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sexta-feira, 6 de março de 2020

Neste fim de semana, têm início processos de dois brasileiros a caminho dos altares

FLORIANÓPOLIS, 06 Mar. 20 / 10:17 am (ACI).- Serão abertos oficialmente neste fim de semana os processos de beatificação de dois brasileiros, Padre Léo Tarcísio Gonçalves e Marcelo Henrique Câmara; os tribunais arquidiocesanos de ambos serão instalados na Arquidiocese de Florianópolis (SC).

Este novo passo na caminhada de Pe. Léo e Marcelo Câmara rumo aos altares se dará após a Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano, ter concedido no ano passado o nihil obstat (nada consta), o qual garante que não há obstáculos por parte da Santa Sé para a abertura dessas causas.
O primeiro a ter sua causa aberta oficialmente será Pe. Léo, em cerimônia que acontecerá no sábado, 7 de março, na sede da Comunidade Bethânia, fundada pelo próprio sacerdote, em São João Batista (SC). Já no caso de Marcelo Câmara, acontecerá no domingo, 8 de março, no Santuário Sagrado Coração de Jesus, em Florianópolis.  
Com a abertura dos processos de beatificação, Pe. Léo e Marcelo recebem o título de Servo de Deus e os fiéis poderão prestar culto particular, com orações e pedidos de intercessão.
Segundo a Arquidiocese de Florianópolis, o Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano e de Apelação de Florianópolis, Pe. Tarcísio Pedro Vieira, será o Delegado Arquidiocesano para essas duas causas.
Para o sacerdote, o andamento dos processos cria um clima especial nesta Igreja particular, de oração, vida fraterna, caridade cristã, enfim, de santidade, de desejo do céu.
“Entre nós há tantas pessoas que se destacam pela prática das virtudes e pelo amor a Jesus e sua Igreja. Todos somos chamados à santidade. O processo canônico de instrução de uma causa de beatificação e canonização é um meio especial para comprovar a vivência heroica das virtudes, confirmar a fama de santidade, o seguimento total de Jesus Cristo e a existência de sinais extraordinários, de graças e milagres”, declarou ao site arquidiocesano.
Pe. Léo
Tarcísio Gonçalves Pereira, que posteriormente ficou conhecido como Pe. Léo, nasceu em 9 de outubro de 1961, em uma família humilde de Delfim Moreira (MG), no vilarejo de Biguá, local que veio a ser muito citado pelo sacerdote em suas pregações.
Era o nono filho Joaquim Mendes Pereira e Maria Nazaré Guimarães. Como ele mesmo contou, antes de ingressar no seminário, trabalhou muito, tendo atuado como torneiro mecânico e também em uma fábrica de armas.
Foi em 1982 que ingressou no seminário da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, em Lavras (MG). Fez seu noviciado em Jaraguá do Sul (SC), cursou Filosofia em Brusque (SC) e concluiu Teologia em Taubaté (SP).
Foi ordenado sacerdote em 1990 e, em 1995, fundou a Comunidade Bethânia, que tem como carisma o acolhimento de pessoas marginalizadas, dependentes químicos e vítimas da prostituição.
Pe. Léo também atuou nos meios de comunicação, tendo publicado 27 livros e conduzido programas de televisão na Associação do Senhor Jesus e na Comunidade Canção Nova.
Em 4 de janeiro de 2007, aos 45 anos, partiu para a Casa do Pai, vítima de infecção generalizada por causa de um câncer no sistema linfático.
Entretanto, mesmo quando estava doente, não deixou de lado sua missão evangelizadora. Em 2006 fez a sua última pregação no Hosana Brasil, da Comunidade Canção Nova, com o tema “Buscai as coisas do alto”.
Na ocasião, disse: “Quer ser feliz? Busque as coisas do Alto. Esta é a grande palavra que Deus trouxe ao meu coração neste tempo. A doença me tirou tudo: não consigo mais andar sozinho, não enxergo direito. Estou cego do olho direito e vejo apenas cerca de 40% com o olho esquerdo. Mas veio ao meu coração: ‘Ai de mim se eu não evangelizar’ (1 Coríntios 9,16b)”.
Marcelo Câmara
O jovem leigo Marcelo Henrique Câmara nasceu em 26 de junho de 1979, em Florianópolis (SC). Formou-se em Direito e foi promotor de Justiça no estado catarinense e membro do Opus Dei. Faleceu aos 28 anos, 20 de março de 2008, devido a um câncer.
De acordo com a Arquidiocese de Florianópolis, após intensa conversão em um retiro promovido pelo Movimento de Emaús, Marcelo buscou se santificar na vida cotidiana, ordinária, em meio às realidades temporais, celebrando as alegrias e carregando as cruzes da sua existência, tornando-se um verdadeiro apóstolo da juventude, sobretudo em meio aos grupos de jovens desse movimento.
Participava da vida paroquial na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no bairro dos Ingleses, onde era catequista de adultos e ministro extraordinário da Sagrada Comunhão.
Dedicou-se ao máximo aos estudos e pesquisas no curso de Direito e, depois, no ensino, como professor titular no IES e professor substituto na Universidade Federal de Santa Catarina.
Mesmo em meio à doença, estudou com afinco para se tornar promotor de justiça, cargo que exerceu por um ano com profissionalismo ético e dedicação evangélica.
Identificou-se com o sofrimento redentor de Cristo no oferecimento da sua enfermidade (leucemia), vivida com alegria e paz cristã, durante quatro anos, em consonância com os ensinamentos de São Josemaria Escriva, fundador do Opus Dei.
ACI Digital

quarta-feira, 4 de março de 2020

HISTÓRIA DE SÃO CASIMIRO

São Casimiro

Origens


Casimiro nasceu no dia 03 de outubro de 1458, na Croácia. Foi o décimo terceiro filho do rei Casimiro IV, da Polônia. Sua mãe era a rainha Elisabete d'Asburgo. Ele tinha o direito de assumir um território na Polônia e reinar sobre ele, mas preferiu seguir o caminho do amor e da caridade.

Chamado desde pequeno

Desde pequeno Casimiro procurou a simplicidade e abriu mão do luxo da realeza. As ricas festas e as facilidades da nobreza não o seduziam. Ainda adolescente, optou por fazer um voto de castidade e por viver uma vida simples recolhido no seu quarto. Seu quarto, aliás, foi transformado numa cela, como seria a de um eremita. Ali, Casimiro dedicou-se à oração, à penitência, a disciplina e à solidão. Esta sua vocação foi notada desde a infância.

Recusa uma coroa

Quando Casimiro tinha apenas treze anos, os húngaros depuseram o rei Mateus Corvino e ofereceram a coroa a Casimiro. Ele, porém, recusou por não buscar o poder e também porque seu pai não era a favor daquela deposição. A única “ambição” de Casimiro era, de fato, o ideal monástico, a vida de oração e a santidade.

Cumprindo deveres políticos

O jovem Casimiro, no entanto, não se eximia de deveres políticos que estivessem ao seu alcance e que não o desviassem de sua vocação. Assim, ajudado seu pai nos assuntos do reino a partir dos dezessete anos. Ajudou a resolver problemas da Lituânia e se tornou muito querido por todos de lá. Mas ele não queria nenhuma coroa. Quando o rei da Hungria se converteu ao cristianismo e deixou tudo para ingressar num mosteiro, o pai de Casimiro, o rei Casimiro IV, passou a ser o dono daquelas terras, que incluíam a então Prússia e a Hungria. Nem assim o jovem Casimiro quis reinar sobre esses territórios.

Governante por um tempo

O pai de Casimiro teve que se ausentar da sede do reino para negociar a ampliação do reino até aos mares Negro e Báltico, tornando seu império gigantesco. Por isso, confiou a regência da sede ao filho Casimiro. O filho, cumpriu suas obrigações com grande competência e passou a ser mais amado pelo povo. Porém, o poder não o seduziu. Assim, quando seu pai voltou, entregou o poder com alívio, preferindo a caridade para com os pobres e a vida simples.

Rejeitando um casamento

O pai de São Casimiro negociou um casamento para o filho. Seria com uma bela princesa de um reino vizinho e amigo. São Casimiro, porém, recusou, alegando que sua vocação era para a vida celibatária e uma dedicação total a Deus e aos pobres. A contragosto, seu pai desfez o contrato de casamento e Casimiro seguiu sua vocação.

Morte 

São Casimiro faleceu com apenas vinte e cinco anos, vítima de tuberculose. Seu corpo foi sepultado na cidade de Vilnius, capital da Lituânia. Era o dia 04 de março de 1484. Em pouco tempo ele começou a ser venerado pelos povos da Polônia, Lituânia, Hungria e Rússia. O culto a São Casimiro foi introduzido na Europa ocidental por peregrinos que iam visitar sua sepultura e se encantavam com sua história. Sua canonização foi celebrada pelo Papa Leão X. Depois disso, passou a ser o padroeiro da Lituânia e da Polônia. Ele também é o Padroeiro da juventude Lituana e protetor dos pobres.

Oração a São Casimiro

“São Casemiro, vós que tivestes tudo para reinar soberanamente e usufruir do que desejásseis, preferistes o caminho doa santidade. Quanto vos louvo por essa vossa escolha cheia de sabedoria ante a efemeridade desta vida. Dai aos nossos jovens do mundo inteiro, por vossa intercessão junto a Jesus Cristo e a Santa Mãe dos Céus, o despertar das mais santas vocações sacerdotais. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.”

terça-feira, 3 de março de 2020

Santa Catarina Drexel, Apóstola dos índios americanos e dos negros

REDAÇÃO CENTRAL, 03 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Santa Catarina Drexel é a fundadora das Irmãs do Santíssimo Sacramento para índios e negros em Santa Fé, Novo México (Estados Unidos). Dedicou sua vida ao serviço a estas pessoas e deixou toda a sua fortuna obtida em herança para o apoio de sua missão evangelizadora.

Nasceu em 26 de novembro de 1858 na Pensilvânia (Estados Unidos) no seio de uma família rica, que a ensinou desde menina a ser generosa com os necessitados. Exemplo disso foram duas de suas irmãs, uma que fundou uma escola para órfãos e outra que fez o mesmo para pessoas negras em situação de pobreza.
Após a morte de seus pais, depois de ter cuidado deles, a jovem Catarina seguiu o exemplo de suas irmãs e começou a se preocupar pela situação dos índios em seu país. Por isso, pediu ao Papa Leão XIII, durante uma audiência em 1887, que enviasse mais missionários ao estado de Wyoming para o seu amigo, o Bispo James O’Connor.
Diante disso, o Papa lhe respondeu: “Por que você não se torna missionária?”.
Tempos depois, quando visitou os estados de Dakota do Norte e Dakota do Sul, conheceu o chefe índio da tribo Sioux e iniciou uma ajuda continua nas missões com os índios americanos.
Depois, entrou no noviciado das Irmãs da Misericórdia e, em 1891, fundou a ordem das Irmãs do Santíssimo Sacramento, que seria aprovada em Roma em 1913.
Em 1942, Santa Catarina Drexel contava com um sistema de escolas católicas para índios americanos e negros em 13 estados e, por isso, sofreu perseguição.
Faleceu em 3 de março de 1955 em Bensalem (Pensilvânia), depois de passar 20 anos de sua vida concentrada na oração e meditação.
Foi beatificada em 20 de novembro de 1988 por São João Paulo II e canonizada por ele em 1º de outubro de 2000. É considerada apóstola dos índios americanos e negros. Sua memória litúrgica é recordada neste dia 3 de março.
ACI Digital

segunda-feira, 2 de março de 2020

Orientações da Arquidiocese de Brasília para colaborar na prevenção do coronavírus

Tendo a vista a questão do coronavírus que está assolando o mundo e o nosso país a Arquidiocese de Brasília, dando sentido a campanha da fraternidade, nesta quaresma “vida, dom e compromisso”, ressalta o compromisso de proteger não somente a si próprio, mas também ao outro.
É preciso cautela para não gerar pânico na população. Muito cuidado com as informações equivocadas e falsas divulgadas, principalmente nas redes sociais.
Em carta enviada ao clero (28/2), dom Sergio, Cardeal Arcebispo de Brasília, orienta que “é importante levar em conta as orientações a respeito da higienização das mãos e outros cuidados divulgados pelas autoridades competentes.
Seguindo a postura pastoral adotada por algumas dioceses do Brasil, é aconselhável evitar o abraço da paz e a comunhão na boca, nas celebrações. Em caso de agravamento da situação, esta medida poderá se tornar obrigatória na Arquidiocese de Brasília através de uma nota oficial”.
 O que é coronavírus?

Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1. (Mistério  da Saúde)
Ações do Ministério da Saúde
O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem falado constantemente que o mais importante para prevenção é a higienização, lavar as mãos corretamente e com frequência. “O brasileiro precisa aumentar o número de vezes que lava as mãos e o rosto durante o dia, para que a gente possa atravessar essa e outras situações. Esse é um hábito importante não só para questão respiratória, mas para outras doenças de circuito oral”, explica o ministro.
Desde que o vírus foi descoberto, o governo federal publicou no Diário Oficial da União a reativação de um Grupo de Trabalho Interministerial de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional. O grupo já atuou em outras situações, como a pandemia de influenza, e agora atuará no caso do coronavírus.
O Ministério da Saúde tem realizado monitoramento diário da situação do coronavírus junto à Organização Mundial da Saúde, que acompanha o assunto desde as primeiras notificações. “Segundo o ministro da saúde, “Não existe um remédio específico que trate o coronavírus é repouso e medicação de apoio, além de acompanhar a evolução diária da doença”.
Além disso, o ministério tem tido uma preocupação importante com a informação pois, segundo o órgão, sempre que surgem novas doenças, começam também os boatos sobre elas. Para evitar a disseminação de mentiras sobre o coronavírus o ministério orienta que as pessoas confirmem se as mensagens são verdadeiras antes de repassá-las procurando o canal Saúde sem Fake News do Ministério da Saúde nas redes sociais. (CNBB)
 Para saber todas as informações oficiais sobre o coronavírus, clique aqui.
Arquidiocese de Brasília
https://arqbrasilia.com.br/

Assim são os arquivos do pontificado de Pio XII que o Vaticano abrirá a consulta

Arquivo Apostólico Vaticano.
Foto: Daniel Ibáñez / ACI Prensa
Vaticano, 02 Mar. 20 / 04:00 pm (ACI).- Nesta segunda-feira, 2 de março, o Arquivo Apostólico Vaticano, antigo Arquivo Secreto, abriu os documentos do pontificado de Pio XII(de 1939 a 1958) para que os pesquisadores possam ter acesso a eles.
Esta abertura é possível depois de uma trabalho de 14 anos, no qual estiveram envolvidos o próprio Arquivo Apostólico Vaticano, o Arquivo Histórico da Seção de Relações com os Estados da Secretaria de Estado e o Arquivo da Congregação para a Doutrina da Fé.
A abertura afeta também o Arquivo Histórico da Congregação para a Evangelização dos Povos, o Arquivo Histórico da Congregação para as Igrejas Orientais, o Arquivo da Penitenciaria Apostólica e o Arquivo Histórico Geral da Fábrica de São Pedro.
Em concreto, no Arquivo Apostólico Vaticano, estarão à disposição dos pesquisadores 73 arquivos de representações pontifícios, 15 séries da Secretaria de Estado, 21 acervos de Congregações romanas e escritórios da Cúria e palatinos, 3 do Estado da Cidade do Vaticano e outros 8 acervos.
Por isso, no total, estarão disponíveis para consulta 120 acervos e séries com cerca de 20 mil documentos.
Uma das séries, a mais ampla, pertencente aos Assuntos Gerais da Secretaria de Estados, compreende quase 5 mil caixas que foram ordenadas, numeradas e descritas por um grupo de 15 arquivistas que realizaram um inventário de cerca de 15 mil páginas que poderão ser consultadas de forma digital.
Os diferentes arquivos da Santa Sé poderão acolher 120 pesquisadores. No Arquivo Apostólico Vaticano, que tem uma capacidade para acolher 60 pesquisadores, a reserva para a consulta de documentos do pontificado de Pio XII já começou desde o início de outubro de 2019.
As autorizações para consultar os arquivos foram dadas distribuindo aos pesquisadores ao longo de diferentes meses, tentando buscar um equilíbrio entre os interessados em estudar o pontificado do Papa Pio XII e os interessados em estudar outros períodos.
Os quase 20 anos do Pontificado de Pio XII abarcam desde a Segunda Guerra Mundial, a reconstrução, o enfrentamento entre o bloco ocidental e o oriental, até as mudanças experimentadas neste período na Igreja e na sociedade, que se desenvolveriam nos anos posteriores.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
ACI Digital

Papa expressa sua proximidade ao povo ucraniano diante do sofrimento pela guerra

Papa recebe o Arcebispo Maior Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk.
Foto: Igreja Greco-Católica Ucraniana
Vaticano, 02 Mar. 20 / 02:00 pm (ACI).- O Papa Francisco recebeu em audiência no sábado, 29 de fevereiro, o Arcebispo Maior da Igreja Greco-Católica Ucraniana, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, e lhe ofereceu orações por uma autêntica paz na Ucrânia, que padece de uma longa guerra civil no leste do país.
O Pontífice sublinhou, diante do Arcebispo, que “não são as tréguas temporárias as que farão a paz possível, mas a escuta e o diálogo”.
Os dois temas principais que foram abordados durante a audiência foram o plano pastoral para o próximo decênio e a próxima Assembleia da Igreja Greco-Católica Ucraniana.
O encontro aconteceu no escritório particular do Pontífice na Casa Santa Marta e durou cerca de 45 minutos. Esta audiência é das poucas que o Papa não cancelou devido ao resfriado que o afeta há alguns dias. De fato, manteve as audiências individuais programadas e apenas as audiências com grupos de pessoas foram afetadas pela indisposição do Santo Padre.
Em relação ao plano pastoral, o Papa e o Arcebispo Maior falaram sobre uma das problemáticas que caracterizam a Igreja Greco-católica Ucraniana: a diáspora. Grande parte dos fiéis desta igreja sui iuris local em comunhão com Roma vive nos Estados Unidos, na África e na Austrália.
Sobre o Sínodo, que acontecerá com o tema “Imigração, diáspora e comunhão global da Igreja Greco-Católica Ucraniana”, o Arcebispo Maior explicou que “se trata de um verdadeiro e próprio caminho sinodal vivido pela Igreja Greco-Católica Ucraniana em sua realidade local”.
“O êxodo em massa dos ucranianos do país golpeado pela guerra é um fenômeno que está mudando velozmente o rosto da Igreja Greco-Católica Ucraniana e constitui um desafio pastoral de urgente necessidade”.
Este assunto de grande importância para a Igreja Greco-Católica Ucraniana foi abordado durante o Sínodo celebrado em setembro, ao final do qual se sublinhou a necessidade de que um Bispo se dedique de forma particular à comunidade de migrantes da diáspora.
Desse modo, no último dia 12 de janeiro, ordenou-se ao Bispo Stepan Sus para esta tarefa pastoral e, em 3 de fevereiro, foi nomeado responsável do escritório para a Pastoral de Migrantes da Igreja Greco-Católica Ucraniana.
Por sua parte, o Papa Francisco expressou seu pleno apoio às iniciativas pastorais da Igreja na Ucrânia e sublinhou a urgência de que se implante um acompanhamento pastoral eficaz da Igreja aos seus filhos, embora estes se encontrem espalhados pelo mundo.
“As Igrejas Orientais católicas – sublinhou o Santo Padre – são chamados a contribuir para a busca de métodos apropriados da pastoral que correspondem a suas tradições e também a suas necessidades”.
Ao finalizar a audiência, Sua Beatitude presenteou o Papa Francisco com um ícone pintado na tampa de uma caixa de balas como um símbolo da dor do povo ucraniano na guerra. O ícone representa a Mãe de Deus como resposta ao grito de dor dos ucranianos e sua necessidade de uma paz justa e autêntica.
Publicado originalmente em ACI Stampa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
ACI Digital

São Simplício, Papa defensor da doutrina católica

REDAÇÃO CENTRAL, 02 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Simplício foi o Papa número 47 da Igreja Católica – sucessor de Hilário –, cujo pontificado durou de 468 a 483, durante o qual foi destituído o imperador Rômulo Augusto e marcou-se o fim do império romano do Ocidente.

Em tempos da heresia do monofitismo no século V – que acreditava unicamente na natureza divina de Jesus Cristo –, este santo defendeu sempre a autoridade da Santa Sé e a independência da Igreja Católica diante do poder político, sobretudo, porque os governantes bizantinos queriam unificar ambas as esferas.
Por exemplo, no ano 476, quando o usurpador Flávio Basilisco se apoderou do trono do imperador romano do Oriente, Zenão, e publicou um edito religioso que rechaçava o Concílio de Calcedônia (451) – o qual condenava a heresia do monofitismo –, o Papa Simplício fez todos os esforços para manter o dogma católico e as definições deste último concílio.
Concretamente, São Simplício exortou a ser fiéis à verdadeira fé em suas cartas enviadas a alguns membros do clero, ao Bispo de Constantinopla (Acácio) e ao próprio usurpador Flávio Basilisco.
“Esta mesma norma de doutrina católica se mantém firmemente por seus sucessores (os de Pedro), a quem o Senhor confiou o cuidado de todo o rebanho de ovelhas, a quem prometeu não os deixar até o fim dos tempos”, disse o Papa Simplício em 10 de janeiro de 476.
O santo também exerceu um severo cuidado pastoral na Europa Ocidental, publicando decisões sobre questões eclesiásticas. Entre essas, nomeou o Bispo de Sevilla como Vigário Papal na Espanha, de forma que os privilégios da Santa Sé puderam se exercer no próprio país.
Os contemporâneos do santo concordam que levou uma vida austera, de oração constante e mortificações. Faleceu em 2 de março de 483.
ACI Digital

domingo, 1 de março de 2020

Via sacra rezada na sexta feira durante a quaresma



“Senhor Jesus, a Vós dirigimos o nosso olhar cheio de vergonha, de arrependimento e de esperança. Diante do Vosso amor supremo, que a vergonha nos invada por Vos ter deixado só, sofrendo pelos nossos pecados. Vergonha, por termos escolhido Barrabás, o poder, o mundanismo e não a Vós; vergonha, porque tantas pessoas, inclusive alguns dos vossos ministros, deixaram-se levar pela ambição e vanglória; vergonha, por deixarmos aos jovens um mundo dilacerado e dividido, devorado pelas guerras, pelo egoísmo, pela marginalização. Enfim, vergonha por termos perdido a vergonha. Senhor, dai-nos sempre a graça da santa vergonha!” (Papa Francisco – oração na celebração da Via-Sacra de Sexta-feira Santa em frente ao Coliseu de Roma)
O tempo da quaresma é o momento propicio para refletir a Paixão de Cristo e firmar no propósito divino.
Etimologicamente a palavra “Via Crucis”, ou Via Sacra, significa em latim O caminho da Cruz”. A via sacra é um piedoso exercício de pratica de oração que comumente se faz durante a quaresma, às sextas feiras, recordando a paixão de Cristo, meditando o sofrimento de Jesus a partir do tribunal de Pilatos até o monte Calvário.
Este percurso é formado por 14 estações. Cada estação corresponde a um fato especial de devoção.
São eles:
1. Cristo é condenado à morte
2. Jesus carrega a cruz aos ombros
3. Jesus cai pela primeira vez
4. Jesus encontra a sua Santíssima Mãe
5. Simão Cirineu ajuda Jesus a carregar a cruz
6. Verônica enxuga o rosto de Jesus
7. Jesus cai pela segunda vez
8. Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
9. Jesus cai pela terceira vez
10. Jesus é despojado de suas vestes
11. Jesus é pregado na cruz
12. Jesus morre na cruz
13. Jesus é descido da cruz
14. Jesus é colocado no sepulcro
 A Tradição milenar da Igreja, indica a sexta feira como sendo um dia penitencial para as práticas da oração jejum e caridade. Essa realidade  tem suas raízes na época apostólica. A Didaquê, também chamada de  “catecismo da igreja primitiva”, orientava os cristãos da primeira hora a praticarem o jejum ou abstinência  na quarta e na sexta-feira (Cân.1250) . Em muitos lugares, em especial no oriente, esse costume perdura nos dias atuais.
Dom Sergio, Cardeal de Brasília, fala da importância de rezar a via sacra durante a quaresma em seu programa “Dia do Senhor”, transmitido aos domingos na Rádio Nova Aliança:  “Se não puder rezar a via sacra na igreja, medite em casa sozinho ou com familiares”.
Pollianna Carla
Arquidiocese de Brasília

1º DOMINGO DA QUARESMA - Ano "A": CONVERTEI-VOS!

Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
Ao receber as cinzas, no início desta Quaresma, nós acolhemos a Palavra de Jesus, repetida a cada ano pela Igreja, chamando-nos à conversão: “Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15). Esta Palavra continuará a ecoar ao longo deste tempo litúrgico, preparando-nos para a Páscoa. A atitude de conversão deve ser vivida através da oração, da penitência e da caridade. Por isso, a cor litúrgica roxa utilizada na Quaresma é sinal e recordação da penitência que não pode faltar no processo de conversão. O esforço de superação do pecado, sustentado pela graça de Deus, comporta sempre renúncias e sacrifícios.
Recordemos que a Quaresma é um tempo especial de perdão e de reconciliação. É necessário buscar o perdão de Deus através do Sacramento da Reconciliação e oferecer o perdão aos irmãos. É preciso viver reconciliados e chegar reconciliados à festa da Páscoa, para bem celebrar a ressurreição de Jesus. Nesta Eucaristia, com o Salmo 50, nós nos reconhecemos pecadores e suplicamos a misericórdia divina: “Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós”.
O Evangelho proclamado nos fala das tentações de Jesus no deserto, conforme a narrativa de Mateus (Mt 4,1-11), fazendo-nos pensar nas tentações encontradas no mundo de hoje. O Evangelho nos transmite, acima de tudo, a certeza da vitória de Cristo e daqueles que, unidos a Cristo, lutam para vencer as tentações. Conforme o livro do Gênesis, o homem e a mulher caíram na tentação de não cumprir a Palavra de Deus, acarretando a condenação e a morte. Entretanto, por meio do homem novo, Jesus Cristo, que permaneceu na obediência ao Pai, nós recebemos “a justificação que dá a vida”, segundo a Carta de S. Paulo aos Romanos (Rm 5,19).
Na Quaresma, uma das principais expressões de vivência do amor fraterno é a Campanha da Fraternidade, promovida pela Igreja no Brasil. A Campanha da Fraternidade está intimamente associada à Quaresma, embora deva ser vivida além dela. Trata-se de um exercício intensivo de amor fraterno, que pode ajudar muito cada um de nós a fazer-se irmão e a reconhecer no outro um irmão a ser amado. Neste ano, o tema da Campanha é “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”. A vida deve ser acolhida como dom precioso a ser valorizado e defendido em qualquer situação ou fase em que se encontre. Por isso, exige compromisso pessoal e comunitário. O belo lema proposto é inspirado na parábola do Bom Samaritano: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Hoje é o Primeiro Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 1º de março, a Igreja celebra o primeiro domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje corresponde à leitura de Mateus 4,1-11, passagem que narra o momento em que Jesus foi tentado pelo diabo no deserto, apresentando assim os temas dos 40 dias deste tempo litúrgico.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste primeiro domingo da Quaresma:
Mt 4,1-11
Naquele tempo, 1 o Espírito conduziu Jesus ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome. 3 Então, o tentador aproximou-se e disse a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” 4 Mas Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’”.
5 Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, 6 e lhe disse: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: ‘Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. 7 Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus!’”
8 Novamente, o diabo levou Jesus para um monte muito alto. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória, 9 e lhe disse: “Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar”. 10 Jesus lhe disse: “Vai-te embora, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás ao Senhor, teu Deus, e somente a ele prestarás culto’”.
11 Então o diabo o deixou. E os anjos se aproximaram e serviram a Jesus.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF