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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

São Cirilo e São Metódio, copatronos da Europa

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- A Igreja universal recorda neste dia 14 de fevereiro os irmãos São Cirilo e São Metódio, copatronos da Europa, conhecidos como apóstolos dos escravos,

Antes de entrar na vida religiosa, São Cirilo se chamava Constantino e São Metódio tinha o nome de Miguel.
São Cirilo era monge e evangelizou a Rússia. Além disso, fundou a literatura eslava, escrevendo textos litúrgicos como o missal, o apostolário e outros livros litúrgicos em caracteres “cirílicos”.
No ano 863, dirigiu-se com seu irmão Metódio para evangelizar a Moravia. São Cirilo morreu em Roma em 14 de fevereiro de 896. É possível que tenha sido Bispo ou que tenha morrido logo depois de sua ordenação episcopal.
São Metódio chegou a ser ordenado bispo e desenvolveu um incansável trabalho evangelizador em Moravia, Bohemia, Panonia e Polônia. Em seguida, foi Arcebispo de Vellehrad (Eslováquia), onde foi preso em 870, devido à oposição do clero alemão.
Alguns o acusaram de herege, mas foi liberado de todas as acusações. Também traduziu a Bíblia à língua eslava. Faleceu em 6 de abril de 885, em Vellehrad.
Em 2004, São João Paulo II disse que “é impossível pensar na civilização europeia sem sua herança cristã”.
ACI Digital

São Valentim, padroeiro dos namorados

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Fev. 20 / 06:00 am (ACI).- Neste dia 14 de fevereiro, recorda-se a festa de São Valentim, padroeiro dos namorados. Segundo a tradição, durante a perseguição aos cristãos o santo arriscava a sua vida para unir os casais em matrimônio.

Todos os santos se caracterizam por ter amado Deus ao ponto de entregar a vida por Ele através do próximo. Inclusive algumas pessoas foram assassinadas por ódio a este amor a Jesus Cristo e a sua Igreja, por isto são chamados de mártires.
Entretanto, de todos eles, somente São Valentim costuma ser relacionado ao amor de casais. Sua celebração foi associada com a crença comum na Idade Média, principalmente na Inglaterra e na França, de que no dia 14 de fevereiro (ou seja, no meio do segundo mês do ano) as aves começam a acasalar.
Os três mártires São Valentim
Nos antigos martirológios menciona-se no dia 14 de fevereiro pelo menos três santos chamados Valentim, todos eles mártires.
Um deles é mencionado como sacerdote de Roma, outro como bispo em Interamna (atualmente Terni). Ambos aparentemente foram martirizados na segunda metade do século III e sepultados na Via Flaminiana, mas em diferentes locais da cidade.
De ambos se conserva algum tipo de registro, mas são de datas relativamente posteriores e sem valor histórico. Sobre o terceiro São Valentim, foi martirizado na África, junto com outros companheiros.
ACI Digital

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

O Papa: deslizar no mundanismo é a lenta apostasia do coração

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Na homilia da Missa na Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira, o Papa Francisco exorta a estar atentos à "queda com anestesia", quando a fidelidade a Deus se perde gradualmente

Debora Donnini - Cidade do Vaticano

Deixar-se deslizar lentamente no pecado, relativizando as coisas e entrando em "negociação" com os deuses do dinheiro, da vaidade e do orgulho. A partir daquela que define como "queda com anestesia", o Papa fez sua homilia na Missa desta manhã (13/02) na Casa Santa Marta, refletindo sobre a história do rei Salomão.
A Primeira Leitura da Liturgia do dia (1Rs 11, 4-13) "nos fala da apostasia, por assim dizer, de Salomão", que não foi fiel ao Senhor, explicou Francisco. De fato, quando ele era idoso, suas mulheres o fizeram "desviar seu coração" para seguir outros deuses.
Quando jovem, era muito valoroso, pedindo ao Senhor somente a sabedoria, e Deus o tornou sábio, a ponto de os juízes irem até ele, assim como também a rainha de Sabá, da África, com presentes, porque ouviram falar de sua sabedoria. "Vê-se que essa mulher era um pouco filósofa e lhe fez perguntas difíceis", diz o Papa, observando que "Salomão saiu vitorioso dessas perguntas" porque sabia como responder.

A lenta apostasia

Naquele tempo, continua Francisco, era possível ter mais de uma esposa, o que não quer dizer - explica - que fosse lícito ser um "mulherengo". O coração de Salomão, porém, se enfraqueceu não por ter se casado com essas mulheres - podia fazê-lo - mas porque as havia escolhido de outro povo, com outros deuses. E Salomão então caiu na "armadilha" e se perdeu quando uma das esposas lhe disse para ir adorar Camos ou Melcom.  E fez isso por todas as mulheres estrangeiras que ofereciam sacrifícios aos seus deuses. Em uma palavra, "permitiu tudo, deixou de adorar o único Deus". Do coração enfraquecido pelo excesso de afeição pelas mulheres, "o paganismo entrou em sua vida". Assim, destaca Francisco, aquele jovem sábio que rezou pedindo sabedoria, caiu ao ponto de ser rejeitado pelo Senhor.
"Não foi uma apostasia da noite para o dia, foi uma apostasia lenta", explica o Papa. Também o rei Davi, seu pai, de fato, havia pecado - gravemente pelo menos duas vezes – mas logo se arrependeu e pediu perdão: permaneceu fiel ao Senhor que o guardou até o fim.
Davi chorou por aquele pecado e pela morte do filho Absalão e quando fugia dele, humilhou-se pensando em seu pecado, quando as pessoas o insultavam. "Era santo. Salomão não é santo", afirmou. O Senhor lhe havia dado tantos dons, mas ele havia desperdiçado tudo porque deixara seu coração enfraquecer. Não se trata - observa o Papa - do "pecado de uma vez", mas do "deslizar".
As mulheres desviaram seu coração e o Senhor o reprova: "Você desviou o coração". E isto ocorre na nossa vida. Nenhum de nós é um criminoso, nenhum de nós comete grandes pecados como Davi cometeu com a esposa de Urias, nenhum. Mas onde está o perigo? Deixar-se escorregar lentamente porque é uma queda com anestesia, você não se dá conta, mas lentamente você escorrega, relativiza as coisas e perde a fidelidade a Deus. Estas mulheres eram de outros povos, tinham outros deuses, e quantas vezes nos esquecemos do Senhor e entramos em negociações com outros deuses: o dinheiro, a vaidade, o orgulho. Mas isto é feito lentamente e se não houver graça de Deus, perdemos tudo.

Cuidado com a mundanidade, você não pode estar bem com Deus e com o diabo

Mais uma vez o Papa se refere ao Salmo 105 (106) para enfatizar que esta mistura com os povos e aprender a agir como eles significa tornar-se mundano, pagão:
E para nós este lento deslizamento na vida é em direção da mundanização, este é o pecado grave: "Todos o fazem, mas sim, não há problema, sim, não é realmente o ideal, mas...". Estas palavras justificam-nos ao preço de perder a fidelidade ao único Deus. Eles são ídolos modernos. Vamos pensar neste pecado da mundanização. De perder a autenticidade do Evangelho. O genuíno da Palavra de Deus, de perder o amor deste Deus que deu a sua vida por nós. Não se pode estar bem com Deus e com o diabo. Isto é o que todos dizemos quando falamos de uma pessoa que é um pouco assim: "Ele está bem com Deus e com o diabo". Ele perdeu a sua fidelidade.

O amor de Deus fará com que paremos

E, na prática, continua, significa não ser fiel "nem a Deus nem ao diabo". Em conclusão, o Papa exorta-nos a pedir ao Senhor a graça de parar quando compreendermos que o coração começa a escorregar:
Pensemos neste pecado de Salomão, pensemos em como aquele sábio Salomão caiu, abençoado pelo Senhor, com toda a herança de seu pai Davi, como ele caiu lentamente, anestesiado para esta idolatria, para esta mundanização e lhe foi tirado o reino. Peçamos ao Senhor a graça de entender quando nosso coração começa a enfraquecer e a escorregar, para nos deter. Serão a Sua graça e o Seu amor nos deter se nós rezarmos a Ele.

Vatican News

Papa Francisco recebe os bispos do Regional Centro-Oeste Brasil


No encontro com o Papa, os bispos apresentam um relatório sobre o estado pastoral das dioceses e ouvem seus conselhos.
Cidade do Vaticano
Prossegue no Vaticano a visita ad limina dos bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Distrito Federal, Goiás), que teve início na segunda-feira, dia 10 e se encerra no dia 17 de fevereiro.
Esta visita ocorre a cada cinco anos, quando os bispos se encontram com o Papa, visitam os túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, em Roma, e têm reuniões nos vários Dicastérios da Santa Sé.
No Brasil, a visita é dividida por regionais e o Regional Centro-Oeste é o primeiro a cumprir este compromisso. Será o Regional Sul 4, em outubro, a encerrar as visitas.
No encontro com o Papa, os bispos apresentam um relatório sobre o estado pastoral das dioceses e ouvem seus conselhos. Para as Igrejas diocesanas, a visita ad Limina é a ocasião para consolidar os vínculos de fé, de comunhão e de disciplina com a Igreja de Roma.
O encontro com o Papa ocorreu na manhã de terça-feira, dia 11 de fevereiro.

Vaticans News

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Santa Eulália, menina mártir espanhola dos primeiros séculos

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste dia 12 de fevereiro Santa Eulália, uma mártir da Igreja que nasceu em Mérida (Espanha) no final do século III e que morreu aos 12 anos, depois de ser torturada por se recusar e renegar sua fé cristã.

Naquela época, um decreto emitido pelo imperador Diocleciano proibia os católicos de cultuar Jesus Cristo e exigia que adorassem ídolos pagãos. Precisamente no “Martirológio romano”, onde se encontra uma lista muito antiga dos mártires da Igreja, há uma frase que diz: “em 12 de fevereiro comemora-se Santa Eulália, mártir da Espanha, morta por proclamar sua fé em Jesus Cristo”.
A mártir se tornou prontamente uma das santas mais famosas da Espanha e hoje ostenta o título de prefeita perpétua de Mérida e padroeira desta cidade.
Os dados sobre sua vida e sua morte se encontram em um hino feito em sua honra pelo poeta Prudencio no século IV.
Neste poema, narra como Eulália decidiu protestar ante o governador Daciano contra as leis que proibiam o cristianismo. Do mesmo modo, conta os terríveis métodos de tortura empregados contra ela.
Eulália foi levada à prisão, acorrentaram-na, rasgaram com ganchos seus seios, ombros, todo seu corpo virginal.
Mas, com grande paz e alegria, dizia: “Veja Senhor, que escrevem teu nome em meu corpo. Quão agradável é ler estas letras que assinalam a vitória de Jesus Cristo, que o meu sangue proclame o teu nome!”.
Como último tormento, queimaram-na com tochas acesas. A tradição assinala que seus carrascos viram uma pomba branca sair de sua boca e voar para o céu.
ACI Digital

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Nossa Senhora de Lourdes

REDAÇÃO CENTRAL, 11 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 11 de fevereiro, a Igreja celebra a Festa de Nossa Senhora de Lourdes, que em uma de suas aparições disse à Santa Bernadette. “Não prometo fazer-te feliz neste mundo, mas sim no próximo”.

Era 11 de fevereiro de 1858, Bernadette, sua irmã e outra menina foram para o campo para encontrar madeira seca, perto de uma gruta. Para chegar lá, tinham que passar por um riacho. Bernadette não se atrevia a entrar porque a água estava muito fria. Ela começou a tirar os sapatos quando de repente ouviu um forte barulho vindo da gruta.
Aproximou-se para ver o que estava acontecendo e ali naquele lugar apareceu a Virgem envolta em uma luz resplandecente, com um traje branco de um tecido desconhecido, uma cinta azul na cintura, um grande véu branco e duas rosas douradas brilhantes que lhe cobriam a parte superior dos pés.
Em suas mãos, a Virgem tinha um grande rosário branco e dourado. Então, juntas, começaram a rezá-lo. No domingo, 14 de fevereiro, Bernadette rezava na gruta a primeira dezena do rosário e Maria apareceu. A menina jogou água benta para garantir que não era uma obra do inimigo. A Virgem sorriu, fez o sinal da cruz com o rosário e rezaram juntas.
Na quinta-feira, 18, a Virgem pediu a Bernadette que regressasse quinze dias seguidos à gruta. Diante da aceitação e promessa da pequena, Maria prometeu fazê-la feliz no outro mundo. Os rumores das aparições começaram a se espalhar.
Em 19 de fevereiro, Bernadette foi com uma vela abençoada e acesa. Assim, nasceu o hábito de ir com velas para acendê-las diante da gruta. Em 20 de fevereiro, a Senhora ensinou uma oração pessoal a Bernadette.
No domingo, 21, a menina viu que a Virgem estava triste, perguntou o que se passava e Nossa Senhora lhe respondeu: “Orai pelos pecadores”. Por esta altura, as autoridades ameaçaram levar Bernadette para a cadeia e todos zombavam dela.
No dia 22, a Virgem não apareceu, mas a menina não perdeu a esperança de voltar a vê-la. No dia 23, dez mil pessoas foram ver o que acontecia. A Virgem apareceu a Bernadette e pediu que dissesse aos sacerdotes que elevassem ali um santuário, onde se deveria ir em procissão.
A menina foi e comentou com o sacerdote, quem, em troca pediu o nome da Senhora e que florescesse uma roseira silvestre onde ela aparecia.
No dia 24, a pequena contou tudo à Virgem, que somente sorriu. Logo, Maria mandou que rezasse pelos pecadores e exclamou: “Penitência! Penitência! Penitência! Reze pela conversão dos pecadores! Beija a terra pela conversão dos pecadores!”. Bernadette fez isso e pediu aos espectadores que fizessem o mesmo.
Em 25 de fevereiro, a Virgem ordenou-lhe beber, lavar os pés na fonte e comer grama. Bernadette, sob a direção de Maria, cavou no fundo da fruta e começou a jorrar água.
No dia 26, o primeiro milagre ocorre. O pobre trabalhador Bourriete, que havia mutilado seu olho esquerdo, rezou e esfregou o olho com a água da fonte. Então, ele começou a gritar de alegria e recuperou a vista. Em 27 de fevereiro, a Virgem permaneceu em silêncio, Bernadette bebeu a água da fonte e fez gestos recorrentes de penitência.
Em 28, Bernadette foi à gruta, mas depois seguiu para os juízes e foi ameaçada de ir para a cadeia. À noite, Catarina Latapie molhou seu braço deslocado e o braço e a mão recuperaram a sua agilidade, produzindo um segundo milagre.
Na terça-feira, 2 de março, Bernadette foi novamente ao pároco para lhe recordar o pedido da Virgem.
Em 3 de março, a pequena perguntou de novo seu nome e a Virgem sorriu. Naquele dia, uma mãe em desespero levou seu filho que estava quase morto. Colocou-o 15 minutos na água fria e quando chegou em casa notou melhoras na respiração da criança.
No dia seguinte, o menino estava cheio de vida e completamente saudável. Os médicos certificaram o milagre e o chamaram de primeira ordem.
Em 4 de março, no final dos quinze dias, a aparição permaneceu silenciosa. No dia 25 do mesmo mês, a Virgem apareceu a Bernadette, ergueu os olhos ao céu, juntou em sinal de oração as mãos que estavam abertas e estendidas em direção ao chão e disse a Bernadette: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
A menina saiu correndo para dizer ao pároco, que se comoveu diante da revelação do nome já que quatro anos antes tinha sido proclamado o dogma da Imaculada Conceição.
Em 7 de abril, Bernadette na gruta e em êxtase colocou a mão sobre a chama da vela que tinha trazido e não se queimou. Depois da aparição, sua mão estava ilesa e foi comprovado por um médico que testemunhou o ocorrido.
Em 16 de julho, ocorreu a última aparição. Bernadette sentiu o chamado misterioso e ao chegar à gruta se deu conta de que estava cercada e não era possível passar. Dirigiu-se, então, ao outro lado, em frente da gruta, e viu a Mãe de Deus. “Me pareceu que estava diante da gruta, na mesma distância que das outras vezes, não via mais do que a Virgem. Jamais a tinha visto tão bela!”, disse Santa Bernadette.
Alguns consideram que a aparição de Nossa Senhora de Lourdes é um agradecimento do céu pelo dogma da Imaculada Conceição e é exaltação das virtudes de pobreza e humildade como tinha a pequena Bernadette.
Além disso, afirmam que é um chamado para aceitar a cruz para ser feliz na outra vida, a importância da oração, do Santo Rosário e da penitência com uma misericórdia infinita pelos pecadores e enfermos.
A água da gruta foi analisada por químicos, que assinalaram que é uma água virgem, pura, natural, sem propriedade térmica e na qual nenhuma bactéria sobrevive. Para os cristãos, este é um símbolo da Imaculada Conceição.
ACI Ddigital

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB iniciam visita ao Vaticano

Basílica de São Pedro
Basílica de São Pedro  (ANSA)
As várias visitas aos Dicastérios vaticanos desta segunda-feira se encerraram com a visita ao Dicastério para a Comunicação onde os senhores bispos e administradores diocesanos foram recebidos pelo prefeito Paolo Ruffini e colaboradores.
Silvonei José – Cidade do Vaticano

A partir desta segunda-feira, dia 10 e até segunda-feira, dia 17 de fevereiro, os bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Distrito Federal, Goiás, Tocantins) realizarão a visita ad limina. Esta visita ocorre a cada cinco anos, quando os bispos se encontram com o Papa, visitam os túmulos dos Apóstolos Pedro e Paulo, em Roma, e têm reuniões nos vários Dicastérios da Santa Sé.
No Brasil, a visita é dividida por regionais e o Regional Centro-Oeste é o primeiro a cumprir este compromisso. Será o Regional Sul 4, em outubro, a encerrar as visitas. Serão 19 bispos do Regional Centro-Oeste que participarão de intensa programação, incluindo o encontro pessoal com o Papa Francisco previsto para esta terça-feira.
Como sempre a expectativa dos bispos brasileiros é grande. No encontro com o papa, os bispos apresentam um relatório sobre o estado pastoral das dioceses e ouvem seus conselhos. A visita ad Limina, para as Igrejas diocesanas é ocasião para consolidar os vínculos de fé, de comunhão e de disciplina com a Igreja de Roma.

Dicastério para a Comunicação
As várias visitas aos Dicastérios vaticanos desta segunda-feira se encerraram com a visita ao Dicastério para a Comunicação onde os senhores bispos e administradores diocesanos foram recebidos pelo prefeito Paolo Ruffini e colaboradores, entre os quais o secretário do Dicastério, mons. Lucio Adrian Ruiz e o diretor editorial Andrea Tornielli.
No diálogo mantido no Dicastério para a Comunicação, dom Levi Bonatto, bispo auxiliar de Goiânia fez um balanço sobre a comunicação do Regional Centro-Oeste da CNBB, organizada por meio da Pastoral da Comunicação (Pascom) atuante nas 12 dioceses e no Ordinariato Militar do Brasil e com os Setores e Assessorias de Comunicação.
Enquanto a Pascom atua pastoralmente, em algumas dioceses os setores e assessorias atuam com profissionais contratados para dar visibilidade às ações das nossas Igrejas. Além desses serviços, - disse dom Levi - várias dioceses também contam com veículos de radiodifusão, TV, impressos, internet e editoras.
Rádio – Presente em todas as dioceses do Regional com programações próprias e/ou em rede interligadas com a Rede Católica de Rádio (RCR). Está em implantação a Radio Maria, que atingira a Região Metropolitana de Goiânia.
TV – Presente nas Arquidioceses de Goiânia e de Brasília com as TVs PUC Goiás, TV Pai Eterno, Rede Vida de Televisão, Canção Nova, TV Aparecida, Século XXI.
Embora estejam em apenas duas dioceses, as TVs alcançam juntas 70% das cidades presentes no Regional Centro-Oeste. TV Pai Eterno e PUC Goiás contam com sede em Goiânia.
Canção Nova conta com estúdios e sede local em Brasília.
Editoras – Scala e PUC Goiás. Há também uma expressiva presença das livrarias católicas e lojas de artigos religiosos, sobretudo em Goiânia e Brasília, com Paulus, Paulinas e Vozes.
Impressos – Os impressos ainda têm expressão em nosso regional. A Arquidiocese de Goiânia conta com um jornal impresso – o Encontro Semanal, distribuído em todas as paróquias e comunidades no sábado e no domingo. Ao todo são 25 mil exemplares semanais  distribuída em todas as paróquias. O veículo existe desde 1976. Este Periódico impresso e também produzido em forma televisiva.
A Diocese de Jataí conta com uma revista mensal de nome Fé e Ação. A Diocese de Uruaçu conta com o Jornal Caminhar Juntos, publicação trimestral
Novas formas de evangelização.
Internet – Todas as dioceses estão presentes na internet com seus portais institucionais.
As atualizações desses espaços interativos se dá com o auxílio da Pascom e com os Setores e Assessorias de Comunicação das dioceses. Essa presença tem crescido também nas redes sociais, através de contas institucionais no Instagram e no Facebook, as principais redes sociais de maior acesso no Brasil. No regional apenas uma diocese ainda não tem conta no Instagram, por exemplo. Já no Facebook, todas estão presentes.
Desafios
Muitas e diversas são as iniciativas no campo da comunicação no Regional Centro-Oeste – afirmou dom Levi - , mas é preciso continuar avançando. Um ponto a se considerar é a relação com os meios de comunicação laicos. Ainda é muito tímida a nossa relação, disse.
“Precisamos trazer esses meios para o diálogo, apresentar o pensamento e a fé católica para que toda a sociedade a conheça. Como tem sido celebrado, por exemplo, o Dia Mundial das Comunicações Sociais em nossas cidades? Quem tem acesso à mensagem do Papa para esse dia?”, perguntou. Precisamos sair, disse o bispo.
Outro grande desafio da comunicação católica em nosso regional, é a profissionalização. Só com a qualificação profissional é possível conseguirmos ser ousados também e atingir a sociedade, dialogar com os meios de comunicação, ir além dos nosso meios de comunicação. Evangelizar para fora de nossos muros é nosso maior desafio nos dias atuais e, para isso, precisamos falar a língua da sociedade sem perder a nossa identidade.
A profissionalização, no entanto, requer investimento em material e pessoal. Precisamos estar cientes dos passos que estamos dando neste sentido, disse dom Levi.
Visita ad Limina
A visita 'ad limina Apostolorum', que significa no limiar, na soleira, na entrada, nos limites (das basílicas) dos apóstolos (Pedro e Paulo), é uma visita dos bispos diocesanos aos túmulos dos Apóstolos, na Diocese de Roma, feita com periodicidade quinquenal, ou seja, obrigatória a cada cinco anos. É prevista no Código de Direito Canônico nos seus cânones 399-400.
Além disso, a visita também é, evidentemente, uma visita de trabalho, de reuniões e de contatos que os bispos fazem junto à Santa Sé e a seus diversos organismos e dicastérios e comissões pontifícias.
Além do encontro pessoal e em grupo com o Santo Padre, e da visita aos diversos organismos que fazem parte da Cúria Romana, os bispos celebram juntos a santa missa nas quatro basílicas papais de Roma: São Pedro, São Paulo Fora dos Muros, Santa Maria Maior, e São João de Latrão – sede da Diocese de Roma.
A visita é uma demonstração de afeto e de obediência ao sucessor de Pedro num reconhecimento visível de sua universal jurisdição sobre todo o orbe [mundo] católico dentro de uma peregrinação dos bispos a Roma e com um encontro pessoal com o Santo Padre.
Na volta às fontes e inspirações originais, bem como a celebração nos lugares emblemáticos da fé católica, os pronunciamentos do Santo Padre são fonte de conselho, orientações e diretrizes para as igrejas particulares.
Um dos pontos importantes é o envio dos relatórios completos sobre a situação das dioceses, normatizado pelo Papa São Pio X já em 1909. "Nesse relatório, os bispos prestam contas de suas administrações ao Papa e à Santa Sé. É um relatório minucioso sobre a situação geral e o estado específico da diocese. Esse relatório deve ser entregue em até seis meses antes da visita e não menos de três meses do início desta.
O elenco dos bispos e administradores diocesanos do Regional Centro-Oeste:
1.                Cardeal Sérgio da Rocha - Arcebispo de Brasília
2.                Dom Washington Cruz - Arcebispo de Goiânia
3.                Dom Antônio Fernando Brochini - Bispo de Itumbiara
4.                Dom Carmelo Scampa - Bispo de São Luís de Montes Belos
5.                Dom Dilmo Franco de Campos – Bispo Auxiliar de Anápolis
6.                Dom Eugène Lambert Adrian Rixen - Bispo de Goiás
7.                 Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida - Bispo Auxiliar de Brasília
8.                Dom José Francisco Falcão de Barros - Bispo Auxiliar do Ordinariado Militar do Brasil
9.                Dom José Francisco Rodrigues do Rêgo - Bispo de Ipameri
10.              Dom Levi Bonatto - Bispo Auxiliar de Goiânia
11.               Dom Marcony Vinícius Ferreira - Bispo Auxiliar de Brasília
12.              Dom Moacir Silva Arantes - Bispo Auxiliar de Goiânia
13.              Dom Nélio Domingos Zortea - Bispo de Jataí
14.              Dom Waldemar Passini Dalbello - Bispo de Luziânia
15.              Padre Francisco Agamenilton Damascena - Administrador Diocesano de Uruaçu

Vatican News

Santa Escolástica, virgem e irmã gêmea de São Bento


REDAÇÃO CENTRAL, 10 Fev. 20 / 06:00 am (ACI).- Santa Escolástica foi uma religiosa italiana, irmã gêmea de São Bento de Núrsia, que também se consagrou a Deus desde jovem.

Os beneditinos asseguram que, enquanto seu irmão residia em Monte Cassino (Itália), ela se estabeleceu em Plombariola, fundando e governando um convento da mesma regra.
Entretanto, outras fontes dizem que também é provável que tenha vivido em uma ermida com uma ou duas mulheres religiosas na base de Monte Cassino, onde há uma antiga igreja que leva o seu nome.
Santa Escolástica nasceu por volta do ano 480, no município italiano de Núrsia, no seio de uma família nobre.
A história mais comum sobre a santa é que costumava rezar e compartilhar sobre a vida espiritual com seu irmão uma vez por ano, quando ia visitá-lo. Mas, como não era permitido entrar no mosteiro, ele saía ao seu encontro.
Sobre sua última visita, São Gregório faz uma notável descrição, na qual a santa, pressentindo que não voltaria a ver seu irmão, pediu-lhe que não partisse naquela noite, mas no dia seguinte, mas São Bento se sentiu incapaz de romper as regras de seu mosteiro.
Então, Santa Escolástica apelou a Deus com uma oração fervorosa, para que intervisse em sua ajuda e, imediatamente, se deu uma forte tempestade que impediu que seu irmão regressasse ao mosteiro.
Os dois santos passaram a noite falando sobre coisas santas e assuntos espirituais. Três dias depois, a santa morreu e seu irmão, que estava envolvido em oração, teve a visão da alma de sua irmã ascendendo ao céu em forma de pomba.
Santa Escolástica é a fundadora do ramo do monarquismo beneditino para mulheres.
É padroeira das monjas, das crianças que sofrem convulsões e de cidades como Le Mans, na França, ou Alcolea de Calatrava, na Espanha. Também é invocada frente às tempestades e chuvas. Sua festa é celebrada em 10 de fevereiro.
ACI Digital

São José Sánchez del Río, o menino cristero que morreu mártir

REDAÇÃO CENTRAL, 10 Fev. 20 / 05:00 am (ACI).- São José Sánchez del Río foi um menino que se alistou nas filas dos cristeros e que morreu mártir na perseguição religiosa que o México sofreu na segunda década do século XX.

Nasceu em 28 de março de 1913, em Sahuayo, Michoacán (México).
Em 1926, quando foi decretada a suspensão do culto público em seu país pelo governo de Plutarco Elías Calles, José tinha apenas 13 anos e 5 meses.
Naquele tempo, como resposta à legislação anticlerical que estava orientada a restringir a liberdade religiosa, leigos, presbíteros e religiosos católicos decidiram se levantar com armas em defesa da fé e lhes foi dado o nome de Cristeros.
Estima-se que 250 mil pessoas as perderam a vida na guerra em ambos os lados.
“Joselito”, como é conhecido o pequeno, pediu permissão a seus pais para se alistar como soldado do general Prudencio Mendoza e defender a causa de Cristo e de sua Igreja.
Sua mãe tentou dissuadi-lo, mas ele lhe disse: “Mamãe, nunca foi tão fácil ganhar o céu como agora e não quero perder a oportunidade”.
São José Sánchez del Río foi torturado e assassinado no dia 10 de fevereiro de 1928, aos 14 aos, por oficiais do governo de Calles, porque se negou a renunciar sua fé.
Cortaram-lhe a sola dos pés e foi conduzido descalço até o seu túmulo. Enquanto caminhava, José rezava e gritava “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!”.
Diante de seu túmulo, foi pendurado em uma árvore e esfaqueado. Um dos carrascos o desceu e perguntou que mensagem deixava aos seus pais. O menino respondeu: “Que viva Cristo Rei e que nos veremos no céu”. Diante dessa resposta, o homem lhe deu um tiro na cabeça e o matou.
São José Sánchez del Río foi beatificado em Guadalajara (México), em 20 de novembro de 2005, pelo Cardeal José Saraiva Martins, e canonizado em Roma (Itália), pelo Papa Francisco, em 16 de outubro de 2016.
Em 2012, estreou ‘Cristiada’, um filme que conta vários momentos da Guerra Cristera e da vida do Beato Anacleto González, de São José Sánchez del Río e de outros santos mártires.
ACI Digital

domingo, 9 de fevereiro de 2020

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO "A": SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO

+Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Para falar da presença dos seus discípulos no mundo, Jesus recorre às sugestivas imagens do sal e da luz, cuja importância era bastante conhecida pelas pessoas que o ouviam. O sal, apreciado por dar sabor e preservar os alimentos, e a luz, por iluminar a casa ou o caminho durante a noite e por aquecer no frio.
A presença do sal nos alimentos ou da luz na escuridão é percebida facilmente, porém, não de modo ostensivo. O sal não se mostra como tal nos alimentos, sendo sentido apenas o seu sabor. A luz se espalha pelos ambientes. A presença discreta, mas facilmente perceptível, do sal e da luz expressa como o cristão deve agir no mundo: com vigor e humildade, com o testemunho corajoso e a simplicidade de vida.
O testemunho de São Paulo, recordado na segunda leitura, é um precioso exemplo disso ao afirmar que o anúncio do Evangelho não depende da “linguagem elevada ou do prestígio da sabedoria humana” (1Cor 2,1). A força e a sabedoria de Deus são manifestadas muitas vezes na pequenez e na fragilidade experimentada pelos discípulos de Cristo, como “demonstração do poder do Espírito”. Não é por si mesmos, mas pela graça de Deus, que os discípulos se tornam “sal da terra” e “luz do mundo”. Eles recebem de Deus o sabor que dá sentido à vida e a luz para iluminar o mundo. Eles podem ser luz somente na medida em que são iluminados; apenas podem dar sabor, na medida em que o receberem de Cristo. Esta perspectiva se expressa também nas palavras conclusivas do Evangelho proclamado: “para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5,16), afirma Jesus. O testemunho cristão deve levar a glorificar a Deus e não ser motivo de vaidade.
O profeta Isaías anuncia as condições para que a “luz” possa brilhar “como a aurora” ou como “o meio dia”: a vivência da caridade e da misericórdia para com os famintos, os pobres e os peregrinos; a superação da violência e da maldade. O Salmo 111, hoje meditado, afirma que é “feliz o homem caridoso e prestativo” e que “o bem praticado pelo justo permanece para sempre”.
Sal e luz não são apenas para dias de festa, mas também na vida cotidiana, a começar da própria casa, assim como, a luz “ilumina os que estão na casa”. Apesar das muitas dificuldades para a vivência cristã em família, sentida por tantas pessoas, ninguém está dispensado de fazer o máximo possível. A chama da fé em Cristo, simbolizada pela vela recebida no Batismo, possa brilhar em casa, no trabalho, na escola e em toda parte, alimentada sempre mais pela oração, pela Palavra e pela Eucaristia.
Folheto: O Povo de Deus / Arquidiocese de Brasília

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF