavier, cuja memória litúrgica é celebrada neste 3 de dezembro. Cofundador da Companhia de Jesus, empreendeu um amplo trabalho evangelizar na Índia, no Japão e na China.

Francisco Xavier nasceu em Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506, filho de uma nobre família. Aos 18 anos, foi estudar na Universidade de Paris, tendo se formado em Filosofia. Lecionava na mesma Universidade, onde conheceu Santo Inácio de Loyola, o fundador dos jesuítas.
Vendo em Francisco um homem que poderia ajudá-lo no seu propósito de defesa e propagação do cristianismo, Loyola costumava lhe dizer: “De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?” (Mc 8, 36). Foi esta frase que tocou o seu coração, fazendo com que se decidisse a seguir Cristo.
Graças aos exercícios espirituais de Santo Ignácio, compreendeu o que seu amigo lhe dizia: “Um coração tão grande e uma alma tão nobre não podem se contentar com as efêmeras honras terrenas. Sua ambição deve ser a glória que dura eternamente”.
Consagrou-se ao serviço de Deus com os jesuítas em 1534. Anos depois foi ordenado sacerdote em Veneza. Mais adiante, estando em Roma, São Francisco Xavier ajudou Santo Ignácio na redação das Constituições da Companhia de Jesus.
Mais tarde, o rei de Portugal, Dom João III, solicitou a Inácio de Loyola que organizasse alguns sacerdotes para acompanhar suas expedições ao Oriente e evangelizar na Índia. Quando este grupo já estava formado, um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier tomou o seu lugar, partindo de Lisboa rumo ao Oriente.
Após uma longa viagem, São Francisco Xavier e seus companheiros chegaram a Goa, uma colônia portuguesa.
Neste local, o santo empreendeu um árduo trabalho de catequese. Atendia os doentes, celebrava Missa com os leprosos, ensinava os escravos e até adaptava as verdades do cristianismo à música popular. Pouco depois, suas canções eram cantadas nas ruas, casas, campos e locais de trabalho.
Mas, também foi testemunha dos abusos que os portugueses e pagãos cometiam contra os nativos, algo que ele mesmo descreveu como “um espinho que levo constantemente no coração”. Posteriormente, São Francisco Xavier escreveria ao rei de Portugal para denunciar os fatos.
Realizou sua missão evangelizadora um muitas cidades, povos e ilhas. Até que, em 1549, partiu para o Japão, onde, ao final de um ano, obteve cerca de cem conversões. As autoridades japonesas, então, proibiram-no de continuar o seu trabalho pastoral.
Realizou também incursões ao território chinês. Seguiu para a Malaca, de onde empreenderia a viagem à China, território inacessível para os estrangeiros. Partiu com uma expedição e chegou à ilha de Shang-Chawan, perto da costa e cem quilômetros ao sul de Hong Kong.  Ali, ficou doente e foi consumido por uma forte febre, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas 46 anos.
Seu caixão foi preenchido de barro para que posteriormente pudesse ser transladado. Depois de dez semanas, tiraram o barro e viram que seu corpo estava incorrupto e não tinha perdido a cor.
O corpo do santo foi levado a Malaca e finalmente foi transladado a Goa, onde os médicos comprovaram seu estado incorrupto. Ali, na Igreja do Bom Jesus, até hoje repousam parte de seus restos. Suas mãos, também incorruptas, estão em um relicário na igreja dos jesuítas em Roma.
São Francisco Xavier foi canonizado em 1622 junto com Santo Inácio de Loyola, Santa Teresa D’Ávila, São Felipe Neri e São Isidoro Lavrador.
O Papa Bento XIV lhe outorgou o título de Patrono da Propagação da Fé e Patrono Universal das Missões. Em 1925, o Papa Pio IX proclamou São Francisco Xavier, juntamente com Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeiro das Missões.
ACI Digital

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Como fortalecer o matrimônio? Psiquiatra aconselha essas 12 virtudes

Imagem referencial. Crédito: Unsplash
REDAÇÃO CENTRAL, 02 Dez. 19 / 11:30 am (ACI).- O diretor do Institute for Marital Healing nos arredores da Filadélfia (Estados Unidos), Richard Fitzgibbons, destaca que, para manter e fortalecer o matrimônio, é necessário trabalhar em doze virtudes que ajudarão os casais a atravessarem as dificuldades que poderiam destruir a relação.
Em um artigo publicado em 25 de novembro por National Catholic Register, Dr. Fitzgibbons relata o trabalho feito com centenas de casais católicos nos últimos 40 anos.
Em seu novo livro, “Hábitos para um matrimônio saudável: Um manual para casais católicos”, o psiquiatra compartilha doze virtudes para fortalecer os casais:
1. Perdão
No livro, Fitzgibbons comenta que perdoar "reduz a raiva" e é um trabalho exigente para "dominar a irritabilidade", porque há um esforço em tentar "compreender-se a si mesmo e a seu cônjuge”.
2. Generosidade
"Conquistar o egoísmo através do crescimento na entrega", assinala o psiquiatra. É necessário pensar "muitas vezes ao dia, ‘nós, não eu’".
3. Respeito
Esta virtude ajuda a superar a necessidade de controlar os outros e ajuda a "pensar na dignidade do cônjuge e dos filhos", assinala.
4. Responsabilidade
Fitzgibbons afirma que a responsabilidade reduz a "distância emocional ao comprometer-se a proteger o cônjuge da solidão, da ansiedade, da insegurança e do egoísmo”.
5. Confiança
"Acalma a ansiedade através da fé na bondade e proteção de Deus e do cônjuge", afirma.
6. Esperança
O psiquiatra ressalta que a esperança "reduz a tristeza ao confiar em um resultado positivo para os acontecimentos e circunstâncias da vida, especialmente na luta contra a solidão".
7. Gratidão
Essa virtude cria confiança "através da apreciação dos dons que Deus nos deu" e deu ao cônjuge.
8. Prudência
Dr. Fitzgibbons assinala que essa virtude "melhora a comunicação" ao ajudar a reconhecer o que dizer ou fazer em cada situação e como fazê-lo.
9. Temperança
"Restringe as compulsões e a infidelidade ao moderar a atração dos prazeres ao dominar os instintos e desejos para que permaneçam leais ao cônjuge", assinala o psiquiatra.
10. Justiça
"Evita o divórcio ao fortalecer os cônjuges para que deem o que se deve a Deus, ao seu cônjuge e aos seus filhos”, comenta. “É trabalhar para enfrentar e resolver honestamente sua personalidade e fraquezas espirituais”.
11. Lealdade
"É um desejo inabalável pelo melhor para os demais", assinala. Ajuda a "reconhecer que o único lugar onde se realiza o autêntico amor humano e a sexualidade é no matrimônio".
12. Humildade
Fitzgibbons comenta que a humildade ajuda o autoconhecimento, "o processo de abordar as fraquezas e erros adquiridos dos pais que interferem no amor e na felicidade conjugal".
ACI Digital

Relíquia da manjedoura de Jesus regressou à Terra Santa depois de 1.400 anos

Jerusalém
JERUSALÉM, 02 Dez. 19 / 03:30 pm (ACI).- Os católicos em Jerusalém celebraram na sexta-feira, 29 de novembro, o retorno à Terra Santa de uma relíquia de madeira que, segundo a tradição, pertence à manjedoura de Jesus, e que esteve quase 1.400 anos em Roma como um presente para o Papa Teodoro I.
Por volta do ano 640, o Patriarca de Jerusalém, São Sofronio, enviou a manjedoura ao Papa Teodoro I quando os muçulmanos conquistaram a Terra Santa, e atualmente se conserva na Basílica de Santa Maria Maior, segundo assinala a imprensa internacional.
A relíquia é do tamanho de um polegar e foi apresentada aos fiéis na igreja de Notre Dame, em Jerusalém, para um dia de celebrações e orações.
O Vaticano assinalou que o Papa Francisco devolveu a relíquia aos católicos na Terra Santa como um presente à Custódia da Terra Santa.
Várias atividades foram realizadas na sexta-feira por ocasião chegada da relíquia, segundo o site da Custódia na Terra Santa. O Núncio Apostólico em Israel e Chipre, Dom Leopoldo Girelli, presidiu "a celebração da Santa Missa prevista para as 9h na capela dedicada a Nossa Senhora da Paz, dentro do complexo de Notre Dame".
Depois disso, os fiéis começaram a rezar diante da relíquia. Louisa Fleckenstein, moradora de Jerusalém, assinalou em uma entrevista à AP que, por causa do silêncio e da oração que havia pela adoração à relíquia, sentia-se como se fosse Natal, como o “verdadeiro Natal”.
A Custódia acrescentou que, em 30 de novembro, pela manhã, a relíquia foi "transferida para Belém, coincidindo com o início das celebrações do tempo do Advento". O objetivo é que “os fiéis e os peregrinos possam venerar o berço que acolheu o começo da nossa redenção na igreja franciscana de Santa Catarina”, localizada ao lado da Igreja da Natividade, em Belém (Cisjordânia), construída onde a tradição indica que Jesus nasceu.
ACI Digital

domingo, 1 de dezembro de 2019

I DOMINGO DO ADVENTO - ANO A: FICAI PREPARADOS!

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Estamos iniciando o Tempo do Advento que “possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para a solenidade do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa” (Normas sobre o Ano Litúrgico, n.39). A cor litúrgica roxa, utilizada neste tempo litúrgico, nos convida à penitência e à conversão, em vista do advento de Cristo. O modo como iremos celebrar e viver o Natal dependerá muito de como nos dispomos a viver este tempo litúrgico.
A Liturgia da Palavra motiva e orienta a nossa vivência do Advento. O Evangelho proclamado nos transmite a certeza de que o Senhor vem, mostrando-nos o que fazer. Afirma Jesus: “Ficai atentos porque não sabeis em que dia virá o Senhor” (Mt 24,42), repetindo, logo a seguir, “Ficai preparados, porque na hora em que menos pensais, o Filho do homem virá” (Mt 24,44). A atitude que ele espera de nós é a vigilância sobre a própria conduta e a prontidão para acolher o Senhor que vem, procurando cumprir fielmente sua Palavra.
A vigilância exige uma séria atitude de conversão. São Paulo, na Carta aos Romanos (Rm 13,11-14), nos alerta: “já era de despertar”, “a noite já vai adiantada, o dia vem chegando”.  É preciso deixar as “ações das trevas” para caminhar na luz da vida nova. O profeta Isaías convidava o povo a caminhar ao encontro do Senhor recorrendo também à imagem da luz, para anunciar um tempo de justiça e paz estabelecido por Deus. “Deixemo-nos guiar pela luz do Senhor” (Is 2,5) é a palavra que Deus dirige também a nós, através da Igreja, neste início de Advento.  Quem caminha para a casa do Senhor, quem a ele volta o coração, experimenta a alegria testemunhada pelo salmista, conforme rezamos hoje (Salmo 121).
Estamos vivenciando a Campanha para a Evangelização, em toda a Igreja no Brasil, motivando-nos a assumir com responsabilidade a missão evangelizadora da Igreja e a colaborar para a sua sustentação. Um gesto concreto, proposto a cada ano, é a Coleta para a Evangelização, realizada no 3º Domingo do Advento, como sinal de comunhão e partilha, para a manutenção da ação evangelizadora da Igreja. Neste Ano Jubilar da Arquidiocese de Brasília, nós somos chamados a renovar “o compromisso de caminhar unidos e de evangelizar a todos, com novo ardor missionário, no diversos espaços do Distrito Federal”. Ajude a sua comunidade a evangelizar, participando das atividades pastorais e dispondo-se a servir os irmãos.
Arquidiocese de Brasília / O Povo de Deus

Primeiro Domingo do Advento

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Dez. 19 / 05:00 am (ACI).- O primeiro domingo do Advento é o primeiro dia do novo Ano Litúrgico – a partir de agora Ano A – para a Igreja Católica e, nesta ocasião, no Evangelho (Mt 24,37-44), Jesus encoraja os fiéis a ficar “atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor”.

“Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”, diz o Senhor.
As leituras bíblicas desta primeira semana e pregação são um convite a estar vigilantes, atentos para quando o Senhor vier. Por isso, é importante que as famílias façam um propósito que lhes permita avançar no caminho para o Natal.
Em um momento propício ou talvez depois de acender a primeira vela da Coroa do Advento, os membros da família poderiam começar revisando as relações familiares e terminar pedindo perdão a quem tenham ofendido, assim como perdoando os outros.
Este deve ser o princípio de um ano renovado que buscará seguir crescendo em um ambiente de harmonia e amor familiar, o qual também deverá se estender aos demais grupos com os quais se relaciona cotidianamente, seja na escola, no trabalho, na vizinhança etc.
Por fim, é importante recordar que o Ano Litúrgico é o conjunto das celebrações com as quais a Igreja comemora anualmente o mistério de Cristo.
O tempo do Advento, que é o primeiro período do Ano Litúrgico, tem a duração de quatro semanas, começando neste domingo, 1º de dezembro, e se estende até o dia 24 de dezembro.
Evangelho: Mt 24,37-44
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 37 “A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38 Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39 E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem.
40 Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. 41 Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada.
42 Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor.
43 Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.
44 Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”.
ACI Digital

5 conselhos para viver o Advento

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Dez. 19 / 07:00 am (ACI).- O Natal está próximo e com ele a compra de presentes, a preparação da ceia e a lista de convidados. Mas, o que verdadeiramente devemos preparar? A seguir, confira 5 conselhos que o ajudarão a viver este tempo de preparação para o Nascimento do Menino Jesus.

Em declarações ao Grupo ACI, o Diretor do Rádio Maria no Chile, Pe. Carlos Irarrázaval, deu 5 conselhos para viver este tempo litúrgico.  “Que não nos arrebatam o tesouro“, enfatizou o presbítero.
1. Viver o Advento em família;
2. Recordar o festejado;
3. Montar o presépio;
4. Contemplar o mistério e preparar o coração para receber o Senhor;
5. Ser missionários.
É importante recordar que o Advento é o período de preparação para celebrar o Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, é o começo Ano Litúrgico católico.
Neste ano, começa neste domingo, 1º de dezembro, e o último dia do Advento será em 24 de dezembro.
Nos templos e casas são colocadas as coras de Advento e a cada domingo é acesa uma vela. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote e as toalhas do altar são roxas, como símbolo de preparação e penitência.
ACI Digital

sábado, 30 de novembro de 2019

Maria, Concebida sem Pecado

Written by Alessandro Lima

Por Erick Ybarra
Tradução por Alessandro Lima*
Os católicos romanos que utilizam a devoção da Medalha de Nossa Senhora da Graça, também conhecida como devoção à Medalha Milagrosa, oram frequentemente: “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Isto é baseado em revelações privadas da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré no início e meados do século XIX.
Os cristãos que foram treinados ou doutrinados nas escolas que vieram da Reforma Protestante quase instintivamente encaram isso como idolatria, superstição e herética. Além de ser uma revelação dúbia para reforçar os erros de Roma, essa oração “Ó Maria, concebida sem pecado” é certamente uma idéia aberrante em contradição direta com o Evangelho e as Escrituras Sagradas.
Gostaria de apontar algo que observei hoje enquanto lia um dos melhores trabalhos sobre mariologia que se poderia encontrar, 2 Volumes Mariology , do Rev. MJ Schebeen. Schebeen não faz essa observação, mas fui atraído por ela lendo sua seção sobre a doutrina da Imaculada Conceição. Aqui, Schebeen estava apontando o fato de que os princípios pelos quais os pais da Igreja primitiva justificavam suas crenças de que a Virgem Maria era “toda santa”, “impecável”, “imaculada” e “sem nenhuma mancha de pecado” comparada a Jesus Cristo, teria facilmente justificado a doutrina da Imaculada Conceição. Aqueles familiarizados com os debates que ocorreram na Igreja Latina sobre o tema da conceição da Virgem no ventre de Santa Ana estarão familiarizados com a dificuldade de tentar dizer se ela deve ter sido santificada no momento preciso de sua concepção, preservando-a efetivamente de todo e qualquer contato com o pecado, ou talvez um momento depois disso. Deve-se ter em mente que nenhum partido neste debate jamais questionou a absoluta impecabilidade da Virgem, nem sua preservação de todos os pecados reais. Os teólogos já tinham uma opinião sobre essa questão –Maria era sem pecado.
Mas como um cristão chegou a uma perspectiva tão “aberrante” sobre isso, pergunta o protestante. Os autores bíblicos, bem como o consenso dos pais da Igreja, testemunham o fato de que “todos pecaram e estão privados da glória de Deus”(Rom 3,23). A missão de Cristo para salvar pecadores é universal e, portanto, todo ser humano que deve receber essa salvação (e isso inclui a Virgem Maria) é certamente um pecador que precisa dela. Santo Agostinho, acima de todos os outros, foi inflexível quanto à depravação universal da raça humana marcada por seu primeiro pai, Adão. Para os protestantes, manter uma exceção à poderosa corrente dessa regra universal de pecaminosidade humana para qualquer pessoa, seja a Virgem Mãe de Deus ou qualquer outra pessoa, exigiria uma força bastante excepcional. Tão claras e inconfundíveis, dizem eles, são as palavras das Escrituras Sagradas: “Se dizemos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos e a verdade não está em nós”(1 João 1,8). Mesmo a menor hipótese de que alguém possa não estar sujeito a esse decreto divino pareceria querer que as pessoas fossem enganadas.
É apenas um sinal de boa saúde, na mente de um teólogo, afirmar que Maria seria incluída no contágio universal do pecado original e seus efeitos na vida de cada indivíduo (isto é, escravizado ao pecado), a menos que alguns motivos extraordinários proporcionariam uma exceção. Foi apenas a mente de Santo Agostinho que, mesmo em meio a seus argumentos, que demonstraram que toda a humanidade foi subjugada pelo poder do pecado, tinha amplas razões em sua própria mente para reservar uma exceção para a Virgem Maria.
Em De Natura et Gratia ,  Santo Agostinho respondeu a Pelágio, que declarou que tantos santos do Antigo Testamento haviam vivido sem nenhum pecado, incluindo, principalmente, a  “’mãe de nosso Senhor e Salvador’, a respeito da qual ele diz: ‘ piedade exige que a confessemos isenta de todo pecado ‘”.
Para Pelágio, a doutrina de massa damnata (massa de condenados) de Santo Agostinho englobaria aqueles que eram sem pecado sob o poder do pecado. E assim ele pensou que poderia contradizer isso apontando para a vida de certos santos, mas acima de tudo, a Virgem Maria que ele pensava exigia a crença de que ela não tinha pecado.
A isso Santo Agostinho responde: “Devemos, exceto a santa Virgem Maria, a respeito da qual não desejo levantar dúvidas quando toca o assunto dos pecados, por honra ao Senhor; pois Dele sabemos que abundância da graça para vencer o pecado em todos os aspectos foi conferida àquela que tinha o mérito de conceber e suportar Aquele que sem dúvida não tinha pecado.“. Portanto, aqui está o próprio teólogo da Igreja primitiva do pecado original, o principal estudioso da condenação universal e da necessidade da graça de Deus, e o melhor expositor da predestinação incondicional, e, no entanto, ele não é encontrado tendo o problema que o protestante encontra quando instintivamente é repugnado pelo pensamento de que a Virgem Maria pode ser considerada excluída da lei do pecado. E por que? Nenhuma justificativa convincente em particular é dada além da proximidade da Virgem com nosso Senhor Jesus Cristo, em particular, ela sendo Sua mãe. A maternidade divina da bem-aventurada Virgem Maria foi suficiente para que esse médico patrístico fizesse uma exceção à Virgem Maria, devido à misericórdia e graça de Deus.
Portanto, não é de admirar que outros Padres da Igreja fossem consistentes com Santo Agostinho aqui, referindo-se à Virgem como absolutamente sem pecado e sem qualquer mancha. O que poderia fazer com que homens conservadores, cientes da universalidade do pecado original e real, abrissem uma exceção para a Virgem? Só poderia ser porque a tradição cristã primitiva forneceu amplo testemunho para fazê-lo. E se isso já era aceitável tão cedo e por um teólogo tão conservador, isso deveria ser motivo suficiente para o protestante reconsiderar. E se a Virgem Maria deve ser considerada preservada de todos os pecados reais, de maneira apropriada, o mesmo princípio, aplicado apenas com mais força, justificaria igualmente a idéia de que a Virgem foi preservada de todo pecado, de modo que, mesmo em seu primeiro momento de existência.
Curiosamente, a doutrina de Santo Agostinho sobre o pecado original foi tão escandalosa para certos teólogos, como Pelágio, e alguém como o famoso Juliano anti-agostiniano se opôs ao pecado original com estas palavras:  “Jovinianus destruiu a virgindade de Maria pelo modo como ela deu à luz; mas você entrega a própria Maria ao diabo pela maneira de seu nascimento ”
Em outras palavras, o heróico Jovinianus insultou a Virgem por insistir que ela tinha mais filhos do que nosso Senhor (cf. refutação de São Jerônimo), e agora a doutrina de pecado original de Santo Agostinho acrescenta um segundo insulto à insistência de todos os homens nascerem sujeitos ao pecado original, tornando assim o nascimento de Nossa Senhora como sendo subjugado pelo pecado. Bem, sejamos claros aqui: as preocupações dos teólogos do século V em relação à Virgem não são nada próximas das preocupações protestantes modernas. Quem está preocupado no mundo protestante de ter sua teologia implicada que a Virgem é tocada pelo pecado ou que ela teve outros filhos além do Senhor? Isso mostra a diferença entre o mundo protestante e a igreja patrística. De qualquer forma, Santo Agostinho responde a essa acusação dizendo o seguinte: “Não entregamos Maria ao diabo pela maneira como ela nasceu, mas porque a condição de seu nascimento é explicada pela graça de seu renascimento ”(Opu imperf. Contra Julianum, IV, 122; PL, XLV.1418; texto de Juliano acima citado por Agostinho, ibid.1417; Inglês extraído de Schebeen, Mariology p. 73). Schebeen comenta esse ditado: “Se Santo Agostinho quisesse dizer simplesmente que, por causa de seu renascimento posterior (mais tarde na vida), ele não entregou Maria ao diabo para sempre, sua resposta não atendeu e teria que ser entendido de maneira bem diferente. Em outras palavras, ele vê nisso uma insinuação de que a Virgem foi purificada, na mente de Santo Agostinho, em algum momento próximo ao seu nascimento, a fim de evitar a refutação de Juliano.
Se isso tem algum mérito, é claro que os princípios subjacentes à teologia de Juliano e Santo Agostinho, a saber, que a pureza e a falta de pecado da Virgem devem ser necessariamente protegidos e a suposição mais apropriada, apenas levariam a concluir que algo como a reconciliação do Beato Dun Scotus de como a Virgem poderia ter sido santificada no exato momento de sua concepção segue a força da razão, se nada mais.
* Traduzido do original em inglês “Mary, Conceived Without Sin” disponível em https://erickybarra.org/2019/11/17/mary-conceived-without-sin/#more-7586

Veritatis Splendor

Santo André Apóstolo, a “ponte do Salvador”

REDAÇÃO CENTRAL, 30 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 30 de novembro, é celebrada a festa de Santo André Apóstolo, irmão de Pedro e patrono da Igreja Ortodoxa. As passagens dos Evangelhos que mostram como André aproximou algumas pessoas de Jesus lhe renderam o título de “ponte do Salvador”.

Santo André nasceu na Betsaida. De início, foi discípulo de João Batista e logo começou a seguir Jesus. Foi por intermédio dele que Pedro conheceu o Senhor. “Encontramos o Messias”, disse ao seu irmão.
Aparece ainda no episódio da multiplicação dos pães e dos peixes, quando indica a Jesus um jovem que tinha apenas cinco pães e dois peixes.
Além disso, ao lado de Filipe, dirige-se a alguns gregos e os leva a conhecer o Salvador.
A tradição assinala que, depois do Pentecostes, o apóstolo André pregou em muitas regiões e foi crucificado na Acaia, Grécia. Diz-se que a cruz em que morreu tinha forma de “X”, a qual ficou conhecida popularmente como “cruz de Santo André”.
Esta cruz recebeu as seguintes palavras do apóstolo: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”.
Santo André é também fundador da Igreja em Constantinopla, nome antigo da atual cidade do Istambul, na Turquia.
Em um dia como este em 2014, o Papa Francisco, sucessor do Pedro, e o Patriarca Bartolomeu, herdeiro de Santo André, renovaram na Turquia os laços de irmandade entre ambas as Igrejas.
Naquela ocasião, durante a homilia, Francisco dirigiu estas palavras ao Patriarca: “Amado irmão, caríssimo irmão, estamos já a caminho, a caminho para a plena comunhão e já podemos viver sinais eloquentes de uma unidade real, embora ainda parcial. Isso nos conforta e sustenta na prossecução deste caminho”.
Por fim, declarou: “Temos a certeza de que, ao longo desta estrada, somos apoiados pela intercessão do Apóstolo André e do seu irmão Pedro, considerados pela tradição os fundadores das Igrejas de Constantinopla e de Roma. Imploramos de Deus o grande dom da unidade plena e a capacidade de o acolher nas nossas vidas. E não nos esqueçamos jamais de rezar uns pelos outros”.
ACI Digital

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Novena a Imaculada Conceição

REDAÇÃO CENTRAL, 29 Nov. 19 / 05:00 am (ACI).- “A beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original”, afirma a Bula “Ineffabilis Deus” sobre a Imaculada Conceição de Maria.

A poucos dias desta grade solenidade mariana, que é celebrada em 8 de dezembro, apresentamos uma novena disponibilizada pelo aplicativo Católico Orante, para pedir a intercessão da Virgem Maria junto a Deus.
Oração para todos os dias
Deus vos salve, Maria, cheia de graça e bendita mais que todas as mulheres, Virgem singular, Virgem soberana e perfeita, eleita por Mãe de Deus e preservada por Ele de toda culpa desde o primeiro instante de sua Concepção:
Assim como por Eva nos veio a morte, assim nos vem a vida por ti, que pela graça de Deus tens sido eleita para ser Mãe do novo povo que Jesus Cristo tem formado com seu Sangue.
A ti, puríssima Mãe, restauradora da caída linhagem de Adão e Eva, viemos confiantes e suplicantes nesta novena, para rogar que nos concedas a graça de sermos verdadeiros filhos teus e de teu Filho Jesus Cristo, livres de toda mancha de pecado.
Confiantes, Virgem Santíssima, que haveis sido feita Mãe de Deus, não somente para vossa dignidade e glória, senão também para salvação nossa e proveito de todo o gênero humano.
Confiantes que jamais se tem ouvido dizer que um somente de quantos tem acudido a vossa proteção e implorado vosso socorro, tem já sido desamparado.
Não me deixeis, pois, a mim tampouco, porque se me deixais me perderei;
Que eu tampouco quero deixar a vos, antes bem, cada dia quero crescer mais em vossa verdadeira devoção.
Alcançai-me principalmente estas três graças:
A primeira, não cometer jamais pecado mortal;
A segunda, um grande apreço da virtude cristã,
A terceira, uma boa morte.
Além disso, dai-me a graça particular que vos peço nesta novena.
Fazer aqui o pedido que se deseja obter.
Rezar a oração do dia correspondente (apresentada logo abaixo)
Orações finais
Bendita seja tua pureza e eternamente o seja, pois todo um Deus se recreia em tão graciosa beleza.
A ti, celestial Princesa, Virgem Sagrada Maria, vos ofereço neste dia alma, vida e coração.
Olhai-me com compaixão, não me deixes, Mãe minha.
Rezar três Ave-Marias.
Tua Imaculada Concepção, Oh! Virgem Mãe de Deus, anunciou alegria ao universo inteiro.
Oração
Oh! Deus meu, que pela Imaculada Concepção da Virgem, preparaste digna habitação a teu Filho:
Vos rogamos que, assim como pela previsão da morte de teu Filho livrai-vos a ela de toda mancha, assim a nós nos concedas por sua intercessão chegar a Vós limpos de pecado.
Pelo mesmo Senhor nosso Jesus Cristo. Amém.
Primeiro dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria do pecado original em sua Imaculada Concepção, e a nós nos fizeste o grande beneficio de livramos dele por meio de teu Santo batismo, assim vos rogamos humildemente nos concedas a graça de nos portarmos sempre como bons cristãos, regenerados em ti, Nosso Pai Altíssimo.
Segundo dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria de todo pecado mortal em toda sua vida e a nós nos dais graça para evita-lo e o Sacramento da confissão para remedia-lo, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de não cometer nunca pecado mortal, e se acontecer tão terrível desgraça, a de sair dele quanto antes por meio de uma boa confissão.
Terceiro dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como preservaste a Maria de todo pecado venial em toda sua vida, e a nós nos pedes que purifiquemos mais e mais nossas almas para sermos dignos de ti, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a graça de evitar os pecados veniais e a de procurar e obter cada dia mais pureza e delicadeza de consciência.
Quarto dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como livrais a Maria da inclinação ao pecado e lhe destes domínio perfeito sobre todas suas paixões, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas a graça de ir domando nossas paixões e destruindo nossas más inclinações, para que vos possamos servir, com verdadeira liberdade de espírito, sem imperfeição nenhuma.
Quinto dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como, desde o primeiro instante de sua Concepção, destes a Maria mais graça que a todos os Santos e anjos do céu, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos inspires um apreço singular da divina graça que Vós nos adquiriste com teu sangue, e nos concedas o aumentar mais e mais com nossas boas obras e com a recepção de teus Santos Sacramentos, especialmente o da Comunhão.
Sexto dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como, desde o primeiro momento, destes a Maria, com toda plenitude, as virtudes sobrenaturais e os dons do Espírito Santo, assim vos suplicamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a nós a abundancia destes mesmos dons e virtudes, para que possamos vencer todas as tentações e tenhamos muitos atos de virtude dignos de nossa profissão de cristãos.
Sétimo dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como destes a Maria, entre as demais virtudes, uma pureza e castidade eximia, pela qual é chamada Virgem das virgens, assim vos suplicamos, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas a dificilíssima virtude da castidade, que tantos tem conservado mediante a devoção da Virgem e tua proteção.
Oitavo dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como destes a Maria a graça de uma ardentíssima caridade e amor de Deus sobre todas as coisas, assim vos rogamos humildemente, por intercessão de tua Mãe Imaculada, nos concedas um amor sincero de ti,
Oh! Deus Senhor nosso!
Nosso verdadeiro bem, nosso bem feitor, nosso Pai, e que antes queiramos perder todas as coisas que ofender-Vos com um somente pecado.
Nono dia
Oh! Santíssimo Filho de Maria Imaculada e benigníssimo Redentor nosso:
Assim como tens concedido a Maria a graça de ir ao céu e de ser nele colocada no primeiro lugar depois de Vós, vos suplicamos humildemente, por intercessão de Maria Imaculada, nos concedas uma boa morte, que recebamos bem os últimos sacramentos, que expiremos sem mancha nenhuma de pecado na consciência e vamos ao céu, para sempre aproveitar, em tua companhia e a de nossa Mãe, com todos os que se tem salvado por ela.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF