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terça-feira, 17 de março de 2020

Dos Sermões de São Pedro Crisólogo, bispo

(Sermo 43: PL 52,320.322)             (Séc.IV)

O que a oração pede, o jejum o alcança e a misericórdia o recebe
Há três coisas, meus irmãos, três coisas que mantêm a fé, dão firmeza à devoção e perseverança à virtude. São elas a oração, o jejum e a misericórdia. O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que são uma só e se vivificam reciprocamente.
O jejum é a alma da oração e a misericórdia dá vida ao jejum. Ninguém queira separar estas três coisas, pois são inseparáveis. Quem pratica somente uma delas ou não pratica todas simultaneamente, é como se nada fizesse. Por conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejua, pratique a misericórdia. Quem deseja ser atendido nas suas orações, atenda as súplicas de quem lhe pede; pois aquele que não fecha seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas.
Quem jejua, pense no sentido do jejum; seja sensível à fome dos outros quem deseja que Deus seja sensível à sua; seja misericordioso quem espera alcançar misericórdia; quem pede compaixão, também se compadeça; quem quer ser ajudado, ajude os outros. Muito mal suplica quem nega aos outros aquilo que pede para si.
Homem, sê para ti mesmo a medida da misericórdia;deste modo alcançarás misericórdia como quiseres, quanto quiseres e com a rapidez que quiseres; basta que te compadeças dos outros com generosidade e presteza.
Peçamos, portanto, destas três virtudes – oração,jejum, misericórdia – uma única força mediadora junto de Deus em nosso favor; sejam para nós uma única defesa, uma única oração sob três formas distintas.
Reconquistemos pelo jejum o que perdemos por não saber apreciá-lo; imolemos nossas almas pelo jejum, pois nada melhor podemos oferecer a Deus como ensina o Profeta: Sacrifício agradável a Deus é um espírito penitente; Deus não despreza um coração arrependido e humilhado (cf. Sl 50,19).
Homem, oferece a Deus a tua alma, oferece a oblação do jejum, para que seja uma oferenda pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que ao mesmo tempo permanece em ti e é oferecida a Deus. Quem não dá isto a Deus não tem desculpa, porque todos podem se oferecer a si mesmos.
Mas, para que esta oferta seja aceita por Deus, a misericórdia deve acompanhá-la; o jejum só dá frutos se for regado pela misericórdia, pois a aridez da misericórdia faz secar o jejum. O que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum. Por mais que cultive o coração, purifique o corpo, extirpe os maus costumes e semeie as virtudes, o que jejua não colherá frutos se não abrir as torrentes da misericórdia.
Tu que jejuas, não esqueças que fica em jejum o teu campo se jejua a tua misericórdia; pelo contrário, a liberalidade da tua misericórdia encherá de bens os teus celeiros. Portanto, ó homem, para que não venhas a perder por ter guardado para ti, distribui aos outros para que venhas a recolher; dá a ti mesmo, dando aos pobres, porque o que deixares de dar aos outros, também tu não o possuirás.

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São Patrício, Padroeiro da Irlanda

REDAÇÃO CENTRAL, 17 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- “Eu era como uma pedra em uma profunda mina; e aquele que é poderoso veio e, em sua misericórdia, levantou-me e me colocou sobre uma parede”, dizia São Patrício, Padroeiro da Irlanda, cuja festa se celebra neste dia 17 de março.

Este santo também goza de grande devoção em Nova Iorque (Estados Unidos), onde todos os anos é homenageado com as cores verdes.
São Patrício nasceu na Grã-Bretanha por volta de 385. Sendo ainda jovem, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo na Irlanda. Quando recuperou a liberdade, seguiu para a Grã-Bretanha e depois para a Gália (atual França), onde frequentou mosteiros e se habilitou para a vida monástica e missionária. Seguiu o caminho do sacerdócio e mais adiante chegou a ser Bispo na Irlanda, levando em sua alma piedosa o desejo de evangelizar aquela nação pagã.
Em sua linguagem simples para evangelizar, costumava explicar que assim como as três folhinhas de um trevo fazem uma folha, da mesma forma Pai, Filho e Espírito Santo formam um só Deus verdadeiro.
Até hoje, por conta desse ensinamento do santo, os irlandeses costumam fixar um trevo à sua roupa no dia do padroeiro do país, para homenageá-lo.
Seus opositores foram os magos druidas que acreditavam em deuses pagãos e os hereges pelagianos. Entretanto, São Patrício seguiu firme construindo abadias e igrejas cristãs.
Diz-se que um Sábado Santo, quando São Patrício acendeu o fogo pascal, os druidas se lançaram a apagá-lo, mas não conseguiram. Então, um deles exclamou: “O fogo da religião que Patrício acendeu será espalhado por toda a ilha”. Isto se cumpriu porque converteu toda a Irlanda ao cristianismo.
O santo formou um clero local, consagrou sacerdotes e Bispos.
Ao final de sua vida, escreveu as “Confissões”, obra na qual relatou como se sentia e o que fazia na missão que Deus lhe tinha confiado.
Conseguiu a reforma das leis civis da Irlanda e a legislação foi feita com os princípios católicos. Partiu para a Casa do Pai em 461 e foi sepultado em Saúl, região de Stragford Lough, onde edificou a sua primeira igreja.
É também muito reverenciado nos Estados Unidos devido ao grande número de imigrantes irlandeses. Em Nova Iorque, a Catedral é dedicada a São Patrício. Nesta cidade, uma das tradições mais antigas é o desfile pelo dia de São Patrício ou “Saint Patrick’s day” que data da época colonial. Os irlandeses, parte do exército britânico, costumavam se vestir de verde e entoavam canções típicas ao som de gaitas de fole.
Isto permaneceu no tempo e hoje é uma das maiores celebrações na cidade norte-americana. A cor representativa continua sendo o verde e se mantém o grande desfile de marcha militar que acontece na Catedral de São Patrício.
ACI Digital

segunda-feira, 16 de março de 2020

CNBB pede aos fiéis atenção irrestrita às autoridades no combate à epidemia de coronavírus

Logo oficial CNBB. Imagem: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
BRASILIA, 16 Mar. 20 / 03:43 pm (ACI).- A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu neste 14 de março a mensagem: “Tempos de Esperança e Solidariedade”, informando que as indicações práticas de cuidado estão sendo emitidas em cada diocese e pedindo aos fiéis atenção e consideração irrestrita às orientações dos especialistas de saúde e autoridades competentes.
“Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem, e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso”, exortaram os prelados brasileiros.
Segundo a edição em português do jornal El País, até o momento foram registrados 200 casos positivos de COVID 19, causada pelo coronavírus, no Brasil. Ainda segundo o diário, o Ministério da Saúde brasileiro registrou nos últimos dias um avanço de mais de 65% dos registros e ainda há 1.913 casos suspeitos no país.
Confira na íntegra a nota da presidência da CNBB:
Tempos de esperança e solidariedade
Tudo posso naquele me fortalece! (Fp 4,13.
1. Diante do complexo quadro gerado pela pandemia do coronavírus, a CNBB manifesta sua palavra de esperança e de solidariedade. As indicações práticas estão sendo emitidas em cada diocese, considerando e respeitando a realidade. Recomendamos atenção e consideração irrestrita dos especialistas de saúde e autoridades competentes. As indicações sobre o modo como celebrar a fé cabem aos bispos em cada diocese. Todas as normas visam à proteção das pessoas, buscando evitar a contaminação e preservar a vida.
2. Os cuidados com higienização pessoal e do ambiente, bem como o evitar aglomerações são regras que precisam ser seguidas por todos, com irrestrita atenção e cuidados, a partir da própria consciência, regida pelo bom senso e pela fraternidade.
3. Por isso, é importante que essas orientações sejam acolhidas como uma contribuição em vista do bem de todos. Elas requerem ser acompanhadas de muita oração elevando nossos corações ao Deus da Vida, no acolhimento de sua Palavra e por uma vivência de renúncias neste tempo quaresmal. Em momentos difíceis e delicados como este, mais fortes devem ser nossa fé, esperança e união.
4. Algumas restrições mexem com o nosso jeito de conviver e celebrar, pois somos um povo que traz em si o desejo de sempre estar juntos, tanto nos momentos alegres quanto tristes. Conscientes de que as restrições ao convívio não durarão para sempre, aprendamos, a valorizar a fraternidade. Aproveitemos para pensar nos inúmeros outros modos em que a vida de pessoas, povos e do planeta vem sendo agredida. Tornemo-nos ainda mais desejosos de, passada a pandemia, podermos estar juntos, celebrando a vida, a saúde, a concórdia e a paz.
5. Não temamos manifestar a solidariedade e a esperança. Superemos a indiferença. Façamos isso, porém, de modo prudente e em consonância com as orientações sanitárias. São muitos os recursos tecnológicos ao nosso dispor atualmente. Eles podem ajudar a suprir a distância física nesse período de cautela.
6. Tenhamos igual firmeza para discernir informações, desconsiderando notícias falsas, que se alastram com facilidade. Seu desejo é o de nos enfraquecer e abater. Não hesitemos, portanto, em buscar sempre a verdade das informações. Evitemos que o medo nos torne mais vulneráveis. Deus nunca nos abandona e, nos momentos mais difíceis, nós o podemos sentir ainda mais próximo em seu amor e sua paz.
7. Por fim, fazendo cada um a sua parte nessa grande empreitada, que é de todos, não deixemos de rezar pelo mundo inteiro, em especial pelas vítimas e pelos profissionais que incansavelmente trabalham por uma solução. Sejamos disciplinados, obedeçamos às orientações e decisões para nosso bem, e não nos falte o discernimento sábio para cancelamentos e orientações que preservem a vida como compromisso com nosso dom mais precioso.
Brasília-DF, 14 de março de 2020
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte-MG
Presidente da CNBB
Dom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima-RR
2º Vice-Presidente
Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre-RS
1º Vice-Presidente
Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar do Rio de Janeiro- RJ
Secretário-Geral da CNBB
ACI Digital/CNBB

Sobe para 11 o número de sacerdotes mortos devido ao coronavírus na Itália

Crédito Foto: Pixabay/Domínio Público.
Roma, 16 Mar. 20 / 02:33 pm (ACI).- A pandemia de coronavirus COVID-19 já provocou a morte de onze sacerdotes na Itália, sendo Bérgamo a diocese mais afetada, com seis falecidos; seguida de Brescia com três, Emilia-Romagna com um e Cremona também com um padre infectado pelo vírus.
Até o momento os infectados pelo COVID-19 na Itália são mais de 27 mil pessoas e cerca de 1.800 foram vítimas fatais do vírus. Motivado pelo crescimento dos casos no mundo inteiro, o Papa Francisco saiu ontem do Vaticano para rezar pelo fim da pandemia na Basílica da Santa Maria Maior e em seguida na igreja de São Marcelo, nesta última, esteve diante da famosa imagem do Cristo milagroso que salvou Roma da peste no século XVI.
No caso de Bérgamo os dois últimos sacerdotes falecidos são Pe. Silvano Sirtoli, de 59 anos, e Pe. Giancarlo Nava, de 70 anos. Outros 20 padres testaram positivo e alguns já inclusive se recuperaram.
Entre os que também testaram positivo está o Bispo de Cremona, Dom Antonio Napolioni, que se recuperou na manhã desta segunda-feira 16 e retornou à residência episcopal para o período de convalescença e 14 dias quarentena, depois dos quais lhe fará novos exames para confirmar que já não tem a enfermidade.
Por sua parte, o Bispo de Bérgamo, Dom Francesco Beschi, destacou a solidariedade que se registrou desde os primeiros dias no país para com os enfermos e segue recuperando-se bem da infecção causada pelo vírus.
ACI Digital

Estes 14 Santos nos ajudarão durante a pandemia de coronavirus

Representação dos 14 Santos Salvadores da Bavária no século XIX,
restaurada por Alois Liebwein. Crédito: Domínio Público.
REDAÇÃO CENTRAL, 16 Mar. 20 / 10:20 am (ACI).- A pandemia de coronavirus COVID-19 levou mais países a declararem o estado de emergência para evitar o aumento de infectados, e os bispos a tomarem medidas para prevenir mais casos entre os católicos, sem descuidar a atenção pastoral dos fiéis.
Entretanto, não é a primeira vez que a Igreja se enfrenta a uma emergência sanitária generalizada, pois em meados do século XIV a praga considerada “a catástrofe maior da história”, chamada “peste negra”, devastou a Europa e deixou 50 milhões de falecidos, cerca de 60% da população, uma taxa de mortalidade muito maior que o coronavirus até o momento.
Durante esta época, os fiéis pediram a intercessão de 14 Santos contra a praga e outras desgraças.
De acordo como o Novo Movimento Litúrgico, a devoção a estes 14 Santos se iniciou na Alemanha, onde lhes chama “Nothelfer”, que significa “auxiliadores na hora da necessidade”. À medida que a peste ressurgiu ao longo das décadas, a devoção a estes “Santos auxiliadores” se estendeu a outros países e o Papa Nicolau V declarou que toda devoção vinha com indulgências especiais. A introdução à festa dos “Santos auxiliares” se encontra no Misal de Cracóvia de 1483.
“A missa dos 14 Santos ajudantes aprovada por Nicolau V, é fundamental para quem tem grandes enfermidades, angústias, tristeza ou qualquer tribulação. É importante também para os detidos e prisioneiros, bem como para comerciantes e peregrinos, para os que foram sentenciados a morte e estão em guerra, para as mulheres que lutam no parto ou com um aborto espontâneo, pelo perdão dos pecados e pelos falecidos.”
No dia 8 de Agosto se celebra estes “Santos auxiliares” em alguns lugares. À continuação você conhecerá quem são estes santos e verá uma curiosidade, dentre eles, 13 foram mártires.
  1. São Jorge: Foi um mártir do século IV e soldado do exército durante a perseguição aos cristãos pelo imperador Diocleciano. Ele se negou a prender cristãos e oferecer sacrifícios aos deuses romanos, por isso foi torturado e executado. Invocado contra enfermidades da pele e paralisia.
  1. São Brás: Foi um mártir do século IV e bispo de Armênia que fugiu ao bosque para evitar a morte durante a perseguição contra os cristãos, mas o encontraram e prenderam. Um dia, uma mãe e seu filho que tinha um osso entupido em sua garganta o visitaram e, com sua bênção, o osso se desprendeu e o menino se salvou. O governador da Capadócia o obrigou renunciar à fé e sacrificar animais aos deuses pagãos e ao negar-se foi torturado e decapitado. Invocam-no contra os males na garganta.
  1. São Erasmo: Foi bispo em Formia (na Itália) no século IV, durante o governo de Diocleciano. Conta a lenda que o santo, chamado São Elmo, fugiu à montanha e sobreviveu alimentado por um corvo até que o prenderam e encarceraram. Escapou a prisão com a ajuda de um anjo e tempo depois, torturaram-no com barras quentes. Alguns relatos dizem que foi sanado milagrosamente e morreu por causas naturais, e outros, que as feridas foram a causa de seu martírio. Invocam-no para os que sofrem dores e transtornos no estômago, e pelas mulheres em trabalho de parto.
  1. São Pantaleão: Foi um mártir do século IV açoitado por Diocleciano, filho de um pagão rico e instruído no cristianismo por sua mãe e um sacerdote. Trabalhou como médico do imperador Maximiano, mas seus companheiros, ciumentos de sua rica herança, denunciaram-no ao imperador. Negou-se a adorar falsos deuses, foi torturado e tentaram assassiná-lo de várias maneiras: queimaram-lhe com tochas, banharam-no em chumbo líquido e o jogaram no mar amarrado a uma pedra, mas sempre foi resgatado da morte por Cristo, quem lhe aparecia como um sacerdote. Foi decapitado logo depois de desejar seu próprio martírio. Invocam-no como padroeiro dos médicos e parteiras.
  1. São Vito: Mártir do século IV açoitado pelo Diocleciano, filho de um senador na Sicilia e cristã graças à influência de uma enfermeira. Contam que irritou os pagãos por inspirar muitas conversões e fazer milagres. Foi condenado à morte junto a uma enfermeira cristã e seu marido por negar-se a renunciar a sua fé. Buscaram matá-los muitas vezes, inclusive tentaram jogá-los aos leões no Coliseu Romano, mas foram milagrosamente libertados, até que finalmente, foram executados. Invocam-no contra a epilepsia e enfermidades do sistema nervoso.
  1. São Cristóvão: Foi um mártir do século III, chamado originalmente Reprobus, filho de pagãos, que prometeu seu serviço ao rei. A conversão do rei e o ensino de um monge fizeram que se tornasse cristão, e usou sua força e músculos para ajudar pessoas a cruzarem um rio de uma margem à outra. Uma vez carregou um menino que lhe disse que era Cristo e lhe disse que seria chamado “Cristóvão” ou “Aquele que carrega Cristo”. O encontro encheu o santo de zelo missionário e quando retornou a seu lar na Turquia, converteu a quase 50 mil pessoas. O imperador Décio ordenou prendê-lo, encarcerá-lo e torturou-o de muitas formas, incluindo disparos com flechas. Foi decapitado no ano 250. Invocam-no como padroeiro para obter uma santa morte, contra a epilepsia e as dores de dente.
  1. São Denis: Alguns afirmam que São Paulo o converteu ao cristianismo em Atenas e logo se converteu no primeiro bispo de Paris no século I. Outros, que foi bispo e mártir do século III. Foi um zeloso missionário que chegou à França, onde o decapitaram no Montmartre”, o Monte dos Mártires, onde muitos cristãos foram mortos por sua fé. É invocado contra ataques demoníacos.
  1. São Ciríaco: Este diácono foi mártir do século IV, mas foi favorecido pelo Imperador Diocleciano depois de curar a sua filha e um amigo do imperador em nome de Jesus. De acordo com o site “catholicism.org” e ao livro The Fourteen Holy Helpers”, depois da mote de Dioclesiano, seu sucessor Maximiano aumentou a perseguição de cristãos e o encarcerou, torturou e finalmente o decapitou por jamais ter renunciado ao cristianismo. É o padroeiro dos enfermos que sofrem males da vista.
  1. São Acácio: Mártir do século IV durante o governo de Galerius. A tradição diz que quando foi capitão da força armada de Roma escutou uma voz que lhe disse: “Clama ao Deus Cristão por ajuda”, logo se batizou. Converteu soldados do exército, até que o denunciaram e enviaram ao tribunal onde se negou a renunciar a sua fé. Torturaram-no, mas de forma milagrosa foi curado várias vezes até que o decapitaram no ano 311. Consideram-no padroeiro dos que sofrem dores de cabeça.
  1. Santo Eustáquio: Mártir do século II açoitado por Trajano, Imperador de Roma. De acordo com a tradição, foi um general das forças armadas convertido ao cristianismo ao ter uma visão do crucifixo, que apareceu entre os chifres de um cervo enquanto caçava. Converteu a sua família e junto a sua esposa foram queimados até a morte depois de recusar-se a participar de uma cerimônia pagã. Invocam-no contra os incêndios.
  1. São Gil: É o único dos “Santos auxiliadores” que não foi mártir. Apesar de nascer para ser nobre, São Gil se converteu em monge no século VII em Atenas. Logo, sob o governo de São Bento, retirou-se ao deserto para fundar um monastério. Foi reconhecido por sua santidade e milagres que realizou. Morreu pacificamente perto do ano 712. É invocado para a cura de pessoas com enfermidades devastadoras.
  1. Santa Margarida de Antioquia: Mártir do século IV perseguida por Diocleciano. Seu pai a repudiou por converter-se ao cristianismo graças a sua enfermeira. Foi uma virgem consagrada que, enquanto cuidava rebanhos de ovelhas, foi vista por um romano que a obrigou a ser sua esposa ou concubina. Quando ela o rechaçou, levou-a à corte dos nobres onde foi ameaçada de morte se não deixasse a fé cristã, e, como se recusou, queimaram-na e ferveram-na viva, mas, milagrosamente saiu ilesa de ambos os castigos. Finalmente, foi decapitada. Invocam-na como padroeira das mulheres grávidas e dos que sofrem enfermidades dos rins.
  1. Santa Bárbara: Embora pouco conhecida, acredita-se que esta santa mártir do século III foi filha de um homem rico e zeloso. Quando lhe confessou que se converteu ao cristianismo, seu próprio pai a denunciou e a levou perante as autoridades locais, que ordenaram que fosse torturada e decapitada. Dizem que seu próprio pai a decapitou e logo, foi atingido por um raio. É invocado contra as tormentas e incêndios.
  1. Santa Catarina de Alexandria: Mártir do século IV convertida depois de uma visão de Cristo e Maria. Foi filha da rainha do Egito, quem se converteu depois de sua morte. Quando Maximiano começou a perseguir cristãos no Egito, Catarina o repreendeu e tentou lhe demonstrar que seus deuses eram falsos. Debateu com os melhores eruditos do imperador e alguns se converteram devido a seus argumentos; entretanto, foi açoitada, encarcerada e decapitada. É a santa padroeira dos filósofos e dos jovens estudantes.
ACI Digital

domingo, 15 de março de 2020

São Longuinho, o soldado que perfurou o lado de Jesus

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Mar. 20 / 06:00 am (ACI).- “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus”, esta é a profissão de fé feita pelo soldado romano que, após a crucificação, furou o lado de Jesus com uma lança e se converteu, o qual foi identificado como São Longuinho, cuja festa é celebrada neste dia 15 de março.

Longuinho viveu nos primeiros séculos, era o centurião que, por ordens de Pilatos, esteve com outros soldados ao pé da cruz de Jesus Cristo.
O Evangelho de São João relata quando os soldados foram quebrar as pernas dos dois homens que estavam crucificados ao lado de Jesus, mas quando chegaram diante de Cristo, “como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água” (Jo 19,33-34).
Este soldado que perfurou o lado de Jesus foi identificado com o nome Longuinho, derivado do grego que significa “uma lança”.
Foi ele quem, ao ver as poderosas manifestações da natureza após a morte de Cristo, disse a famosa frase que o fez o primeiro convertido à fé cristã: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus”.
Diz-se que Longuinho estava ficando cego e, quando perfurou o Senhor com a lança, uma gota do sangue do Salvador caiu em seus olhos e, imediatamente, ele ficou curado. Tocado, converteu-se e abandonou para sempre o exército.
Instruído pelos apóstolos, Longuinho se tornou monge em Cesareia, na Capadócia, onde ganhou muitas almas para Cristo por meio da palavra e do testemunho.
Entretanto, o governador da Cesareia descobriu sua identidade e o entregou a Pôncio Pilatos. Foi acusado de desertor e condenado à morte, a não ser que renunciasse à sua fé em Cristo.
Longuinho se manteve firme e, por isso, foi torturado, teve seus dentes arrancados e a língua cortada. Depois, foi decapitado.
Quase mil anos depois, em 999, São Longuinho foi canonizado pelo Papa Silvestre II. Conforme se relata, o processo de canonização já havia avançado bastante, porém os documentos ficaram perdidos por muitos anos.
Então, o Papa pediu a intercessão de Longuinho para ajudá-lo a encontrar esses papéis. Pouco tempo depois, os documentos foram achados e aconteceu a canonização.
Ainda hoje, São Longuinho é invocado pelos fiéis para pedir ajuda a fim de encontrar algum objeto perdido. Diz-se que ele era um homem baixinho e que, servindo na corte de Roma, vivia nas festas dos romanos.
Nesses ambientes, por sua pequena estatura, conseguia ver o que se passava por baixo das mesas e sempre encontrava pertences de pessoas. Os objetos achados eram devolvidos aos seus donos. Daí teria surgido o costume de pedir-lhe ajuda para encontrar o que se perdeu.
Em agradecimento, segundo a tradição, são oferecidos três pulinhos e uma oração. Diz-se que essa forma de agradecer seria pelo fato de o soldado ser manco, mas outra explicação afirma que os pulinhos se remetem à Santíssima Trindade. 
ACI Digital

Dos Tratados sobre o Evangelho de São João, de Santo Agostinho, bispo

Santo Agostinho
(Tract.15,10-12.16-17:CCL 36,154-156)            (Séc.V)

Veio uma mulher da Samaria para tirar água
Veio uma mulher. Esta mulher é figura da Igreja, ainda não justificada, mas já a caminho da justificação. É disso que iremos tratar.
A mulher veio sem saber o que ali a esperava; encontrou Jesus, e Jesus dirigiu-lhe a palavra. Vejamos o fato e a razão por que veio uma mulher da Samaria para tirar água (Jo 4,7). Os samaritanos não pertenciam ao povo judeu; não eram do povo escolhido. Faz parte do simbolismo da narração que esta mulher, figura da Igreja, tenha vindo de um povo estrangeiro; porque a Igreja viria dos pagãos, dos que não pertenciam à raça judaica.
Ouçamos, portanto, a nós mesmos nas palavras desta mulher, reconheçamo-nos nela e nela demos graças a Deus por nós. Ela era uma figura, não a realidade; começou por ser figura, e tornou-se realidade. Pois acreditou naquele que queria torná-la uma figura de nós mesmos. Veio para tirar água. Viera simplesmente para tirar água, como costumam fazer os homens e as mulheres.
Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”. Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato os judeus não se dão com os samaritanos (Jo 4,7-9.)
Estais vendo que são estrangeiros. Os judeus de modo algum se serviam dos cântaros dos samaritanos. Como a mulher trazia consigo um cântaro para tirar água, admirou-se que um judeu lhe pedisse de beber, pois os judeus não costumavam fazer isso. Mas aquele que pedia de beber tinha sede da fé daquela mulher.
Escuta agora quem pede de beber. Respondeu-lhe Jesus? “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva (Jo 4,10).
Pede de beber e promete dar de beber. Apresenta-se como necessitado que espera receber, mas possui em abundância para saciar os outros. Se tu conhecesses o dom de Deus, diz ele. O dom de Deus é o Espírito Santo. Jesus fala ainda veladamente à mulher, mas pouco a pouco entra em seu coração, e vai lhe ensinando. Que haverá de mais suave e bondoso que esta exortação? Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’,tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva.
Que água lhe daria ele, senão aquela da qual está escrito: Em vós está a fonte da vida? (Sl 35,10). Pois como podem ter sede os que vêm saciar-se na abundância de vossa morada? (Sl 35,9).
O Senhor prometia à mulher um alimento forte, prometia saciá-la com o Espírito Santo. Mas ela ainda não compreendia. E, na sua incompreensão, que respondeu? Disse-lhe então a mulher: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la” (Jo 4,15). A necessidade a obrigava a trabalhar, mas sua fraqueza recusava o trabalho. Se ao menos ela tivesse ouvido aquelas palavras: Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos e eu vos darei descanso! (Mt 11,28). Jesus dizia-lhe tudo aquilo para que não se cansasse mais; ela, porém, ainda não compreendia.

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3º DOMINGO DA QUARESMA - Ano "A": SENHOR, DÁ-ME DESSA ÁGUA!

Cardeal Dom Sérgio da Rocha
Administrador Apostólico da
Arquidiocese de Brasília
A Quaresma tem sido, desde as origens, um tempo batismal por excelência, marcado pela preparação dos catecúmenos para o Batismo e pela renovação das promessas batismais na Páscoa. A Liturgia da Palavra dos domingos da Quaresma serve de itinerário catequético para os que se preparam para o Batismo e para os que renovam a vida batismal. Por isso, o tema da água, proposto pela Liturgia deste domingo, adquire um sentido ainda maior pelo seu caráter batismal.
O Êxodo fala da água que Moisés fez brotar da rocha, na difícil travessia do povo pelo deserto rumo à nova terra. O povo purificou e amadureceu a sua fé atravessando o deserto. No deserto, chegou a duvidar da presença de Deus, conforme o final do texto proclamado: “O Senhor está no meio de nós ou não?” (Ex 17,7). Entretanto, no deserto, eles experimentaram a misericórdia e o poder de Deus, como demonstra o episódio da água que brota da rocha. Deus caminha com o seu povo na travessia do deserto, saciando a sua sede.
Nós somos o novo Povo de Deus que necessita de “água” para saciar a sede, especialmente quando passamos por situações de deserto representadas por provações, pelo cansaço e pela aridez. O diálogo de Jesus com a mulher samaritana ocorre à beira do poço, que foi do patriarca Jacó, por volta do meio dia, sob o sol forte e o calor. Jesus aproveita aquele momento para falar de outra sede e de outra água: “quem beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede” (Jo 4,14). No diálogo, ele se revela como a fonte da água viva. Mais tarde, ele dirá: “se alguém tiver sede, venha a mim e beba” (Jo 7,37). Assim como a samaritana, nós também somos convidados a pedir a Jesus, nesta Quaresma: “Senhor, dá-me dessa água” (Jo 4,15).
Uma vez saciados, não podemos reter essa água. Quem a recebe deve ser portador dessa boa nova, a fim de que outros também possam abraçar a fé em Cristo, como ocorreu com a samaritana. “Muitos creram por causa da sua palavra”, afirma o texto joanino. Por isso, nesta Quaresma, beba da fonte da água que sacia a nossa sede de vida plena, que é Cristo, e ajude outros a fazerem a mesma experiência.
Há uma relação essencial entre água e vida. A Campanha da Fraternidade, neste ano, nos convida a acolher a vida como “dom e compromisso”, fazendo-nos refletir e agir diante de tantas situações que destroem a vida. Necessitamos defender a vida e a dignidade de cada pessoa, em qualquer situação em que ela se encontrar, especialmente a vida mais indefesa ou fragilizada.  Saciados pela água viva, que é Cristo, possamos “ver, sentir compaixão e cuidar”, inspirados na parábola do Samaritano.
Folheto: O Povo de Deus/Arquidiocese de Brasília

Papa oferece Missa pelos que trabalham durante crise do coronavírus

Papa Francisco na Casa Santa Marta. Foto: Vatican Media
Vaticano, 15 Mar. 20 / 09:56 am (ACI).- O Papa Francisco ofereceu a Missa deste domingo, 15 de março, celebrada na Casa Santa Marta, pelas “pessoas que, com seu trabalho, garantem o funcionamento da sociedade: os trabalhadores das farmácias, dos supermercados, do transporte, os policiais”.
“Rezemos por todos aqueles que estão trabalhando para que a vida social, a vida na cidade, possam seguir em frente neste momento”.
Além disso, o Pontífice também quis oferecer a Missa deste domingo de Quaresma “pelos doentes, pelas pessoas que sofrem”.
A Missa celebrada pelo Papa Francisco todos os dias na Casa Santa Marta será transmitida, mais uma semana, ao vivo pelos meios de comunicação de Vatican Media.
Trata-se de uma decisão destinada a aliviar o cancelamento de Missas em toda a Itália como consequência da pandemia do coronavírus.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
ACI Digital

Hoje a Igreja celebra o terceiro Domingo da Quaresma

REDAÇÃO CENTRAL, 15 Mar. 20 / 05:00 am (ACI).- Neste dia 15 de março, a Igreja celebra o terceiro Domingo da Quaresma. O Evangelho de hoje corresponde à leitura de João 4,5-15.19b-26.39a.40-42, que traz a passagem da samaritana, a quem o próprio Jesus se mostra como fonte de água viva.

A seguir, leia e reflita o Evangelho deste terceiro domingo da Quaresma:
Jo 4,5-15.19b-26.39a.40-42
Naquele tempo, 5 Jesus chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, perto do terreno que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Era aí que ficava o poço de Jacó. Cansado da viagem, Jesus sentou-se junto ao poço. Era por volta de meio-dia. 7 Chegou uma mulher de Samaria para tirar água. Jesus lhe disse: “Dá-me de beber”.
8 Os discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. 9 A mulher samaritana disse então a Jesus: “Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim, que sou uma mulher samaritana?” De fato, os judeus não se dão com os samaritanos.
10 Respondeu-lhe Jesus: “Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: ‘Dá-me de beber’, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva”. 11 A mulher disse a Jesus: “Senhor, nem sequer tens balde e o poço é fundo. De onde vais tirar água viva? 12 Por acaso, és maior que nosso pai Jacó, que nos deu o poço e que dele bebeu, como também seus filhos e seus animais?”
13 Respondeu Jesus: “Todo aquele que bebe desta água terá sede de novo. 14 Mas quem beber da água que eu lhe darei, esse nunca mais terá sede. E a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna”.
15 A mulher disse a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede e nem tenha de vir aqui para tirá-la”. 19b “Senhor, vejo que és um profeta! 20 Os nossos pais adoraram neste monte, mas vós dizeis que em Jerusalém é que se deve adorar”.
21 Disse-lhe Jesus: “Acredita-me, mulher: está chegando a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22 Vós adorais o que não conheceis. Nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus.
23 está chegando a hora, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade. De fato, estes são os adoradores que o Pai procura. 24 Deus é espírito, e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espírito e verdade”. 25 A mulher disse a Jesus: “Sei que o Messias (que se chama Cristo) vai chegar. Quando ele vier, vai nos fazer conhecer todas as coisas”.
26 Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que estou falando contigo”.
39a Muitos samaritanos daquela cidade abraçaram a fé em Jesus. 40 Por isso, os samaritanos vieram ao encontro de Jesus e pediram que permanecesse com eles. Jesus permaneceu aí dois dias. 41 E muitos outros creram por causa da sua palavra. 42 E disseram à mulher: “Já não cremos por causa das tuas palavras, pois nós mesmos ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o salvador do mundo”.
ACI Digital

Pe. Manuel Pérez Candela

Pe. Manuel Pérez Candela
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição - Sobradinho/DF