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sábado, 14 de março de 2020

Santa Matilde, Rainha da Alemanha

REDAÇÃO CENTRAL, 14 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Santa Matilde foi a primeira rainha da Alemanha (século X) e se caracterizou por ser humilde, piedosa e caritativa com os oprimidos. Apoiou e mandou construir muitas igrejas e mosteiros como os de Quedlinburg, Nordhausen, Engern e Poehlden, e sua festa é celebrada neste dia 14 de março.

Além disso, foi descendente do famoso guerreiro Widukind, capitão dos saxões que batalharam contra Carlos Magno (século XIII), e filha de Dietrich, duque de Westphalia e Reinhild (hoje Alemanha).
Desde criança, foi educada pelas monjas do convento de Erfurt e adquiriu inúmeras virtudes cristãs. Casou-se muito jovem com Henrique I, que no ano 912 se tornaria duque da Saxônia, e tiveram um matrimônio excepcionalmente feliz.
Em 918, seu esposo foi escolhido para suceder o rei da Francia Orientalis, Conrado I. Foi assim que Henrique I se tornou o primeiro rei alemão da dinastia saxônica e, por isso, é considerado o fundador e primeiro rei do estado alemão medieval.
Matilde se tornou rainha, mas nunca deixou seus modos humildes e piedosos de viver, como dar esmolas aos pobres. No palácio real, atendia a todos e nenhuma pessoa em busca de ajuda ia embora sem ser atendida.
Depois de 23 anos de matrimônio, ficou viúva e ofereceu se desprender de todas as suas joias e brilhantes pela alma de seu esposo falecido.
Passou os seus últimos anos dedicada a fundar conventos e a dar esmolas aos pobres. Quando completou 70 anos, dispôs-se a passar para a eternidade e distribuiu entre os mais necessitados tudo o que tinha.
Morreu em 968, no convento de São Servácio e São Dionísio em Quedlinburg e foi sepultada ao lado de seu esposo. Foi venerada como santa imediatamente depois de sua morte.
ACI Digital

sexta-feira, 13 de março de 2020

Santa Eufrásia, Virgem eremita


REDAÇÃO CENTRAL, 13 Mar. 20 / 06:00 am (ACI).- Santa Eufrásia, cuja festa é celebrada neste dia 13 de março, viveu no século IV e foi filha de um parente do imperador romano Teodósio I. Segundo a tradição, provinha de uma família nobre e, por isso, foi tentada frequentemente pelo demônio a levar uma vida de luxo.
Também era atacada por satanás enquanto trabalhava ou jejuava, mas sempre continuava com seus sacrifícios para que fossem agradáveis a Deus. Foi assim que recebeu o dom de fazer milagres e expulsar maus espíritos. Curou muitos doentes e possuídos: como um menino que não podia andar ou uma religiosa possuída que lhe fazia a vida impossível.
Quando Eufrásia tinha 1 ano, seu pai faleceu e ela foi criada sob a proteção do imperador Teodósio I, que se encarregou de cuidar tanto dela como de sua mãe. Ao completar 5 anos, o imperador a prometeu em casamento ao filho de um rico senador romano para quando tivesse idade suficiente.
Aos 7 anos, Eufrásia viajou com sua mãe para o Egito, onde conheceram eremitas e monges da Tebaida. Começaram a visitar o mosteiro de Santa Maria, fundado por São Cirilo de Alexandria e Santa Sara, e se tornaram amigas das monjas do lugar.
A pequena Eufrásia se sentiu fortemente atraída para a vida religiosa eremita e pediu às monjas que permitissem que permanecesse com elas, tomando o hábito como noviça aos 8 anos. Em seguida, sua mãe faleceu e a santa permaneceu na solidão do convento, crescendo em graça.
Quando a jovem completou 12 anos, o imperador Arcádio recordou a promessa que seu predecessor Teodósio I havia feito e enviou uma mensagem ao convento do Egito, pedindo a Eufrásia que regressasse para se casar com o senador a quem havia sido prometida.
A santa se negou a abandonar o convento e escreveu uma carta ao imperador suplicando que a deixasse em liberdade, que vendesse todos os bens herdados de seus pais para que fossem distribuídos entre os pobres, assim como deixar livres todos os escravos de sua casa.
O imperador concordou com a vontade de Eufrásia, embora considerasse que a herança dela deveria lhe pertencer. A jovem prosseguiu com sua vida no convento atravessando diversas tentações que combateu com a graça, caridade e invocando o nome de Cristo.
Quando a santa fez 30 anos, a abadessa do convento, Sara, teve uma visão na qual Cristo glorioso tomava Eufrásia por esposa no paraíso.
Em pouco tempo, Santa Eufrásia teve febres e, em seu leito de morte, tanto sua companheira de cela, Júlia, como a abadessa imploraram à santa que lhes obtivesse a graça de estar com ela no céu. Três dias depois da morte de Eufrásia, Júlia faleceu e, pouco tempo depois, aconteceu o mesmo com a abadessa. 
ACI Digital

quinta-feira, 12 de março de 2020

Posse de Dom Sergio como arcebispo de Salvador já tem data

+ Dom Sérgio Cardeal da Rocha
A Cerimônia de Posse de Dom Sergio da Rocha como arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil ocorrerá no dia 05 de junho, às 19h, na Catedral Metropolitana Transfiguração do Senhor.
À frente da Arquidiocese de Brasília desde 6 de agosto de 2011, quando tomou posse, Dom Sergio foi o escolhido pelo Papa Francisco para assumir as funções de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, que apresentou renúncia por limite de idade em 2018.
A nomeação de Dom Sergio da Rocha e a acolhida do pedido de renúncia de Dom Murilo Krieger foram divulgados em um mesmo ato, na manhã desta quarta-feira, 11/03.
Aos 76 anos, Dom Murilo, agora arcebispo emérito, deve seguir como administrador apostólico até a data da posse do novo arcebispo.
Já Dom Sergio, aos 61, continua com os trabalhos pastorais na Igreja de Brasília, também como administrador apostólico, e se preparando para a nova missão designada pelo Papa Francisco.
Em breve traremos mais informações sobre a posse de Dom Sergio.
Clique aqui e veja a biografia completa de Dom Sergio da Rocha.

Por Gislene Ribeiro
Arquidiocese de Brasília

São Luís Orione, fundador da Pequena Obra da Divina Providência

REDAÇÃO CENTRAL, 12 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- São Luís Orione, cuja festa é celebrada neste dia 12 de março, costumava dizer: “Não  é entre as palmeiras que eu quero viver e morrer, mas no meio dos pobres que são Jesus Cristo”. Ele é fundador da assim chamada Pequena Obra da Divina Providência e de outras congregações dedicadas aos mais necessitados.

Dom Orione, como é popularmente conhecido, nasceu na Itália em 1872. Em sua adolescência, foi aluno de São João Bosco no Oratório de Valdocco de Turim. “Nós seremos sempre amigos”, disse Dom Bosco ao jovem.
Mais tarde, ingressou no seminário de Tortona e abriu o primeiro oratório para cuidar da educação cristã dos jovens. Depois, com 21 anos, abriu um colégio para crianças pobres do bairro de São Bernardino.
Em 1895, foi ordenado sacerdote e celebrou sua primeira Missa rodeado por crianças. Com o tempo, abriu novas casas em diferentes partes da Itália. Aos poucos, uniram-se a ele clérigos e sacerdotes. Dedicou-se ao ensino dos jovens, à pregação, à visita aos pobres e aos doentes.
Em 1903, o bispo de Tortona reconheceu canonicamente os Filhos da Divina Providência (sacerdotes, irmãos coadjutores e eremitas), a congregação masculina da Pequena Obra da Divina Providência, dedicada a colaborar para levar os pequenos, os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, através de obras de caridade.
Trabalhou ativamente na liberdade, unidade da Igreja e a cristianização dos trabalhadores. Socorreu heroicamente as vítimas do terremoto em 1908, em que 90 mil pessoas morreram.
Fundou a Congregação das Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, as Irmãs Sacramentinas Adoradoras cegas e depois as Contemplativas de Jesus Crucificado.
Organizou grupos Leigos: as Damas da Divina Providência, os Ex-Alunos e os Amigos. Posteriormente, tomou corpo o Instituto Secular Orionita e o Movimento Laical Orionita.
Depois da Primeira Guerra Mundial, multiplicaram-se o número de escolas, colégios, colônias agrícolas, obras caritativas e sociais. Dom Orione criou os “Pequenos Cotolengos”, que atendiam os mais sofredores e abandonados nas periferias das grandes cidades.
Enviou várias expedições missionárias para diversas partes do mundo, viajando inclusive ele mesmo a países da América Latina como Argentina, Brasil, Uruguai e Chile. Tinha a estima dos Papas São Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, que lhe confiaram resolver problemas dentro e fora da Igreja.
Construiu os santuários de Nossa Senhora da Guarda, em Tortona, e Nossa Senhora de Caravaggio, em Funo. Rodeado pelo amor de seus religiosos, partiu para a Casa do Pai no dia 12 de março de 1940, suspirando: “Jesus! Jesus! Estou indo”.
ACI Digital

quarta-feira, 11 de março de 2020

Papa aceita renúncia de Dom Murilo e nomeia Cardeal Sérgio da Rocha Arcebispo de Salvador

Dom Murilo Krieger e Cardeal Sérgio da Rocha / Fotos: CNBB
Vaticano, 11 Mar. 20 / 09:04 am (ACI).- O Papa Francisco aceitou nesta quarta-feira, 11 de março, a renúncia de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger como Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil e nomeou para substitui-lo o Cardeal Sérgio da Rocha, até então Arcebispo de Brasília.

Dom Murilo Krieger foi o 27º Arcebispo de Salvador, tendo assumido o cargo em 2011. Após completar 75 anos em outubro de 2018, apresentou seu pedido de renúncia ao Santo Padre, conforme estabelecido pelo Código de Direito Canônico.
Dentre as diversas atividades desenvolvidas ao longo de seu ministério episcopal, serviu como vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 2005 a 2018. Além disso, o agora Bispo emérito de Salvador coordenou o processo de canonização de Santa Dulce dos Pobres, a qual se tornou santa em 16 de outubro de 2019.
Já o novo Arcebispo de Salvador, Cardeal Sérgio da Rocha, nasceu em Dobrada (SP), em 21 de outubro de 1959. Estudou Filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos e Teologia no Instituto de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Também possui licenciatura em Teologia Moral pela Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e Doutorado na mesma disciplina na Academia Alfonsiana de Roma.

Foi ordenado sacerdote em 14 de dezembro de 1984, sendo incardinado na Diocese de São Carlos, onde serviu como pároco em Água Vermelha, vigário paroquial da Catedral e de Nossa Senhora de Fátima, em São Carlos; reitor da Capela São Judas Tadeu em São Carlos; responsável diocesano pela juventude; responsável diocesano pelo Serviço Vocacional; coordenador diocesano de Pastoral.
Desempenhou também as funções de diretor espiritual da Casa de Teologia em Campinas; reitor do Seminário Maior de Filosofia; reitor do Seminário Maior de Teologia; professor de filosofia no Seminário Diocesano; membro da equipe de formação para o Diaconato Permanente; membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores; professor de Teologia Moral na Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
Foi eleito Bispo auxiliar de Fortaleza (CE) em 13 de junho de 2001, tendo recebido a ordenação episcopal em 11 de agosto do mesmo ano. Em seguida, foi nomeado Bispo coadjutor de Teresina (PI), em 31 de janeiro de 2007, e se tornou Arcebispo em 3 de setembro de 2008. Em 15 de junho de 2011, foi transferido como Arcebispo metropolitano de Brasília.
Dom Sérgio da Rocha também foi presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal da América Latina (CELAM). Na CNBB, foi secretário e responsável pela Juventude e pelas Vocações do Regional Nordeste 1; presidente do Regional Nordeste 4; membro da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, da Comissão Episcopal para a superação da miséria e da fome, da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada e do Conselho Permanente. De 2015 a 2019, foi presidente da conferência do episcopado brasileiro.
Foi criado Cardeal pelo Papa Francisco no consistório de 19 de novembro de 2016. É membro da Congregação para o Clero, do Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos e da Pontifícia Comissão para a América Latina.
Ao divulgar a notícia da nomeação de Cardeal Sérgio da Rocha como novo Arcebispo de São Salvador da Bahia, Dom Murilo Krieger publicou uma nota na qual expressa seus votos de que “o Senhor Bom Jesus do Bonfim, que com seus braços abertos acolhe todos os que sobem a Colina Sagrada, acolha este irmão que vem para a Bahia”.
“Nossa Senhora da Conceição da Praia, Padroeira deste Estado, interceda por este seu filho! E Santa Dulce dos Pobres seja para o Cardeal Dom Sérgio um exemplo de como ‘amar e servir’”, completou.
Por sua vez, o Cardeal Sérgio da Rocha enviou uma mensagem à Arquidiocese de Salvador, na qual ressaltou três palavras que expressam seus sentimentos: “agradecer, amar e servir”.
O Purpurado agradeceu a Deus, que o confia “a nova missão”, ao Papa Francisco, pela nomeação, a Dom Murilo, “pelo seu fraterno apoio e por sua generosa dedicação”, e “a todos os irmãos e irmãs que têm se dedicado ao serviço da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, pelo grande amor à Igreja”.
Além disso, declarou que desde a nomeação, voltou “o olhar e o coração para Salvador como minha nova família”. “Com amor de pai, irmão e amigo, assumo esta nova missão com esperança e alegria”, disse.
Por fim, assinalou que “quem ama a Igreja, participa de suas alegrias e dores e coloca-se ao seu serviço com generosidade” e, colocando-se como “servidor do Povo de Deus”, afirmou esperar “servir sempre, de coração, a Igreja de Salvador, valorizando o caminho que tem sido percorrido e apoiando as iniciativas pastorais em andamento”.
ACI Digital

domingo, 8 de março de 2020

Dos Sermões de São Leão Magno, papa

São Leão Magno

(Sermo 51, 3-4.8: PL 54, 310-311.313)            (Séc.V)

Por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo
 O Senhor manifesta a sua glória na presença de testemunhas escolhidas, e de tal modo fez resplandecer o seu corpo, semelhante ao de todos os homens, que seu rosto se tornou brilhante como o sol e suas vestes brancas como a neve.
A principal finalidade dessa transfiguração era afastar dos discípulos o escândalo da cruz, para que a humilhação da paixão, voluntariamente suportada, não abalasse a fé daqueles a quem tinha sido revelada a excelência da dignidade oculta de Cristo. Mas, segundo um desígnio não menos previdente, dava-se um fundamento sólido à esperança da santa Igreja, de modo que todo o Corpo de Cristo pudesse conhecer a transfiguração com que ele também seria enriquecido, e os seus membros pudessem contar com a promessa da participação daquela glória que primeiro resplandecera na Cabeça.
A esse respeito, o próprio Senhor dissera, referindo-se à majestade de sua vinda: Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai (Mt 13,43). E o apóstolo Paulo declara o mesmo, dizendo: Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós (Rm 8,18). E ainda: Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo, em Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória (Cl 3,3-4).
Entretanto, aos apóstolos que deviam ser confirmados na fé e introduzidos no conhecimento de todos os mistérios do Reino, esse prodígio ofereceu ainda outro ensinamento.
Moisés e Elias, isto é, a Lei e os Profetas, apareceram conversando como Senhor, a fim de cumprir-se plenamente, na presença daqueles cinco homens, o que fora dito: Será digna de fé toda palavra proferida na presença de duas ou três testemunhas (cf. Mt18,16).
Que pode haver de mais estável e mais firme que esta palavra? Para proclamá-la, ressoa em uníssono a dupla trombeta do Antigo e do Novo Testamento, e os testemunhos dos tempos passados concordam com o ensinamento do Evangelho.
Na verdade, as páginas de ambas as alianças confirmam-se mutuamente; e o esplendor da glória presente mostra, com total evidência, Aquele que as antigas figuras tinham prometido sob o véu dos mistérios. Porque, como diz João, por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo (Jo 1,17). Nele cumpriram-se integralmente não só a promessa das figuras proféticas, mas também o sentido dos preceitos da lei; pois pela sua presença mostra a verdade das profecias e, pela sua graça, torna possível cumprir os mandamentos.
Sirva, portanto, a proclamação do santo Evangelho para confirmar a fé de todos, e ninguém se envergonhe da cruz de Cristo, pela qual o mundo foi redimido.
Ninguém tenha medo de sofrer por causa da justiça ou duvide da recompensa prometida, porque é pelo trabalho que se chega ao repouso, e pela morte, à vida. O Senhor assumiu toda a fraqueza de nossa pobre condição e, se permanecermos no seu amor e na proclamação do seu nome, venceremos o que ele venceu e receberemos o que prometeu.
Assim, quer cumprindo os mandamentos ou suportando a adversidade, deve sempre ressoar aos nossos ouvidos a voz do Pai, que se fez ouvir, dizendo: Este é o meu filho amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o (Mt 17,5).

Carta de São João Paulo II às Mulheres

Pintura à óleo da artista polonesa Izabela Delekta-Wicińska
Neste Dia Internacional da Mulher, parabenizamos a todas as mulheres, que são exemplos de força, garra e coragem. Que a exemplo de Maria Santíssima as mulheres de todo o mundo se conscientizem de seu papel grandioso para a humanidade: gerar vida nova e disseminar a ternura e a esperança de que em Deus teremos dias melhores.
Como uma singela homenagem, separamos  um pequeno trecho da Carta às Mulheres, escrita pelo Papa João Paulo II em 1995:
Obrigado a ti, mulher-mãe, que te fazes ventre do ser humano na alegria e no sofrimento de uma experiência única, que te torna o sorriso de Deus pela criatura que é dada à luz, que te faz guia dos seus primeiros passos, amparo do seu crescimento, ponto de referência por todo o caminho da vida.
Obrigado a ti, mulher-esposa, que unes irrevogavelmente o teu destino ao de um homem, numa relação de recíproco dom, ao serviço da comunhão e da vida.
Obrigado a ti, mulher-filha e mulher-irmã, que levas ao núcleo familiar, e depois à inteira vida social, as riquezas da tua sensibilidade, da tua intuição, da tua generosidade e da tua constância.
Obrigado a ti, mulher-trabalhadora, empenhada em todos os âmbitos da vida social, econômica, cultural, artística, política, pela contribuição indispensável que dás à elaboração de uma cultura capaz de conjugar razão e sentimento, a uma concepção da vida sempre aberta ao sentido do mistério, à edificação de estruturas econômicas e políticas mais ricas de humanidade.
Obrigado a ti, mulher-consagrada, que, a exemplo da maior de todas as mulheres, a Mãe de Cristo, Verbo Encarnado, te abres com docilidade e fidelidade ao amor de Deus, ajudando a Igreja e a humanidade inteira a viver para com Deus uma resposta esponsal, que exprime maravilhosamente a comunhão que Ele quer estabelecer com a sua criatura.
Obrigado a ti, mulher, pelo simples fato de seres mulher! Com a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a compreensão do mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas.
Parabéns a todas as mulheres!!
– Para ler a carta de São João Paulo II na íntegra, clique aqui.

*A imagem é uma foto da pintura à óleo da artista polonesa Izabela Delekta-Wicińska, intitulada “Totus tuus”, que é o lema que São João Paulo II escolheu e que significa “Todo teu”.

Por Lilian da Paz
Arquidiocese de Brasília

2º DOMINGO DA QUARESMA - Ano "A": LEVANTAI-VOS E NÃO TENHAIS MEDO

+ Dom Sérgio da Rocha
Cardeal Arcebispo de Brasília
A passagem bíblica da Transfiguração do Senhor ilumina a nossa vivência quaresmal. Somos chamados a responder “sim” à voz do Pai que nos convida a escutar Jesus Cristo: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o” (Mt 17,5).
Para compreender bem o sentido da Transfiguração, é preciso recordar-se de que os discípulos tinham ficado escandalizados com o anúncio da paixão feito por Jesus, pois eles não podiam admitir que o Messias pudesse sofrer e morrer na cruz. A contemplação de Cristo transfigurado anima a fé dos discípulos, preparando-os para abraçarem a cruz e participarem da paixão. Necessitamos, hoje, refazer a experiência de Pedro, Tiago e João para poder dizer: “Senhor, é bom ficarmos aqui!” (Mt 17.4). Fazemos isso, de modo especial, por meio da oração pessoal e comunitária, da escuta da Palavra e do encontro com Cristo na Eucaristia. Contudo, para isso, é preciso dispor-se a subir “a alta montanha” (Mt 17,1), conforme a expressão empregada por Mateus, o que exige esforço e perseverança. Esta tarefa não condiz com acomodação ou preguiça na vida espiritual.
Embora seja necessário o empenho de cada um, o discípulo não sobe a montanha da Transfiguração contando somente com suas forças. “Sobe”, primeiramente, porque o Senhor o “tomou consigo”, isto pela graça de Deus que precede e acompanha a subida. Além disso, é preciso subir juntos a alta montanha, aceitando os outros discípulos como companheiros de caminhada. Os discípulos que vivem da oração, da escuta da Palavra e da Eucaristia são discípulos em comunhão, pela vivência da unidade eclesial, a começar da comunidade local.
Aqueles que sobem a montanha, uma vez encontrando-se com o Senhor transfigurado, não podem se instalarem comodamente, ainda que seja sincero o desejo de construir tendas para permanecer com ele. É preciso descer a montanha para evangelizar, contando com o Senhor Ressuscitado que acompanha e sustenta os seus discípulos na missão. Por isso, Jesus afirma: “levantai-vos e não tenhais medo” (Mt 17,7). E eles desceram em direção à multidão, especialmente, ao encontro dos doentes e sofredores. Ao invés do desânimo ou do medo, quem reza encontra sempre esperança e forças para caminhar, para dar testemunho da fé, para amar e servir.
Nesta Quaresma, a oração e a meditação devem ocupar um lugar muito especial na nossa vida. Ao mesmo tempo, a oração deve ser sempre acompanhada do amor fraterno e da disposição em servir os irmãos, especialmente os que mais sofrem.
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Igreja celebra hoje o segundo Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 8 de março, a Igreja celebra o segundo Domingo da Quaresma. O Evangelho do dia corresponde à leitura de Mateus 17,1-9, que relata o momento da Transfiguração do Senhor, quando os discípulos puderam ter uma experiência da glória de Cristo.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste segundo domingo da Quaresma:
Mt 17,1-9
Naquele tempo, 1 Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. 2 E foi transfigurado diante deles; o seu rosto brilhou como o sol e as suas roupas ficaram brancas como a luz. 3 Nisto apareceram-lhe Moisés e Elias, conversando com Jesus.
4 Então Pedro tomou a palavra e disse: “Senhor, é bom ficarmos aqui. Se queres, vou fazer aqui três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 5 Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os cobriu com sua sombra. E da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo o meu agrado. Escutai-o!”
6 Quando ouviram isto, os discípulos ficaram muito assustados e caíram com o rosto em terra. 7 Jesus se aproximou, tocou neles e disse: “Levantai-vos e não tenhais medo”.
8 Os discípulos ergueram os olhos e não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus. 9 Quando desciam da montanha, Jesus ordenou-lhes: “Não conteis a ninguém esta visão até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dos mortos”.
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São João de Deus, padroeiro dos que trabalham em hospitais

REDAÇÃO CENTRAL, 08 Mar. 20 / 07:00 am (ACI).- Hoje a Igreja Católica celebra a Festa de São João de Deus, Fundador da Comunidade dos Irmãos Hospitaleiros, padroeiro dos que trabalham em hospitais e dos que propagam livros religiosos.

Nasceu e morreu em 8 de março. Nascido em Portugal, em 1495, faleceu em Granada, Espanha, em 1550, aos 55 anos de idade. De família pobre, mas muito piedosa, sua mãe morreu quando ele era muito jovem e seu pai morreu como religioso em um convento.
Em sua juventude, foi um pastor, muito apreciado pelo proprietário da fazenda onde trabalhou, o qual propôs que se cassasse com sua filha e assim seria herdeiro daqueles bens. Mas, o santo decidiu ficar livre de compromissos econômicos e conjugais porque queria se dedicar a trabalhos mais espirituais.
Foi também soldado sob as ordens do gênio da guerra, Carlos V, em batalhas muito famosas e a vida militar o fez forte, resistente e sofrido.
Depois de deixar o exército, decidiu se render à vida apostólica, vendendo livros religiosos nas ruas. Ele chegou a Granada, na Espanha, cidade onde, em 1538, depois de ter ouvido um inflamado sermão de São João d’Ávila contra a vida de pecado, começou a gritar: “misericórdia, Senhor, sou um pecador”.
Confessou-se com São João d’Ávila e propôs como penitência fingir-se de louco para que as pessoas o humilhassem e o fizessem sofrer.
Distribuiu entre os pobres tudo o que tinha em sua pequena livraria, começou a vagar pelas ruas da cidade pedindo misericórdia a Deus por todos os seus pecados e, como as pessoas acreditavam que era louco, começaram a atacá-lo com pedras e golpes.
João de Deus foi levado para o hospício onde foi tratado com crueldade e todo sofrimento era oferecido pela conversão dos pecadores.
Depois de sair do hospício, fundou um hospital e ensinou, por exemplo, que a certos enfermos se deve curar primeiro a alma se quiser obter depois a cura do corpo.
Em uma ocasião, seu hospital se incendiou e, sem questionar-se, São João de Deus entrou várias vezes para resgatar os pacientes. Quando passou em meio às chamas, não sofreu nenhuma queimadura, conseguindo salvar a vida de todos os pobres a quem se dedicava com tanto amor.
Em 8 de março de 1550, sentindo que se aproximava a sua morte, ajoelhou-se e exclamou: “Jesus, Jesus, em suas mãos me encomendo”, e nesse momento faleceu.
Após sua morte, recebeu de Deus muitos milagres para seus devotos e foi declarado santo em 1690.
Atualmente, os irmãos Hospitaleiros de São João de Deus se dedicam a cuidar dos doentes em suas centenas de casas localizadas em diferentes partes do mundo. Atendem os enfermos em todos os continentes e com grandes e maravilhosos resultados, empregando sempre os métodos da bondade e da compreensão, em vez do rigor e da tortura.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF